Vozes



Disclaimer:ninguém é meu. nem o harry, nem família nem amigos








Cap 5__________________________________________________________







Vozes










Acordou sentindo-se um pouco diferente na manhã seguinte.Tinha sonhado com algo agradável.Um sonho talvez estranho, ele só conseguia se lembrar de flashes, algumas imagens, alguns lugares. Mas estava feliz, animado.


Teria mantido esse estado de espírito durante todo o dia. Era sábado. Dia de folga e de ir para A Toca. Era lá que se divertia, mesmo se não se casasse com Gina aquela família seria a sua. Sempre fora. Talvez fossem assim as reuniões de família que Ela lembrava sempre saudosa. Será?Harry nunca quis comparecer a uma para saber.




Estava sendo realmente mais um sábado normal.Hermione tentava manter a filha perto da casa, ela queria ir jogar quadribol junto dos garotos. Era inevitável,a garota já adquirira um jeito moleque com os primos.Chloe era a 2º neta menina, mas para a infelicidade de sua mãe, não se dava muito bem com a prima nas raras ocasiões em que esta comparecia junto á família. Filha de Fleur e Gui estudava em Beauxbatons.As esposas de Fred e George geralmente ficavam juntas, deixavam os filhos brincarem, pareciam não se importar muito com a bagunça dos dois. Percy tinha tido um filho, mas o contato com a família era distante demais até para conhecerem a mãe da criança.

E foi naquele ambiente familiar e confuso que Rony procurou Harry, chutando todo o bem-estar dele para longe:


-Falou com ela, não falou?


-Falei. Reagiu até que bem.Disse que não haverá problema se a menina tiver uma língua bifurcada. Você se lembra da história que a Gina e a Mione inventaram na escola, lembra, da língua bifurcada?


-Não.


-Tudo bem, não tem importância mesmo.


-Bom, vamos ligar para Laura agora?


-Hã?-Harry se assustou. Estava observando distraído Hermione ensinar algo para o filho de Fred, um garotinho de cerca de 4 anos. Mesmo Rony sendo um dos filhos mais novos, tinha sido um dos primeiros a ter filhos.-Depois agente liga. Não precisa ser agora.-Harry ainda tinha vagas esperanças de fazê-lo mudar de idéia .


-É verdade,não pode ser agora mesmo não. Não tenho o telefone dela aqui. Segunda almoça lá em casa que depois do almoço nós ligamos para ela. Acho que vai ser um pouco difícil encontrá-la. Não sei se você soube, ela trabalha muito, como ela mesma diz, tem passado quase tanto tempo no hospital quanto em casa.


-Isso não é ruim para a filha dela? Quero dizer, você se lembra do que pode acontecer a algumas crianças por causa da falta de tempo dos pais, o Bartô...


-Isso é impossível com elas, são muito mais unidas do que você pode imaginar.Mione,-ele parecia só ter percebido agora a presença da esposa no jardim- o que você está fazendo?Por que não se senta um pouco? Sempre que te vejo você está em pé...

Harry sorriu vendo Rony ir em direção á esposa. A preocupação dele era um pouco exagerada, ele ficava assim quando ela estava grávida. Chloe o apelidara de babá,tamanho o zelo que ele tinha com Mione. A cena engraçada não conseguiu espantar um medo. A filha com certeza não reagiria bem á presença dele. E Laura, como será que ela reagiria?Ele tinha muito medo.










Segunda chegou muito mais rápido do que Harry gostaria. Do que qualquer pessoa gostaria. Ele nem viu direito, passou o resto do fim de semana um pouco aéreo, perdido em pensamentos e imaginações, de como seria quando a menina viesse.


Era nisso que ele pensava enquanto entrava junto de Hermione e Rony no escritório.

-Mione, digita o número, é enorme, mas deixa que eu falo, por favor.


Hermione digitou e logo que o telefone começou a chamar ela apertou um botão no aparelho fazendo com que seu som fosse ouvido por todo o aposento e o deixou na base.

-Eu e Harry queremos ouvir também!- ela disse assim que Rony abriu a boca para protestar.Uma voz de criança atendeu. Harry sentiu o coração acelerar consideravelmente. Haviam muitos anos que ele não ouvia aquela voz, mas podia sentir que era a dela.


- Alô-respondeu Rony- Laura está? Aqui é Ronald- Harry não sabia que Rony já estava tão habituado a falar no telefone, mesmo pronunciando o nome do aparelho errado.


-Padrinho?Oi!


-Olá querida, como está?


- Eu estou bem, e você?Que raridade você ligando pra cá!Ou pelo menos comigo atendendo!-Harry tossiu, puro nervosismo .


-Que foi isso?tem alguém mais com você?


-Sim, minha esposa Hermione está aqui e o Harry também, você sabe quem ele é, não?

-Vou eu vou chamar minha mãe, você quer falar com ela não é?-a voz dela mudou completamente, Harry olhou assustado para Rony quando este pronunciou o seu nome.Com certeza a raiva da menina ainda não tinha passado.


A partir daí aqueles ruídos estranhos, o do telefone sendo deixado em algum lugar, os passos, os carros que provavelmente passavam na rua do lugar onde elas moravam.

-Alô?-se o coração de Harry tinha se acelerado alguns momentos antes, agora então. A voz estava um pouco diferente, provavelmente efeito do telefone, pensou Harry, mas era a mesma voz que ele conhecia tão bem de outros tempos, 4 anos que não ouvia aquela voz...


*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*




FLASHBACK


Dias antes Rony tinha dito a Harry o recado, era para ele ir lá naquele dia, seria um dia importante...e ele estava lá. Andava por um clube, em direção ao grande salão, era por do sol em um verão, “realmente o verão aqui é muito quente”.Harrynão pôde deixar de pensar, quase noite e um calor daquele...Quando encontrou o lugar certo ele já estava cheio. Ninguém que Harry conhecesse. As crianças faziam uma fila em uma outra entrada, ele se dirigiu para lá, queria encontrar logo sua filha.Não foi muito difícil. Harry teve de se segurar para não se emocionar, para não abraça-la ali, na frente de todo mundo. Estava em dúvida sobre o que faria, então, tinha ido com a capa da invisibilidade, não avisara a ninguém que ia.Estava linda a menina, com um vestido longo e branco, os canelos longos e dourados presos em um penteado e completamente cacheados. Harry se afastou, queria ficar em um lugar onde poderia assistir a tudo e pensar se mostrava que estava ali ou não.


A cerimônia começou com várias enrolações, as crianças entrando no salão..na maioria das vezes Harry ficava alheio ao que acontecia, não entendia nada do que estavam falando mesmo. Até que uma hora, já havia anoitecido completamente, algumas crianças subiram no palco e se revezavam para ler alguns textos. Luciana estava entre eles. Oradores, Harry pensou. Chegou a hora dela ler, ela começou e de vez em quando arriascava uma olhada para o “público” sentado em cadeiras lá em baixo. E, dando uma olhada mais atenta, parou de ler e começou a chorar, uma professora que estava ao seu lado tentou conversar com ela, mas não deu muito certo e desceram do palco. Outra criança começou a ler, como se nada tivesse acontecido. Harry se aproximou de onde elas estavam e uma outra mulher tentava alcamar a menina conversando com ela, Harry a reconheceu imediatamente. Estava com os cabelos cacheados presos em um rabo, uma blusa de alcinha e uma saia de um tecido fino e azul. Muito bonita, mas a expressão, o rosto, parecia cansada, mais magra do que Harry se lembrava. Ela conversava com a menina em Inglês, ele não fazia idéia do por que, falava baixo quase sussurrando, para acalmá-la, com certeza.


-Ele não veio...-a menina soluçava muito.-meu pai não veio...


-Calma meu bem, deve ter tido um motivo...ele deve estar ocupado...


-Mãe!Para com isso! Você sempre diz isso e ele nunca vem. Ele me abandonou, é isso, ele não gosta de mim, nunca gostou, por isso nunca vem- ela passou a chorar muito mais forte do que antes assim que começou a dizer isso


-Calma querida...-Laura a abraçou.Harry pôde ver duas lágrimas rolarem de seus olhos. Ela pegou a menina no colo e começou a balançar-se suavemente com ela, sussurrando alguma música, a professora já tinha saído. Harry pensou em tirar a capa, aquela era a hora. Sentiu-se completamente quebrado por dentro. Era realmente ruim por nunca aparecer. Era para ver a filha!A sua filha!Talvez até conseguisse se reconciliar com ela assim.Era uma esperança.Começava a levantar a capa quando uma outra pessoa chegou, um homem que Harry já tinha visto com Laura uma vez, quem era mesmo?A sim, seu amigo, levantava ou não a capa, levantava ou não?Eles começaram a conversar em outra língua, Harry não fazia idéia do que diziam, talvez se fizesse algo que o levasse para longe ele poderia levantar a capa.Estava completamente desprevenido pensando no que faria que se assustou muito mais do que devia com o que ouviu a seguir:


-Tio, você quer ser meu pai?


-Você está acordada meu bem?-Ele respondeu em uma voz suave.-Não posso, você já tem pai.O Harry.


-Não, eu não tenho pai, e, como você namora a mamãe, você pode ser meu pai, não pode?


Harry se sentiu completamente atordoado.Realmente, como fora estúpido pensando que ela não arranjaria um namorado. Tolice.E ainda tinha ido até lá. Mas, não, tinha ido para ver a filha, só a filha.Esperaria e falaria com a filha, a filha dele.


-Bom, eu vou indo, se vocês demorarem a voltar eu venho vê-las de novo-Ele disse em seguida,-Até logo-e deu um selinho em Laura


Harry não se importou muito com oque elas continuaram a conversar assim que o homem saiu. Laura repreendia a filha, ela não devia ter dito aquilo, ela tinha pai sim...

Foi um golpe realmente grande o que ele sofreu naquela noite. Aparatou sem ter tempo de vê-la dizer para si mesma que gostaria muito que ele tivesse ido, ou de ouvi-la chamar por ele quando ouviu o som inconfundível de alguém aparatando por perto.

Chegou em casa e empacotou tudo que era delas e trancou em um quarto de sua casa, as lágrimas escapavam as vezes e ele as limpava com raiva, não podia chorar por ela, ela o abandonou, esta com outro cara agora. Procurou Gina no dia seguinte, e começou a procurar uma casa nova também, mas desistiu disso depois de um tempo, não conseguiria viver sem as lembranças q cada parede daquela casa lhe traziam...




*_*_*_*_*_*_*_*





Hermione olhou para ele como se soubesse o que ele estava sentindo.

-Oi Laura!


-Oi Rony!Como você está?Coisa rara você ligando fora do período de férias!

-Pois é, mas é que o assunto agora é sério.


-Espera um pouco- ela começou a falar com a menina fora do telefone- Hm...Rony, antes, que foi que a Luciana fez que ela já veio falar comigo que ela pegou aquilo sem querer.


-É, bem, você deve se lembrar de uma carta que o Harry te enviou, cerca de um mês atrás...bem, a Luciana respondeu a carta..e...bem...ela não pareceu nem um pouco satisfeita com a situação.Então...


-Espera. Já mandei a reposta da carta dele pela minha coruja, mandei deve ter umas duas semanas, avise a ele, sim? A Luciana não devia ter feito isso, mas,bem, eu não posso deixar de ver o lado dela, mas, ela respondeu algo de grave, ofensivo ou coisa do gênero?


-Não, além do mais eu não preciso avisar pra ele, ele está aqui, comigo, ouvindo a conversa. Ela não respondeu nada de grave, é só que nós pensamos e achamos melhor que ela passasse um tempo aqui. Sabe, conhecê-lo, conhecer a Mione, todo mundo.


-Harry?-Ele sentiu seu coração parar, não sabia o que dizer. Mais de 6 anos e ela falava com ele de novo.-Er...Bem, o que ela disse na carta?-ele ficou quieto, não sabia se respondia ou se seguia sua vontade de sair de lá correndo- Harry?


-Que me odeia, que eu fui um péssimo pai se é que eu posso ser considerado um e...bem..essas coisas.


-Pelo menos ela foi sincera-Foi como se alguém tivesse o socado com muita força na cabeça, se sentiu muito atordoado- Rony, bem, acho que não existem duvidas de que ela não vai querer ir, mas, bem, eu posso tentar conversar com ela, e as férias de Julho dela estão chegando mesmo.


Silêncio, ninguém dizia nada.Hermione o quebrou:


-Errr...Laura,err... como vai?


-Sinceramente?Péssima, fazem cerca de 3 dias que eu não consigo ter algumas horas de sono decentes, to me sentindo um caco.


-A, que ruim.-Hermione com certeza estava esperando por um “eu estou bem, obrigada e você?”mas com certeza a ex-esposa de Harry era geralmente inusitada.


-E você? Está de quantos meses mesmo?Vai ser menino ou menina?Já sabe?


-Não, sei só que serão gêmeos.


-A ta.


Mais silêncio. Harry implorava mentalmente para que Rony desligasse logo a ligação.Que não fizesse o que Harry temia que ele fosse fazer. Seria extremamente desagradável.

-Laura, err...acho que vocÊ e o Harry deviam conversar um pouco agora, o que vocÊ acha?


-Eu acho que nós já conversamos sobre isso Rony, e sei que fui bem clara na resposta que te dei da ultima vez. Acrescente agora que eu tenho certeza que ele não quer falar comigo.


-Quem garante?-Harry não percebeu como aquelas palavras saíram de sua boca. Quando percebeu já tinha falado


-Eu não tenho vontade sequer de escutar sua voz, caso não se importa. E eu garanto que você não tem a mínima vontade de conversar comigo, mesmo que diga que quer só para ser do contra.-Harry calou-se. Ela estava certa, como na maioria das vezes. –Rony, ligue mais, para conversar banalidades que sejam, será sempre agradável. Caso não se importem, eu tenho de desligar, tenho compromisso agora.


-Tudo bem. Ligue para contar como foi a conversa com ela.


-OK, ligo sim. Tchau


-tchau.


Eles se entreolharam em silêncio:


-Bom, Pelo menos ela foi informada. Eu tinha esperanças de que vocês conversassem um pouco agora...-Disse Rony desligando o telefone.


-Nossa Rony, do jeito que você fala até parece que você não quer que o Harry e a Gina se casem!Vive fazendo torcida para ele se reconciliar com a Laura!


Rony suspirou. Olhou preocupado de Hermione para Harry.


-Hermione, caso não se importe, eu tenho que falar com o Rony em particular.

-Sabe, eu detesto quando vocês dois ficam de segredo comigo. Sim, eu me importo, e não pretendo sair.


-Tudo bem então- Disse Rony- Vamos, acho que já extrapolamos o nosso horário de almoço.Você volta com a gente Mione?


-Vou daqui a uns 5 minutos, podem ir na frente.





*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*





-Laura ligou para o Rony hoje.


-Eu sei, a Mione me contou.


-A, bem, eu achei que ela ia deixar para eu contar.


-Não ela contou. Bem quando ela vem?


-Daqui a duas semanas. Na primeira semana de Julho. –Ele ainda não a tinha encarado. Ele a tinha chamado de Laura de manhã. Era sábado, não tinham trabalho, então bem, resolveram aproveitar o tempo que tinham. Ele não tinha simplesmente dito Laura ao invés de Gina. Tinha dito uma frase inteira, que nem ele fazia idéia de como tinha conseguido formulá-la naquele momento. Tinha dito “Laura eu te amo” com todas as letras. Ela saiu o mais rápido possível de perto dele. Se vestiu e foi passar o fim de semana na Toca. Ele ficou em casa. Morgando seria a palavra exata. Passou metade do dia em um torpor, não pensando em nada, não fazendo nada. O resto, dormindo. Raros segundos do dia foram passados diferentes.-Achei que você fosse ficar lá hoje também.

-Achei que agente precisava conversar.


-Também acho. Fingimos por tempo de mais que nada estava acontecendo


- Concordo plenamente...






N/A:uffa!!!!!!!!cap horrível, é muito enjoado retratar conversas pelo telefone.Para quem não entendeu, o evento q eu tratei no flashback foi uma formatura de pré-escolar. Gente, a Gina não é ciumenta ou megera, ela só é um ser humano e tem medo, em outros flashbacks eu vou mostrar como q aconteceu tudo, mas tipo, quando o harry brigava c a mulher dele (ou qdo ela era ainda namorada) ela aproveitava e dava em cima dele, as vezes dava certo, as vezes não mas ela achava que dava mesmo assim, aí eles ficavam e tals e depois qdo ele voltava as boas c a mulher, ela se sentia traída...bom, o próximo espero que será melhor...

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