Embarque

 Meus pais insistiam em me acompanhar até o trem para Hogwarts até hoje, mesmo eu argumentando com eles que não era necessário e que eu podia me cuidar, que não era mais uma criança.
-Mione, queremos aproveitar sua compania até o último segundo, não te veremos antes do natal.- minha mãe explicou, chorosa.
-Ok, mãe, só tenta não chorar no meu da estação- falei, tentando consola-la a envolvendo em um abraço. Ela sempre fora muito emotiva.
-Mione!- ouvi uma voz conhecida me chamando, me virei em sua direção com um sorriso no rosto.
-Rony! Oi- praticamente corri até ele e me joguei em seus braços. Os outros Weasleys o segui de perto. Quando nos separamos vimos Fred e Jorge fazendo um coração com as mãos em nossa direção. As orelhas do Rony se avermelharam, eu não entendi direito aquilo.
-Olha lá, Jorge, o Roniquinho ficou com vergonha- Os dois começaram a rir.
-É, eu vi, Fred. O Roniquinho esta com vergonha.
-Fred! Jorge! Parem de implicar com seu irmão!- a senhora Weasley impos ordem e depois se virou para mim- Hermione, querida, que saudade de voce. Esta muito bonita, mas tão magrinha!
-Obrigada, senhora Weasley- agradeci um pouco deslocada.
-Ah, isso logo vai se resolver! Vou enviar um pacote extra para voce na páscoa.
-Mãe, voce é a nossa mãe, tem que dar um pacote extra de chocolate para nós.- um dos gemeos protestou, não sei qual, ninguém sabe. A senhora Weasley fez cara feia e puxou a orelha dele.
-Hermione!- Gina veio me abraçar- Não de bola para esses idiotas. São uns palhaços.- Nossa conversa foi interrompida por um apito alto e agudo. O sinal que o trem estava partindo. Tínhamos que embarcar depressa.
-Será que o Harry já entrou- a senhora Weasley perguntou- ele não veio conoso e ainda não o vi. Se aqueles trouxas estiverem dando problemas...
-Senhora Weasley, se acalme. Ele deve estar no trem, esperando por nós.- tranquilizei-a. - Tchau mãe, tchau pai. -dizendo isso embarquei no trem, que no mesmo segundo começou a andar.
-Vambora achar uma cabine, Mione- Rony me puxou pelo braço. À essa altura não devia ter mais nunhuma cabine vazia. Com sorte, Harry deve ter encontrado uma e estar guardando nossos acentos.
-Todas estão cheias, Rony- falei ao andarmos mais da metade do trem sem encontrar uma cabine vazia ou Harry.
-Vamos dar mais uma olhada, Hermione. O que custa- Rony me fez andar quase até o último vagão, mas encontramos Harry conversando com Neville em uma cabine- Eu disse.
-Oi, Harry. Como vai Neville- comprimentei os dois, simpática.
-Oi- Harry respondeu- Voces demoraram e perderam a maior cena! O neville lançou uma azaração no Malfoy.
-O que- Rony e eu olhamos para um Neville vaidoso.
-Ele mereceu!- afirmou, simplesmente.
- Mereceu mesmo!- Harry apoiou- Malfoy disse que a avó dele estava ficando caduca em pensar que manda-lo para Hogwarts iria faze-lo ficar mais inteligente.
-Esse Malfoy é um idiota!- o Rony falou, oferecendo a mão para Neville bater- Mandou super bem cara. Aquele Malfoy é um sem noção!
-Nem me fala, mas voces não podem ficar brigando desse jeito. As coisas nem sempre se resolvem com brigas.
- Falou a pessoa que deu um soco na cara dele!
-Mandou bem, também, Mione!- Harry comentou.
-Aquilo foi a muito tempo, voces tem que esquecer isso um dia. E tinha sido um impulso, porque ele era o culpado pela execusão do Bicuço.
-Porque temos que esquecer isso- Harry argumentou- Ele nunca vai esquecer.
-Voces vão acabar sendo expulsos desse jeito- balancei a cabeça negativamente, olhando para o chão.
-Voce é muito tensa Hermione.- Neville foi quem comentou, dessa vez- Ainda nem estamos em Hogwarts.
-É, relaxa um pouco.
 A noite chegou e com ela Hogwarts também. Entramos e seguimos para o salão principal, onde seria o banquete de boa vindas. Todos foram se acomulando nas respectivas mesas e, quando todos se organizaram e sentaram, Dumbledore anunciou os primeiranistas em sua seleção de casas.
Eu sempre ficava empolgada com a seleção, principalmente quando um Grinffidor era selecionado, então a mesa toda fazia uma algazarra, assobiava, gritava, batia palmas e se levantavam para receber e comprimentar o novo integrante da nossa casa. Era realmente extasiante.
Depois de todos os alunos serem selecionados, o diretor retomou a palavra. Fazendo seu discurso de abertura. Terminando com um "E sem mais delongas o jantar de boas vindas, que voces já devem estar famintos", assim ele abre os braços e a comida aparece, preenchendo cada centímetro da mesa, como magica. Bom, era magica.
- Dumbledore demorou mais para terminar esse discurso que no ano passado Fred - ouvi Jorge falando segurando um tipo de cronometro magico- voce me deve trinta pratas! 
-Ah, não. Nem vem, Jorge, voce trapaciou.
- Trapaciei uma ova seu pão duro. Me passa logo a dinheiro, que eu ganhei a aposta!
- Voces apostam tudo- Rony falou- Eles apostam tudo! Estão com essa mania. Mamãe mando eles pararem, mas eles ignoram. E sempre brigam depois disso- Concluiu apontando com o garfo os dois gritando um com o outro.
-É, eles ficam assim por séculos até começarem a brigar de verdade. -Gina comenta e insere mais uma garfada na boca- Espero que de tempo de eu ve-los arrancando os cabelos um do outro. É muito engraçado.
 Quando o jantar acabou, a comida da mesa desapareceu e o diretor nos mandou ir para os dormitórios para descansar, que amanha começavam as aulas.
  Já no dormitório, eu me deitei na cama, mas não conseguiria dormir com minhas colegas de quarto cochichando/ dando gritinhos enquanto fofocavam sobre as férias, os garotos e as unhas "daquela sonserina ridícula", que eu não sabia quem era. Nem queria saber, só queria mesmo era dormir.
 Depois de muito custo elas foram dormir, apagando a luz e me deixando em paz com meus sonhos. 

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.