Quando não existe mais nada se



Capitulo 1 – Quando não existe mais nada se não a dor


A vida de Harry Potter tinha dado uma reviravolta de 360 graus. Tinha perdido os pais quando tinha um ano de idade, e foi obrigado a viver 11 anos com os tios que o odiavam e que lhe esconderam que era um bruxo. Aliás toda a sua vida tinha sido recheada de factos marcantes e que deixariam qualquer criança da sua idade louca. Só aos 13 anos recebera a única boa notícia, conhecera o seu padrinho, Siríus Black que fora acusado injustamente pela morte dos seus melhores amigos, tendo ficado 12 anos preso injustamente por uma coisa que não tinha feito. Mas até a pessoa mais próxima de um pai e um irmão tinha sido morto à dois anos atrás. E para não bastar a última pessoa que ele considerava como um mentor, ao melhor como um avô tinha sido morto. Ainda por cima morto por uma pessoa que ele tinha a total confiança.
Tudo isto por causa de uma única pessoa. Lord Voldemort. Era este o nome do ser que o destruira por dentro e por fora.
Agora Harry tinha terminado com Ginny Weasley para poder protege-la das garras de Voldemort, não tinha tido coragem de contar nada a Ron e a Hermione, os dois tinham ficado a patrulharem o comboio e ele aproveitou para fazer toda a viagem de volta a King Kross completamente só.
Quando chegara á estação ele despedira-se dos amigos ainda dentro do comboio e saiu logo em direção a barreira 9 e 3/4.
Quando saiu Tio Vernon já estava à sua espera à saída e antes de poder se despedir dos restantes Weasley já estava a ser empurrado pelo tio. O que no fundo Harry agradeceu mentalmente, ele não iria conseguir olhar para nenhum Weasley sem levantar suspeitas do que se tinha passado entre ele e Ginny ao longo do ano letivo.
Durante a viagem de regresso a Privet Drive Harry não abriu a boca, e quando chegou a casa trancou-se no quarto sem abrir a boca ficando trancado o resto do dia.
No final do dia a tia chamou-o para jantar, mas Harry ignorou os tios e continuou deitado na cama.
Isso continuou durante o resto do mês mas Harry continuava a não sair do quarto, a tia trazia-lhe todos os dias o almoço e o jantar,mas nem assim Harry tocava na refeição e o que comia era muito pouco.
Todos os dias Ron e Hermione lhe mandavam longas cartas para saber com é que ele estava, mas ele nem as lia, apenas retirava as cartas das corujas colocava-as num monte em cima da mesa de cabeceira e voltava a deitar-se na cama.


Dois meses depois.....


- Estão aqui algumas pessoas que te querem ver. Por isso vê se levantas dessa cama e desapareces daqui de uma vez.


- Eu quero ficar sozinho. – Disse sem nenhuma reacção. - Não quero ver nem falar com ninguém.


- Nem comigo. – Respondeu Minerva McGnagall. Petúnia acabou por deixar o quarto deixando os dois a sós.


- Professora Minerva. - Falou Harry finalmente se levantando da cama ao fim de tanto tempo. - Não esperava ver a senhora aqui. Está tudo bem, ou aconteceu alguma coisa com os Weasley, não me diga que foi com o Ron, a Ginny ou com a Hermione.


- Engraçado falares neles se nem sequer antes as cartas que a eles te mandam todos os dias és capaz de responder. Diz-me Harry achas que Dumbledore iria gostar de te ver assim neste estado? Achas que ninguém se preocupa contigo ? Nada se passa com os Weasley ou com a Srta. Granger a não ser uma enorme preocupação. É isso que eles têm Harry, eles estão preocupados contigo.


- Desculpe Professora, as eu não preciso que se preocupem comigo. - Falou Harry.


- Como é que podes dizer uma coisa dessas Harry. Este não é o bebé que eu deixei à porta desta casa à quase 16 anos atrás, este não é o aluno especial que eu vi a passar a primeira vez pelos portões de Hogwarts, nem o menino que escolhi para ser o apanhador mais jovem do século dos Griffindor. Muito menos é o menino que eu jurei que iria ajudar a se tornar auror. O que fizeram contigo eu não reconheço este ser que está à minha frente, não como sendo Harry Potter não o menino que sobreviveu, mas sim um rapaz cheio de garra e cheio de força de viver. Harry a dor da perda de Dumbledore não abalou só a ti, todos estamos a sofrer, desde a morte dele o mundo mágico passa pela pior guerra, todos os dias morrem pessoas conhecidas. E tu estás nesta cama a definhar dia a pós dia, como achas que Ron e Hermione podem estar a sentir, logo eles que sabem de tudo, uma vez que compartilhas tudo com eles, nenhum Weasley está bem. Fleur e Billy até pensaram adiar o casamento. Harry não estás sozinho tens uma família que se preocupa muito contigo, não achas que eles merecem a tua consideração.


Harry não disse nada, cambaleou junto á janela e ficou a olhar para a rua de Privet Drive.


- Harry por favor conta-me o que é que se está a passar, até a tua tia está preocupada contigo. Quando eu cheguei aqui a primeira coisa que ela me disse é que não estavas Bem, tambem ela está preocupada comtigo.


- Desculpe professora, mas eu não quero que eles sofram mais, eu não vou deixar de ajudar o mundo mágico, não quando descobri que seria o único a conseguir matar o monstro, no entanto vou fazer isso sozinho, afastei-me de todos porque assim ninguém sentirá muito se eu morrer.


- O....que é que..... estás.....a.....dizer? – Disse Minerva sem reacção. – Tu não podes estar a falar a sério Harry. E as pessoas que gostam de ti e as pessoas que se tornaram como uma família. Os Weasley consideram-te como um filho é ingrato da tua parte deixa-los para trás.


- Eu nunca falei tão a sério em toda a minha vida professora, eu não posso magoá-los mais...não posso... – Disse perdendo o controlo. - Se lhes acontecer também alguma coisa eu não vou conseguir viver. Já bastou Cedric, Sirius e Dumbledore. Não quero que os Weasley sofram também por minha causa.


Nesse mesmo momento Harry sentiu uma dor na cicatriz.
Estes dois meses a sua cicatriz doia-lhe com bastante frequência, mas naquele momento Harry explodia de dor, Harry agarrou-se á janela mas as suas pernas não aguentaram o seu peso.


- HARRY. – Gritou Minerva segurando-o evitando que ele bate-se com a cabeça num móvel, ajudando-o a deitar-se na cama. – HARRY FALA COMIGO.


- AAAAAHHHHH - Harry gritava e arranhava a cicatriz.


- LUPIN...VEM CÁ A CIMA RÁPIDO.


- NNNNNÃÃÃÃOOOOO


- Estou aqui o que....... – Disse LUPIN entrando junto com Tonks. Mas não foi preciso dizer mais nada, assim que entraram no quarto depararam-se com Harry a gritar no chão e a arranhar a testa.


– Lupin vamos leva-lo para a sede depois entramos em contacto com os Weasley . - Disse Tonks


- Harry eu estou aqui vai ficar tudo bem. – Lupin tentou acalmar Harry, colocando-o numa maca deseparecendo com ele sem falar nada para as duas mulheres que olhavam ainda assustadas para o lugar onde estivera Harry.


- Onde está o imprestável do meu sobrinho. - Falou Petúnia entrando no quarto.


- Não fale assim do Harry. O Remus desapareceu com ele para a sede. – Disse colocando tudo o que era do Harry no malão quando terminou fechou o malão virou-se para a tia Petunia.


- Mas afinal o que é que está a acontecer com ele.


- Agora é que se preocupa com ele Petúnia, não acha que vai um pouco tarde. O seu sobrinho esteve a viver 17 anos de sofrimento e só agora é que está preocupada com ele. - Respondeu McGonagall.
Petúnia não sabia o que responder, sabia que as mulheres que estavam a sua frente tinham razão por isso acabou por contar lhe a verdade.


- Bem eu sempre amei o meu sobrinho era o filho da minha única irmã. Eu e Lily nós éramos mais que irmãs.
Mas desde que ela foi para Hogwarts eu fiquei com medo de que lhe acontecesse algo de mal. Eu apenas a via nas ferias ou por cartas mas já não sabia nada sobre ela. Dos seus gostos, das suas amizades, nem mesmo soube quando e como ela se apaixonou pelo James, ela distanciou-se de toda a família.
Mesmo depois que ela se casou com o James. Desde que ela entrou para aquela escola nunca mais foi a mesma.
Soube que ela tinha morrido na mesma noite em que colocaram o Harry na minha porta e mais uma vez ninguém falou nada apenas deixaram o menino a porta com uma carta em cima a explicar o que tinha acontecido com a minha irmã e com o marido.
Ninguém sabe a não ser Vernon que eu chorei por 3 dias, no fim desse tempo acabei por me erguer, tinha o meu filho e o meu sobrinho para tomar conta.
Mas quando Harry tinha cerca de dois anos e fez a primeira magia sabia que iria voltar a sofrer como sofri com a Lily. Então afastei o menino não queria que o meu filho sofresse o que eu sofri já que os dois eram como irmãos.
Sei que não tenho explicação para o que fiz, mas este ano quando o vi entrar dentro desta casa senti que algo de muito errado se estava a passar com ele. Nestes dois meses vi o meu sobrinho a ir à baixo dia após dia. Comecei a sentir remorsos do que lhe tinha feito. Eu moro com ele a 16 anos e posso dizer com tristeza que não conheço o meu sobrinho.
Quando Petunia terminou ela chorava, as duas mulheres perceberam que Harry sempre fora amado pelos tios apenas se distanciaram para não sofrer.


- Petúnia entendo mas não consigo aceitar. O Harry é das melhores pessoas que poderia ter conhecido na minha vida, e é das pessoas que conheço que mais sofrem. Ele é conhecido no nosso mundo pelo menino que sobreviveu, ele é conhecido por ser a única pessoa que não morreu a uma maldição da morte, mas diga-me acha que ele gosta desta fama, acha que alguém gostaria de ser famoso por causa da morte dos pais. O Harry nestes 6 anos em que esteve em Hogwarts nunca teve um ano em que não tivesse que lutar pela sua sobrevivência, o ano mais calmo que ele teve foi no seu terceiro ano quando conheceu o meu primo Siríus Black e mesmo assim teve de lutar contra 100 seres que sugam a alma. Depois desse ano tudo começou a piorar para o lado de Harry. Ele viu um colega a ser morto, contra a sua vontade fez ressurgir o assassino que matou os pais,no ano a seguir viu o padrinho a morrer e no final deste ano letivo viu o diretor de Hogwarts a ser morto por uma pessoa que era da confiança dele. Como acha que o seu sobrinho se sente neste momento? Ele não está bem ainda por cima ele tem uma ligação mental com o assassino dos pais. Qualquer pessoa no lugar dele já teria enlouquecido, mas ele não, ele continua a lutar para poder ter uma vida normal. Pense nisso Petúnia, pense no que fez este menino sofrer depois de todas as provações que ele já teve que passar na vida e veja se ele não merece ter a única família que lhe resta ao seu lado e dando-lhe força para que ele continue a lutar para que ele possa ser feliz. A magia não é má como os senhores podem pensar apenas existem pessoas que fazem mau uso da magia.
E dito isso Tonks acenou a varinha arrumou tudo no quarto de Harry enquanto McGonagall entregou um pergaminho escrito.


- Pense no que lhe dissemos e se algum dia quiser se desculpar com o seu sobrinho está aqui o endereço de onde ele estará, mas lembre-se que com tantas provações que ele já teve na vida e se a senhora demorar a ir poderá ser tarde demais. - Falou Minerva as duas mulheres pegaram nos pertences de Harry deixando para trás Petúnia embrenhada nas palavras que as duas senhoras tinham dito.

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N.A Olá esta fic é a versão melhorada de Harry Potter e o Mistério das Feiticeiras brancas eu inicialmente queria apenas mudar os capítulos mas por engano apaguei toda a fic. Espero que gostem mais desta versão comentem e digam o que estão a achar.  

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