Sintomas
POV Scorpius Malfoy
- Parabéns a vocês dois – falou a diretora McGonagall quando chegamos perto dela – Sabia que conseguiriam.
- Isso quer dizer que a gente salvou nossa monitoria? – perguntou Rose, esperançosa.
- Sim, vocês dois cumpriram a parte de vocês no nosso trato, e principalmente, conseguiram o que eu mais queria: finalmente se entenderem – McGonagall abriu um sorriso discreto e acenou com a cabeça – Boa festa! – depois saiu em direção aos outros professores.
Então a Rose se virou pra mim e deu um sorriso enorme.
- A gente conseguiu – ela falou e pulou em meus braços.
Seu abraço trazia a sensação mais gostosa desse mundo. Seus braços estavam ao redor do meu pescoço e eu contornei sua cintura com os meus.
- Eu sabia que a gente ia, não desde o começo, claro, mas eu sabia – sussurrei em seu ouvido.
Rose se afastou um pouco apenas para conseguir olhar em meu rosto. Depois ela abriu aquele lindo sorriso de novo.
- Convencido, só podia ser um Malfoy mesmo – ela tirou as mãos do meu pescoço e desceu pela lateral dos meus braços – Vamos lá pra fora?
- Vamos – respondi ainda entretido em seu sorriso.
Desenlacei os braços da sua cintura e peguei em sua mão, nos conduzindo pra fora. Começamos a descer as escadas que estavam sem neve por causa de um feitiço. Paramos ao lado de uma árvore de frente para o lago congelado. Peguei minha varinha e com um aceno retirei a neve que estava no pé da árvore.
- Aqui é tão bonito à noite – Rose falou encarando o lago que mesmo congelado refletia a lua cheia.
- Realmente – coloquei a varinha no bolso e fiquei ao seu lado.
Então a senti estremecer e logo colocar as mãos nos braços. Ela estava com frio. Óbvio que ela tá com frio Malfoy, estamos em pleno inverno no meio do jardim. Rapidamente retirei meu paletó e coloquei sobre seus ombros.
- Obrigada – ela disse se virando de frente pra mim.
- Não fiz nada mais que minha obrigação, nunca te deixaria passando frio – ela corou levemente e olhou para o chão, então eu peguei seus braços e a abracei para aquecê-la – Tá passando?
Ela apenas assentiu com o rosto em meu peito e abraçou minha cintura. Seu corpo já estava quente, mas ela queria continuar ali. Isso me fez sorrir abertamente e sentir algo estranho se mexer dentro de mim. Meu Merlin, eu estou muito apaixonado por ela.
- Scorpius, posso te fazer uma pergunta? – sua voz saiu um pouco abafada, pois seu rosto ainda estava em meu peito.
- Claro – respondi.
- O que está acontecendo entre nós? – ela pareceu um pouco desconfortável ao fazer a pergunta.
Fiquei surpreso. Parei pra pensar sobre a questão e a verdade é que eu não sei.
- Eu não sei o que está acontecendo entre nós – fiz uma pausa e respirei fundo – Eu não sei o que você sente, eu só sei o que eu sinto.
Então senti seu coração disparar e o meu também acelerou. Rose afastou o rosto do meu peito e olhou pra mim.
- O que você sente?
Eu não respondi por alguns segundos, mas fechei os olhos, depois os abri e encarei os seus. Então tomei coragem.
- Eu to apaixonado por você.
Ela desfez o abraço e se afastou um pouco. Meu coração começou a murchar, por que ela está se afastando?
- Scorp, eu... eu nunca me apaixonei – ela gaguejou e então eu murchei de vez – Eu não sei os sintomas.
Eu abaixei a cabeça e olhei para o chão. Essa sensação de que levei um soco no estômago é um sintoma. Tudo que eu estou sentindo nessas duas semanas são sintomas. E quer saber? Ela precisa saber.
- Não é tão difícil, na verdade é bem óbvio, só que a gente prefere fingir que não está sentindo – olhei em seus olhos – O coração acelera toda vez que a pessoa aparece, o mundo parece congelar quando estão juntos, você começa a reparar em cada pequeno detalhe da pessoa, seu cabelo, seus olhos, cada maldita sarda em seu rosto – meu punho se fechou e olhei para meus pés – Você só quer estar com a pessoa, o tempo todo, porque a sensação de tê-la com você é a melhor possível.
Quando voltei a reparar em seu rosto um pequeno sorriso se formava em seus lábios.
- Por que está sorrindo? – perguntei ainda com um pouco de raiva.
- Porque você acabou de descrever tudo que eu sinto – ela se aproximou um pouco mais de mim – Acho que estou infectada.
Meu estômago deu dois saltos mortais e meu sorriso apareceu.
- Rose... – eu ia começar a falar.
- Shhh – ela colocou a mão em minha boca – Só me beija.
Agarrei sua cintura rapidamente e beijei seus lábios. Ela segurou meu pescoço e grudou seu corpo no meu. Senti o meu paletó cair no chão, mas a última coisa que eu me importava nesse momento era esse paletó. Quando aprofundei o beijo todas as sensações daquela noite, no armário de vassouras, voltaram.
Eu só queria beijá-la a noite toda. Tê-la em meus braços a noite toda. Só tinha uma coisa que poderia melhorar ainda mais esse baile: ela ser minha. Interrompi o beijo e a encarei.
- Rose – ela abriu os olhos – Você quer ser minha namorada?
Ela piscou algumas vezes, um pouco atordoada.
- Scorp, mas e nossos pais?
- Rose, quem liga pra nossos pais? Isso só depende de nós dois, eu te quero, você me quer, nada nem ninguém pode destruir isso – coloquei uma mão em seu rosto – A gente enfrenta o que tiver que enfrentar.
- Sim – ela respondeu.
- Sim o quê? – perguntei confuso.
- Como você é lerdo Scorpius – ela encostou sua testa na minha – Sim, eu quero ser sua namorada.
Antes mesmo de eu poder sorrir ela voltou a me beijar. Essa sensação de felicidade é totalmente inédita pra mim, e ela me da a confiança de que posso enfrentar tudo e todos pra fazer isso dar certo. E se tem uma coisa que eu posso dizer com toda a certeza é que esse foi o melhor baile das nossas vidas.
Comentários (1)
Aaaaah que tudo!!!!!! <3
2016-03-31