A História de uma Trouxa.



Já eram 11:00 e Anna estava na cama, acordada, mas com preguiça de se levantar, levantou apenas porque Clarice tinha esquecido seu sapato em seu quarto e estava praticamente esmurrando a porta e com o barulho de sua madrinha/mãe Angélica gritando da cozinha para ela se levantar.



-ANNA!! Levanta! Está quase na hora de ir para a escola! - Disse Sra. Angélica aos berros na cozinha.



-Anna! Abre a porta, esqueci meu sapato aí, e eu preciso dele paar a escola! – Clarice estava esmurrando sua porta e quase chorando.



-Ok, ok, OK!! Já vou! – “Que bom que Susie está no banheiro sem me perturbar” pensou Anna.



Se levantou pegou sua toalha e abriu a porta, sentiu apenas uma pequena brisa, quando viu Clarice estava colocando seu quarto de cabeça para baixo a procura de seu sapato, mas não se importou muito, estava com sono e preguiça demais para tal ato. Foi para o banheiro, por sorte, Susie havia acabado de sair, entrou, despiu seu pijama, a água estava muito gelada, se espertou de um salto, saiu tremendo, mas pelo menos, agora estava acordada.



Quando chagou no quarto Clarice ainda estava revirando seu quarto a procura do sapato, por isso além de se vestir às pressas para a escola, teve que ajudar a prima a achar o sapato e depois achar um tempo para arrumar.



-Anna, não encontro meu sapato, e é o meu sapato favorito! – Clarice estava choramingando  –  E é o rosa brilhante!



-Espera aí, vou te ajudar – Anna estava colocando a blusa,  e depois a calça – Mas depois nós vamos arrumar essa bagunça, ok?



-Ok – Clarice estava mais calma agora.



Elas acharam o sapato, e enquanto Clarice o calçava, Anna começou logo a arrumar. Quando terminaram elas desceram sua mãe(tia que ela chama de mãe) e Susie estavam almoçando, elas sentaram e Anna teve que tomar café porque ainda não tinha tomado. Logo chegou Arthur e Emily.



Anna e seus dois melhores amigos foram para a escola, e era justo sexta-feira, que sorte poderia ficar um pouco na praça antes de ir para casa.



 



Quando Anna chegou estava apenas Susie lá, pois já tinha chegado da escola.



-Oi, Anna.



-Oi Susie, você chegou agora?



-Sim, quer logo ir pro banheiro? Eu espero.



-Tá bom – Anna achou estranho, ela sempre gostava de entrar primeiro e demorar demais.



Anna estava ligando a ducha quando ouviu o grito se Susie...



-AAAAAAHH!!! – Anna saiu do banheiro a milhão!!



-O que foi, quem morreu?



-Ninguém morreu, mas aquilo – Apontou para uma coruja no batente da janela – veio e deixou isso – agora mostrando uma carta de pergaminho velho.



Anna encarou a carta, estava escrito com letras verde esmeralda:



Sra. Anna Beatriz Lovecraft.



Rua Aperana 15.



Alto Leblon (Rio de Janeiro).



Anna ficou branca, como sabiam seu endereço? E pior sabiam até onde era seu quarto!



Sua tia chegou com Clarice, elas contaram tudo, sua tia explicou umas coisas estranhas, falou sobre uma tal de “Segunda Guerra Bruxa”; Sobre “Harry Potter, o Menino-que-Sobreviveu”; Anna achou aquilo muito estranho.



-Mas mãe e tudo o que anda acontecendo comigo? Você sabe, fazeras coisas desaparecere, flutuarem, falar com cobras...



-Bem, é seu sangue Mágico nas suas veias, e você precisa honra-lo. - depois de muita explicação sobre o mundo bruxo, Anna estava maravilhada e com medo.



Como daria conta de tudo isso, ela tinha de sair logo de sua escola, e claro, contar para Emily e Arthur. Ela não sabia como fazer tal ato. No seu último dia ela tentou contar quase não teve coragem.



-Gente – Anna estava tão triste por deixa-los – Eu vou sair da escola, e talvez, me mudar.



-O QUE?? – Eles deram um pulo e pararam de andar abruptamente.



-Não, você não pode ir, eu não vou deixar – Emily a abraçou, estava quase chorando.



Arthur simplesmente não conseguia falar, estava chocado demais par tal ato, estava olhando para elas, quando Emily soltou Anna, ela foi até ele e ele a abraçou com muita força.



-Só me prometa uma coisa – Disse o loiro para ela, com lágrimas nos olhos.



-O que? – Disse a morena se segurando para não chorar.



-Que você nunca vai esquecer da gente?



-Nunca – Ela esboçou um sorriso – Vou escrever para vocês toda semana, e vocês precisam me responder!



-É lógico, sua besta! – Emily agora estava chorando, mas sorrindo – Eu tenh que ir vocês vão ficar?



-É, pode ser – Arthur falou e esperou a opinião da amiga, que fez que sim



-Ok, tchau.



Os dois se encostaram na árvore mais próxima para ler livros.



-Anna, lá deve ter vária pessoas legais...



-Mas nenhuma como vocês. – Anna o cortou já sabendo o que o amigo iria falar, ele sorriu e voltou para o seu livro. - E se vocês tipo, quando eu for ...



-NÃO! Isso nunca! – Ele ficou pasmo, como ela poderia ter pensado isso? Mas depois se lembrou que ele também pensara isso.



Algum tempo depois de leitura, Anna teve que ir.



-Tchau, só não se esquece de mim, e da Emily. – Ele disse abraçando-a e lagrimando.



Ela o abraçou e se segurou pra não chorar.



-Não, isso nunca – Ela sorriu e foi, ele ainda a observou, até desaparecer entre as árvores do parque.


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