Merry Chritmas, Remus!

Estava frio. Esta realmente frio, mas não importava de verdade... as cobertas quentes do dormitório resolviam esse problema facilmente. Remo não estava nem um pouco a fim de sequer se mexer. Os olhos abertos encaravam o dossel da cama, perdidos.

Ainda devia ser cedo. Não era de seu feitio acordar tarde, talvez fosse sete e meia, no máximo quinze para as oito, mas o dia do mês simplesmente não lhe vinha na cabeça. Era dia 14? Não! Talvez fosse 19? Era um sábado, não? Sim, definitivamente era um sábado! Mas o dia... tentou lembrar a data da última lua cheia. Fora há duas semanas... não podia ser mais do que dia...  a cabeça doeu ao forçar-se para lembrar a data.

- Droga! Que dia é hoje?! – resmungou em tom alto, para depois se repreender mentalmente. Teria, certamente, acordado James e Sirius, e até Pedro, talvez... Frank também.

Virou-se de lado e puxou o dossel, abrindo-o. A cama de Frank estava vazia... era incomum que tão cedo, houvesse alguém acordado no dormitório, além dele próprio. Ainda mais em um sábado!

Continuou a esquadrinhar dormitório. Pedro não estava na cama do cantinho. As camas de James e Sirius estavam vazias e desarrumadas... espera! James e Sirius?  Acordados? As sete e meia da manhã? Em um sábado? Algo estava muito errado!

Levantou-se num pulo e puxou o relógio de pulso de cima da mesa de cabeceira... não eram sete e meia! Eram onze horas! ONZE!  O que, por Merlin, ele estava fazendo na cama a essa hora?! Que dia era?

A porta do dormitório abriu-se violentamente. Sirius gargalhava e James vinha comendo uma caixa de Feijõezinhos de todos os Sabores.

- Aluado! Finalmente! É muito estranho ser o primeiro a acordar. – James brincou, rindo.

- Do que estão falando? Por que estou de roupa social? – flashes passavam-lhe rapidamente pela cabeça.

Uma gravata sendo fechada. Banquete com os professores. Duas dúzias de alunos sentados à mesa. Sala da Grifinória. Os marotos e três outras garotas. Um menino do primeiro ano dormindo no sofá. Uma roleta? Garrafas? E... o que mais?

- Estou zonzo. Por que estou zonzo? – perguntou sentando-se e segurando a cabeça nas mãos.

- Ressaca. – Sirius comentou, achando muito casual. Roubou um dos feijões de James e fez uma careta em seguida. – Vômito! Arhg!

Remo ficou quieto, se forçando a lembrar dos acontecimentos.

“ - Só mais uma dose, Remo... por favor... – uma das meninas lhe estendia um copo contendo um líquido vermelho.

- Tá! Mais umazinha!! – se sentia estranho. – Pro meu... amigo... Jaaaaames! – e riu, tomando tudo de uma vez

Gritos de aprovação. Uma ruiva (que agora ele reconhecia sendo Lily Evans) rindo no sofá. E então em beijo. Uma agarração, em verdade. A menina que lhe estendera o copo quase quebrara-lhe o pescoço, tal a violência com que o agarrou.”

- Quem me estendeu o copo? – ele questionou

- Qual dos sete? – James ria com a surpresa do amigo. – O último foi a Suzanne, do sexto ano.

- Vocês deixaram aquela piranha me atacar enquanto eu estava semi-consciente?! – parecia atordoado e, até mesmo um pouco chateado.

- Ih, relaxa, viu? – Sirius zombou. – É Natal!

Então esse era o dia! 25 de dezembro!

- Por que não descemos para ver os presentes? – James comentou, dando um soquinho no ombro de Remo. – Ou melhor, o que sobrou deles, né? Já que o Sirius rasgou metade dos pacotes procurando os que eram dele!

- A minha querida mamãe me mandou um cachecol da sonserina... tadinha... tão iludida! Pensa que vou usá-lo... acho que vou colocar na lareira da sala, para ver se queima logo. Acho que vai nos esquentar o resto dia!

- Tem algo para mim? – Remo perguntou, roubando um feijão da caixa de James.

- Ei! Meus feijões!

- Toma vergonha nessa cara peluda, Aluado! Desce e vai ver, ora! – Sirius fingiu repreender, atrapalhando os cabelos de Remo.

- Falou! – e levantou-se, correu ao banheiro, lavou o rosto e a boca, escovou os cabelos.

Somente aí notou o frio. O chão de cerâmica do banheiro estava gélido e os pés do maroto estavam ficando insensíveis. Voltou ao quarto, calçou uma pantufa e roubou outro feijão de James.

- Tirei sorte grande! É o segundo de cereja! – riu da cara de enfezado que James lhe mostrou. – Quem quiser que me acompanhe! Pulou a cama de James e atrapalhou os cabelos de Sirius ao passar pela cama de Frank, onde o amigo estava sentado.

James e Sirius seguiram Remo escada abaixo. O primeiro anista, Lily e Mary, Pedro e Frank e a tal Suzanne estavam em volta da árvore de natal.

- UI! Que sedutor, Remo... – Mary riu. – De roupa social amassada e pantufas! – os demais caíram na gargalhada. Remo corou e correu escadas acima.

Uma vez no dormitório, arrancou a calça social e vestiu uma cinza, de moletom. Abriu os botões da camisa social e sentiu-se arrepiar de frio. Pôs uma camisa vermelha surrada e seu casaco de moletom azul marinho. Desceu de volta à sala.

- Ai meu Deus... não sei como eu prefiro você, Remo!! Social e sexy ou largado e... gostoso! – Mary zombou outra vez

- O Remo é pegável de qualquer jeito! – Lily continuou, rindo.

- UI! – Frank não pode evitar. Sirius se bolava de rir e James estava ficando sem ar.

Abriram os presentes e comeram doces que tinham trazido do café da manhã. Riram e brincaram, contaram piadas e divertiram o solitário Lewis, primeiro anista da grifinória. James levantou-o acima da cabeça e correu por toda a sala com ele, atrás de Sirius.

Quando o pequeno se cansou e pediu à Mary, sua prima para jogar xadrez, já passava das duas da tarde.

- Ei! Ouvi dizer que os sonserinos estão indo para o salão Principal... Pontas, o que acha de uma brincadeira saudável? – James riu malicioso.

- Me parece um bom presente de Natal, Almofadas... – e gargalhou.

- Vai ser legal!  - Pedro comemorou

- Eu topo! – Remo fez, animado.

- Aluado? – os outros três fizeram, surpresos. – Até você? – Sirius estava surpreso

- Achei que eu era maroto! – e riu. – Vamos logo, seus lerdos! O mapa tá no dormitório, Pedro.

Rabicho subiu para pegá-lo. Sirius foi junto para buscar um agasalho.

- E então, Evans... o que acha de eu te esquentar mais tarde? No frio da madrugada natalina?

- Sonhe, Potter, sonhe. – e voltou a observar o jogo acirrado de xadrez.

- Com você? Todos os dias, ruiva... – e abraçou-a pela cintura.

- Cai fora, Potter! – e empurrou-o com os cotovelos e James caiu para fora do sofá, dando uma cambalhota pelo chão da sala comunal.

 Remo observava a cena, achando tudo muitíssimo divertido. A carta para o pai ficaria para mais tarde. Talvez antes do jantar. Esse era o primeiro Natal que realmente aproveitava depois que viera para Hogwarts.

- Reminho... – alguém sussurrou próximo.

- AI! Criatura, que susto!

- Vai me deixar sozinha? No Natal? Depois de ontem? – Suzanne fez-se de inocente e manhosa.

- Hum... sabe... vou! – ela parecia ultrajada.

- Você é um cafajeste como o Sirius!

- Ah, não mesmo! Só que você me agarrou quando eu estava quase inconsciente e, portanto, irresponsável por meus atos... e, vamos combinar, se tratando de escrúpulos você é a que menos pode falar algo, não é, senhorita Amortentia? – Remo retrucou com um sorriso.

Ela parecia chocada. Como ele sabia da poção do amor que preparara para ele?

- Você age muito como criança! Isso sim!

- Pode ser... sabe, eu só tenho 15 anos. Ainda posso ser meio bobo, mas você, com quase 17... pega mal, né? – havia um brilho maroto em seus olhos e sorriso.

Suzanne Oliver não podia acreditar na audácia dele.

- Vamos, Aluado? – Sirius chamou.

- Beleza! – voltou-se para Suzanne. – Feliz Natal, Suzanne. Ah! E Amus Diggory volta de férias em 10 dias... te aconselho a se preparar para aguentar os galanteios dele outra vez! Te vejo depois... – se virou para ir embora, mas então deu meia volta e completou. – Ou não. Acredite, farei o possível para que não!

E saiu com os amigos, contente e risonho. Naquela tarde, muitos sonserinos foram zoados ao aparecer, no jantar, com maquiagens rosadas por toda a cara e vestes de gnomos, ampliadas com magia. Muitas gargalhadas foram compartilhadas naquela noite, na sala comunal. A carta ao pai de Remo só foi escrita na manhã seguinte, as brincadeiras não deram trégua até a uma da manhã. Afinal, nem no Natal os marotos podiam deixar o castelo quieto. James, Sirius, Remo e Pedro tinham de fazer o possível e o impossível para deixar o natal cada vez mais e mais maroto!  

********************************

N/A.: Oi oi, pessoal!
Primeiríssmo de tudo, esse especial de natal é um pedido de desculpas pelo suuuper atraso em postar o epílogo da "De Um Jeito Especial"; acreditem, eu até tentei, mas matar personagens é mais difícil do que parece e sempre que tento, nao consigo!
Esse ano acho que não vai mais ser possível postar o epílogo e em janeiro vai ser mais complicado, por conta das férias... tenho certeza de que vocês sabem como é e espero que entendam. MAs eu vou fazer o possível para postar logo esse epílogo! Por isso eu me desculpo de verdade com  quem espera o final da fic, eu quero mesmo acabá-la e postar a segunda temporada, viu?!

E agora a parte boa...
FELIZ NATAL GENTE!!! Tudo de bom para todos vocês, muita felicidade, aproveitem essas festas maravilhosas e tudo o mais! Um ano novo de muita saúde e sucesso para vocês e em 2015 estarei aqui com mais fics e (tomara) postagens menos demoradas!
É só isso mesmo! Brigada a quem leu essa nota GIGANTE! Boas Festas!
De uma autora que adora o natal,
Morgana Pontas Potter

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.