Pedido de casamento?
Chegamos à casa de Scorpius na velha mansão Malfoy, meu pai estava ao meu lado e parecia furioso pela nossa ultima discussão, minha mãe faleceu quando eu tinha 8 anos, e ele não se casou de novo, pelo menos até agora.
- Vai ter que aceita-la- ele disse sério.
- Não sou obrigada – eu disse encarando-o.
- Já não basta defender os sangues imundos, quer continuar a me decepcionar - ele disse agora mais baixo antes de entrarmos pela grande porta.
- Não seria a primeira vez – eu respondi passando por ele, e logo avistei Scorpius, que veio para me cumprimentar, e dessa vez me abraçou.
- Feliz Natal Mel – ele disse sorrindo
- Ta louco Malfoy? Me larga agora! – eu disse tentando empurra-lo.
- É natal, não seja uma Sonserina fria e arrogante hoje – ele disse se soltando.
- Você está muito estranho – eu disse encarando-o.
- Alvo me mandou uma carta de natal, é a primeira carta de amigo no natal – ele disse e parecia feliz com isso.
- É só o idiota do Potter – eu disse frustrada, achei que poderia ser uma grande noticia.
- Mel, ele é meu amigo entenda isso, até meu pai esta fazendo o possível para aceitar – ele disse agora com os olhos cinza brilhando.
- Contou ao seu pai? – eu perguntei exaltada.
- Contei, ele não aceitou bem no começo. Mas ele disse que iria tentar – ele dizia num tom de... Orgulho?
- E sobre a Weasley, você contou?- estava ansiosa por isso.
- Não, não tem o porque contar – ele disse e quando eu iria responde-lo, meu pai chamou a atenção de todos, Que merda!
- Queria agradecer ao meu amigo Draco, por me ceder alguns minutos de nosso natal – ele começou a dizer, meu pai é um imbecil – Bem por vários anos, depois da morte de Katherine, eu estive sozinho, trabalhando no ministério e cuidando de nossa filha – ele fez uma pausa, e todos olharam para mim. Eu não me lembro dele cuidando de mim, lembro-me dele gritando e dizendo para ficar longe dos trouxas, dele bebendo – Mas agora eu encontrei uma pessoa, que já me faz feliz e com toda a certeza fará muito mais, Elizabeth Weiss aceita se casar comigo?- Ele disparou aquelas palavras, e uma mulher de cabelos negros subiu ao seu lado, eles agora sorriam, e vi Scorpius me levando para seu quarto, e depois disso só me lembro das lágrimas que desceram sob minha pele e Scorpius me abraçando, e naquele minuto eu também retribui.
- Scorpius, o dia de natal não era para ser feliz? – eu perguntei entre as lágrimas.
- Vai ficar tudo bem Mel, estou aqui – ele disse, ele sempre estava lá.
- Ele é um babaca – eu dizia agora com raiva.
- Mel, melhor você descansar um pouco, vou avisar meu pai que estamos aqui – ele disse se soltando de mim.
- Eu não vou para casa hoje – eu disse encarando-o.
- Tudo bem, pode ficar aqui – ele disse, e se levantou e saiu pela porta, deitei em sua cama, e em questão de segundos meus olhos se fecharam.
- Mel acorde – chamava Scorpius.
- O que foi?- eu perguntei sonolenta.
- É o seu pai, ele esta aqui para busca-la – ele disse meio aflito.
- Eu não posso ir para aquela casa Scorpius – eu disse nervosa.
- Eu sei, mas amanha voltamos para Hogwarts- ele disse tentando me acalmar.
- Não posso ficar aqui até irmos?- eu pedi.
- Já pedi ao papai, mas ele disse que não posso interferir em assuntos de família- ele parecia irritado agora.
- Tudo bem, obrigada por ter sabe... Cuidado de mim – eu disse me levantando, eu não sou mais a garotinha frágil que meu pai imagina.
- Qualquer coisa me mande uma coruja – ele disse preocupado.
- Tudo bem – eu disse saindo pela porta e avistando meu pai nas escadas.
- Já não era sem tempo, você acha que é certo ficar incomodando os outros Melanie? – ele perguntou furioso.
- Você acha certo falar assim comigo?- eu rebati, não o deixaria falar comigo nunca mais assim.
- Vamos para casa – ele disse me encarando.
- Blaise se acalme – dizia o pai de Scorpius, como eu o chamava? De Big D. Mas não na frente do meu pai.
- Estou bem Draco. Vamos Melanie, obrigado por ter deixado ela dormir aqui – ele disse ao Big D, e saiu descendo pelas escadas.
- Sabe que se precisar de algo, é só avisar!- disse o big D, enquanto eu passava por ele.
- Sim Big D, eu mando um sinal de fumaça – e sorri para ele, estes era um dos únicos momentos em que eu podia ser “eu”.
- Vou deixar a janela aberta – disse Scorpius, passei pela porta e mandei um tchau com a mão. Depois disso precisaria de muita sorte.
- Você não cansa de se fazer de vitima?- ele disse quando chegamos em casa.
- Você não cansa de ser um péssimo pai? –eu retruquei enquanto ia para o meu quarto.
- Elizabeth vai vir te conhecer hoje, nos casaremos nessas férias – ele disse parecendo satisfeito.
- Eu não me importo, vou para vovó nas férias – eu disse enquanto subia o ultimo degrau.
- Você não vai para o mundo trouxa Melanie Zabini – ele gritou.
- É o que veremos Zabini – eu disse antes de dar as costas a ele. Meu pai odeia os trouxas, mas não pelo fato de poderem serem bruxos e sim pelo fato de minha avó materna, viver como um deles. Minha avó Emily, a única ainda viva, já que os pais do meu pai foram para Azkaban, por seguir você-sabe-quem. O pai da minha mãe faleceu antes de eu nascer. Minha avó então se mudou para uma vila trouxa, quando completei 6 anos, minha mãe levou eu e Scorpius para conhecer mais sobre os trouxas, disse que não era por não serem como nós que não possuíam suas próprias magicas. E continuamos a ir lá, até quando ela estava em uma rua olhando o céu, e um motorista atropelou ela com de seus “carros”, nem todos os feitiços a salvaram. Meu pai os odeia porque os culpa, eu tentei por um tempo fazer isso, simplesmente odiá-los. Mas não é culpa de todos eles, apenas um homem matou a minha mãe. E ele vai carregar o remorso de ter deixado uma criança sem mãe para sempre, foi a única coisa que eu disse a ele quando pediu desculpas no tribunal. A boa fé não esta somente em perdoar as pessoas, mas a perdoar a si mesmo.
Comentários (1)
Estou gostando de ver essa profundidade nas personagens
2016-01-17