Mais conversas



Capítulo 4 – Mais conversas
O tempo foi passando e se tornando mais frio.

Antes do primeiro jogo da temporada de Quadribol, Grifinória x Sonserina, houve, como programado, uma apresentação de dança de cada uma das casas participantes. Sem favoritismo, a dança das grifinórias estava muito melhor coreografada e sincronizada.

Para fechar o dia o com chave de ouro, Tiago capturou o pomo em pouquíssimo tempo de jogo. Garantindo a vitória para os leões e contribuindo, segundo Lílian, para o inchaço do já nada pequeno ego de Potter.

Para os alunos no sétimo ano, a estada em Hogwarts não estava tão agradável quanto nos outros anos. Além de toda a matéria nova que viam nas aulas, havia aulas extras de revisão para os NIEMs, apesar dos protestos “mais ainda é Novembro” de alguns alunos.

Outros, no entanto, não se davam ao trabalho de prestar muita atenção:

-Senhores Black e Potter!

...

-SENHORES BLACK E POTTER!

Os dois levantaram um pouco as cabeças das carteiras onde estavam debruçados “praticamente” dormindo na aula de Transfiguração.

Lílian e Remo não acreditaram no que estavam vendo. Bia, Taby e Pedro riam silenciosamente das caras amassadas de Sirius e Tiago.

-O que vai ser? Pelo menos fingir que estão prestando atenção na aula ou saírem da sala com detenções? – ouviu-se a voz da professora Minerva

-Desculpe, professora. – murmuraram os dois enquanto se ajeitavam nas cadeiras

-Vão fingir que estão prestando atenção? Então peguem penas e pergaminhos. Se for pra fingir, finjam com qualidade. Agora, como eu estava falando, a animagia é fiscalizada pelo Ministério da Magia pela seção...


Depois da aula...

-Como vocês tiveram a cara de pau de dormir na aula da McGonagall?

-Aluado, não enche. Nós já sabemos animagia. – falou Sirius

-Mesmo assim, não sei como vocês não estão com detenção. – falou Pedro

-Pra falar a verdade, nem eu. – falou Tiago

-É porque somos os mais inteligentes desse ano. – gabou-se Sirius

-Acho que é porque as detenções não têm o mínimo efeito sobre vocês. – falou Remo rindo – Vocês até se divertem nelas.




Num certo dia “tranqüilo”, as três amigas passeavam pelo corredor na hora do almoço quando ouviram um alvoroço por perto. Como monitora, Lílian foi ver do que se tratava com Bia e Taby a seguindo.

Ao dobrar o corredor, viu uma cena ridícula: um sonserino do sétimo ano de cabelos pretos e muito escorridos tinha tentáculos saindo pelas costas. Estava na companhia de dois grifinórios que se dobravam de tanto rir.

-Ah, de novo, não. – Lily reclamou – O que está acontecendo aqui? Como se eu não soubesse…

-Um presente de fim de bimestre pro Seboso, Evans. – foi Sirius quem respondeu

Lílian suspirou e com uma voz cansada falou:

-Desfaçam o feitiço e detenção pros dois.

-Quer dizer que vou ficar horas inteiras com você, Lily?

-Potter, não se preocupe. – disse ela com uma voz calma – Vou providenciar para que seja Filch a supervisioná-los.

As três amigas saíam pelo corredor quando Tabata fez o seguinte comentário:

-E ainda reclamam quando falamos que são infantis…




Lily, é claro, levava todas aulas a sério até de mais. Assim, foi encontrada numa agradável tarde de domingo no Salão Comunal atolada em livros.

-Lil, vamos fazer uma visita para o Hagrid. Você não vem? – era Bia quem falava

-Não, preciso terminar umas coisas.

-Termina depois – falou Taby

-Não dá mesmo. – ela falou numa voz desanimada

-Lily, se quiser, eu posso ajudar.

-Não precisa. Obrigada, Bia. Vocês já tinham marcado com o Hagrid. Falem pra ele que eu mandei um abraço.

-OK. A gente se vê mais tarde, então. – e saíram

..
..
..

Já era a quarta vez que passava pela mesma página.

-Droga. – disse ela em voz baixa

-Algum problema, meu lírio?

-Primeiro: não sou “seu lírio”. Segundo: nada que vai te interessar.

-Animagia? – disse o rapaz olhando por cima dos ombros dela – Para a sua sorte, eu posso, sim, te ajudar.

-Potter, por que não se dedica ao seu fã-clube e me deixa estudar e paz?

Lílian se referia a um grupinho de umas cinco meninas que estavam a um canto conversando e observando os dois e que se encheram de risinhos quando Tiago as olhou.

-E então, o que vai ser? – ele falou ignorando o comentário da garota e fazendo cara de “galã” – A companhia de um lindo e inteligente jogador de Quadribol...

-Modesto também...

-... ou de meia dúzia de livrões pesados e embolorados?

-Ãnh... deixa eu pensar... acho que vou ficar com a meia dúzia de livrões pesados e embolorados, obrigada.

-O que você não entende? – disse ele mais uma vez ignorando por completo a fala da garota, puxando uma cadeira e se sentando mais próximo de Lílian do que ela acharia necessário.

Ela suspirou vencida. Não agüentava mais não sair daquela página do livro.

-É isso...

..
..
..

Depois de algum tempo...

-Era só isso?

-Era. Obrigada, Potter. Com licença.

Ela se levantou, mas ele a segurou pela mão.

Lily o olhou esperando que ele falasse alguma coisa, mas nada. Apenas a olhava docemente.

“A mão dele é tão... tão... Lílian volta pra realidade!”.

-Potter, se importa de devolver a minha mão?

-Por que não me chama de Tiago, Lily?

-Por que não me chama de Evans? Não somos assim tão próximos. – disse ela ainda tentando soltar sua mão

-É? E agora?

Num movimento rápido ele aproximou o seu rosto do dela. Ou melhor, tentou. Para a sua surpresa (e de Lílian também, diga-se de passagem), ela foi mais rápida e o afastou.

-Nunca mais faça isso. E a partir de agora, um metro de distância no mínimo quando for falar comigo.

Ele a puxou pra mais perto. Ela, na verdade, não tinha muita escolha. Como praticava Quadribol o tempo todo, ele era mais forte.

-Lily, esses comentários não têm efeito nenhum. Segundo você, uma das coisas que eu mais gosto de fazer é quebrar regras.

“Como os olhos dele são lin... Lílan A-COR-DA!!!”

-Potter, me solta.

-É tão difícil de entender que eu só quero você?

-Ah, dá um tempo. Você já saiu com um quarto da população de Hogwarts.

-Só um quarto? – Sirius entrava no Salão Comunal acompanhado de Remo, Pedro, Tabata e Bia.

-Almofadinhas. – disse Tiago numa voz de “precisa mesmo me dar todo esse apoio?”.

-É, Black. – disse Lílian se aproveitando do momento de distração de Tiago e se soltando.

Ela foi para o lado oposto da mesa. Conforme viu o maroto andando discretamente em sua direção, foi andando pra o lado contrário e completando:

-Dois quartos têm um cromossomo Y e o outro quarto diz respeito a professoras e alunas do terceiro ano para baixo.

-Então acho que você se enga... – Remo tampava a boca de Sirius e subia com ele para o dormitório.

-Com licença. – falou Lupin

As meninas também subiram.

-Estávamos com Hagrid até agora. Os marotos estavam lá também. Sabe, Lily, eles não são tão chatos quando não há nenhum fã-clube do Black ou do Potter por perto.

-Fale por você, Bia. – disse Taby corando ligeiramente

-O que aconteceu? – Lily perguntou rindo

-Black anda arrastando asa pra mim – Taby respondeu

-Como se você não estivesse gostando... – Bia falou

Tabata atirou um travesseiro em Bia.

-Feio ele não é... e até consegue ser bem simpático quando quer. Mas o que adianta? Não duraria mais de uma semana mesmo.

-Viu? – era Lily quem falava

-Que cara foi aquela, Lil? – Bia perguntou

-Que cara?

-Aquela de quando você estava nos braços de Tiago - Bia provocou

-Eu só estava imaginando como ele ficaria lindo com folhas saindo pelas bochechas.

-Sei...



Pouco antes do Natal, houve uma visita a Hogsmeade. O ponto alto do dia foi um garoto esbarrando em Bia na entrada do Três Vassouras e fazendo-a cair no chão. Ficando vermelho por algum motivo, ele pediu incontáveis desculpas.

As amigas acabaram se acomodando em uma mesa próxima a de duas meninas na Lufa-Lufa. Por acaso, escutaram um pedaço da conversa delas:

-Quem? – perguntou uma menina de cabelos pretos e traços orientais

-Sawer. – respondeu uma loira de olhos castanhos

-Não sei quem é.

-Ah, Ludimila. Augusto Sawer, aquele corvinal que acabou de trombar com aquela grifinória na porta do bar.

-Ah... nunca falei com ele.

As três também ouviram que ele estava no sétimo ano, era filho de trouxas, tinha excelentes notas, adorava escrever... – o que não se descobre quando se está perto das fofoqueiras da escola?

-É muito bonitinho também acrescentou Lily.

Tiago, que estava por perto, – quando ele não está? – ficou um pouco vermelho com o comentário da ruiva.



Dezembro trouxe muita neve e vários alunos estavam desenvolvendo “dezembrite” uma “doença” causada pela grande necessidade de férias. Por isso, quando estas chegaram, foram recebidas com alívio por todos.

Os marotos, Lílian, Tabata e Bia passariam o natal em Hogwarts por motivos diversos: tentar encontrar mais alguma passagem secreta – marotos; aproveitar o último ano no castelo – Taby e Bia; consultas à biblioteca – Lílian, claro.

Certo dia, no Salão Comunal, os marotos faziam planos para a próxima lua cheia. Perto deles, as três amigas conversavam.

-E aí, Lily? Já está namorando? – Taby perguntou

-De novo essa história? – falou Lily

-Ah, sabe como é... as coisas podem mudar...

-Tá bom, vocês venceram. Eu conto tudo. – Lily falou com um tom de derrota, como se não pudesse mais esconder esse segredo das amigas.


N/A - Oi...
O que acharam desse capítulo? Espero que esteja melhor que os outros. Aliás, desculpem o título, não tive nenhuma idéia melhor.
Aquela cena do Tiago e do Sirius na aula da Minerva foi inspirada em uma situação idêntica que aconteceu na minha sala em uma aula de Português.
Ah, gostaria de perguntar o que estão achando das minhas duas personagens, Bia e Taby?

Respondendo comentários:

Isa – Obrigadaaaaa. O capítulo demorou um pouco, mas chegou. Espero que goste.

victória - Que bom que você gostou!! Espero que goste desse capítulo também.

Por favoooor, comentem. É muito bom saber que tem gente interessada no que escrevo. Críticas (construtivas, claro) são muito bem aceitas. Falem se os fatos estão acontecendo muito rápido, se estão demorando muito, se os textos estão confusos...

Beijos...
*.*Palas*.*
P.S. Boa parte do capítulo cinco já está feita, mas eu só vou postar se tiver pelo menos um comentário novo.

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