A Seleção
Cap. 2 - A Seleção
— Muito bem, alunos novos, eu sou a professora Minerva McGonagall. Sou professora de Transfiguração, subdiretora de Hogwarts e diretora da Grifinória. Depois que passarem por esses portões…
Elizabeth não prestava mais atenção. Brian já havia lhe citado tantas vezes aquele discurso que ela já o sabia de cor.
— … Bom, agora vamos. - disse McGonagall, abrindo os portões e fazendo os alunos entrarem em um magnífico Salão, com um teto negro salpicado de estrelas… Os alunos mais velhos estavam lá, observando os novatos com atenção. - Quando eu chamar o nome de vocês, venham para cá e colocarei o chapéu em suas cabeças.
E assim se passaram alguns minutos. Lizzie notou que em alguns casos, o chapéu se demorava mais, enquanto em outros, a escolha era rápida.
— Bell, Cátia!
Elizabeth olhou para a amiga, que apertava-lhe a mão, nervosa, e sussurrou em seu ouvido:
— Vá!
Cátia assentiu, trêmula, e se sentou no banco. Minerva colocou-lhe o chapéu, que logo exclamou:
— GRIFINÓRIA!
Jorge, Fred, Alicia, Lino e Angelina sorriram para Cátia, que se dirigiu feliz para a mesa da Grifinória.
A seleção continuou. Bound, Carter, Codlou, Devan, Etan, Foun… Nomes, nomes e mais nomes…
— Stebbins, Elizabeth.
Toda a cor sumiu do rosto de Elizabeth. Ela olhou para o irmão, que deu-lhe um sorriso encorajador. Olhou então para seus novos amigos, que a olhavam com ansiedade. Lizzie respirou fundo e começou a andar, até se sentar sobre o banco.
Quase 97% das pessoas estavam presentes. Incluindo os professores. Ela era muito diferente dos outros Stebbins! Eles sempre tinham cabelos castanho-avermelhados ou pretos e olhos negros. Uma Stebbins de cabelos cor-de-mel e olhos verdes era novidade…
— Hummmm… - disse uma voz na cabeça de Lizzie e ela pulou de susto - Interessante… Pelo seu sangue corre a Sonserina… Sua alma é digna de um lufo… Seu coração pertence a Grifinória… Mas o cérebro… Em seu cérebro reina a Corvinal. Muito interessante, realmente interessante… Vejo dons muito raros aqui… Você é extremamente poderosa, garotinha… Tome muito cuidado com esses poderes, sim? Bom, seguiremos então o cérebro, não é? Afinal, ele comanda o resto do corpo… CORVINAL!
Toda a mesa da Corvinal aplaudiu com entusiasmo, chegando a aplaudir de pé. Elizabeth corou, olhou para seu irmão, que a encarava com certa tristeza, e em seguida olhou para Jorge, Fred, Angelina, Alicia, Cátia e Lino. Todos a olhavam um tanto quanto decepcionados.
Lizzie respirou fundo e se encaminhou até a mesa azul e prata que a cumprimentava sorrindo. Ela se sentou ao lado de uma garota que logo lhe estendeu a mão.
— Cho Chang. Também sou do primeiro ano. Vou adorar estudar com você. - disse a garota, simpática e Lizzie apertou-lhe a mão.
— Também vou adorar estudar com você. - respondeu Elizabeth, sorrindo.
~~~
— Sabe, ia ser muito legal se a Lizzie ficasse na Grifinória com a gente. - comentou Lino, meio triste - Ela é simpática e engraçada. Ia ser bom ter ela na Grifinória.
— Também acho. - comentou Cátia, chateada - Sorte dos corvinais. - resmungou.
— Vocês deviam parar de falar nela. - disse Fred, risonho - Jorge já está se sentindo mal por ter se separado de sua amada, vocês ainda ficam falando dela na cara dele?
Toda a mesa da Grifinória riu e Jorge fechou a cara para o irmão.
— Sim, sim. Mil desculpas, Jorginho. - disse Angelina, colocando a mão no ombro de Jorge.
— Ah, calem a boca! - resmungou Jorge, mas a atenção dele se voltou para a mesa da Corvinal, onde todos riam e Elizabeth dançava, de um jeito bem engraçado, enquanto ela cantava alguma coisa, que estava abafada por conta das risadas.
~~~
— Então, Elizabeth, ouvi dizer que você gosta de cantar. - comentou um menino do outro lado da mesa.
— Adoro. - disse Lizzie, sorrindo.
— Então cante alguma coisa para gente! - pediu Cho, animada.
— Certo. - ela pigarreou - Vamos lá…
"Você consegue dançar como um hipogrifo?
Mamamamamamamamama
Atirando-se de um penhasco
Mamamamamamamamama
Precipitando-se sobre o chão
Mamamamamamamamama
Voando em círculos por todo o lugar
Mamamamamamamamama"
Toda a mesa da Corvinal caiu na gargalhada, enquanto Elizabeth se levantava e começava a dançar, cantando a música.
Ela subiu na cadeira, continuando a cantar:
"Imite um fantasma assustador
Aterrorizante como ele só
Chacoalhe como um bicho-papão em dor
Outra vez e outra vez e outra vez
Aja como um fantasma raivoso
Que veio para pegá-lo
Bata os pés como um leprechaum
Mande ver
Mande ver
Você consegue dançar como um hipogrifo?
Mamamamamamamamama…"
As mesas da Lufa-Lufa e da Grifinória, ao entender o que estava acontecendo, começaram a rir também. Na mesa da Sonserina, Brian se matava de rir. Até os professores seguravam o riso.
"Você consegue dançar como um hipogrifo?
Mamamamamamamamama
Atirando-se de um penhasco
Mamamamamamamamama
Precipitando-se sobre o chão
Mamamamamamamamama
Voando em círculos por todo o lugar
Mamamamamamamamama
Vamos, yeah
Você consegue dançar como um hipogrifo?"
Ela fez uma pose para o final e nem os professores se conteram mais: todos caíram na gargalhada. Elizabeth se sentou novamente, rindo também.
— Sabe, você tem uma carreira garantida como cantora. - comentou Penélope Clearwater, fazendo todos rirem ainda mais.
— Sei disso, querida. Por que é que você acha que eu sou tão bonita? Para posar para os fotógrafos do Profeta Diário, que quando descobrirem meu talento, vão passar o dia todo me procurando, tentando conseguir um foto boa minha… Bom, não vai ser difícil. Afinal, eu sou muuuuuuito fotogênica… - respondeu Elizabeth, jogando os cabelos para trás, fazendo os corvinais sentirem dor na barriga de tanto rir.
~~~
Jorge bufou, vendo Elizabeth jogar o cabelo para trás, fazendo a mesa da Corvinal ter uma nova crise de risos.
Por que raios ela não viera para a Grifinória? Geralmente, vamos para a casa que queremos. Mas Lizzie… Não. Ela foi para a Corvinal. E, na verdade, parecia estar adorando!
Assim que o jantar acabou, todos saíram atrás dos monitores, prontos para ir para suas amadas camas…
— Jorge! Fred! Angelina! Alicia! Lino! Cátia!
Os seis se viraram, dando de cara com Elizabeth, que ofegava, sorrindo para os grifinórios.
— Sabe, é uma pena mesmo que não tenhamos ficado na mesma casa. - disse ela, olhando-os com tristeza - Mas vamos continuar amigos, então não tem porque se chatear! - completou, sorrindo.
— Vem, Elizabeth! - disse Cho, acenando.
— Já vou, Cho! Bom, até amanhã. - se despediu Elizabeth.
Os seis amigos sorriram entre si, voltando a caminhar em direção a Torre da Grifinória, de onde foram direto para os dormitórios, caindo em um sono profundo…
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!