Desesperada
Quando desperto, meus braços se movem para meu lado. Jane não está aqui. Levanto os olhos em busca da figura de minha pequena irmã pelo quarto, mas não a encontro. Ela deve ter tido pesadelos e ido para a cama de nossa mãe. É claro que ela foi. Hoje é o dia da colheita.
Levanto-me lentamente. O quarto ainda está bastante escuro, mas não o bastante para me impossibilitar de enxergar o caminho até a porta. Meus pés doem bastante, enquanto caminho em direção ao quarto ao lado.
Provavelmente, culpa do longo caminho que caminhei ontem. A luz deste quarto é maior, as grandes frestas no telhado permitem uma maior entrada de raios solares. Posso ver claramente as duas. Minha irmã está enroscada ao lado de nossa mãe, Rona, e esta a abraça protetoramente.
Enquanto dorme, minha mãe parece mais jovem, ainda que muito cansada, mas não deprimida.
O rosto de Jane é liso como uma gota d’água, ela é realmente, como todos dizem, muito linda. Minha mãe, um dia, também já foi muito bonita. Ou assim me contam.
Volto para meu quarto e deslizo dentro das minhas botas de couro. Um couro muito bom, tanto que eu jamais teria dinheiro para comprar. Elas eram uma das poucas lembranças que meu pai me deixou antes de ser explodido em mil pedaços por feitiços de comensais. Logo, coloco minhas calças. Amarro minha camisa escura e enrola minha longa trança castanha.
Nossa parte do distrito 7, chamada por nós de periferia, está mais silenciosa que o comum. Apesar de geralmente ninguém ter muito o que conversar, além de seus vários problemas, em dias comuns é normal pela manhã um certo farfalhar de vozes correr pelas ruas. Mas hoje não é um dia normal. Até os bruxos e bruxas, de ombros curvados e rostos manchados de pó, que trabalham nas minas, estão caminhando silenciosamente em direção ao seu local de trabalho. Só voltarão para cá as duas, não que queiram isso. Voltarão para assistirem a colheita.
Nossa casa fica no limite da periferia. Portanto, eu só tenho que caminhar poucos metros para chegar ao local imundo apelidado de Serra, porém para meus pés fadigados, essa distância parece se alongar em quilômetros.
Separando a Serra da Floresta Proibida, e de fato circundando todo o distrito 7, está uma alta cerca de arame com voltas de arame-farpado no topo.
Supostamente, ela deveria ser mantida eletrificada vinte e quatro horas por dia, como um dissuasor para os predadores que vivem na floresta e costumavam invadir nossas ruas. Mas para nós também, é claro, sair dos limites do distrito sete é estritamente proibido. Mas como raramente somos agraciados com duas ou três horas de eletricidade por noite, é de fato seguro encostar na cerca.
Entretanto, apenas por precaução, eu tiro um momento para escutar cuidadosamente um zumbido, indicando que a eletricidade está ligada. Neste momento ela está silenciosa como uma pedra. É claro que se ela estivesse ligada, em teoria, eu poderia desliga-la com um feitiço qualquer, mas a posse de varinha fora negada a nós já há muitas gerações, e os poucos rebeldes que ousavam fabricar uma para seu próprio uso, assim que eram descobertos, tinham suas cabeças guilhotinadas com transmissão ao vivo pela rede nacional de Hogwarts. É claro que a capital, e o presidente Riddle, jamais aceitaria que um rebelde saísse ileso.
Só por conveniência, olho para trás e corro meus olhos em todas as direções, apenas para checar a presença de ninguém. Deito sob minha barriga e deslizo por um trecho de 60 cm que está ali há anos. Existem alguns outros pontos fracos na cerca, mas esse era tão perto de casa que eu quase sempre entro na floresta proibida por aqui.
Logo que chego a primeira arvore subo nela por alguns metros e encontro minha aljava e o arco. Outra relíquia deixada por meu pai, antes de sua morte pelas mãos dos comensais. Quando eu tinha apenas onze anos. Cinco anos depois eu ainda acordando gritando para o deixarem viver.
A floresta era longa e densa, e os predadores que não mais se atreviam a sair da floresta, depois da instalação da cerca pareciam mais ameaçadores em seu Habitat. Não era realmente nada seguro. Mas entre ver minha irmã morrer de fome e correr o perigo de ser morta por animais predadores, eu ficava com a segunda opção.
A floresta é a maior fonte de comida que se pode ter no nosso distrito, isso é claro, se você sabe arranja-la. Meu pai me ensinou a caçar desde pequena. E a fazer um arco manual também. Arco e flechas sempre fizeram parte de mim, como um meio de sobrevivência.
Com os arcos fabricados eu poderia fazer um bom dinheiro na travessa do tranco, mas se me descobrissem eu seria obviamente açoitada em praça pública. Os pacifistas geralmente fechavam os olhos para as caças ilegais, porque também viviam tão famintos quanto nós do distrito. Mas a ideia de alguém andando armado pelo distrito era quase tão inconcebível quanto alguém portando uma varinha.
Pouquíssimas pessoas, pelo que eu saiba apenas duas, se atreviam a entrar na floresta. No outono, algumas poucas mais bravas almas, se atreviam a cruzar a cerca para colher algumas maçãs.
-Distrito Sete. Onde você pode morrer de fome em segurança. – Eu murmuro.
Então, olho rapidamente ao meu redor. Sei que não há ninguém por aqui, mas quando as vezes, sem pensar, falo coisas contra a capital, me ponho logo em alerta. Antigamente, tinha o costume de properar injurias contra Riddle e a capital a todo momento e em qualquer lugar, mas depois que meu pai foi morto acusado de traição pelo mesmo motivo, aprendi a morder a língua. Se eu fosse morta, minha mãe e Jane certamente morreriam de fome em pouco tempo.
Devido a isso, eu era considerada uma garota de poucas palavras. Em casa eu me atinha a conversar algumas banalidades com Jane, e evitava conversar sobre assuntos polêmicos como a colheita e os jogos mortíferos, ela poderia começar a repetir algumas palavras minhas, e então onde estaríamos? Na escola me sentava ao fundo da fila e não conversava com ninguém. E de fato, o único lugar em que eu me atrevia a falar um pouco mais era na Travessa do Tranco, o mercado negro, onde eu fazia a maioria dos meus negócios.
Na floresta espero a única pessoa com quem posso ser eu mesma. Ron. Eu posso sentir os músculos do meu rosto relaxando, meu passo apressando enquanto eu subia as colinas para o nosso lugar, uma orla de pedra com vista para o vale. A visão dele me esperando lá me trouxe um sorriso. Ron diz que eu nunca sorrio exceto na floresta.
-Hey, Hermi. – diz Ron.
Meu nome verdadeiro é Hermione, mas na primeira vez em que eu disse para ele, eu mal consegui sussurrar o começo. Então, ele pensou que meu nome era realmente Hermi.
-E então! Feliz Jogos Vorazes! – Ele cata algumas pedras no chão e as lança no horizonte. – E que a sorte – Ele olha com um sorriso irônico para mim.
-Esteja sempre a seu favor. – Eu completo, retribuindo o sorriso.
Nós temos que brincar sobre isso porque a alternativa é ficar assustado e fora de seu juízo. Além disso, o sotaque da capital é tão fingido, quase qualquer coisa soa divertida nele.
Observo um coelho passar veloz em nossa frente. Ele seria uma possível caça em um dia normal, mas hoje o céu azul com seu brilho tão intenso, contrasta tanta com meus pensamentos escuros, que aquele coelho nada mais é, para mim, que um cidadão do distrito fugindo assustado da colheita.
Nós poderíamos fazer, sabe — Gale diz quietamente.
-O quê? — pergunto.
-Deixar o distrito. Fugir. Viver na floresta. Você e eu, nós podemos fazer — diz Gale.
Eu não sei como responder. A ideia é tão ridícula.
-Se nós não tivéssemos tantas crianças - ele acrescenta quietamente.
Ron não é filho único. Ele é apenas o irmão mais velho de outros três meninos mais novos e uma menina da idade de Jane. Sua mãe, Molly Weasley, era viúva assim como minha mãe e também pelos mesmo motivo dela.
Essa é só mais uma coincidência entre Ron e eu. Ambos, assumimos a responsabilidade de saciar a fome de nossas famílias, e não permitir que elas morressem desnutridas.
-Eu nunca quero ter filhos - digo.
-Eu poderia. Se eu não vivesse aqui - diz Gale.
-Mas você vive - respondo, irritada.
-Esqueça - ele rebate de volta.
A conversa ficou toda errada. Partir? Como eu poderia deixar Jane, que é a única pessoa no mundo que eu certamente amo? E Ron é devotado a sua família. Nós não podemos partir, então por que estamos falando sobre isso? E mesmo se nós pudéssemos... mesmo se pudéssemos... de onde essa coisa de ter filhos veio?
Nunca teve nada romântico entre Ron e eu. Quando nós nos conhecemos, eu era uma magrela de doze anos, e embora ele seja apenas dois anos mais velho, ele já parecia um homem. Levou um longo tempo pra que nós tornássemos amigos, para parar de discutir sobre todo negócio e começar a ajudar um ao outro, e na realidade nossa relação ainda era muitas vezes abalada por discussões banais.
Além disso, se ele quer filhos, Ron não terá problemas em encontrar uma esposa. Ele é bonito, forte, e pode caçar. Você pode dizer pela forma que as garotas cochicham sobre ele quando ele passa na escola que o querem. Deixa-me com ciúmes, mas não pela razão que as pessoas pensariam. Companheiros caçadores bons são difíceis de encontrar.
Para evitar prolongar a discussão, decidimos encerrar por hoje, mesmo sem termos caçado nada, não é bom que estejamos brigados no dia da Colheita. No caminho de volta colhemos alguns morangos, do nosso pequeno pé de morango, que encontramos certa vez enquanto caçávamos, por sorte ele fica no centro da floresta, o que o torna inacessível para os outros, que não ousam passar mais que alguns poucos centímetros da cerca.
Depois de sairmos da floresta, vamos direto para a casa do prefeito. O Sr. Malfoy é um homem alto e louro. Tem apenas um filho e sua mulher, Narcisa Malfoy, está constantemente doente e pouco é visto fora de seu quarto. O prefeito possui um grande apreço por morangos e geralmente compra os nossos. Ele também sabe que caçamos, mas, como os pacificadores, também fecha os olhos para tal fato.
Depois de vendermos os morangos, dividimos o dinheiro. A agitação pelas ruas está começando. As pessoas já se encaminham pouco a pouco para as praças, as cabeças baixas, expressam o medo que sentem, assim como eu. Até o Sr. Malfoy parecia ter os olhos fundos de preocupação, certamente temia pelo filho.
-É claro que Draco Malfoy, não será selecionado. –Ron bufou irritado, quando comentei com ele. Caminhávamos de volta para periferia. – Quantas entradas ele pode ter? cinco?
Ele está certo, é claro. O sistema da Colheita é injusto, com os pobres conseguindo o pior. Você se torna elegível para a colheita no dia em que completa doze anos. Nesse ano, seu nome entra uma vez. Aos treze, duas vezes. E assim por diante até completar dezoito, o último ano de elegibilidade, quando seu nome vai para a urna sete vezes.
Isso é certo para todo cidadão dentro de todos os setes distritos de Hogwarts. Mas há um truque. Diga que você é pobre e está faminto como nós estamos. Você pode optar por adicionar seu nome mais vezes em troca de tésseras. Cada téssera vale um ano de um magro suprimento de grãos e óleo para uma pessoa. Você pode fazer isso para cada membro da sua família também.
Assim, aos doze anos, eu tive meu nome anotado quatro vezes. Uma vez porque eu tive de fazer e três vezes pela téssera para grãos e óleo para eu mesma, Jane e minha mãe.
Na verdade, todos os anos eu tenho que fazer isso. E as entradas são cumulativas. Então agora, aos dezesseis anos, meu nome estará na colheita vinte vezes. Ron, que está com dezoito anos e tem sozinho ajudado e alimentado uma família de cinco a sete anos, terá seu nome quarenta e duas vezes.
Você pode ver porque alguém como Draco Malfoy, que nunca esteve no risco de precisar de tésseras, pode tirá-lo de si. A chance do nome dela ser puxado é muito pequena comparada àqueles de nós que vivem na Periferia. Não impossível, mas pequena. E embora as regras tenham sido feitas na Capital, não nos distritos, certamente não pela família de Draco, é difícil não se ressentir daqueles que não tem que se registrar pela téssera.
Chegamos finalmente a periferia. Ron ainda com a cara amarrada se vira em direção a sua casa, mas antes que ele dê muitos passos, eu grito:
-Te vejo na praça.
-Use algo bonito. – Ele grita de volta, sem rodeios, se virando para mim.
Em casa, eu encontro minha mãe e irmã prontas para ir. Minha mãe usa um vestido fino, manchado de sangue seco, dos seus dias de curandeira. Jane está com meus trajes da minha primeira colheita, uma saia e uma blusa franzida. Está um pouco grande nela, mas minha mãe o fixou com alfinetes. Mesmo assim, ela está tendo trabalho para manter a blusa dobrada nas costas.
Uma banheira de água quente me espera. Eu esfrego a sujeira e o suor da floresta e ainda lavo o meu cabelo. Minha mãe estendeu para mim um de seus belos vestidos. Uma coisa azul e macia com sapatos combinando.
-Obrigada. – Falo para ela. Por mais que eu sempre tenha tentado rejeitado todas as ofertas dela, hoje estou muito receosa para conseguir manter essa atitulde.
-Por nada. Deixa eu puxar esse cabelo para cima também. – ela diz.
Eu a deixo secá-lo e fazer uma trança na minha cabeça. Dificilmente posso me reconhecer no espelho rachado apoiado na parede.
-Você parece bonita. – Jane fala numa voz baixa.
-E nada como eu mesma – falo.
Abraço-a, porque eu sei que essas próximas horas serão terríveis para ela. Sua primeira colheita. Ela está tão segura quanto poderia ficar, desde que entrou apenas uma vez. Eu não a deixaria arranjar nenhuma téssera. Mas ela está preocupada comigo. Que o impensável pode acontecer.
Protejo Jane de toda maneira que posso, mas sou impotente contra a colheita. A angústia que eu sempre sinto quando ela está com dor brota em meu peito e ameaça aparecer no meu rosto.
A uma hora nos dirigimos a praça. Ainda está vazia. Apenas algumas poucas crianças abraçadas em suas mães, que choram desesperadamente, já estão aqui. Todavia, com o decorrer das horas o espaço fica mais apertado, mais claustrofóbico enquanto as pessoas chegam. A praça é bem larga, mas não o bastante para concentrar a população de cerca de oito mil do Distrito 7. Os retardatários são direcionados para as ruas adjacentes, onde se pode assistir ao evento em telas enquanto é transmitida ao vivo pelo Estado.
Eu me encontro de pé no grupo dos dezesseis anos da Costura. Nós todos trocamos pequenos acenos e então focamos nossa atenção no palco temporário que é colocado em frente do Edifício da Justiça. Possui três cadeiras, um pódio, e dois globos de vidro, um para os meninos e um para as meninas. Eu olho para os papeis escorregando dentro do globo das garotas. Vinte deles tem Hermione Granger escrito em cuidadosa caligrafia.
Em duas das três cadeiras estão o pai de Draco, Prefeito Malfoy, e Dolores Umbridge, escolta do Distrito 7, vem da Capital com seu assustador sorriso branco, rosto que assustadoramente me lembra um sapo e cabelos rosas armados. Eles cochicham um para o outro e então olham com interesse o assento vazio.
Logo que o relógio bate as duas, o prefeito se levanta no pódio e começa a ler. É a mesma história todo ano. Ele fala da história de Hogwarts, o país que se levantou das cinzas de um lugar que já foi chamado de Europa. Ele lista as diversas guerras entre o povo trouxa e o povo bruxo. Durante anos os bruxos subjugaram os trouxas, porém, certa vez, o povo trouxa, liderado por um bruxo rebelado, se levantou contra o domínio bruxo, e usando da grande força bélica que desenvolveram, se igualaram aos portadores de varinhas. A guerra entre os dois lados, reduziu tudo a pó. Quase nada sobrou.
O resultado foi Hogwarts, uma iluminada Capital rodeada por oito distritos, que trouxe paz e prosperidade para os cidadãos. Desde o começo do nosso país, ele foi governado por Tom Riddle, autodenominado de Voldemort, que para manter o seu controle sobre os distritos proibiu o uso de varinha por nós e reduziu a quase zero o ensino magico nos distritos. Porém, vieram os Dias Negros, a revolta dos distritos contra a Capital. Sete foram derrotados, o oitavo obliterado. O Tratado de Traição nos deu novas leis para garantir a paz e, como nosso lembrete anual de que os Dias Negros nunca deveriam ser repedidos, deu-nos os Jogos Mortíferos.
As regras dos Jogos Mortíferos são simples. Como punição pela revolta, cada um dos sete distritos devem providenciar uma garota e um garoto, chamados tributos, para participar. Os quatorze tributos serão aprisionados numa vasta arena ao ar livre que pode conter qualquer coisa, de um deserto ardente a uma devastação congelada. Pelo período de poucas semanas, os competidores devem lutar até a morte. O último tributo de pé ganha.
Tirando as crianças dos nossos distritos, forçando-as a matar um ao outro enquanto eles assistem – essa é a hora da Capital de nos lembrar como estamos totalmente a mercê deles. Quão pequena chance nós teríamos de sobreviver a outra rebelião.
Quaisquer palavras que usem, a real mensagem é clara. “Olhe como nós tomamos suas crianças e as sacrificamos, não há nada que vocês possam fazer. Se você levantarem um dedo, destruiremos cada um de vocês. Assim como fizemos no Distrito Oito.”
Para fazer a humilhação mais atormentadora, a Capital nos obriga a tratar os Jogos Mortíferos como uma festa, um evento desportivo que coloca cada distrito contra os outros. O último tributo vivo recebe uma vida de tranquilidade de volta para casa, e seu distrito terá uma chuva de prêmios, consistindo largamente de comida. Todo ano, a Capital mostrará ao distrito vencedor presentes como grãos e óleo e mesmo delicadezas como açúcar enquanto o resto de nós batalha contra a fome.
-É tanto uma hora de penitência como uma hora de arrependimento – entoa o prefeito.
Então ele lê uma lista de antigos vitoriosos do Distrito 7. Em setenta e quatro anos, nós tivemos exatamente dois. Apenas um ainda está vivo. Sirius Black, um homem magricela de meia-idade, que nesse momento aparece gritando algo ininteligível, cambaleia para o palco, e cai na terceira cadeira. Ele está bêbado. Muito bêbado. A multidão responde com aplausos simbólicos, mas ele está confuso e tenta dar em Dolores Umbridge um grande abraço, ao qual ela mal consegue defender-se.
O prefeito parece aflito. Desde que tudo isso está sendo emitido através de televisão, agora mesmo o Distrito 7 é o alvo de riso de Hogwarts, e ele sabe disso. Ele rapidamente tenta puxar a atenção de volta à colheita introduzindo Dolores Umbridge.
Brilhante e espumante como sempre, Dolores Umbridge trota para o pódio e dá sua assinatura:
- Hem, Hem. Feliz Jogos Vorazes! E que a sorte esteja sempre ao seu favor!
Ela fala um pouco sobre que honra é estar aqui, embora todos saibam que ela está apenas se doendo para ir a um distrito melhor onde eles tenham vitoriosos apropriados, não bêbados que envergonham você na frente de uma nação inteira.
Através da multidão, localizo Ron olhando para mim com uma sombra de um sorriso. Enquanto a colheita continua, esse pelo menos tem um fator de entretenimento. Mas de repente eu estou pensando em Ron e seus quarenta e dois nomes dentro daquele grande globo e como as chances não estão ao seu favor. Não comparado a muitos garotos. E talvez ele esteja pensando a mesma coisa, porque o rosto dele escureceu e ele se virou. Tudo está contra ele, e isso me preocupa.
“Mas ainda há milhares de papéis”, desejei poder sussurrar isso para ele.
É a hora do sorteio. Dolores Umbridge diz como ela sempre faz:
-Damas primeiro!
E cruzou o globo de vidro com os nomes das garotas. Ela chegou, empurrou sua mão fundo no globo, e puxa pra fora uma tira de papel. A multidão prende uma respiração coletiva e então você pode escutar fio de palha cair no chão, e estou me sentido com náuseas, desesperadamente desejando que não fosse eu, que não fosse eu, que não fosse eu.
Dolores Umbridge atravessa o pódio, alisa o pedaço de papel, e lê o nome numa voz clara. E não sou eu.
É Jane Granger.
Comentários (2)
Muito Legal!!!...Espero o proximo capitulo!!Total apoio!!!!
2015-03-16Ei! Gostei bastante da sua ideia.Misturou duas grandes paixôes minha, HP e THG.Além do mais, foi ótima a ideia de colar a Mione no lugar da Katniss, afinal as duas tambem muitas semelhaças ( São corajosas, dispostas a darem a vida por quem amam...).Esperando os proximos
2015-03-13