Priori Incantatem
– Priori Incantatem.
– Priori Incantatem? – Remo perguntou franzindo a testa, confuso – Como o feitiço que mostra os últimos feitiços feitos pela varinha?
– Parece que sim. – Tiago disse incomodado – Mas não consigo entender o que isso pode ter a ver com o que está acontecendo no livro…
– Então é melhor ler. – Sirius afirmou categórico fazendo sinal para Neville começar.
Rabicho aproximou-se de Harry, que tentou se aprumar para sustentar o corpo antes que as cordas fossem desamarradas. Rabicho ergueu a nova mão prateada, puxou o chumaço de pano que amordaçava Harry e então, com um único movimento, cortou as cordas que prendiam o garoto à lápide.
Houve talvez uma fração de segundo em que Harry poderia ter pensado em fugir, mas sua perna machucada estremeceu sob o peso do corpo quando ele firmou os pés no túmulo malcuidado, ao mesmo tempo que os Comensais da Morte cerraram fileiras, apertando o círculo em torno dele e de Voldemort, e os espaços que seriam dos Comensais da Morte ausentes se fecharam. Rabicho saiu do círculo e foi até onde jazia o corpo de Cedrico, e voltou trazendo a varinha de Harry, que ele enfiou com brutalidade na mão do garoto sem sequer olhá-lo.
– É claro que ele não olharia. – Remo bufou, olhando de Harry para Tiago com atenção – Vocês são assustadoramente parecidos… Não acho que Pedro, mesmo sendo o traidor que é, teria coragem de encarar a cópia de Tiago em um momento como esse.
– Isso sem contar que Pedro tem uma dívida com Harry. – Sirius lembrou – E ele sabe muito bem que quando você deve a vida a alguém, você precisa pagar…
Depois, Rabicho retomou seu lugar no círculo de comensais que observavam.
— Você aprendeu a duelar, Harry Potter? — perguntou Voldemort suavemente, seus olhos vermelhos brilhando no escuro.
– Eu queria tanto ter tido a oportunidade de te ensinar. – Sirius suspirou desolado – Pelo menos você poderia desviar a atenção dele para fugir… Ele não vai usar a maldição da morte de cara… Vai querer entreter os comensais…
– O meu medo é a ideia dele de entretenimento. – Remo disse apreensivo – Pelo menos Harry pode tentar bloquear ou desarmar ele…
– O único problema nisso, é que a maldição da morte não pode ser bloqueada… – Frank disse soturno.
Ao ouvir a pergunta Harry se lembrou, como se pertencesse a uma vida anterior, do Clube dos Duelos em Hogwarts que ele freqüentara brevemente há dois anos... A única coisa que aprendera tinha sido o Feitiço para Desarmar, Expelliarmus... e de que adiantaria isso, mesmo que ele pudesse privar Voldemort de sua varinha, quando ele estava rodeado de Comensais da Morte e em desvantagem de, no mínimo, trinta a um? Ele jamais aprendera nada que o tivesse preparado minimamente para uma situação dessas. Sabia que estava enfrentando aquilo contra o qual Moody sempre o alertara... a Maldição Avada Kedavra, impossível de bloquear, — e Voldemort tinha razão — desta vez a mãe de Harry não estava ali para morrer por ele... Não contava com proteção alguma…
– Não pense assim. – Tiago murmurou apreensivo – Pensar assim só vai te prejudicar… Você precisa lutar!
— Nos cumprimentamos com uma curvatura, Harry — disse Voldemort, se inclinando ligeiramente, mas mantendo o rosto de cobra erguido para Harry. — Vamos, as boas maneiras devem ser observadas... Dumbledore gostaria que você demonstrasse educação... Curve-se para a morte, Harry...
Os Comensais da Morte deram novas gargalhadas. A boca sem lábios de Voldemort riu.
– Ele é horrível, – Gina gemeu – está brincando com Harry!
– Pelo menos ele está dando a Harry o tempo que ele precisa para fazer alguma coisa. – Sirius disse forçadamente confiante – Quanto mais tempo ele perder, melhor.
– O que Harry pode fazer? – Alice perguntou chorosa – Ele está completamente cercado.
– Ele pode lutar. – Remo afirmou sério – Ele pode não saber muito, mas se ele não desistir, tudo pode dar certo!
– Harry vai conseguir. – Lily murmurou no peito de Tiago – Vai dar tudo certo.
Harry não se curvou. Não ia deixar o bruxo brincar com ele antes de matá-lo... Não ia lhe dar essa satisfação...
— Eu disse, curve-se — repetiu Voldemort, erguendo a varinha, e Harry sentiu sua coluna se curvar como se uma mão enorme e invisível o empurrasse impiedosamente para frente, e os Comensais da Morte riram com mais gosto que nunca.
— Muito bem, — disse Voldemort suavemente, e quando ele baixou a varinha a pressão que empurrava Harry se aliviou também. — Agora você me enfrenta, como homem... De costas retas e orgulhoso, do mesmo modo que seu pai morreu... Agora... Vamos ao duelo.
– Pelo menos dessa vez ele está falando a verdade. – Sirius encarou Tiago com os olhos úmidos – Tenho certeza de que você enfrentou ele de verdade!
– E não esperávamos nada diferente. – Remo disse esfregando os olhos – Você nunca foi covarde.
Lily apertou a mão de Tiago com carinho, no primeiro livro Voldemort disse que eles morreram implorando por piedade, mas ela nunca acreditara naquilo.
– Eu nunca imploraria por piedade. – Tiago disse, lembrando-se das palavras de Voldemort no primeiro livro – E pelo que lemos no livro anterior, já sabíamos que eu o enfrentei para tentar dar uma chance a vocês…
– Dessa vez ele está admitindo para o Harry que você é corajoso de verdade, – Sirius disse tentando manter a voz calma – mesmo que não seja essa a intenção, isso vai dar forças ao Harry para lutar, sei que sim!
O bruxo ergueu a varinha antes que Harry pudesse fazer alguma coisa para se defender, antes que pudesse sequer se mexer, e ele foi atingido pela Maldição Cruciatus. A dor foi tão intensa, e tão devoradora, que Harry já nem sabia onde estava... Facas em brasa perfuravam cada centímetro de sua pele, sua cabeça, sem dúvida alguma, ia explodir de dor, ele gritava mais alto do que jamais gritara na vida...
Neville gaguejou enquanto lia, a maldição cruciatus sempre seria um assunto delicado para ele.
Alice e Lily gritaram ao mesmo tempo, cada uma por um motivo, mas as duas sentindo a dor de Harry, e pavor daquela maldição.
– Eu sabia que ele não deixaria Harry sair bem… – Lily murmurou chorosa, Tiago a abraçou com mais força, também abalado.
– Você precisa ser forte, – murmurou no ouvido dela enquanto a abraçava – mesmo quando as coisas parecem ruins, você precisa ser forte.
Frank apertou a mão de Alice com força por trás das costas de Neville e apertou o ombro do mesmo com a outra mão, o incentivando a continuar lendo.
Então tudo parou. Harry se virou e tentou ficar em pé; tremeu descontrolado, como fizera Rabicho quando decepara a própria mão, cambaleou para os lados na direção dos Comensais da Morte ao redor, e eles o empurraram de volta a Voldemort.
— Uma pequena pausa — disse o bruxo, as narinas de cobra se dilatando de excitação — uma pequena pausa... Isso doeu, não foi Harry? Você não quer que eu faça isso outra vez, quer?
Harry não respondeu. Ia morrer como Cedrico, era o que aqueles olhos vermelhos e cruéis estavam lhe dizendo... Ia morrer, e não havia nada que pudesse fazer para evitá-lo... Mas não ia facilitar. Não ia obedecer a Voldemort... Não ia suplicar...
– Claro que não! – Tiago disse com uma mistura de orgulho e dor na voz – Você é corajoso, nunca vai se rebaixar ao nível dele!
— Perguntei se quer que eu faça isso outra vez — disse Voldemort gentilmente. — Responda! Império!
E Harry teve, pela terceira vez em sua vida, a sensação de que todos os pensamentos tinham se apagado de sua mente... Ah, foi uma felicidade, não pensar, foi como se estivesse flutuando, sonhando... Apenas responda "não"!... Diga "não"!... Apenas responda "não"! “Não direi”, falou uma voz mais forte no fundo de sua cabeça, “não responderei...” Apenas responda "não"!...
“Não vou responder, não vou dizer isso...”
Apenas responda "não "!
— NÃO VOU RESPONDER!
E essas palavras explodiram da boca de Harry, ecoaram pelo cemitério, e o estado onírico em que mergulhara se dissolveu repentinamente como se tivessem lhe atirado um balde de água fria — renovaram-se as dores que a Maldição Cruciatus deixara por todo o seu corpo — renovou-se a consciência de onde estava, do que estava enfrentando...
– Voldemort não tem ideia da sua força. – Sirius disse encarando Harry orgulhoso – E a ignorância e a soberba dele são o que vão dar a Harry a oportunidade de sair dai!
– É o que eu espero. – Lily murmurou com a voz abafada pelas vestes de Tiago.
– Vai dar tudo certo. – Tiago repetiu no ouvido de Lily.
— Não vai? — disse Voldemort suavemente, e agora os Comensais da Morte não estavam rindo. — Não vai dizer "não"? Harry, a obediência é uma virtude que preciso lhe ensinar antes de você morrer... Talvez mais uma dosezinha de dor?
– Não… – Alice resfolegou, imaginava quanto tempo uma pessoa levaria para chegar à insanidade sendo torturada pela cruciatus – Isso é horrível. – murmurou.
Voldemort ergueu a varinha, mas desta vez Harry estava preparado, com os reflexos nascidos da prática de Quadribol, ele se atirou para um lado no chão, rolou para trás da lápide de mármore do pai de Voldemort e a ouviu rachar quando o feitiço errou o alvo.
Alice e Lily suspiraram juntas, aliviadas.
– Se esconder não é uma boa ideia. – Remo murmurou aflito – Só vai irritá-lo mais… Você devia enfrentá-lo de uma vez!
– Não consigo decidir o que é pior. – Sirius bufou apreensivo.
– Acho que Harry tem mais chances enfrentando Voldemort cara a cara. – Tiago disse ansioso.
— Não estamos brincando de esconde-esconde, Harry — disse a voz suave e fria de Voldemort, aproximando-se, enquanto os Comensais da Morte riam. — Você não pode se esconder de mim. Será que isso significa que já se cansou do nosso duelo? Será que significa que você prefere que eu o encerre agora, Harry? Saia daí, Harry... Saia e venha brincar, então... Será rápido... Talvez até indolor... Eu não saberia dizer... Eu nunca morri...
Harry continuou agachado atrás da lápide e percebeu que chegara o seu fim. Não havia esperança... Nenhuma ajuda de ninguém. Quando ouviu Voldemort chegar ainda mais perto, ele soube apenas uma coisa que transcendeu o medo e a razão — ele não ia morrer agachado ali como uma criança brincando de esconde-esconde; não ia morrer ajoelhado aos pés de Voldemort... Ia morrer de pé como seu pai, e ia morrer tentando se defender, mesmo que não houvesse defesa alguma possível...
– Isso! – Tiago exclamou com os olhos marejados – Não dê a ele a chance de zombar de você!
– Mostre a ele tudo o que ele não sabe sobre você! Mostre a ele que você é exatamente como seu pai! – Sirius disse com a voz embargada.
Lily levantou os olhos, cheios de lágrimas, para Tiago e viu que ele sofria como ela.
– Vai dar tudo certo. – foi a vez dela murmurar para ele com carinho – Harry é exatamente como você, e isso me deixa muito mais feliz do que eu seria capaz de imaginar.
Antes que Voldemort pudesse meter a cara viperina atrás da lápide, Harry se levantou... Agarrou a varinha com força, empunhou-a à frente e saiu rápido detrás da lápide para encarar Voldemort.
O bruxo estava pronto. Quando Harry gritou "Expeliarmus!", Voldemort gritou "Avada Kedavra!”
A maioria dos presentes prendeu a respiração em uníssono.
Um jorro de luz verde saiu da varinha de Voldemort na mesma hora em que um jorro de luz vermelha disparou da de Harry — e os dois se encontraram no ar — e de repente, a varinha de Harry começou a vibrar como se uma descarga elétrica estivesse entrando por ela, sua mão estava presa à varinha, ele não teria podido soltá-la se quisesse, — e um fino feixe de luz agora ligava as duas varinhas, nem vermelha nem verde, mas um dourado intenso e rico — e Harry, acompanhando o feixe com o olhar espantado, viu que os dedos longos e brancos de Voldemort também agarravam uma varinha que sacudia e vibrava.
– O que? – Remo perguntou completamente aturdido – O que está acontecendo? Isso não faz sentido!
– Não faz sentido… – Sirius concordou – Mas Harry está vivo... E Voldemort está com a varinha, mesmo assim acho que podemos considerar isso uma vitória…
– Talvez um empate. – Frank disse pensativo – Mas porque isso aconteceu?
– Não tenho a mínima ideia… – Tiago disse coçando a cabeça apreensivo – Você sabe por que? – completou, virando-se para Severo.
– Não. – Severo murmurou encarando o livro interessado – Nunca vi nada do tipo acontecer.
– Acho melhor apenas deixar Neville continuar lendo. – Hermione aconselhou ansiosa.
E então — nada poderia ter preparado Harry para isso — ele sentiu seus pés se elevarem do chão. Ele e Voldemort estavam sendo erguidos no ar, as varinhas ainda ligadas por aquele fio de luz dourada e tremeluzente. Os dois estavam se afastando do túmulo do pai de Voldemort e por fim pousaram num trecho de terreno limpo e sem túmulos... Os Comensais da Morte gritavam, pedindo instruções a Voldemort; se aproximavam e se reagrupavam em um círculo em volta dos dois, a cobra em seus calcanhares, alguns bruxos sacando as varinhas...
O fio dourado que ligava Harry e Voldemort se fragmentou: embora as varinhas continuassem ligadas, mil outros fios brotaram e formaram um arco sobre os dois, e foram se entrecruzando a toda volta, até encerrá-los em uma teia dourada como uma redoma, uma gaiola de luz, para além da qual os Comensais da Morte rondavam como chacais, seus gritos estranhamente abafados...
– Isso não faz sentido algum! – Sirius exclamou frustrado.
– Só podemos esperar que não faça sentido para Voldemort também. – Remo disse apreensivo – Talvez essa seja a chance que Harry precisava para fugir!
– Pelo visto não faz sentido para os comensais… – Frank disse pensativo.
— Não façam nada! — gritou Voldemort para os Comensais da Morte, e Harry viu os olhos vermelhos do bruxo se arregalarem para o que estava acontecendo, viu-o lutar para romper o fio de luz que continuava ligando sua varinha à de Harry; o garoto apertou a varinha com mais força, com as duas mãos, e o fio dourado continuou inteiro.
– Isso! – Tiago exclamou sem realmente entender o porquê – Se Voldemort quer quebrar a ligação, mantenha as varinhas ligadas!
– Não estou entendendo nada! – Lily disse, sentando-se ereta no sofá – Por que isso está acontecendo?
– Também não entendo. – Tiago admitiu – Mas isso impediu que a maldição da morte chegasse a Harry, e isso para mim já é o bastante.
– Pelo menos Harry tem uma chance. – Lily disse, pegando a mão de Harry com carinho.
– Espero que seja o bastante. – Sirius murmurou aflito.
— Não façam nada a não ser que eu mande! — gritou Voldemort para os Comensais da Morte.
Então um som belo e sobrenatural encheu o ar... Vinha de cada fio de luz da teia que vibrava em torno de Harry e Voldemort. Era um som que o garoto reconhecia, embora só o tivesse ouvido uma vez na vida... A canção da fênix...
– Isso faz cada vez menos sentido! – Remo disse frustrado – A canção da fênix está saindo dos fios dourados?
– É o que parece. – Sirius disse franzindo a testa – Mas por que?
Era o som da esperança para Harry... O mais belo e mais bem-vindo que ele já ouvira na vida... O garoto teve a sensação de que o som estava dentro dele e não apenas à sua volta... Era o som que ele associava a Dumbledore, e era quase como se um amigo estivesse falando em seu ouvido...
Não rompa a ligação.
Eu sei, Harry disse à música, eu sei que não devo... Mas mal acabara de dizer isso, e a coisa se tornou muito mais difícil de fazer. Sua varinha começou a vibrar mais violentamente do que antes... E agora o fio de luz entre ele e Voldemort mudou também... Era como se grandes contas de luz estivessem deslizando para frente e para trás no fio que ligava as varinhas — Harry sentiu a sua estremecer com força, quando as contas de luz começaram a deslizar lenta e continuamente em sua direção... Agora o movimento do feixe de luz vinha de Voldemort para ele, e ele sentiu a varinha vibrar de indignação...
Quando a conta de luz mais à frente se aproximou da ponta da varinha de Harry, a madeira em seus dedos esquentou de tal forma que o garoto receou que ela fosse romper em chamas. Quanto mais perto chegava a conta, mais violentamente a varinha de Harry vibrava, ele tinha certeza de que sua varinha não sobreviveria a um contato direto com a conta, ela parecia prestes a se esfacelar sob seus dedos...
– Isso não parece bom. – Sirius disse inquieto – Não deixe a luz chegar a sua varinha. – completou em direção ao livro.
– Eu não entendo nada! – Lily bufou nervosa – Por que tudo isso está acontecendo? O que exatamente está acontecendo?
– Não tenho ideia. – Tiago disse apreensivo – Mas isso está salvando a vida de Harry, então não pode ser uma coisa ruim!
Harry concentrou cada partícula de sua mente em obrigar a conta a voltar para Voldemort, seus ouvidos tomados pela canção da fênix, seus olhos furiosos, fixos... E lentamente, muito lentamente, as contas estremeceram e pararam, e em seguida, de forma igualmente lenta, começaram a se deslocar para o lado oposto... E foi a varinha de Voldemort que começou a vibrar com muita violência...
Voldemort que parecia perplexo e quase temeroso...
– Ele não tem ideia do que está acontecendo! – Remo disse satisfeito – Isso é bom! É ótimo!
– É exatamente do que Harry precisa para fugir! – Sirius disse chegando mais para a ponta do sofá, ansioso – Tudo isso está distraindo Voldemort!
Uma das contas de luz estremecia a centímetros da ponta da varinha de Voldemort. Harry não entendia por que estava fazendo aquilo, não sabia o que obteria... Mas começou a se concentrar, como nunca fizera na vida, em forçar aquela conta de luz a voltar à varinha de Voldemort... E lentamente... Muito lentamente... Ela foi se deslocando pelo fio dourado... Estremeceu por um momento... E então fez contato...
Na mesma hora, a varinha de Voldemort começou a emitir gritos ressonantes de dor... Depois... Os olhos vermelhos do bruxo se arregalaram de choque, uma mão, densa e fumegante voou da ponta da varinha e desapareceu... O fantasma da mão que ele fizera para Rabicho... Mais gritos de dor...
– Priori incantatem. – Tiago murmurou – O nome do capítulo, – completou em voz alta – a varinha de Voldemort está regurgitando os últimos feitiços que realizou…
– Mas… Isso significa… – Lily disse confusa.
– Não sei ao certo, – Tiago respondeu, lendo os pensamentos de Lily – temos que ler para saber…
E então algo muito maior começou a brotar da ponta da varinha de Voldemort, algo imenso e acinzentado, algo que parecia ser feito da mais sólida e densa fumaça... Era uma cabeça, depois um peito e os braços... O tronco de Cedrico Diggory.
Alice arfou assustada.
– Mas foi Pedro quem matou Cedrico… Como isso é possível? – Remo perguntou nervoso – Essa não pode ser a varinha de Voldemort… Não é? Deve ser a varinha de Pedro… Pedro emprestou a varinha a ele…
– Não sei. – Sirius disse apreensivo – Quando Pedro foi dado como morto, devem ter recolhido a varinha dele… Ou saberiam que ele não poderia estar morto… Não é?
– Mas então… essa varinha tem que ser de outra pessoa… – Tiago disse aflito – Deve ser a varinha de Berta… Eles devem ter tomado a varinha dela antes de matá-la.
– Talvez. – Remo disse temeroso – Não pode ser a varinha de Voldemort, não é?
– Como poderia ser? – Sirius respondeu receoso – A varinha de Voldemort deve ter ficado na casa… Em que ele… Quando ele… Tentou matar o Harry…
– Alguém pode ter tirado a varinha da casa. – Tiago disse aturdido – Hagrid disse que encontrou Sirius quando foi pegar o Harry, alguém pode ter chegado a casa, antes ou depois disso, e ter recuperado a varinha…
– Só o Pedro poderia saber que Voldemort atacou vocês… – Sirius disse nervoso – Talvez ele tenha ficado por perto… E recolheu a varinha depois?
– Não quero pensar nisso. – Lily interrompeu ansiosa – Não pode ser a varinha dele… Deve ser a varinha da Berta mesmo!
– Vamos saber logo. – Sirius disse ansioso, fazendo sinal para Neville retomar a leitura.
Se em algum momento Harry pudesse ter soltado a varinha de susto, teria sido então, mas o instinto o fez continuar segurando-a com força, de modo que o fio de luz dourada permaneceu intacto, embora o fantasma cinzento e denso de Cedrico Diggory (seria um fantasma? Parecia tão sólido) emergisse em sua inteireza da ponta da varinha de Voldemort, como se estivesse se espremendo para fora de um túnel muito estreito... E esta sombra de Cedrico ficou em pé e examinou o fio de luz dourada de uma ponta a outra e falou.
— Agüenta firme, Harry.
– Se ainda precisávamos de uma confirmação de que Harry está fazendo o certo em manter a conexão, não precisamos mais. – Frank disse categórico.
Era uma voz distante como um eco, Harry olhou para Voldemort... Os olhos vermelhos e arregalados do bruxo ainda expressavam choque... Tal qual Harry, ele não esperara uma coisa daquelas... E, muito indistintamente, Harry ouviu os gritos amedrontados dos Comensais da Morte, rodeando a redoma dourada...
Novos gritos de dor da varinha... Então mais uma coisa surgiu em sua ponta... A sombra densa de uma segunda cabeça, rapidamente seguida de braços e tronco... Um velho que Harry vira uma vez em sonho tentava agora sair da ponta da varinha do mesmo modo que Cedrico o fizera... E seu fantasma, ou sua sombra, ou o que fosse, caiu ao lado do de Cedrico, examinou Harry e Voldemort, a teia dourada e as varinhas que se tocavam, levemente surpreso, apoiando-se em uma bengala...
— Então ele era um bruxo de verdade? — perguntou o velho, com os olhos em Voldemort. — Me matou, esse aí... Enfrenta ele, moleque...
– Franco Bryce. – Alice murmurou surpresa – Pobre homem…
– Se Voldemort não matou mais ninguém, – Remo disse apreensivo – a próxima é Berta Jorkins…
– E se for a varinha de Voldemort… – Frank murmurou receoso – Os próximos fantasmas…
– Eles são reflexos. – Tiago interrompeu pensativo – A varinha está regurgitando os reflexos dos feitiços que ela executou… Mas o feitiço da morte é tão poderoso e imensurável, deve ser por isso que seus reflexos parecem mais fortes…
Mas já, outra cabeça vinha surgindo... E esta, grisalha como uma estátua de fumaça, era de uma mulher... Harry os dois braços trêmulos com o esforço para manter a varinha parada, viu a mulher cair ao chão e se aprumar como tinham feito os outros, examinando tudo com atenção... A sombra de Berta Jorkins contemplou a luta diante dela de olhos arregalados.
— Não solte! — exclamou, e sua voz ecoou como a de Cedrico, como se viesse de muito longe. — Não deixe ele pegar você, Harry, não solte a varinha!
– Se for a varinha de Berta… Ela é a última. – Lily disse chorosa – Se não for… – virou-se para Tiago angustiada.
– Eu sei. – Tiago disse encarando a parede abatido.
– Vocês… – Sirius balbuciou.
– Não sabemos ainda. – Remo interrompeu, se esforçando para aparentar calma – Apenas continue lendo, Neville…
Ela e as outras duas sombras começaram a rodear as paredes da teia dourada ao mesmo tempo que os Comensais da Morte se moviam rapidamente pelo lado de fora... E, enquanto rodeavam os duelistas, as vítimas de Voldemort sussurravam palavras de estímulo a Harry e sibilavam outras, que Harry não podia ouvir, para Voldemort.
Agora, outra cabeça vinha emergindo da ponta da varinha do bruxo... e Harry soube, ao vê-la, quem seria... Ele sabia, como se esperasse isso desde o momento em que Cedrico saíra da varinha... Soube por que a mulher que apareceu era aquela em quem ele pensara mais do que em qualquer outra pessoa esta noite...
A sombra esfumaçada de uma mulher jovem de cabelos longos caiu no chão como fizera Berta, se endireitou e olhou para ele... E Harry, com os braços tremendo loucamente agora, retribuiu o olhar do rosto fantasmagórico de sua mãe.
Lily começou a chorar copiosamente e segurou a mão de Harry com força.
– É a varinha de Voldemort… – Sirius disse encarando Tiago, Lily e Harry, abalado – Pedro deve ter recolhido depois… Depois que tudo aconteceu… E para isso…
– Para isso ele tem que ter entrado na casa antes de qualquer outra pessoa… – Tiago disse apertando o ombro de Lily, aturdido – Se alguma outra pessoa tivesse entrado na casa, teria encontrado a varinha perto de onde Harry estava…
– Isso quer dizer que Pedro teve que passar por vocês para chegar a varinha… – Remo disse com a voz entrecortada – É muita frieza. – completou desestabilizado – Como alguém que passou anos dividindo o dormitório com a gente pode ser tão frio?
– Não tinha como vocês saberem. – Gina disse apertando o ombro de Sirus, tentando consolá-lo.
– Se eu apareci… – Lily murmurou ainda chorosa, virando-se para Tiago ansiosa – Você…
– Eu devo aparecer também. – Tiago respondeu com a voz embargada – Só espero que eu saiba aconselhar Harry de alguma forma… Que eu possa salvar Harry…
— Seu pai está vindo... — disse ela baixinho. — Ele quer ver você... Vai dar tudo certo... Agüente firme…
– Nós estamos juntos… – Lily disse, olhando profundamente nos olhos de Tiago – Nós continuamos juntos… Mesmo depois… De tudo.
– São apenas reflexos. – Severo murmurou consigo mesmo, desconfortável, se esforçando para não expressar seus sentimentos.
– É claro que estamos juntos. – Tiago sussurrou dando um meio sorriso triste, e secando as lágrimas de Lily com os dedos – No momento em que acontecer, vai ser para sempre. – completou deitando a cabeça de Lily em seu ombro.
– Você parece mais confiante e mais calma lá do que aqui. – Remo disse a Lily com carinho – Deve saber de alguma coisa que não sabemos…
– Provavelmente uma forma de tirar Harry do perigo. – Alice suspirou ligeiramente aliviada.
E ele veio... Primeiro a cabeça, depois o corpo... Alto, os cabelos rebeldes como os de Harry, a sombra esfumaçada de Tiago Potter brotou da ponta da varinha de Voldemort, caiu ao chão e se levantou como havia feito sua mulher.
Sirius não conseguiu esconder um gemido de dor e Gina apertou novamente seu ombro tentando reconfortá-lo, de tudo o que aconteceu no futuro, aquilo era o mais difícil de lidar, a morte de seu melhor amigo, seu irmão, o resto ele aceitava melhor, os doze anos preso, a traição de Pedro, tudo era mais fácil de aceitar que a morte de Tiago.
Lily apertou com força a mão de Harry, que ainda segurava, e se aconchegou melhor no peito de Tiago, buscando conforto.
Rony buscou os olhos de Harry, compreensivo, sabia como aquele capítulo devia estar sendo difícil para o amigo, tudo em relação aos seus pais era difícil para ele.
Ele se aproximou de Harry fitando o filho, e falou na mesma voz distante e ressonante como os demais, mas em tom baixo, de modo que Voldemort, agora com o rosto lívido de medo ao ver suas vítimas a rodeá-lo, não pudesse ouvir...
— Quando a ligação for interrompida, permaneceremos apenas uns momentos... Mas vamos lhe dar tempo... você precisa chegar à Chave do Portal, ela o levará de volta a Hogwarts... Entendeu Harry?
– Você vai ajudar Harry. – Lily disse, deixando as lágrimas escorrerem pelas vestes de Tiago – Sabia que você saberia como ajudá-lo!
– Nós vamos ajudá-lo. – Tiago corrigiu Lily com carinho – E ainda vamos receber ajuda de Cedrico, Berta e Franco…
– O importante é que Harry vai sair desse cemitério! – Lily disse confiante – Vai conseguir voltar para a segurança de Hogwarts…
– Mas a vida nunca mais vai ser a mesma. – Remo disse observando Harry com atenção – Voldemort voltou, e está sedento por vingança… Ele não vai deixar Harry em paz…
– E Harry viu Cedrico morrer, – Sirius disse percebendo um ligeiro tremor em Harry – isso nunca vai ser apagado, não é?
– Acho melhor continuar lendo. – Neville disse impedindo Harry de responder qualquer coisa.
— Entendi — ofegou Harry, lutando para manter firme a varinha, que agora começava a escapar e a escorregar sob seus dedos.
— Harry... — sussurrou a figura de Cedrico — por favor, leva o meu corpo com você? Leva o meu corpo para os meus pais...
– Pobre Cedrico. – Alice murmurou lastimosa – Foi arrastado para tudo isso… Ele não merecia morrer…
– Nenhum deles merecia. – Harry murmurou consigo mesmo.
– Infelizmente, acho que Cedrico é apenas a primeira casualidade do retorno de Voldemort. – Sirius disse soturno.
— Levo — prometeu Harry, seu rosto contraído com o esforço de agüentar a varinha.
— Faça isso agora — sussurrou seu pai. — Prepare-se para correr... Faça isso agora...
– Mas Harry machucou a perna no labirinto. – Lily disse apreensiva – Como ele vai correr? Tem vários comensais da morte ao redor deles…
– Harry vai conseguir. – Tiago disse confiante – Harry é forte, vai conseguir ignorar a dor e correr para a taça!
— AGORA! — berrou Harry; de qualquer modo, ele não achava que pudesse continuar segurando a varinha nem mais um instante, ergueu-a no ar, com um puxão violento, e o fio dourado se rompeu, a gaiola de luz desapareceu, a música da fênix silenciou, mas as sombras das vítimas de Voldemort não desapareceram, avançaram para o bruxo, escondendo Harry do seu olhar...
E Harry correu como nunca correra na vida, derrubando dois Comensais da Morte abobados ao passar, depois ziguezagueou por trás de lápides, sentindo maldições acompanharem-no, ouvindo-as bater nas lápides — evitou maldições e túmulos, correndo em direção ao corpo de Cedrico, sem sequer sentir a perna doer, todo o seu ser se concentrando no que precisava fazer...
– Ele vai conseguir. – Alice torceu ansiosa – Vai conseguir!
— Estupore-o!— ele ouviu Voldemort gritar.
A dez passos de Cedrico, Harry mergulhou atrás de um anjo de mármore para evitar os jorros de luz vermelha e viu a ponta da asa do anjo desmoronar ao ser atingida pelos feitiços. Apertando com mais força a varinha, ele saiu ligeiro de trás do anjo...
— Impedimenta!— berrou ele, apontando a varinha de qualquer jeito por cima do ombro na direção geral dos Comensais da Morte que corriam em seu encalço.
Por um grito abafado que ouviu, ele achou que conseguira fazer parar pelo menos um, mas não havia tempo para se deter e olhar, ele saltou por cima da Taça e mergulhou ao ouvir mais explosões saírem das varinhas às suas costas, mais jorros de luz voaram por cima de sua cabeça quando ele caiu, esticando a mão para agarrar o braço de Cedrico...
– Pegue a taça. – Sirius murmurou, balançando as pernas ansioso – Apenas convoque a taça!
— Afastem-se! Eu o matarei! Ele é meu! — gritou a voz aguda de Voldemort.
A mão de Harry se fechou no pulso de Cedrico, havia uma lápide entre ele e Voldemort, mas Cedrico era demasiado pesado para carregar, e a Taça estava fora do seu alcance...
Os olhos vermelhos de Voldemort chispavam no escuro. Harry viu a boca do bruxo se crispar num sorriso e viu-o erguer a varinha.
— Accio! — berrou Harry, apontando a própria varinha para a Taça Tribruxo. A Taça voou pelo ar em sua direção, Harry agarrou-a pela asa...
Ele ouviu o grito de fúria de Voldemort no mesmo instante em que sentiu o solavanco no umbigo que significava que a Chave do Portal fora acionada... Ele se afastou em alta velocidade num turbilhão de vento e cor, levando Cedrico junto... Os dois estavam voltando...
– Deu tudo certo! – Lily gemeu descrente – Harry está indo para a segurança…
– Não fique aliviada tão rápido, – Sirius disse taciturno – ainda existe um infiltrado de Voldemort em Hogwarts, e não temos a mínima ideia de quem é…
– Não importa o que vocês pensam, – Tiago disse inquieto – não acho que tenha sido o Bagman… Não acho nem ao menos que ele seria inteligente o bastante para isso!
– Vamos apenas continuar lendo. – Rony disse categórico – Está começando a ficar tarde…
– Não vou dormir até ter certeza de que ficou tudo bem. – Lily interrompeu.
– Eu não acho que tudo vai ficar bem antes do último livro. – Remo afirmou – Sinto muito… – completou observando o olhar de decepção de Lily.
– Pelo menos vamos terminar esse livro. – Tiago disse olhando para o livro que Neville passava para Frank – Não falta tanto.
– Acho que dá para acabarmos o livro. – Hermione disse pensativa – Mas temos que continuar de uma vez para isso.
Frank respirou fundo, abriu o livro no capítulo seguinte e leu:
– Capítulo XXXV – Veritaserum.
Hey leitores mais queridos do FeB! As coisas estão caminhando um pouco melhor por aqui, mas ainda não tenho conseguido escrever tanto quanto gostaria... Mas por hora está tudo bem, ainda tenho uns oito capítulos prontos, então ninguém vai ficar sem capítulo porque eu estou correndo de um lado pro outro cheia de coisas para fazer!
- Cibeli Cardoso: Tudo bem se ás vezes você não tem tempo de comentar, eu entendo completamente! Mas pelo menos você sempre arruma um tempinho para ler e isso é que é importante, desde que você comente sempre que possível, fico feliz! Fico muito feliz que você esteja gostando tanto de tudo!
- MionGinnyLuna: Eu entendo! Minha beta também me odeia um pouco depois desses capítulos! Mas logo você vai gostar de mim de novo, então nem me preocupo!
- Stehcec: Espero que seu casamento tenha sido maravilhoso! Eu torço muito pela felicidade de vocês, vocês são um casal adorável, de verdade! Depois não se esqueça de me contar tudinho! Voldemort definitivamente pode ser considerado um psicopata, pelo menos baseado em tudo o que sei sobre o assunto... Eu acho que Umbridge estaria perto disso também... Mas não tenho tanta certeza. Os comensais que conheceram Voldemort quando ele estava na escola e era Tom Riddle deviam saber que ele foi criado em um orfanato trouxa, mas talvez ele tenha falado que descobriu que os pais eram bruxos e etc. Já os comensais mais recentes, esses não deviam ter a mínima ideia da ascendencia dele. Eles não vão deduzir rápido sobre as horcruxes por que eles nunca nem ao menos ouviram falar em horcruxes, e nem leram sobre elas, nem mesmo Snape, Dumbledore retirou os livros que tratavam do assunto da seção reservada quando ele se tornou diretor afinal de contas. Acho que Régulo só descobriu porque ele tinha acesso à biblioteca da família Black e porque Voldemort dava a entender em seus discursos. Eu até entendo que Dumbledore tinha seus motivos para fazer as coisas que fez, até porque eles estavam no meio de uma guerra, e no meio de guerras pessoas tomam atitudes drásticas, porém, algumas das atitudes de Dumbledore no pós-guerra, são muito duvidosas. Sirius era um homem inocente, e nem teve direito a um julgamento. Snape era culpado (ele entregou a profecia a Voldemort, era um comensal, e provavelmente fazia coisas de comensal, como matar e torturar) e ficou livre. Harry viveu por anos em uma casa onde ele era mal-tratado... Eu entendo os motivos dele para Snape e Harry, e não concordo. E nunca vou entender os motivos dele para manter um homem inocente, sem julgamento, em azkaban com um monte de dementadores, ele nem ao menos se deu ao trabalho de ouvir o Sirius... O problema da Hermione do filme para mim é que ela ficou parecendo apenas "a inteligente" ela perdeu muito da sensibilidade dela... E o Dumbledore é o quarto filme mesmo que me irrita. Pelo que eu entendi a poção que Voldemort usou para recuperar o corpo foi criação dele mesmo. Eu tenho muito amor Stehzinha, pelo Sirius!
- Carolina Black: Eu tenho muita pena do Cedrico, porque ele definitivamente morreu inocente. Ele não estava lutando na guerra nem nada do tipo, foi do nada! Não acho que o Snape se preocupe com Harry especificamente, mas ele está preocupado com o que vai acontecer com ele e o que ele vai se tornar se continuar indo atrás das artes das trevas, e isso é o bastante para ele, por hora.
- Fran Oliveira: Que bom que gosta da minha maneira de escrever, fico muito honrada em saber. O quinto livro está sendo um bocado difícil de escrever, tanto pela minha falta de tempo, quanto por algumas coisas que aconteceram... Mas vou conseguir, e espero que ele saia bom!
- Izabella Bella Black: Acho que os primeiros comensais da morte, aqueles que conheceram Riddle na escola, sabiam o nome dele, e sabiam que ele morava em um orfanato trouxa, mas eu duvido muito que Riddle não tenha falado para ele que era filho de bruxos e que foi para no orfanato porque a mãe morreu no parto e etc. Os filhos do Harry são considerados mestiços pelo conceito de puro-sangue das famílias mais antigas, mesmo que Gina seja puro-sangue, porque a pessoa precisa ter bisavós bruxos para ser considerada de puro-sangue. E os filhos do Harry tem os Evans como bisavós. Eu duvido que Snape tenha encontrado a palavra horcrux por ai. Dumbledore tirou todos os livros que faziam referencia a horcrux da biblioteca de Hogwarts. E ao contrário de Régulo, Snape não tem uma biblioteca particular nesse ponto da vida dele (ele não tem nem cuecas limpas nesse ponto da vida dele). É claro que companheiros de batalha é apenas forma de expressão, mas na cabeça dos comensais da morte, eles são companheiros de batalha, já que para eles, eles estão certos (deu para entender?)... Em que parte você acha que Remo está sendo lerdo? Acho que para quem viu só os filmes, a morte do Sirius não deve ter sido tão ruim, pois a pessoa não sabe muito sobre a história dele. Boa sorte nas suas provas. Vou te contar um segredo, eu adorava civil na faculdade, de verdade, uma das minhas melhores matérias. O que acabou comigo foi processo, estudar processo é a pior coisa do mundo!
- Dorabel Essa: Muito obrigada! De verdade, fico feliz que a fic tenha te feito sentir tudo o que você sentiu, e que tenha feito você ver HP por um novo ângulo. É uma história muito querida para mim e muito difícil de escrever, por isso todos os comentários de apoio significam tanto. Tenho opiniões demais sobre o modo como Dumbledore lidou com a maioria das coisas ao longo dos livros, entendo que ele estava tentando vencer uma guerra e que ás vezes decisões difíceis precisam ser tomadas no meio de uma guerra, mas algumas das coisas que ele fez não tem justificativa! E eu definitivamente não engulo o nome que o Harry deu para o filho dele, Snape, só ajudou o lado certo por sentir culpa, e se Neville tivesse sido o escolhido por Voldemort, Snape nunca teria se arrependido e não teria ido para o lado certo, então, para mim, isso não é digno o bastante. A questão com Tiago é bem simples para ser sincera, além dele ser anos mais velho que o Harry do livro, ele é mais experiente, viveu a vida toda entre bruxos, seus pais nunca esconderam dele a realidade da vida, e ele é, de fato, um gênio. Afinal, ele se tornou um animago ilegal aos 15 anos, para ajudar um lobisomem durante a lua cheia, ele e seus amigos criaram um mapa de Hogwarts que localiza todas as pessoas que estão no castelo com exatidão, terminou os nom‘s antes de todo mundo e ficou desenhando enquanto esperava o tempo acabar, e etc. Eu, particularmente, não vejo ele fazendo previsões impossíveis para uma pessoa que conhece tanto o próprio mundo, e para ser sincera, eu acho que Snape poderia fazer previsões parecidas se ele não estivesse fora da zona de conforto dele. É claro que eu entendo que essa é a sua opinião sobre a minha versão do Tiago, e já recebi várias críticas por causa dessa opinião em particular, então respeito a sua opinião e concordo, educadamente, em discordar. Quanto aos marotos serem um pouco hipócritas ao falarem para Alice não julgar os outros, enquanto eles estão julgando Snape o tempo todo, é verdade, eles são um pouco hipócritas sim. Eles são adolescentes, passando por um momento complicado, eles protegem uns aos outros, por isso viam tanto problema em Alice julgando Remo e Sirius, mas eles não se importam com Snape, é errado da parte dele? É claro que é! Mas ninguém faz todas as escolhas certas aos 17 anos! (bem, o Harry fez as escolhas certas aos 17, mas ele também estraçalhou o peito do Draco um ano antes, então acho que ele já tinha atingido a cota dele de escolhas errdas). As pessoas não tomam partido porque não são idiotas, arranjar uma briga real na situação em que eles estão é burrice, e nenhuma das pessoas naquela sala é burra! Quanto a Frank e Neville não interferirem quando Alice foi completamente preconceituosa com Remo, apenas por ele ser um lobisomem. Tiago e Sirius prometeram a Remo anos antes que nunca permitiriam que outras pessoas machucassem ele, e o julgamento de Alice estava machucando ele. Tanto Frank quanto Neville tiveram a capacidade de perceber que a azaração que os marotos usaram era inofensiva (tanto é que ela está perfeitamente bem agora) e sabiam que ela praticamente tinha pedido pela retaliação ao ofender Remo (eu realmente achei que tinha deixado isso claro). Quanto à pouca expressividade dos personagens: Severo está sempre pensativo porque ele escolheu passar mais tempo pensando do que falando durante esses livros, Lily está sempre soluçando nos braços de Tiago porque é um momento complicado para ela, quanto ao resto, me esforço sempre para variar o máximo possível, mas dentro de tanto texto e tão pouco espaço (físico da sala onde eles estão) fica difícil tirar eles dessas variações, fora que eu acho que essas variações se encaixam com a personalidade que eu escolhi para cada um. Espero que nenhuma das minhas respostas tenha te ofendido, pois eu realmente vejo esse espaço como um lugar de diálogo, e espero que você continue dando sua opinião, mesmo quando sua opinião for discordante da minha. Você está no grupo? Depois me fala lá quem é você, eu gosto de saber quem é quem! E eu adoro Drarry! O que é um problema, porque ás vezes eu tenho vontade de mandar a Gina embora e mandar o Draco para ficar no lugar dela. Eu tenho dezenas de Drarrys boas para indicar, porém todas elas estão em inglês (nunca achei boas drarrys em pt, Bond por acaso é uma tradução) se quiser mesmo assim, é só avisar.
- Julia Angelini: Está perdoada! Eu fico feliz que mesmo no meio de tanta coisa você ainda consiga arrumar um tempinho para ler e comentar quando possível, e isso é o bastante. Eu concordo que Dumbledore é muito sábio, mas ainda acho que ele poderia ter arrumado outras maneiras de lidar com algumas situações, ele mesmo reconheceu que não deveria ter deixado o Harry no escuro tanto quanto deixou... Em OdF Harry resolve parar de sofrer calado, ele explodiu algumas vezes durante o livro, o que apenas o fizeram um personagem ainda mais interessante!
- Luiza Snape: Logo logo as coisas melhoram, não agora, mas logo!
- Day Caracas: Eu te entendo muito bem, sei como é com faculdade e tudo mais, mas desde que você não me abandone pode levar o tempo que precisar (e acho que você vai ganhar um livro em breve...). Eu tive a inspiração da morte do Sirius quando ainda estava escrevendo CS e nunca reli o que escrevi naquele dia, nem sei se ainda vai encaixar na história (provavelmente sim, pelo que me lembro), mas é muito difícil para mim. Segundo a JK o produtor do livro leu como ela descrevia o modo de criação de uma horcrux e vomitou, então to bem sem saber, o que eu imagino já é ruim o bastante. Acho que o Draco realmente entendeu tudo no final, o fato dele ter abaixado a varinha em EdP e não ter entregado Harry a Voldemort em RdM diz muito sobre como ele mudou. Que bom que sua opinião sobre Dumbledore é parecida com a minha, porque eu vou expressar muito essa opinião em particular em OdF. Desde o inicio sempre tive a intenção de que Harry não deixasse de ser o menino-que-sobreviveu e também não deixasse de ser o herói do mundo bruxo, ainda não sei ao certo como fazer isso, mas vou me esforçar ao máximo para manter o papel de Harry.
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Comentários (7)
Olá JuhVou tenta ler de novo, porque da última vez fiquei com tanto ódio que fechei sem querer.Covarde como o Rabincho é, jamais olharia no rosto do Harry. Voldemort é debochado, se acha o fodão e isso que salvou o Harry em muitas ocasiões. Ele se exibir pros comensais que deu tempo pro Harry conseguir fugir. Claro que o Tiago não tinha sido um covarde, claro que ele lutou pela família. E ele admitiu isso na frente dos comensais ainda, oq torna tudo melhor. Acho tão lindo o Frank mostrar força pra Alice e pro Neville, mesmo eu imaginando que ele está sofrendo muito tbm. Eu quando estava lendo pela primeira vez fiquei tão orgulhosa do Harry conseguir vencer a maldição imperius. O Harry só ganhou um folego ao se esconder, claro que ele não fugiria sem antes lutar. São muitas surpresas para os marotos durante a leitura, coisas que nem pra eles fazem sentido. Queria saber se eles vão ao menos desconfiar da verdade ou se vão acreditar nas coisas que o Dumbledore contou ao Harry. Isso significa exatamente oq vc pensou Lily. Ain, acho q to sentimental hoje, to chorando com a aparição da Lily, vindo da varinha. É tão lindo a conexão e a força que a Lily e o Tiago tem. Claro que ele vai escapar, e claro que ele vai ficar com isso na cabeça pra sempre. Ignorando a dor, fazendo de tudo pra sobreviver. Remo disse tudo, nada ficará bem até o último livro. E sinto informar a Lily que as coisas só pioram de agora pra frente. O Juh, meu casamento foi maravilhoso, graças a Deus, tudo correu bem, foi do jeito que eu sempre sonhei, faltou você e o Juan, mas depois vcs veem visatar a gente e ver as fotos e os videos. A Umbrige passou de psicopata pra mim, ela é tudo de ruim possivel, acho que ela ta acima do Voldemort em maldade ainda. Odeio ela muito mais que o Voldemort. E sim a Mione dos filmes é mais racional. Eu entendo os seus questionamentos em relação a Dumbledore, queria que a J.K um dia explicasse o porque das escolhas que ele fez, pq só ela tem esse poder de tirar todas as nossas dúvidas e perdoar ou condenar ele de vez.Vou ver se consigo ler o próximo cap hoje ainda.Abraços Juh!!
2016-04-22Oi Juh, em primeiro lugar amei o capitulo, estava bastante ansiosa por ele e ele ficou perfeito. Eu imagino que apesar de tudo o que fez Pedro se arrepende por ter traido os amigos que sempre fizeram tudo por ele. A fala de Frank de que a maldição da morte não poder ser bloqueada, mas será que ela não pode por um feitiço escudo forte? Eu sempre fico emotiva nesse capitulo, e eles falando da forma como Tiago morreu não ajuda, mas fico imaginando a reação deles ao ver exatamento o que aconteceu naquela noite. Nessa horas fico com dó da Alice e do Frank, pois eles sabem que se não mudarem o futuro em breve serão eles que iram sentir essa dor e para mim a maldição cruciatus é a pior delas, pois com a imperios você não sabe o que esta acontecendo e a da morte você não sente nada. É engraçado que apesar de não gostarem do Snape sempre que alguma coisa acontesse que eles não sabem acabam perguntando ao Snape. Sobre a varinha de Voldemort eu nunca tinha pensado sobre isso, mas o Pedro não poderia ter recuperado ela depois que ele fugiu no terceiro livro? Afinal será que alguem se preocupou em recuperar as varinhas de Voldemort, Lily e Tiago? E se alguem as procurou será que não acharam estranho não encontrarem a varinha de Voldemort? Snape como sempre, falando nos momentos errados. E serio você me fez chorar nesse capitulo. Cuitado do Sirius, mas infelizmente eles tem que ler para saber como impedir isso de acontecer. Imagino que independente da situação ver uma pessoa morrer na sua frente não é facil, ainda mais quando ela foi assasinada por estar no lugar e na hora errada. Cuitada da Lily também, a situação só vai piorar nos proximos livros. É estranho ver o quando a Alice mudou, mas ao mesmo tempo posso ver nela o começo da mulher que eu imagino que ela seja, e é incrivel ver a evolução dela. Remo não imagina o quando ele esta certo, Harry e os outros só terão paz no ultimo livro e nas paginas finais dele. Sobre a sua resposta, mas será que Snape não pode ter entrado em contado com livros forá de Hogwarts? Livro que não pertençam a ele, mas a algum amiguinho nojento dele. Mas se pararmos para pensar relamente nem cuecas limpas ele tinha, alguem deveria mandar algumas de prensete para ele. Deu para entender sim, mas ainda acho isso um absurdo, tem horas que quero entrar na historia só para dizer umas verdades para os comensais (acho que deve ser por isso que toda vez que eu leio os livros fico imaginando uma personagem que faz exatamente isso). Pelo menos para mim o Remo esta sendo lerdo em simplesmente assumir que é Bagman e pronto, como se não houvesse outras posibilidades. Na morte do Sirius no filme não dei muita bola, afinal nem tinha lido os livros ainda, mas quando li chorei muito, todos aqui de casa pensaram que eu estava louca, afinal chorei pela morte de alguem que nem existe, palavras da minha vó, para mim o filme mais confuso foi o PdA e CdF, hoje em dia os unicos filmes que eu ainda assisto são PdF e CS. Obrigada, a maioria fiquei com 5, mas recupero na NP2. Eu não vou com a cara de Civil, sou apaixonada por Penal, em civil tirei 3 na prova. Já processo, nesse semestre estou tendo Teoria Geral do Processo adoro a materia. Estudar Civil é a pior coisa do mundo. Acho que é só. Beijos.
2016-04-16Entrei hoje no grupo da sua fic. Estou dando uma olhada nele no momento, mas pelo que vi já amei. Adoro fanfics de lendo os livros. Já li várias, mas nunca encontrei uma tão boa quando a sua. Ela me prende desde a primeira. Nenhuma nunca fez isso. Estou tão viciada nessa fic que fico ansiosa demais na espera. Gostei tanto que estou falando para todos que conheço sobre a fic. A cada capítulo que leio me apaixiona mais por ela. Obrigada por escrever algo tão bom. Não sei nem como agradecer.
2016-04-15Oi de novo! Com o bimestre acabando eu finalmente arranjei tempo (Ufa!) e vim ver se tinha atualização e, pra minha alegria, tinha! Eu tô exausta e o capítulo me deu ânimo, nem percebi quando comentei da última vez que é meu capítulo favorito do quarto livro. E, poxa, já tá acabando Cálice de Fogo :( Ordem da Fênix é o livro que eu fiquei mais "Hã?" da série inteira, não sabia o que tava acontecendo na maior parte do tempo, tive que reler umas dez vezes a batalha do Departamento de Mistérios pra entender, sério. Mas estou pensando longe demais, vamos falar sobre agora. Amei tanto as reações do Sirius e do James com a coragem do Harry... É bom ver o James orgulhoso do filho dele e o Sirius do afilhado, mas eu sou suspeita pra falar porque sou puxa-saco dos Marotos (menos o Peter) desde sempre, sorry.Até o próximo <3
2016-04-15Ah, meu Deus. Não aguento. Esse cap + trailer de animais fantásticos com música de Harry potter me mataram. Como sempre, o capítulo foi perfeito, Cedrico inocente, mas pelo menos reunido com a família e Harry... Bom, pelo menos por alguns segundos conseguiu se encontrar com os pais. Imagina como foi ter que largar os poucos segundos que tinha com as pessoas que ama?! Tristeza. Como será que os marotos vão reagir com a notícia das horcruxes? Remus deve ter ouvido falar, mas acho que vão conseguir ficar mais preocupados do que já estão. Quer dizer... Momentos de paz por saber como matar o voldy, e momentos de angústia quando descobrirem que o Harry tbm é uma. Vish. Não quero nem ver. Bjo
2016-04-11sempre gostei de ler fanfics de HP, mas a sua série é muito boa... a sua versão, a sua análise da personalidade de Harry e dos outros personagens é igual a da J.K... nota 5 é pouco... devia ser nota 10... e se pudesse 10.000...
2016-04-06Mais um bom capítulo, obrigada por alegrar meu dia! :)
2016-04-04