Extra de Natal - James e Lily
POV Lily Evans
Voltei pra casa para o Natal, mas preferia mil vezes ter ficado na escola. Não suporto ficar essas duas semanas em casa com a mala da minha irmã, Petúnia. Ela é cheia de si, e isso me tira do sério, mas fazer o que.
No dia 23 lá estava eu procurando um vestido pra passar o natal aqui em casa e ouço meu pai gritar lá de baixo:
- Lily, carta pra você.
Carta pra mim? Quem manda carta hoje em dia?, pensei enquanto descia as escadas.
- Me deixa ver o que é isso – gralhou Petúnia, tentando tirar a carta da mão do meu pai.
- Petúnia, isso está endereçado a Lily, não a você, sossegue.
Fiz uma cara de triunfo e peguei a carta. Olhei nos dois lados, mas só havia meu nome: Lilian Evans. Abri o envelope com delicadeza e tirei o papel grosso que havia dentro. Ele era todo decorado em dourado e vermelho e continha em letras ornamentadas a seguinte frase:
É com muito prazer que convidamos
a Srta. Lilian Evans para o baile
de Natal dos Potter!
- Oh meu Deus – exclamou minha irmã, colocando as mãos na boca aberta – Não acredito que você foi convidada.
- Convidada pra quê, filha? – perguntou minha mãe, saindo da cozinha.
Eu ainda estava um pouco em choque e acabei nem ouvindo nada ao meu redor, apenas continuei encarando a carta, e como se tivesse um pressentimento, virei-a e lá estava escrito a caneta um pequeno recado: Espero muito que você venha, mandarei um carro te buscar ás 21 horas. Beijos, James.
- Filha? – ouvi meus pais me chamarem mais uma vez.
- Desculpe, estava processando tudo isso – falei, balançando a cabeça, meio atordoada.
- E então? Você vai?
- Não sei – respondi indecisa.
- Se você não for eu vou – debochou Petúnia – aquele James Potter é um gato.
- Cala a boca Petúnia – falei, empurrando ela e subindo os primeiros degraus da escada – Acho que eu vou, mas realmente preciso ir ao shopping, nada do que eu tenho é digno de um baile dos Potter.
Subi até o meu quarto e deitei na cama, admirando novamente aquela carta. Não acredito nisso James, você é maluco, pensei.
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No dia seguinte eu já estava pronta, esperando o carro vir me buscar. Comprei um vestido dourado, lindo, e decidi ir toda de dourado, sapato, bolsa e jóias. Deixei o cabelo solto, levemente ondulado e passei um batom claro.
Olhei no relógio novamente e eram 21 horas em ponto. Ouvi um barulho de carro e um som de buzina. Confesso que fiquei aliviada, já estava achando que era algum tipo de piada do Potter. Me despedi de todos (principalmente da Petúnia, que estava mega emburrada) e fui até a porta.
O motorista estava do lado de fora do carro, me aguardando para abrir a porta. Cumprimentei-o e entrei naquele lindo carro preto todo com bancos de couro. Comecei a ficar cada vez mais nervosa e meus pés começaram a batucar o chão.
Quando avistei um portão grande percebi que tínhamos chegado. O local estava com uma fila de carros que paravam na porta da mansão para desembarcar os convidados. Comecei a achar que não foi uma boa ideia eu vir, provavelmente eu ia ficar sozinha e encheria a cara de champanhe.
Logo que o carro que estava em nossa frente saiu e o motorista acelerou eu avistei a entrada da festa, e adivinha quem estava lá, todo lindo de smoking e parecendo realmente nervoso? Sim, ele mesmo, JAMES POTTER. Ele estava ME esperando? Achei que ia desmaiar, mas me controlei e apenas sorri de orelha a orelha.
O carro parou e o moço que recepcionava veio abrir minha porta, acenou para mim e me ofereceu sua mão para me ajudar a descer. Aceitei, e assim que James me avistou ele ficou meio paralisado e depois desceu as escadas de entrada para vir falar comigo.
- Você veio – ele disse, sorrindo.
- Não poderia recusar um convite tão bonito – sorri, ele sorriu de volta e pegou em minha mão, me girando.
- Você está linda.
- Obrigada, você também não está nada mal.
Ele sorriu todo bobo pra mim de novo e ofereceu seu braço para eu segurar.
- Vamos, vou te apresentar meus pais.
Logo que entramos na festa fiquei deslumbrada. A casa era maravilhosa, estava toda decorada e majestosa. O piso era de madeira fina e a casa era toda de mármore. O salão estava cheio de pessoas bem vestidas e logo James avistou um casal e me levou até eles.
- Pai, mãe, essa é Lily Evans.
- Não acredito – falou o pai de James, enquanto apertava minha mão – ele fala muito de você, mas com certeza você é mais bonita pessoalmente do que quando ele te descreve.
- Obrigada senhor Potter – fiquei extremamente corada e sorri timidamente, olhando de relance para James.
- Não ligue para ele querida, ele é um grande galanteador, acho que percebeu a quem James puxou – disse a mãe, me cumprimentando.
- É, agora tudo faz sentido – falei, rindo e vendo a cara de envergonhado que o James fez.
Uma música muito bonita começou a tocar e James aproveitou para mudar de assunto.
- Quer dançar Lily? – ele perguntou, oferecendo sua mão.
- Claro – segurei-a e ele me levou até o meio do salão.
Uma de suas mãos passou pela minha cintura e a outra segurou minha mão. Peguei em seu ombro com a mão livre e ele começou a me conduzir. Fiquei impressionada, mas me lembrei de que nós já tínhamos dançado juntos no evento da escola, e ele realmente dançava muito bem. Quando a música acabou ele falou:
- Vamos, quero te mostrar uma coisa – pegou em minha mão e foi me levando para o lado de fora da casa.
Ele me arrastou até uma vista maravilhosa de um lago no quintal dele. UM LAGO NO QUINTAL DELE. E o lago era simplesmente lindo, estava todo decorado com barcas cheias de luzes.
- Gostou?
- Claro que gostei, é lindo – exclamei, enquanto apoiava na cerca.
- Sabia que você ia gostar, vi seus olhos brilhando – ele sorriu e veio do meu lado.
Fiquei admirando o lago um tempo, e uma pergunta me veio à cabeça.
- James.
- Oi?
- Posso te fazer uma pergunta?
- Pode, claro.
- Por que me convidou?
- Pra passar o Natal aqui? – ele me olhou intrigado e eu assenti – Porque...é..porque – ele gaguejou e começou a ficar realmente nervoso.
- James?
- Eu te chamei porque gosto de você, queria você aqui comigo, pronto – ele falou rapidamente, parecendo que tirou um peso dos ombros.
Eu pisquei várias vezes um pouco confusa.
- Gosta de mim? Como assim?
- Gosto de você Lily, simples, to apaixonado, caído por você, ficando maluco, te quero pra mim, entendeu? – James me olhou intensamente nos olhos esperando minha reação.
- James, peraí, não to entendendo – eu não conseguia acreditar que aquilo realmente estava saindo da boca dele.
- Caramba, porque isso é tão difícil? Nunca fiquei tão nervoso perto de uma garota, entendeu? Isso me confunde – ele colocou as mãos na cabeça, confuso – Olha, quero chegar lá dentro e falar: “Mãe, pai, essa é minha namorada, Lily Evans, futura Evans Potter”. Quero que aquele babaca do Diggory fique longe de você, na verdade quero que todos os caras fiquem longe de você. Lily, o que eu tenho que fazer pra você perceber que quero você como minha namorada?
Eu devia realmente parecer uma pateta porque eu estava com a boca aberta e os olhos arregalados. Nunca, nunca, nunquinha, eu ia imaginar que ele ia falar todas essas coisas pra mim hoje. Na verdade eu achava que ele tinha me chamado porque nenhuma outra garota pode vir, sei lá. Mas depois de tudo isso, que tenho certeza que foi muito difícil de ele dizer, afinal ele é o galinha Potter, eu só tinha uma resposta pra dar a ele:
- Me beija.
Ele piscou uma, duas, três vezes e perguntou:
- O quê?
- Você perguntou o que precisa fazer, estou dizendo, me beija – sorri com o canto da boca.
James abriu um lindo sorriso, provavelmente o mais bonito que eu já vi, e foi se aproximando bem devagar. Passou as duas mãos pelo meu pescoço, segurando minha nuca delicadamente, e me puxou até ele, tomando conta dos meus lábios. No começo foi apenas um selinho demorado, como se ele estivesse conferindo se era realmente aquilo que eu queria.
Logo senti sua boca abrindo devagar e sua língua adentrou minha boca, quente, e todas as sensações que o beijo dele sempre me dá voltaram. Coloquei minhas mãos em seu peito e um arrepio subiu minha espinha, levantando todos os pelos do meu corpo.
Ele desceu as mãos e enlaçou minha cintura com força, me encostando na cerca do lago. Dessa vez foi minha vez de afogar minhas mãos em seus cabelos e sentir seu arrepio. Isso me fez sorrir e interromper o beijo.
- O que foi? – ele perguntou.
- Nada, só gosto de te olhar – disse, olhando em seus olhos.
- Pode olhar, sei que sou lindo.
- Lindo e convencido – comecei a rir e dessa vez ele começou a me encarar – O que foi?
- Nada, só gosto de te olhar – James me imitou e eu mostrei a língua pra ele.
Ficamos parados, apenas nos olhando e ele rompeu o silêncio.
- Então agora você é minha namorada?
- Aham – disse, assentindo.
- Então posso te beijar sempre.
- Pode.
- Tipo agora?
- É, tipo agora.
Ele sorriu e me beijou novamente. E com certeza esse foi o melhor Natal que eu já tive.
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