A tarefa inesperada
– A tarefa inesperada.
– O que exatamente isso significa? – Remo perguntou assustado – Uma das tarefas do tribruxo vai ser surpresa?
– Se for isso e essa era a pista do ovo Harry está perdido! – Sirius disse refletindo a preocupação dos outros.
– Mas eles deram a Harry a data da segunda tarefa! – Tiago exclamou nervoso – Eles não podem adiantar a tarefa assim!
– Talvez seja outra tarefa… – Lily disse pensativa – E não a do ovo.
– Ainda assim, isso não faz sentido. – Frank disse coçando a cabeça – É melhor deixar Alice ler para entendermos a que o nome do capítulo se refere…
— Potter! Weasley! Querem prestar atenção?
A voz irritada da Professora McGonagall estalou como um chicote pela aula de Transformação de quinta-feira, os dois garotos levaram um susto e ergueram a cabeça.
A aula chegava ao fim, eles tinham terminado a tarefa dada: as galinhas-da-guiné que tentavam transformar em porquinhos-da-índia já estavam trancadas em uma grande gaiola sobre a escrivaninha da professora (o porquinhos-da-índia de Neville ainda conservava as penas), tinham copiado do quadro-negro o dever de casa ("Descreva, com exemplos, como os Feitiços de Transformação devem ser adaptados ao se fazerem trocas cruzadas entre espécies").
A sineta devia tocar a qualquer momento e Harry e Rony, que andavam travando uma luta de espadas com umas varinhas falsas de Fred e Jorge, no fundo da sala, ergueram a cabeça, Rony agora segurando um papagaio de lata e Harry, um hadoque de borracha.
— Agora que Potter e Weasley tiveram a bondade de parar com as criancices, — disse a professora, lançando um olhar feio aos dois no momento em que a cabeça do hadoque de Harry se pendurou para o lado e caiu silenciosamente no chão, o bico do papagaio de Rony se partira momentos antes — tenho um aviso para dar a todos. O Baile de Inverno está próximo, é uma tradição do Torneio Tribruxo e uma oportunidade para convivermos socialmente com os nossos hóspedes estrangeiros. Agora, o baile só será franqueado aos alunos do quarto ano em diante, embora vocês possam convidar um aluno mais novo se quiserem...
– Então essa tarefa surpresa não é realmente uma tarefa! – Sirius disse aliviado – É apenas um baile…
– Mas se só podem ir alunos a partir do quarto ano, – Lily disse olhando para Gina com carinho – você não vai poder ir…
– Algum aluno mais velho poderia me convidar. – Gina deu de ombros.
– Pelo menos as vestes a rigor de vocês estão explicadas. – Alice disse sorrindo – Fico imaginando com quem vocês vão ao baile. – completou com um olhar ligeiramente sonhador.
Lilá Brown deixou escapar uma risadinha aguda. Parvari Patil deu-lhe uma cutucada nas costelas com força, o rosto contraindo-se furiosamente enquanto ela, também, lutava para não rir feito boba. As duas viraram a cabeça para olhar Harry. A professora fingiu não vê-las, o que Harry achou que era uma nítida injustiça, pois acabara de chamar a atenção dele e de Rony.
– É óbvio que elas querem que você convide uma das duas. – Alice levantou os olhos do livro empolgada.
– Claro que querem. – Gina revirou os olhos – O que elas mais gostam de fazer é aparecer, é claro que gostariam de ir com um campeão!
– Elas nem ao menos falavam com você antes disso. – Hermione bufou concordando com Gina – E você não imagina o inferno que era dividir o dormitório com elas… Especialmente nessa época. Elas achavam que, por eu ser sua amiga, eu teria como convencer você a sair com uma delas…
— O traje é a rigor, — continuou a professora — e o baile, no Salão Principal, começará às oito horas e terminara a meia-noite, no dia de Natal. Então...
A Professora McGonagall olhou deliberadamente para a turma.
— O Baile de Inverno naturalmente é uma oportunidade para todos nós... Hum... Para nos soltarmos — disse ela em tom de desaprovação.
– A ideia de se soltar de McGonagall envolve vestes a rigor e um protocolo restrito… – Sirius riu – Faz todo o sentido do mundo!
– Mesmo assim, eu poderia apostar que ela vai continuar tão rígida quanto sempre foi. – Remo respondeu com uma risada – E vai esperar que os alunos da Grifinória não se soltem demais… E mantenham o decoro!
Lilá deu mais risadinhas que nunca, tampando a boca com a mão para abafar o som. Dessa vez Harry pôde entender qual era a graça: a Professora McGonagall, com os cabelos presos, não tinha jeito de que algum dia fosse se soltar em nenhum sentido.
— Mas isto não significa — continuou ela — que vamos relaxar os padrões de comportamento que se espera dos alunos de Hogwarts. Ficarei seriamente aborrecida se, de alguma maneira, um aluno da Grifinória envergonhar a escola.
– Como o esperado! – Tiago riu.
– Me pergunto o que ela considera vergonhoso em uma festa! – Sirius disse com uma gargalhada.
– Provavelmente qualquer coisa que envolva uísque de fogo e nudismo… – Tiago respondeu pensativo – Não que eu tenha qualquer experiência com essas coisas. – acrescentou encarando Lily inocentemente.
A sineta tocou e ouviram-se os costumeiros ruídos de gente guardando o material nas mochilas e atirando-as por cima dos ombros.
A professora chamou, sobrepondo-se ao barulho geral:
— Potter, uma palavrinha, por favor.
Supondo que fosse alguma coisa relacionada com o hadoque de borracha decapitado, Harry dirigiu-se, com ar de desânimo à escrivaninha da professora. A Professora McGonagall esperou até o resto da turma sair e então disse:
— Potter, os campeões e seus pares...
— Que pares? — perguntou Harry.
– Geralmente um baile envolve pares… – Tiago explicou com uma gargalhada.
– E até algumas outras coisas… – Sirius disse insinuante – Não lemos nada sobre esse tipo de coisa até agora… – acrescentou fazendo Harry corar furiosamente.
– E eu preferia que vocês não lessem em momento algum. – Harry respondeu, constrangido, olhando para Gina de soslaio.
A professora olhou desconfiada para o garoto, como se achasse que ele estava querendo ser engraçado.
— Os pares para o Baile de Inverno, Potter — explicou ela com frieza. — Os pares de dança.
As entranhas de Harry pareceram se enroscar e murchar.
— Pares de dança?— Ele sentiu que estava corando. — Eu não danço — disse depressa.
— Ah, dança sim, senhor — disse a professora irritada. — É o que estou lhe dizendo. Tradicionalmente os campeões abrem o baile com os seus pares.
Harry teve uma súbita visão de si mesmo, de casaca e cartola, acompanhado por uma garota com aquele tipo de vestido de babadinhos que a tia Petúnia sempre usava nas festas de negócios do tio Válter.
— Eu não vou dançar.
– Você realmente acha uma boa ideia contrariar McGonagall? – Remo perguntou franzindo a testa – Não é um movimento inteligente!
— É a tradição — disse a Professora Minerva com firmeza. — Você é um dos campeões de Hogwarts e vai fazer o que se espera de você como representante de sua escola. Portanto providencie um par, Potter.
— Mas eu... Não...
— Você me ouviu, Potter — disse ela, em tom de quem encerra a conversa.
Há uma semana, Harry teria dito que arranjar um par para dançar era moleza se comparado a enfrentar um Rabo-Córneo húngaro. Mas agora que cumprira aquela tarefa e se confrontava com a perspectiva de convidar uma garota para o baile, ele achou que preferia enfrentar mais uma rodada com o dragão.
– Isso é definitivamente patético! – Sirius disse com uma gargalhada – Conseguir um par é mais fácil para você do que para qualquer outro garoto da escola!
– Com exceção de Cedrico, provavelmente… – Remo interrompeu Sirius.
– Com exceção de Diggory. – Sirius concordou a contragosto – Qualquer garota vai querer ir ao baile com você!
– Fora que você sempre pode pedir à sua melhor amiga… – Lily deu de ombros – Ou a irmã do seu melhor amigo…
– Mas eu não deixaria para fazer isso tarde demais. – Tiago disse dando uma piscadela para Gina e Hermione – As duas são bonitas demais, alguém poderia convidá-las primeiro!
– Eu convidaria. – Sirius sorriu para as garotas sedutor – As duas!
Harry nunca vira tanta gente inscrever os nomes para passar o Natal em Hogwarts, ele sempre se inscrevia, naturalmente, porque sua alternativa, em geral, era regressar à Rua dos Alfeneiros, mas até agora ele sempre fora minoria.
Este ano, porém, todo mundo do quarto ano para cima parecia querer ficar, e todos pareciam a Harry obcecados pelo tal baile — ou, pelo menos, todas as garotas estavam, e era espantoso quantas garotas Hogwarts de repente parecia abrigar; ele nunca reparara muito bem nisso.
– O momento em que percebemos que o filho de Pontas não repara em garotas… – Sirius bateu a mão na própria testa – É realmente perceptível que você não foi criado pelas pessoas certas… – Sirius disse fingindo decepção, mas não conseguindo esconder as risadas.
– Ele não repara em garotas em geral. – Alice disse com um meio sorriso – Mas eu bem percebi que ele repara bastante em uma garota específica da Corvinal…
Gina bufou ao ouvir aquilo e Harry baixou os olhos, constrangido.
Garotas que davam risadinhas e cochichavam pelos corredores, garotas que riam alto quando os garotos passavam por elas, garotas que comparavam informações, excitadas, sobre o que iam usar na noite de Natal...
— Por que é que elas têm que andar em bandos? — perguntou Harry a Rony, quando uma dúzia de garotas passou por eles, rindo e olhando para Harry. — Como é que se vai encontrar uma sozinha para se convidar?
– Eu diria que acontecem coisas ruins com garotas que andam sozinhas em Hogwarts. – Gina disse com uma meia risada sombria – No primeiro ano de vocês, Hermione ficou presa com um trasgo no banheiro… No meu, eu acabei na câmara secreta… A pobre murta acabou morta pelo basilisco… Enfim, é melhor andar acompanhada em Hogwarts.
– Vendo por esse lado... – Rony concordou apreensivo.
— Que tal laçar uma — sugeriu Rony. — Já tem idéia de quem é que você vai tentar convidar?
Harry não respondeu. Sabia perfeitamente quem é que ele gostaria de convidar, mas arranjar coragem para fazê-lo era outra conversa... Cho era um ano mais velha do que ele; era muito bonita, era uma boa jogadora de Quadribol e também muito popular.
– Eu falei que Harry reparava em uma garota específica! – Alice levantou os olhos do livro empolgada – Ela também é uma apanhadora, não é? Perfeitos um para o outro! – completou sem perceber o óbvio desagrado de Gina.
– Não acho! – Tiago disse olhando de soslaio para Gina – Ouvi dizer que a garota tem cara de pato… E que na verdade é uma Cho-rona… Não sei se esse é o tipo de garota que quero ver no baile com Harry… Tem garotas muito mais legais por ai!
Gina sorriu para Tiago agradecida e recebeu uma piscadela em resposta.
– Também acho que Harry poderia arranjar um par melhor. – Lily disse em apoio a Tiago – Talvez alguém mais divertida, educada, confiante… – completou observando Gina pelo canto do olho.
Rony parecia saber o que se passava na cabeça de Harry.
— Escuta, você não vai ter nenhuma dificuldade. Você é campeão. Acabou de derrotar o Rabo-Córneo húngaro. Aposto como elas vão fazer fila para ir com você.
Em homenagem à amizade recém-remendada entre os dois, Rony procurou deixar um mínimo absoluto de amargura transparecer em sua voz. Além disso, para sua surpresa, Harry descobriu que o amigo tinha razão.
Uma terceiranista da Lufa-Lufa, de cabelos crespos, com quem Harry jamais falara na vida, convidou-o para ir ao baile com ela, logo no dia seguinte. Ele ficou tão surpreso que respondeu "não" antes mesmo de parar para refletir sobre o convite.
A garota se afastou parecendo bem magoada, e Harry teve que aturar as piadas de Dino, Simas e Rony sobre ela durante toda a aula de História da Magia.
– Você foi completamente grosseiro… – Hermione comentou desconcertada – Não te custava nada ser um pouco mais delicado.
– Ela me pegou de surpresa! – Harry respondeu constrangido – Eu nem ao menos sei o nome dela!
– Chloe Koch. – Gina respondeu automaticamente – Ela era do mesmo ano que eu. – deu de ombros explicando como sabia a quem o livro se referia – Todo mundo falou sobre a sua rejeição durante uma semana. A garota ficou completamente humilhada…
– Não foi minha intenção. – Harry suspirou.
No dia seguinte, mais duas garotas o convidaram, uma do segundo ano e (para seu horror) uma do quinto ano, que parecia ser capaz de nocauteá-lo se ele recusasse.
— Ela era bem jeitosa — disse Rony querendo ser justo, depois que parou de dar risadas.
— Ela era bem uns trinta centímetros mais alta que eu — disse Harry, ainda nervoso. — Imagina com que cara eu ia ficar tentando dançar com ela.
– Ser trinta centímetros mais alto que você na época não era tão difícil assim… – Hermione disse com uma gargalhada – Você era o mais baixo do nosso ano!
As palavras de Hermione a respeito de Krum não paravam de lhe voltar à lembrança: "Elas só gostam dele porque ele é famoso!" Harry duvidava muito que as garotas que até então o haviam convidado para ser seu par iriam querer acompanhá-lo ao baile se ele não fosse campeão da escola.
– Mas você já era famoso antes disso. – Tiago disse pensativo – Se você for pensar assim, vai achar que ninguém gosta de você por quem você é…
– Essas garotas obviamente nem te conheciam de verdade, – Remo disse – mas você tem pessoas do seu lado que realmente gostam de você!
– Talvez você devesse convidar uma dessas pessoas para o baile. – Sirius disse cutucando Gina discretamente.
Depois se perguntou se isto o incomodaria se fosse Cho que o convidasse.
Mas, de modo geral, Harry teve que admitir que, mesmo com a perspectiva constrangedora de abrir o baile dali a uns dias, a vida decididamente melhorara desde que ele cumprira a primeira tarefa.
Não atraía mais tantos comentários desagradáveis no corredor, no que ele suspeitava que havia dedo de Cedrico — tinha a impressão de que o campeão talvez tivesse dito ao pessoal da Lufa-Lufa para deixar Harry em paz, em gratidão pela dica que recebera sobre os dragões.
– Ana me contou que depois da primeira tarefa Cedrico anunciou no meio do salão comunal deles que ele não achava certo o modo como você estava sendo tratado, que você não fez nada de errado e que a atitude de todos eles era muito infantil… – Neville comentou com um meio sorriso – Ela disse que todos ficaram muito surpresos, mas resolveram fazer o que ele pedia…
– Ele podia ter feito isso antes. – Sirius bufou – Mas reconheço que ele teve uma atitude decente!
Parecia haver menos “Apóie CEDRICO DIGGORY” pela escola, também. Draco Malfoy, naturalmente, continuava a citar o artigo de Rita Skeeter para ele sempre que encontrava oportunidade, mas cada dia arrancava menos risadas — e só para melhorar a sensação de bem-estar de Harry, não aparecera história alguma sobre Hagrid no Profeta Diário.
— Ela não parecia muito interessada em criaturas mágicas, para lhe dizer a verdade — contou Hagrid, quando Harry, Rony e Hermione lhe perguntaram como correra sua entrevista com a jornalista na última aula de Trato das Criaturas Mágicas do trimestre. Para grande alívio dos garotos, Hagrid desistira do contato direto com os explosivins, e os alunos tinham simplesmente se abrigado nos fundos da cabana, sentados a uma mesa de cavalete, para preparar uma seleção fresca de alimentos com os quais tentar os bichos.
— Ela só queria que eu falasse sobre você, Harry —, continuou Hagrid em voz baixa. — Bem, eu contei que somos amigos desde que fui buscá-lo na casa dos Dursley. “Nunca teve que ralhar com ele em quatro anos?", ela perguntou. "Nunca fez bagunça na sua aula?" Eu disse que não e parece que ela não gostou nem um pouco da resposta. Acho que queria que eu dissesse que você era uma dor de cabeça, Harry.
– Acho que a história do herói órfão não é boa o bastante para ela… – Sirius revirou os olhos – Ainda acho que ela não sabe explorar a história. As pessoas adoram ter alguém para idealizar!
– Eu preferia que ela continuasse tentando transformar você em um ídolo… – Tiago confessou – Receio que ela possa ser bastante cruel se quiser…
– Mas, pelo visto, ela está tentando pintar ele como um rebelde. – Remo disse pensativo – Perguntando se ele faz bagunça em classe e esse tipo de coisa… Não é um angulo tão ruim assim. Acho até que, para o Harry, é melhor ser visto como um rebelde do que como um pobre órfão.
– Eu preferia não aparecer no jornal por motivo algum. – Harry bufou desconcertado.
— Claro que queria — disse Harry, atirando pedaços de fígado de dragão numa grande tigela de metal e apanhando a faca para continuar a cortar. — Ela não pode continuar a escrever que sou um heroizinho trágico, vai acabar ficando chato.
— Ela quer um novo ângulo — comentou Rony sensatamente enquanto descascava ovos de salamandra. — Queria que você dissesse que Harry era um delinqüente doidão!
— Mas ele não é! — exclamou Hagrid parecendo sinceramente chocado.
— A Rita devia ter entrevistado Snape — disse Harry sério. — Ele teria dado o serviço completo sobre mim sem pestanejar. “Potter tem transgredido limites desde que chegou a esta escola...”
– Seria uma matéria bem mais interessante do que a primeira que ela publicou. – Snape murmurou e se surpreendeu ao causar risadas no resto dos presentes.
– Ser retratado como um rebelde tem seus benefícios! – Sirius disse jogando os cabelos para o lado – As garotas adoram os rebeldes.
— Ele disse isso, foi? — perguntou Hagrid enquanto Rony e Hermione davam risadas. — Você pode ter atropelado algumas regras, Harry, mas sinceramente você é um bom menino, não é?
— Obrigado, Hagrid — disse Harry rindo.
— Você vai a esse tal baile no dia de Natal, Hagrid? — perguntou Rony.
— Pensei em dar uma passada lá — respondeu ele com impaciência. — Vai ser legal, acho. Você vai abrir o baile, não é, Harry? Quem é que você vai levar?
— Por enquanto ninguém — respondeu o garoto, sentindo que estava corando.
Hagrid não insistiu no assunto.
A última semana do trimestre foi ficando cada vez mais animada à medida que os dias passavam. Corriam boatos sobre o Baile de Inverno por todo lado, embora Harry não acreditasse nem na metade. Por exemplo, que Dumbledore comprara oitocentos barris de quentão de Madame Rosmerta. Mas parecia ser verdade que ele contratara as Esquisitonas.
– E quem exatamente são as Esquisitonas? – Frank perguntou curioso.
– É a melhor banda de rock bruxo do Reino Unido! – Gina respondeu categórica – Mas é claro que ainda não foi formada… Acho que Sirius adoraria a dança do hipogrifo… – completou com uma risada.
Exatamente quem ou o quê eram as Esquisitonas o garoto não sabia, pois nunca tivera acesso à rádio bruxa, mas deduzia, pela excitação gerada nos garotos que haviam crescido ouvindo a RRB (Rede Radiofônica dos Bruxos), que eram um famoso grupo musical.
Alguns professores, como o nanico Professor Flitwick, desistiram de tentar ensinar aos garotos alguma coisa quando suas cabecinhas estavam tão visivelmente longe dali, ele os deixou fazerem jogos durante a aula de quarta-feira, e passou a maior parte do tempo conversando com Harry sobre maneiras de aperfeiçoar o Feitiço Convocatório que ele usara durante a primeira tarefa do Torneio Tribruxo.
– Jogos. – Severo revirou os olhos.
– Não espere que McGonagall e Moody deem essa folga para vocês! – Tiago garantiu – Flitwick é um ótimo professor, mas ás vezes acho que ele é tenro demais.
– Ele é! – Lily concordou com um sorriso – Ele sempre achou que uma abordagem mais amigável era mais eficiente.
Outros professores não foram tão generosos. Nada poderia jamais desviar o Professor Binns, por exemplo, continuou a dar as revoltas dos duendes — como Binns não permitira sequer que a própria morte o impedisse de continuar ensinando, os garotos supunham que uma bobagem feito o Natal não fosse perturbá-lo. Era espantoso como o professor conseguia fazer até as revoltas mais sangrentas e encarniçadas parecerem tão tediosas quanto o relatório de Percy sobre os fundos dos caldeirões.
Os professores McGonagall e Moody também fizeram os garotos trabalharem até o último segundo de aula, e quanto a Snape, seria mais fácil ele adotar Harry do que deixar seus alunos fazerem jogos durante a aula.
– Eu não iria tão longe. – Severo murmurou entediado.
Contemplando a turma com um ar malvado, informou-a de que aplicaria um teste sobre antídotos de venenos na última aula do trimestre.
— Perverso é o que ele é — disse Rony, com amargura, àquela noite na sala comunal da Grifinória. — Dar um teste no último dia. Estragar o finalzinho do trimestre com um monte de revisões.
— Hum... Mas não se pode dizer que você esteja se matando de estudar, não é? — comentou Hermione, olhando para o garoto por cima dos seus apontamentos sobre Poções. Rony estava entretido construindo um castelo de cartas com o baralho de Snap Explosivo, um passatempo muito mais interessante do que o que se faz com o baralho dos trouxas, dada a possibilidade da coisa toda explodir a qualquer instante.
— É Natal, Hermione — disse Harry cheio de preguiça, o garoto estava relendo Voando com os Cannons, pela décima vez, numa poltrona ao lado da lareira.
Hermione lhe lançou, também, um olhar severo.
— Pensei que você estaria fazendo alguma coisa construtiva, Harry, mesmo que não queira aprender os antídotos!
— Como o quê? — perguntou Harry, enquanto acompanhava Joey Jenkins dos Cannons rebater violentamente um balaço contra o artilheiro do Ballycastle Bats.
– Descobrir qual é a próxima tarefa e como passar por ela ileso? – Remo sugeriu preocupado – Você não está se esforçando nem um pouco para desvendar a pista que recebeu! Os outros campeões já devem ter um plano formado.
– Ou você poderia estar procurando um par para o baile. – Sirius disse desdenhando da opinião de Remo – Mantenha suas prioridades em ordem!
– Ou você poderia simplesmente estudar para a prova de antídotos. – Lily suspirou – Sempre me decepciona pensar que você odeia poções…
– A culpa não é exatamente dele. – Tiago defendeu – Ele tem um ótimo motivo para odiar poções. – acrescentou olhando de soslaio para Severo.
— Aquele ovo! — sibilou Hermione.
— Ah, vai, Hermione, tenho até o dia vinte e quatro de fevereiro — respondeu o garoto.
Harry guardara o ovo de ouro em seu malão no dormitório e não o abrira desde a festa de comemoração da primeira tarefa. Afinal, ainda faltavam dois meses até que lhe exigissem o significado daquele grito de agouro.
– E é claro que, sendo um bom afilhado de Sirius, como você certamente é, você vai procrastinar até o último instante possível! – Remo riu condescendente.
— Mas pode levar semanas para você chegar a uma conclusão! Você vai parecer um perfeito idiota se os outros campeões souberem a resposta para a próxima tarefa e você não.
— Deixa ele em paz, Mione, ele conquistou o direito de tirar uma folga — disse Rony enquanto colocava as duas últimas cartas no topo do castelo e a coisa toda explodia chamuscando suas sobrancelhas.
— Ficou legal, Rony... Vai combinar bem com as suas vestes a rigor, ah, isso vai. — Eram Fred e Jorge. Sentaram-se à mesa com os três garotos enquanto Rony apalpava o rosto para avaliar o estrago.
— Rony, podemos pedir Pichitinho emprestado? — perguntou Jorge.
— Não, ele está fora entregando uma carta. Por quê?
— Porque Jorge quer convidar sua coruja para ir ao baile — disse Fred sarcasticamente.
— Porque nós gostaríamos de mandar uma carta, seu panacão — disse Jorge.
— Para quem é que você tanto escreve, hein? — perguntou Rony.
– Você realmente não devia se meter nos assuntos deles. – Gina disse parecendo-se estranhamente com a Sra. Weasley – Eles nunca se metem nos assuntos de vocês. E vocês escondem muito mais coisas do que eles…
– Gina tem razão. – Tiago disse sorrindo para a garota – Nunca faça a outra pessoa o que não suportaria que ela fizesse a você… Acredito que eles podem ser muito mais intrometidos do que você se quiserem.
– Sabemos que eles podem… – Gina riu virando-se para Rony – Vocês conhecem as invenções deles de espionagem…
– Gina! – Hermione repreendeu – Não fale do que ainda não apareceu.
– Mas ela não disse nada demais. – Sirius defendeu – Apenas disse que eles inventaram coisas para espionar pessoas… Não é como se não soubéssemos que eles são inventores geniais.
— Não mete o nariz, Rony, ou vou queimar ele para você, também — disse Fred, acenando a varinha num gesto de ameaça. — Então... Vocês já arranjaram par para o baile?
— Não — respondeu Rony.
— Então é melhor andarem depressa, companheiros, ou todas as garotas legais vão estar ocupadas — disse Fred.
– Eu avisei. – Tiago disse sorrindo para Hermione e Gina – Vocês só podem torcer para os outros garotos serem tão obtusos quanto vocês e Mione e Gina ainda não terem sido convidadas.
— Com quem é que vocês vão, então?
— Angelina — disse Fred prontamente, sem o menor constrangimento.
— Quê? — disse Rony espantado. — Você já a convidou?
— Bem lembrado — disse Fred. E virando a cabeça gritou para o outro extremo da sala comunal: — Oi! Angelina!
Angelina, que estava conversando com Alicia Spinnet perto da lareira, olhou para o garoto.
— Que foi? — perguntou em resposta.
— Quer ir ao baile comigo?
Angelina lançou um olhar a Fred como se o avaliasse.
— Tudo bem — disse ela e tornou a se virar para Alicia para retomar a conversa, com um sorrisinho no rosto.
– Seu irmão é bem prático! – Remo disse admirado.
– E tem estilo! – Sirius concordou maravilhado – A pessoa tem que ser muito confiante para fazer isso.
— Pronto, — disse Fred a Harry e Rony — moleza. — Levantou-se, então, se espreguiçou e disse: — É melhor usarmos uma coruja da escola, então, Jorge, vamos...
Os dois saíram. Rony parou de apalpar as sobrancelhas e olhou para Harry por cima dos restos fumegantes do seu castelo de cartas.
— A gente devia começar a se mexer, sabe... Convidar alguém. Ele tem razão. Não queremos acabar com um par de trasgos.
Hermione deixou escapar uma exclamação de indignação.
— Com licença... Um par do quê?
— Bom... Sabe, — respondeu Rony, encolhendo os ombros — eu prefiro ir sozinho do que com... Com Heloisa Midgeon, digamos.
– Isso é completamente insensível! – Lily disse indignada – Não sei nada sobre a garota, mas ela com certeza não merece isso!
– Não mesmo! – Alice concordou irritada – Sua mãe não gostaria nada de ouvir você falando assim!
– Se eu fosse Hermione e você me convidasse depois de dizer isso, eu não iria com você. – Lily bufou e recebeu acenos enfáticos de concordância de Hermione, Gina e Alice.
— A acne dela melhorou à beça ultimamente, e ela é bem legal!
— Tem o nariz fora de esquadro.
— Ah, entendo — disse Hermione, encrespando. — Então, basicamente, você vai levar a garota mais bonita que aceitar você, mesmo que ela seja completamente intragável?
— Hum... É, é por aí — disse Rony.
— Eu vou dormir — retorquiu Hermione e saiu num repelão em direção à escada para o dormitório das garotas, sem dizer mais nada.
– Além de insensível, você era um tanto obtuso, não é? – Sirius perguntou com uma risada – É lógico que Hermione esperava que você falasse que preferia ir com uma garota divertida e inteligente do que com uma garota bonita e desinteressante!
– Eu diria que Rony era ainda mais cego do que estamos imaginando. – Tiago disse observando Rony e Hermione com atenção – Ele não conseguia ver o que estava bem debaixo do nariz dele…
Os funcionários de Hogwarts, demonstrando um constante interesse em impressionar os visitantes de Beauxbatons e Durmstrang pareciam decididos a mostrar o castelo em sua melhor forma neste Natal.
Quando armaram as decorações, Harry reparou que eram as mais fantásticas que ele já vira no interior da escola. Pingentes de gelo perene tinham sido presos nos balaústres da escadaria de mármore, as doze árvores de Natal que sempre eram montadas no Salão Principal estavam enfeitadas com tudo, desde frutinhas vermelhas luminosas até corujas douradas vivas que piavam, e as armaduras tinham sido enfeitiçadas para cantar canções tradicionais de Natal quando alguém passasse por elas. Era impressionante ouvir "O vinde adoremos” cantado por um elmo vazio que só sabia metade da letra.
Várias vezes, Filch, o zelador, teve que retirar Pirraça de dentro da armadura, onde ele pegara a mania de se esconder, preenchendo as lacunas das canções com palavras de sua própria invenção, todas muito grosseiras.
– Eu me surpreenderia se Pirraça não tivesse aproveitado essa oportunidade! – Remo riu – Sempre tão criativo e, ao mesmo tempo, tão previsível…
E Harry ainda não convidara Cho para o baile. Ele e Rony estavam ficando muito nervosos agora, embora Harry lembrasse que o amigo pareceria muito menos idiota sem par do que ele, Harry teria que abrir o baile com os outros campeões.
— Imagino que sempre tem a Murta Que Geme — disse Harry desanimado, referindo-se ao fantasma que assombrava o banheiro das garotas no segundo andar.
– Ela adoraria ir com você ao baile! – Gina disse rindo ligeiramente maldosa – Sempre teve uma quedinha por você… Ainda me lembro de como ela ficou decepcionada quando você saiu vivo da câmara secreta.
— Harry, a gente só tem que cerrar os dentes e mandar ver — disse Rony na sexta-feira pela manhã, num tom que sugeria que os dois estavam planejando tomar de assalto uma fortaleza inexpugnável. — Quando voltarmos ao salão comunal hoje à noite, teremos arranjado dois pares, topa?
— Hum... OK — disse Harry.
– Estou aqui me perguntando, – Tiago disse pensativo – quem exatamente Rony pretende convidar?
– Não acho que ele falou… – Sirius respondeu rindo – Mas desconfio que é uma certa Veela…
– Ele não seria louco de convidar aquela francesa metida! – Lily disse entre gargalhadas.
– Fleur me parece exatamente o tipo de garota que Hermione citou… – Alice disse levantando uma sobrancelha para Rony – Muito bonita, mas completamente desinteressante.
Mas todas as vezes que ele viu Cho naquele dia — no intervalo das aulas, depois do almoço, e uma vez a caminho da aula de História da Magia — ela estava cercada de amigas. Será que a garota nunca ia a lugar algum sozinha? Será que ele talvez pudesse surpreendê-la quando estivesse entrando no banheiro?
– Garotas não vão sozinhas ao banheiro! – Gina revirou os olhos – Especialmente em Hogwarts… Ou tenho que te lembrar de que todas as garotas que tiveram problemas em Hogwarts por andarem sozinhas, estavam no banheiro?
– Tenho que me lembrar de nunca mais ir a um banheiro sozinha depois que acabar de ler esses livros. – Lily disse trocando um olhar com Alice.
Mas não, parecia até que ela entrava ali também com um séqüito de quatro ou cinco colegas. Contudo, se ele não a convidasse logo, quando o fizesse ela já teria sido convidada por outro.
Harry achou difícil se concentrar no teste de Snape sobre antídotos e, em conseqüência, esqueceu de acrescentar um ingrediente básico, — o bezoar — o que significou que recebeu uma nota baixa.
– Teria tido uma nota melhor se tivesse simplesmente entregado um bezoar. – Severo revirou os olhos de seu canto.
Mas ele não se incomodou, estava ocupado demais reunindo coragem para o que pretendia fazer. Quando a sineta tocou, ele agarrou a mochila e correu para a porta da masmorra.
— Encontro vocês na hora do jantar — disse a Rony e Hermione, e saiu correndo escada acima. Teria que pedir a Cho uma palavrinha em particular, só isso... Assim, saiu apressado pelos corredores apinhados procurando a garota e encontrou-a (mais cedo do que esperava), saindo da aula de Defesa contra as Artes das Trevas.
— Hum... Cho? Posso dar uma palavrinha com você?
Risadinhas deviam ser proibidas por lei, pensou Harry furioso, quando as garotas à volta de Cho começaram a rir. Mas ela não. Respondeu:
— OK — e acompanhou-o até ficarem fora do alcance dos ouvidos das colegas. Harry virou-se para olhá-la e seu estômago afundou de um jeito esquisito, como se ele tivesse descido dois degraus de uma vez, sem querer.
Gina trincou os dentes audivelmente, estava obviamente irritada com o que se passava no livro e não se esforçou nem um pouco para disfarçar.
— Hum — começou ele.
Não podia convidá-la. Não podia. Mas tinha que convidá-la.
Cho ficou parada ali com uma expressão intrigada, olhando para ele. As palavras saíram antes que Harry conseguisse tirar a língua do caminho.
— Queriraobailecomigo?
– Esse é seu melhor movimento? – Sirius perguntou irônico – Eu realmente devia estar por perto para te ensinar uma coisa ou outra sobre como convidar garotas para sair… O garoto consegue enfrentar um dragão completamente sozinho, mas trava na hora de chamar uma garota para o baile...
– Até a lula gigante tem mais experiência com garotas que você… – Tiago disse levantando as sobrancelhas para Lily, insinuante.
— Desculpe, não ouvi — disse Cho.
— Você quer... Você quer ir ao baile comigo? — disse Harry. Por que tinha que ficar vermelho justamente agora? Por quê?
— Ah! — exclamou Cho, corando também. — Ah, Harry, sinceramente sinto muito — e seu rosto parecia confirmar isso. — Eu já disse que iria com outro garoto.
– Bem feito! – Gina murmurou desgostosa, Sirius foi o único que escutou, mas não conseguiu esconder as risadas.
– Não ria dele! – Alice disse piedosa – Foi a primeira tentativa dele de chamar uma garota para sair… E não foi tão ruim assim.
– Foi bastante ruim. – Tiago disse caindo na gargalhada.
– Muito ruim. – Harry admitiu constrangido.
— Ah — disse Harry.
Era estranho, um momento antes suas entranhas estavam revirando como cobras, mas de repente ele parecia não ter mais entranhas.
— Ah, OK, não faz mal.
— Sinto muito mesmo — repetiu a garota.
— Tudo bem.
Eles ficaram ali parados se olhando, então Cho disse:
— Bom...
— É — disse ele.
— Então, tchau — disse a garota ainda muito vermelha. E se afastou.
Harry chamou-a antes que pudesse se conter.
— Com quem é que você vai?
— Ah... Cedrico. Cedrico Diggory.
– Nós avisamos que ele era a única pessoa que conseguiria um par mais facilmente que você… – Sirius não conseguia esconder as risadas – Você foi logo escolher a mesma garota que ele…
– Não sei o que eles viram nessa garota… – Gina bufou – Completamente sem graça…
– De qualquer jeito, – Tiago disse sorrindo para Harry – não queria que você fosse com ela… Não é a garota certa para você…
— Ah, certo.
As entranhas dele tinham voltado ao lugar. Pareciam ter-se enchido de chumbo durante a ausência. Esquecendo-se completamente do jantar, ele subiu devagarinho a escada para a Torre da Grifinória. A voz de Cho ecoava em seus ouvidos a cada passo. "Cedrico... Cedrico Diggory". Harry tinha até começado a gostar de Cedrico — se dispusera a esquecer o fato de que o garoto o derrotara no Quadribol, e era bonito e popular, e era praticamente o campeão favorito da escola. Agora, de repente, ele se dava conta de que Cedrico era na realidade um garoto bonito e inútil que não tinha cérebro suficiente para encher um oveiro.
– Pobre Diggory! – Sirius disse irônico – Ele não tem culpa por convidar uma garota completamente sem sal para ir com ele ao baile…
– E nem tem culpa por você ter chegado tarde demais na mesma garota sem sal! – Remo concordou enfático.
— Luzes encantadas — disse secamente à Mulher Gorda, a senha fora trocada na véspera.
— Com certeza, meu querido! — chilreou ela, acertando a faixa de lantejoulas nos cabelos ao girar para a frente para admitir o garoto.
Ao entrar na sala comunal, Harry correu os olhos pelo aposento, e para sua surpresa, viu Rony sentado, de rosto branco, num canto distante. Gina estava ao seu lado conversando, aparentemente numa voz baixa de quem consola.
— Que aconteceu, Rony? — perguntou Harry se juntando aos dois.
Rony ergueu os olhos para Harry, uma expressão de horror no rosto.
— Por que fiz aquilo? — perguntou ele enlouquecido. — Não sei o que me obrigou a fazer aquilo!
— O quê?
— Ele... Hum... Convidou Fleur Delacour para ir ao baile — disse Gina. Parecia que estava fazendo força para não rir, mas continuou a dar palmadinhas no braço de Rony, demonstrando sua solidariedade.
– Eu estava louca para cair na gargalhada! – Gina admitiu.
– Só posso imaginar que não foi uma experiência muito mais agradável do que a de Harry. – Sirius sugeriu solidário – Vocês realmente precisavam de umas aulinhas de traquejo social…
– E talvez algumas de auto-confiança não fariam mal… – Tiago disse tentando, sem sucesso, esconder as risadas.
— Você o quê?
— Não sei o que me obrigou a fazer aquilo! — exclamou Rony outra vez. — Quem é que eu estava fingindo que era? Havia gente, a toda volta, fiquei maluco, todo mundo olhando! Eu estava passando por ela no saguão de entrada, Fleur estava parada conversando com Diggory, e uma coisa parece que se apoderou de mim, e convidei!
– Eu sabia que ela estava dando em cima de Cedrico na pesagem das varinhas! – Alice disse levantando os olhos do livro – Uma garota sempre sabe.
– A parte Veela de Fleur devia estar aflorada. – Remo disse ignorando Alice completamente – Rony deve ter caído no encanto dela… Sinto muito – completou encarando Rony solidário.
Rony gemeu e enterrou o rosto nas mãos. Ele não parava de falar embora fosse difícil distinguir o que dizia.
— A garota olhou para mim como se eu fosse um verme ou coisa parecida. Nem me respondeu. E então... Não sei... Parece que recuperei o juízo e me mandei dali.
— Ela é parte Veela — disse Harry. — Você tinha razão, a avó dela era Veela. Não foi sua culpa, aposto como você passou na hora em que ela estava jogando charme para Diggory e você foi atingido, mas ela está perdendo tempo. Ele vai levar Cho.
Rony levantou a cabeça.
— Eu acabei de convidá-la para ir comigo, — disse Harry sem emoção — e ela me contou.
Gina de repente parara de sorrir.
Tiago encarou Gina com curiosidade, mas não disse nada.
— Isso é uma piração, — disse Rony — somos os únicos que não têm ninguém, bem, tirando o Neville. Ei, adivinha quem ele convidou? Mione!
— Quê! — exclamou Harry, completamente distraído pela surpreendente notícia.
— É, eu sei! — disse Rony, um pouco de cor voltando ao seu rosto quando ele começou a rir. — Neville me contou depois da aula de Poções! Disse que ela sempre foi muito legal, que o ajudava nos estudos, mas Mione falou que já estava indo com alguém. Ah! Como se fosse! Ela só não queria ir com o Neville... Quero dizer, quem iria querer?
– Você estava sendo ridículo! – Hermione disse confiante antes que Alice, que abriu a boca para xingar Rony, pudesse falar alguma coisa – Eu adoraria ir ao baile com Neville! De verdade! Neville sempre foi um ótimo amigo! – acrescentou trocando um olhar tenro com o garoto – Mas alguém viu qualidades em mim primeiro. E eu fiquei feliz em aceitar.
– Quem? – Alice perguntou curiosa.
– Vocês vão ter que continuar lendo para saber. – Hermione disse sem conseguir esconder uma risada.
— Não! — disse Gina aborrecida. — Não ria...
Naquele instante Hermione vinha passando pelo buraco do retrato.
— Por que vocês dois não foram jantar? — perguntou ela, vindo se reunir ao grupo.
— Por que... Ah, parem de rir, vocês dois... Porque as garotas que eles convidaram acabaram de recusar o convite! — disse Gina.
– Isso definitivamente vai apagar o risinho da cara dos dois. – Alice disse defensiva – Nenhum dos dois se saiu muito melhor do que Neville, não é?
Harry e Rony se entreolharam constrangidos, mas não responderam.
Isso fez os dois calarem a boca.
— Obrigado, Gina — disse Rony azedo.
— Todas as garotas bonitas já estão ocupadas, Rony? — perguntou Hermione com um ar superior. — A Heloisa Midgen está começando a parecer bem bonita, agora, não está não? Bem, tenho certeza de que vocês vão encontrar em algum lugar alguém que queira vocês.
Mas Rony estava encarando Hermione como se, de repente, a visse sob uma luz totalmente nova.
— Hermione, Neville tem razão, você é uma garota...
– Isso foi simplesmente a coisa mais insensível que já ouvi! – Tiago diz abismado – Não consigo imaginar alguém mais sem tato do que você!
– Rony não precisa de aulas de como lidar com garotas, – Sirius revirou os olhos – precisa de aulas de como lidar com seres humanos!
– Não foi isso que eu quis dizer. – Rony bufou – Saiu completamente errado!
– Mas foi isso que você disse. – Hermione respondeu – E foi assim que eu entendi.
– Você e qualquer outro ser pensante! – Lily disse chocada – Já disse antes, me surpreendo com você ainda ser amiga desses dois…
– Harry melhorou bastante com o tempo. – Hermione deu de ombros.
— Bem observado — respondeu ela com azedume.
— Então... Você poderia acompanhar um de nós!
— Não, não poderia — retorquiu Hermione.
— Ah, vai, — disse ele impaciente — precisamos de pares, vamos fazer um papel realmente idiota se não tivermos nenhum, todos os outros têm...
— Não posso ir com vocês, — disse Hermione, agora corando — porque já estou indo com uma pessoa.
– Eu avisei que vocês perderiam as melhores garotas se ficassem postergando o convite! – Tiago disse sorrindo para Hermione com carinho.
— Não, não está! — disse Rony. — Você só disse isso para se livrar de Neville!
— Ah, foi? — Os olhos de Hermione faiscaram perigosamente. — Só porque você levou três anos para reparar, Rony, não significa que mais ninguém tenha percebido que eu sou uma garota!
– Você estava pedindo por isso… – Lily disse encarando Rony furiosa – Isso não é o modo correto de tratar uma garota e, muito menos, o modo correto de se tratar uma amiga!
Rony arregalou os olhos para ela. Depois tornou a sorrir.
— OK, OK, sabemos que você é uma garota. Satisfeita? Você vai com a gente agora?
– Você só está piorando cada vez mais a sua situação… – Sirius disse consternado – Além de cego, ainda te falta o freio que impede as pessoas de falarem tudo o que se passa na cabeça delas, por mais ridículo que seja?
– E, com isso, Sirius quis dizer que te falta discernimento. – Remo disse balançando a cabeça pesaroso.
– Ele tinha só 14 anos… – Gina não resistiu em dizer – Garotos de 14 anos são estúpidos.
– Até quando essa será a sua desculpa? – Lily perguntou risonha.
– Essa sempre vai ser minha desculpa! – Gina admitiu – Especialmente em relação ao meu irmão… Garotos demoram muito mais que garotas para amadurecer.
– Nem todos. – Tiago disse estufando o peito.
– Levando em conta que você só começou a parecer mais maduro depois que entramos nessa sala, – Lily disse rindo carinhosamente – não sei a quem você está se referindo!
— Eu já falei! — disse Hermione muito zangada. — Estou indo com outra pessoa!
E saiu decidida em direção à escada para o dormitório das garotas.
— Ela está mentindo — sentenciou Rony, acompanhando-a com o olhar.
— Não está não — disse Gina baixinho.
— Quem é a pessoa, então?
— Não vou dizer, não é da sua conta.
— Certo, — disse ele, que parecia ofendido — essa história está ficando idiota. Gina você pode ir com o Harry e eu vou...
— Não posso — respondeu Gina, e ela ficou vermelha também.
— Estou indo com... Com Neville. Ele me convidou quando Hermione disse não e eu achei... Bem... De outro jeito eu não poderia ir, não estou no quarto ano. — Ela parecia infelicíssima. — Acho que vou descer para jantar — e dizendo isso, se levantou e saiu pelo buraco do retrato, de cabeça baixa.
– Não me leve a mal… – Gina disse encarando Neville constrangida – Não aceitei ir com você só porque era minha única opção, você é um ótimo amigo…
– Não se preocupe. – Neville disse com um sorriso carinhoso – Eu sei muito bem o que te deixou decepcionada. E, na verdade, fico muito feliz em saber que, mesmo assim, você resolveu ir comigo!
– É claro que não iria te dispensar! – Gina disse rindo – Não sou o tipo de pessoa que dispensa os amigos só porque uma pessoa mais famosa convidou ela para o baile!
– Provavelmente foi melhor assim mesmo. – Tiago disse sorrindo para Gina – Pelo menos, eles vão aprender a convidar as garotas certas da próxima vez!
– Ainda assim, – Alice disse antes de voltar a ler – Neville se saiu muito melhor do que vocês, não é?
Rony ficou olhando abobado para Harry.
— Que será que deu nelas? — perguntou.
– Ás vezes me pergunto se mamãe deixou você cair muitas vezes de cabeça quando era um bebê. – Gina disse gerando gargalhadas em todos os presentes.
Mas Harry acabara de ver Parvati e Lilá entrando pelo buraco do retrato.
Chegara a hora de tomar atitudes drásticas.
— Espere aqui — disse ele a Rony, se levantou, saiu numa linha reta até Parvati e disse:
— Parvati? Quer ir ao baile comigo?
– Parece que ela vai conseguir exatamente o que queria. – Lily suspirou decepcionada – Vai ao baile como acompanhante de um campeão…
– Era melhor ter aceitado o convite da Chloe. – Alice revirou os olhos – Você e Parvati não tem nada em comum! – completou baixando os olhos para o livro.
Parvati teve um acesso de risinhos. Harry esperou que ela terminasse, os dedos cruzados dentro do bolso das vestes.
— Tudo bem — disse por fim a garota, corando furiosamente.
— Obrigado — disse Harry, aliviado. — Lilá, você quer ir com o Rony?
— Ela vai com o Simas — respondeu Parvati e as duas tiveram outro acesso de risinhos ainda mais forte.
Harry suspirou.
— Sabem de alguém que pudesse ir com o Rony? — disse ele, baixando a voz de modo que o amigo não o ouvisse.
– Fico feliz em saber que você chegou ao ponto patético em que Harry precisa convidar garotas por você. – Hermione murmurou deixando transparecer um pouco de raiva.
— Que tal a Hermione Granger? — sugeriu Parvati.
— Ela está indo com outra pessoa.
A garota fez cara de espanto.
— Aaaah... Quem? — perguntou interessada.
– Garota desagradável! – Lily disse encarando Hermione solidária – Posso imaginar o inferno que foi dividir o dormitório com elas!
Harry encolheu os ombros.
— Não faço idéia. Então, e o Rony?
— Bem... — disse Parvati lentamente. — Imagino que minha irmã talvez... Padma, sabe... Da Corvinal. Eu pergunto a ela se você quiser.
— Quero, seria ótimo. Me avisa, está bem?
E ele voltou para onde Rony estava, com a sensação de que esse tal baile dava muito mais trabalho do que merecia, e desejou que o nariz de Padma Patil fosse bem centrado no rosto.
– Considerando que ela e Parvati são gêmeas… – Alice disse pousando o livro sobre a mesa de centro – Você devia saber se o nariz dela é no lugar certo só de olhar para a irmã…
– E você dificultou isso muito mais do que deveria. – Tiago repreendeu – Se vocês não fossem cegos e prestassem atenção ao que acontece ao redor de vocês, teriam os melhores pares para o baile!
– Não posso deixar de concordar. – Lily disse encarando Tiago com um sorriso.
– Acho que podemos comer alguma coisa antes do próximo capítulo. – Hermione disse pensativa – E talvez ler mais um antes de dormir…
Todos se dirigiram à mesa e começaram a fazer pedidos a ela. Depois da refeição Rony se demorou uns minutos a mais na mesa encarando Hermione.
– Eu era realmente um cego idiota… – ele admitiu baixando os olhos constrangido.
– Pelo menos você abriu os olhos. – Hermione sorriu para ele bondosa.
– Eu queria me desculpar… – Rony começou a dizer, mas foi interrompido por Hermione.
– Não precisa. – ela deu de ombros – Vamos lá! Ainda temos muito o que ler.
Neville esperou que os dois retomassem seus lugares antes de abrir o livro no capítulo seguinte:
– Capítulo XXIII – O baile de inverno.
Hey leitores mais queridos do FeB! Quem me acompanha no grupo já sabe: Acabei CDF!!!!! Já tenho CdF completo e já estou começando OdF! Então, eu ACHO que vou continuar postando toda semana, mas não estou prometendo nada. Gostei muito do final de CdF e espero que vocês gostem também quando chegarmos lá...
- Prado Soares: Eu sei muito bem que você anda enrolada, e sei seus motivos, mas isso não é desculpa para não comentar! Não perdoo e ponto final. O 30 foi bem difícil de escrever... Mas eu acho que consegui colocar tudo o que eu queria. Que bom que você gosta de como a Lily se preocupa com o Harry, acredite, tem gente que acha exagerado... A vida de Sirius como foragido não foi nada divertida... Aliás, acho o Sirius um dos personagens que mais sofreu nos livros... Pensa bem, ele cresceu na casa dos Black e teve que fugir, depois o melhor amigo dele morreu, outro amigo traiu ele e ele foi preso injustamente, ficou 12 anos preso e fugiu, quando fugiu passou fome, e foi obrigado a voltar para a casa da infância dele onde ele ficou preso mais uma vez, e depois disso morreu! JK foi muito dura com ele... Pelo menos os anos dele na escola parecem ter sido bons... É muito bonito da parte da Mione querer ajudar os elfos, e Tiago não condena isso, ele apenas acha que ela deveria ter se esforçado para ajudar eles da forma certa! Eu sempre gosto de colocar a Gina e o Neville contando coisas que o trio não poderia ter visto... Ou o Rony e a Hermione contando quando estão separados... Eu gosto muito de acrescentar informações que a JK colocou em outros lugares, acho que deixa a história mais rica! Que bom que você percebeu o amadurecimento da Alice, tenho me esforçado bastante para mostrar que ela ta mudando mesmo. Infelizmente Sirius não me deu autorização de contar para vocês o que o Monstro sabe sobre ele... Eu acho que Winky diz que Bagman é malvado por causa do julgamento mesmo, Crouch não ficou nada feliz em libertar ele, deve ter falado disso em casa. E sim, sei quem você é! A minha leitora mais chata!
- Ana Marisa Potter: Tudo bem não ter comentado, só não pode me abandonar! Pode dizer que o capítulo está ótimo sempre que quiser... Eu custo a acreditar em vocês! Eu adoro escrever sobre a família do Tiago e do Sirius... Na primeira vez que li também não reparei que o nome do capítulo não era o mesmo nome do F.A.L.E. Espero que tenha gostado do capítulo!
- Carlos Mashiant: Vou continuar postando um capítulo por semana quando der. Acho que PdA é minha melhor até agora mesmo. Tem muito mais relação com os marotos, e envolve eles muito mais que as outras... Eu adoro escrever o relacionamento do Tiago com a Lily, ela já foi rude com ele, ele já se irritou com ela, ela já pediu desculpas... Acho que os dois estão descobrindo coisas que nunca viram um no outro, e estão se conhecendo de verdade antes de qualquer coisa. Você vai ficar feliz em ler os capítulos 36 e 37 de CdF, nos dois eu explorei um bocado a amizade do trio e os sentimentos de Rony e Hermione em relação ao Harry, achei que foi o momento mais adequado para isso considerando o estado físico e mental do Harry nesses capítulos. Eu estudei muito o passado de Snape para escrever a fic, mas infelizmente o Snape não é o tipo de pessoa que gosta de falar muito sobre a vida dele nessa sala... Mas é possível que vejamos um bocado sobre isso em OdF... Eu adorei escrever o capítulo 37 de CdF, e espero que você goste dele... Apesar de eu ter certeza de que algumas pessoas vão me odiar por causa do final. Eu gosto de sagas consideradas infanto-juvenis, como Percy Jackson por exemplo. E estou gostando muito dos novos livros da JK como o chamado do cuco por exemplo... Mas os meus favoritos sempre serão os do detetive Poirot da Agatha Christie.
- Tatiana Thays: Desde que você comece a comentar sempre ta perdoada! O nome do capítulo anterior era Frente de Libertação dos Elfos Domésticos, o nome do F.A.L.E é Fundo de Apoio a Libertação dos Elfos, duas coisas parecidas, porém diferentes. Olha, você não está levando em conta que Lily conhece Harry a poucos dias e que todas essas informações ao mesmo tempo são um bocado impactantes... E mesmo que ela esteja na guerra, é bem diferente ver o filho dela correndo risco. Ela aceitou morrer para Harry não morrer, é o tipo de pessoa que ela é. E Lily não precisaria pedir que Snape fizesse uma poção para ela, segundo Slughorn em EdP Lily era a melhor aluna de poções! Acho que Rony estava apenas cansado de sempre ganhar suéteres cor de tijolo. A explicação de Hermione sobre o que ela pensa sobre elfos domésticos agora talvez nunca apareça na fic, afinal, o livro não vai chegar na parte em que Hermione trabalha no ministério. Rony vai se segurar bastante em relação a Krum, afinal, agora ele vê quão errado ele estava. A Alice é a shipper oficial da sala! Estou muito empolgada de começar a escrever OdF, bom saber que é seu favorito!
- Izabella Bella Black: Não tem problema demorar para comentar, desde que não me esqueça! Eu também acho que as provas do torneio vão se tornando mais complicadas. Sirius tentou ajudar Harry na prova do dragão, e Harry não pediu ajuda a ele na prova do lago... Então só restaria a terceira tarefa, talvez Sirius tenha dado algumas dicas para Harry de feitiços, afinal Harry diz que Sirius estava escrevendo para ele todos os dias antes da terceira tarefa. Eu gostei de escrever sobre quando Frank e Alice descobriram a verdade, foi complicado, mas consegui colocar tudo o que queria. Não sei se os Marotos vão descobrir sobre Rita... Mas temos que levar em conta que eles mesmos são animagos, não é? E a Mione descobriu sozinha tendo menos informações que eles... Quem sabe? Pelo que sei os elfos domésticos foram criados exatamente para servir os bruxos, por isso eles gostam tanto de trabalhar, é a função deles.
- Luiza Snape: Espero que tenha gostado.
- Luana Mendes Potter: Se você está dizendo que é legal, vou ver se compro o livro (ou ganho de presente, quem sabe). Tadinho do Sirius, para mim ele é o personagem que mais sofreu nos livros... Harry também não se esforçou muito para se aproximar dele, e ignorou a maior tentativa de Sirius de manter contato. Eu acho o Freddie Prinze Jr. e o Johnny Deep lindos, mas acho eles meio velhos para Tiago e Sirius... Já pensei no Dave Franco para Tiago também... Eu sofri um bocado escrevendo quando o Frank e a Alice descobrem tudo, mas acho que ficou bom... Acho que o problema do torneio é que eles sofrem por antecipação, eles tem que ver Harry não sabendo o que fazer quando eles tem várias ideias e etc. O que o Rony sente em relação ao Krum é puro ciúme! Na verdade eu tive que ir atrás de todas as exceções à lei de Gamp porque a JK não colocou elas no livro! Infelizmente Sirius não me deu autorização para revelar os segredos dele que Monstro conhece... E sim você é muito inocente se não pensou no Dobby e na Winky como fontes de informação.
- Kantiss Potter: Gina é muito menos contida do que Rony, então vai ser bem mais divertido escrever as partes em que Harry gosta da Cho! E Rony percebe agora todas as besteiras que fez na época e como aquilo tudo era apenas ciúme! A única coisa que posso te dizer é que algumas pessoas vão me odiar, mas eu amei escrever o último capítulo de CdF. Enquanto eu escrevo é como se eles estivessem falando na minha cabeça, então sei como se sente.
Não deixem de comentar!
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Comentários (15)
Adorei o capitulo, mas abandonar nunca a fic está demasiado fantastica para o fazer esta é a primeira fic que participo regularmente.Neste capitulo adorei esta parte: " Mas Rony estava encarando Hermione como se, de repente, a visse sob uma luz totalmente nova. — Hermione, Neville tem razão, você é uma garota...– Isso foi simplesmente a coisa mais insensível que já ouvi! – Tiago diz abismado – Não consigo imaginar alguém mais sem tato do que você!– Rony não precisa de aulas de como lidar com garotas, – Sirius revirou os olhos – precisa de aulas de como lidar com seres humanos"Eu sinceramente tambem achei o Ron demasiado infantil na primeira vez que li, não é assim que se trata uma rapariga e muito menos uma amiga. Mas foi muito bom ele ter-se desculpado com Hermione no final deste capitulo.Espero anciosamente o próximo capitulo.BjsAna Marisa Potter
2015-09-22Sua fic está maravilhosa como sempre!
2015-09-22Capítulo ótimo! Sempre achei o Rony um pateta por falar desse jeito com a Hermione, tá tão na cara que ela gosta dele! Acho que essa falta de tato dele que tem tanta gente que shipa Harry/Hermione! Mais amo esse trasgo insensível! Ansiosa pelo proximo, para saber a reação dos marotos quando descobrir que a Mione foi com o Krum! Será que rolou uns beijinhos? Kkkkkkkkk mais uma vez Parabéns pela fic!
2015-09-21Comentando antes que eu seja expulsa do grupo... :PAcho esse capítulo hilário... a falta de jeito do Harry e do Rony pra convidar as garotas é incrível e eu sempre fico tensa na hora do "Mione, você é uma garota" De fato a idéia da Mc Gonagall de se soltar é hilária... as vezes paro pra imaginar a reação do povo se a Minerva desse uma despirocada do nada e ficasse dançando loucamente ou algo do gênero... kkkk Preciso dizer que morri de rir só de imaginar "a dança do hipogrifo" hahahahahahahaachei fofo o Sirius e o Tiago se decepcionando com a fala de habilidades galanteadoras do Harry...Quanto à parte " e quanto a Snape, seria mais fácil ele adotar Harry do que deixar seus alunos fazerem jogos durante a aula.– Eu não iria tão longe. – Severo murmurou entediado." Só tenho uma coisa pra comentar: Adooro fics em que o Snape adota o Harry e se torna uma pessoa melhor ao invés de agir como um babaca – Vergonhoso, eu sei... mas fazer o que... podem me julgar, mas me acabo de chorar lendo q o Snape transforma seu amor pela Lilly em proteção pro Harry... e o comentário da Lilly sobre Harry não gostar de poções me tranportou para o sexto livro e começei a imaginar se Snape vai revelar ou não pro povo que o livro é dele... pq imagino que ele descubra no ato que o livro é dele, mas os outros não tem informações pra descobrir isso... ele ainda não é oficialmente um comensal da morte então sectum sempra ainda não é sua marca registrada... Bem, talvez a Lilly, se ela souber o sobrenome da mãe do Severo e reconhecer as dicas que os dois deviam trocar... mas ainda assim é meio vago... talvez na hora em que ele pede o livro pro Harry o povo mate a charada... sei lá, ainda falta um livro e meio então vou controlar a minha ansiedade e esperar o fiasco do baile de inverno com as gêmeas Patil...A fic continua ótima como sempre Jubs, você é uma ótima escritora e consegue sempre se manter fiel aos personagens da JK.Vou me esforçar mais pra voltar a comentar, faz alguns caps que enqto vou lendo vou planejando o comentário, mas por alguma razão não consigo comentar pelo celular :/aaaah e preciso te dize que dei uma pirada básica quando você usou Elvendork na fic!!! dei tpo um gritinho histérico na hora que li... minha irmã veio perguntar se eu tava bem e tudo... hahahahaha E que os ventos da inspiração continuem soprando aí em Petrópolis ;)
2015-09-21Oi Juh, parabéns pelo capítulo e por ter terminado mais um livro! Imagino a sensação de dever cumprido que deve estar sentindo, mesmo sabendo que escreve apenas por hobby, sem obrigação alguma. Fiquei um tempo sem comentar, mas não deixei de acompanhar as atualizações, encontrei um tempinho hoje para postar aqui. Adorei as reações desse capítulo, o Harry realmente não leva jeito algum para lidar com as mulheres, pode ser decorrente do fato de não ter uma figura masculina presente, por outro lado, Rony, com vários exemplos ao redor consegue ser igualmente desajeitado, e até obtuso. Ver a transformação da Hermione para o baile é incrível, mal posso esperar para ver as reações quando descobrirem que o Krum será seu par. Não sou particularmente fã do casal Harry e Gina, desse amor que surge, da parte dele, do nada no sexto livro e que não foi muito explorado. O meu preferido é Lupin e Tonks, que apesar das adversidades, licantropia, diferença de idade e financeira, conseguem ficar juntos, nem preciso dizer que foi uma decepção me deparar com a morte deles em As Relíquias da Morte. Boa sorte na escrita.
2015-09-21