O Beijo do Dementador
Leiam as notas finais. Sério.
Dessa vez, consegui escrever rápido, até porque o capítulo é bem menor que os normais. Mas amei escrevê-lo, sério. Gostei de colocar mais pensamentos e menos falas, vocês preferem assim também ou o contrário? Podem dizer. Enfim, vou parar de enrolar aqui e deixar vocês lerem.
Reviews:
Hela~ Eu também odeio muito Peter, mais que Bellatrix e Voldemort até. Porque eles pelos menos tiveram algum motivo para fazer o que fizerem, mesmo que nada justifique as ações (matar Sirius é imperdoável). Não estou planejando trazer Tonks para a história. Mas... Tudo pode acontecer e admito que seria interessante ver como isso mudaria a relação de Remus e Dorcas. Obrigada pelo comentário! Beijos.
Guest~ Continuando! Obrigada.
Capítulo 20 - O Beijo do Dementador
Harry nunca fizera parte de um grupo tão esquisito.
- Talvez porque você não faça parte de grupos normalmente – murmurou Neville.
- Você se exclui demais – concordou Gina.
- Olha quem fala – retrucou Harry.
Bichento descia as escadas à frente;
- Não sei porque isso não me surpreende – murmurou Frank.
Lupin, Pettigrew e Rony vinham a seguir,
- Vocês não acham estranho que vocês estão seguindo um gato?
Rony deu de ombros.
- Já tínhamos passado do ponto de questionar.
parecendo competidores de uma corrida de seis pernas.
- Harry e suas comparações – murmurou Alex.
Depois vinha o Prof. Snape,
- Pelo menos não fui esquecido – murmurou Snape.
flutuando feito um fantasma, os pés batendo em cada degrau que descia,
- Obrigado pela delicadeza – murmurou Snape sarcástico.
- Desculpe – pediu Remus.
seguro por sua própria varinha, que Sirius apontava para ele.
- Com medo de mim, Black? – Snape sorriu.
- Não – respondeu com desprezo – Somente estava fazendo o feitiço para lhe levantar.
Harry e Hermione fechavam o cortejo.
- O cortejo não seria minha primeira palavra para descrever a situação – murmurou Frank.
Voltar ao túnel foi difícil.
- E quando algo é fácil?
Lupin, Pettigrew e Rony tiveram que se virar de lado para consegui-lo; Lupin continuava a cobrir Pettigrew com a varinha.
Se pelo menos tivesse continuado assim, Harry pensou.
Harry os via avançar lentamente pelo túnel em fila indiana.
- Somos organizados – brincou Rony.
Bichento sempre à frente.
Até Hermione foi obrigada a admitir que isso era estranho.
Harry logo atrás de Black,
Sirius sorriu feliz, ao ver que Harry confiava nele o suficiente para se aproximar tanto.
que continuava a fazer Snape flutuar à frente com a cabeça mole batendo sem parar no teto baixo.
- Eu vou acordar com uma dor de cabeça enorme – reclamou Snape.
O menino tinha a impressão de que Black não estava fazendo nada para evitar as batidas.
- Em nome dos velhos tempos – murmurou Sirius, constrangido.
— Você sabe o que isso significa?
- Claro que não. Não sei nem do que você está falando – reclamou Lene.
— perguntou Black abruptamente a Harry
- Sirius só sabe falar assim mesmo – brincou Lily.
- Estou magoado, Lily. Sempre jurei que eu era seu maroto preferido.
- Claro que é – Lily replicou e Sirius fez uma cara surpresa até ela continuar - Só está atrás de Remus, depois James...
Remus sorriu enquanto James reclamava.
- Eu sou o seu namorado! – Protestava. – Devia vir primeiro.
- Não, Remus é mais legal – Lily riu.
- Então por que você não vai namorar com o Remus? – Perguntou James, brincando.
- Ele já está muito bem, acompanhado. Não, Dorcas? – falou Lily, brincando.
A loira corou. Não sabia como eles já sabiam, já que nem ela nem Remus tinham falado nada ainda. Mas... Não iria negar.
- Eles são um casal muito fofo mesmo – falou Alice, sonhadora.
enquanto faziam seu lento progresso pelo túnel. — Entregar Pettigrew?
- Melhor que o matar – murmurou Frank.
— Você fica livre... — respondeu Harry.
Sirius sorriu. Não imaginava que Harry já estivesse pensando nisso.
- Finalmente eu vou poder ser seu padrinho! – falou satisfeito – Vou te tirar dos Dursely. Você vai ter uma vida adequada, finalmente – falou animado e continuou a dizer de todos os planos de vida sem perceber como Harry estava ficando triste com isso.
— É. Mas eu também sou, não sei se alguém lhe disse, eu sou seu padrinho.
- Ainda não sei onde eu estava com a cabeça – Lily falou.
- Você sabe que me ama – falou Sirius convencido.
- Infelizmente sim.
— Eu soube — disse Harry.
- Achei melhor não mencionar a ocasião.
- Foi melhor.
— Bem... Os seus pais me nomearam seu tutor — disse Black formalmente.
- Sempre tem uma primeira vez para tudo, não?
— Se alguma coisa acontecesse a eles...
- Você ficaria nos cuidados do melhor padrinho do mundo - murmurou James, sorrindo.
- Vou fazer o meu melhor – prometeu Sirius.
Harry esperou.
- Uma prova que James é o seu pai. Porque o que o coitado sabe esperar. Esperou anos por Lily.
Lily deu de ombros, envergonhada.
Será que Black queria dizer o que ele achava que queria?
- Claro que sim – disse Sirius – Se você que eu vou deixar você continuar a viver com aqueles... – e xingou os Dursleys de nomes que Lily não aprovou -...você está muito errado.
— Naturalmente, eu vou compreender se você quiser ficar com seus tios — disse Black.
- Não acho que isso vá acontecer – disse Neville. Mas sabia que algo devia ter dado errado, porque o amigo ainda morava com a família trouxa até o sexto ano. No sétimo, não sabia mais.
— Mas... Bem... Pense nisso. Depois que o meu nome estiver limpo...
- Espero que não demore – ameaçou James – Vá tratar de arranjar uma vida de novo.
- Sim, senhor – replicou Sirius.
Se você quiser uma... Uma casa diferente...
- Não se isso – prometeu Sirius. Ele cuidaria de Harry como se fosse o seu próprio filho.
Uma espécie de explosão ocorreu no fundo do estômago de Harry.
- Diarreia? – Sugeriu Jorge.
Gina revirou os olhos.
— Quê, morar com você?
- Exato.
— perguntou, batendo a cabeça, sem querer, numa pedra saliente do teto.
- Sua cara fazer isso – murmurou Gina.
— Deixar a casa dos Dursley?
- Já passou da hora – comentou Alice. Detestava o fato de Harry morar lá.
— Claro, achei que você não ia querer — disse Black apressadamente.
- Duvido. Você não sabe ouvir um não – murmurou Remus.
Sirius deu de ombros.
— Eu compreendo, só pensei que...
- Harry ficaria feliz em morar com o padrinho dele – concluiu Lyssi – E ele ficaria.
— Você ficou maluco?
- Sempre foi.
— disse Harry com a voz quase tão rouca quanto à de Black.
- Eu tenho a desculpa de ser um ex-presidiário, qual a sua? – falou Sirius.
— Claro que quero deixar a casa dos Dursley!
Os Weasleys se sentiram culpados agora. Por que nunca tinham convidado Harry para morar com eles?
Você tem casa?
- Não.
- Na verdade – Harry hesitou – Você ficou a sua casa. Sabe, a que você cresceu.
Sirius e Regulus olharam incrédulos para Harry. Não tinha como tal herança de família ir para na mão de Sirius, sendo que ele fora deserdado. Ainda mais quando ele estava preso.
- Impossível.
- Você é o único Black que sobrou, praticamente – Harry deu ombros.
Sirius se perguntou se era alguma brincadeira cruel da vida, o dar o mesmo local que ele odiava do fundo do coração.
- Bem, é melhor que nada – Regulus tentou, positivamente.
Quando é que eu posso me mudar?
- Nunca vi Harry tão empolgado com algo.
- Era uma chance de escapar dos Dursleys e conhecer melhor o meu padrinho.
Black virou-se completamente para olhar o garoto;
- Discreto todo.
a cabeça de Snape raspou o teto, mas Black não parecia se importar.
- Desculpe? – tentou Sirius baixinho, depois de receber um olhar mortal de Lily.
Snape revirou os olhos.
— Você quer?
- Nada poderia ser pior que os Dursleys – Harry falou, causando olhares de pena.
— perguntou ele. — Sério?
- Se ele falou...
— Sério! — respondeu Harry.
- Você não tem graça, não é nem um pouco grosso – murmurou Jorge.
O rosto ossudo de Black se abriu no primeiro sorriso verdadeiro que Harry já o tinha visto dar.
Lene prometeu a si mesma que jamais deixaria Sirius virar essa pessoa que não sorria mais.
A diferença que fazia era espantosa,
- Sempre foi – comentou Lene. Lembrava bem da primeira impressão que tivera de Sirius, não fora nada boa. Ele parecia sempre estar sério ou então sorrindo sarcástico. Até que um dia ele sorriu de verdade e o coração dela pareceu parar por um segundo antes de se lembrar que Sirius era só mais um menino idiota de 11 anos (a mesma idade que ela tinha).
como se uma pessoa dez anos mais nova se projetasse através da máscara de fome;
- Você está voltando ao normal – comentou James, esperançoso.
Harry conteve o impulso de balançar a cabeça negativamente.
por um instante ele se tornou reconhecível como o homem que estava rindo no casamento dos pais de Harry.
- Eu devia ter estado muito feliz mesmo, esse dia deve ter sido perfeito – comentou Sirius. Estava feliz só de imaginar.
Os dois não se falaram mais até chegar ao fim do túnel.
- Foi meio complicado achar assuntos em comum – brincou Sirius.
Bichento saiu correndo à frente; evidentemente apertara o nó do tronco com a pata,
- Esse gato me assusta – Lene disse.
- Bichento não tem culpa de ser inteligente – defendeu Hermione.
- O gato se parece com a dona – comentou Harry.
porque Lupin, Pettigrew e Rony subiram penosamente, mas não houve ruídos de galhos ferozes.
- Fico feliz por isso – murmurou Gina.
Black fez Snape passar pelo buraco,
- E essa frase não foi estranha. Nem um pouco – murmurou James.
depois se afastou para Harry e Hermione passarem.
- Uma educação muito acima do esperado para você – comentou Dorcas.
Regulus olhou curioso para a menina. Será que ela não sabia de todas as aulas que Sirius tivera quando pequeno?
Finalmente todos conseguiram sair.
- Nada como trabalho em equipe, não é mesmo?
Os jardins estavam muito escuros agora;
- Só para facilitar a caminhada.
as únicas luzes vinham das janelas distantes do castelo.
- Serve de nada.
Sem dizer uma palavra, eles começaram a andar.
- Bem, ficar parado não traria muito futuro – murmurou Remus.
Pettigrew continuava a arquejar
- Ele é irritante – murmurou Regulus.
e, ocasionalmente, a choramingar.
- Muito irritante – concordou Sirius.
A cabeça de Harry zumbia.
- Talvez seja bom você ver um medi-bruxo – murmurou Rony.
Harry revirou os olhos.
Ele ia deixar os Dursley.
- Já demorou demais – comentou Alice.
Ia morar com Sirius Black,
- Só espero que você não seja corrompido – murmurou Lily.
Sirius disse que não podia prometer nada. Harry sorriu.
o melhor amigo dos seus pais...
- E eu não sou ninguém – reclamou Remus.
- Bem, não é você com quem ele irá morar – falou Sirius em um tom vitorioso.
Sentia-se atordoado...
- É porque foi bem inesperado.
Que iria acontecer quando dissesse aos Dursley que ia morar com o preso que tinham visto na televisão!
- Eles vão ficar apavorados e nunca mais entrarão no seu caminho – falou James vingativo.
— Um movimento errado, Pedro — ameaçou Lupin que ia à frente.
- Indo na frente só para chamar atenção que eu sei.
- Claro.
Sua varinha continuava apontada de viés para o peito de Pettigrew.
Remus balançou a cabeça. Ainda estava triste com tudo que teria que fazer com Peter, mas não tinha escolha. O Pettigrew tinha escolhido isso para ele mesmo.
Em silêncio eles avançaram pelos jardins, as luzes do castelo crescendo com a aproximação.
- Diminuir elas não iriam – murmurou Alice.
Snape continuava a flutuar de maneira fantasmagórica à frente de Black, o queixo batendo no peito.
- Você poderia pelo menos fingir tentar, sabe – disse Snape. Sirius deu de ombros.
Então...
- Não gostei desse então – murmurou Sirius.
Uma nuvem se mexeu.
- O que não é a coisa mais incomum do mundo, sabe.
Inesperadamente surgiram sombras escuras no chão.
- Como uma sombra surge de repente? – Perguntou Frank, confuso.
O grupo foi banhado pelo luar.
- Você faz soar tão legal – reprovou Rony.
Snape se chocou com Lupin, Pettigrew e Rony, que pararam abruptamente.
- Coitado de Sev, ele só se machuca – comentou Lily.
Snape deu de ombros.
Black congelou.
- Espero que não literalmente.
- Claro que não.
- Vai saber.
Ele esticou um braço para fazer Harry e Hermione pararem.
- Você é corajoso de se meter no meio do Trio - falou Neville.
- Era para a segurança deles.
O garoto viu a silhueta de Lupin. O professor enrijecera.
- Não é um bom sinal – disse Fred. Se Lupin estava assustado, então era algo sério.
Então as pernas de Harry começaram a tremer.
- O que você estava sentindo? – Perguntou Lily, imediatamente passando todas as doenças na sua cabeça.
- Nada, eu acho – disse Harry – Não lembro mais.
— Ah, não! — exclamou Hermione. — Ele não tomou a poção hoje à noite.
- Ferrou – todos que não estavam lá falaram juntos.
Ele está perigoso!
- Sempre estou – falou Remus amargamente. Dorcas apertou a mão dele levemente ao sentir a tristeza do garoto.
— Corram — sussurrou Black. — Corram. Agora.
James sorriu ao ver a tentativa do amigo de proteger os outros. Também não seria muito perigoso para Sirius ficar, por causa da animagia.
Mas Harry não podia correr.
- Claro que pode – falou Alice, nervosa. Não queria que acontecesse nada com o sobrinho de consideração.
Rony estava acorrentado a Pettigrew e Lupin.
- Ainda?
Ele deu um salto para frente,
- Você é burro? – Gina perguntou para o irmão irritada. Ela estava preocupada.
mas Black o abraçou pelo peito e o atirou para trás.
- Nunca achei que diria isso, mas você está sendo sensato – falou Lily.
— Deixe-o comigo... CORRA!
- Ouça Sirius – aconselhou Regulus.
Ouviu-se um rosnado medonho.
Remus baixou a cabeça, envergonhado. Sabia que estava começando a transformação.
A cabeça de Lupin começou a se alongar.
- Sempre soube que você tinha uma cabeça enorme – brincou Sirius.
O seu corpo também. Os ombros se encurvaram. Pelos brotavam visivelmente de seu rosto e uas mãos, que se fechavam transformando-se em patas com garras.
- Isso tem que ser doloroso – comentou Dorcas, preocupada.
- E é – disse Remus, dando de ombros. Não tinha nada que ele pudesse fazer.
Os pelos de Bichento ficaram outra vez em pé e ele estava recuando...
- Se até ele estava recuando... – comentou Neville.
Quando o lobisomem se empinou, batendo as longas mandíbulas, Sirius desapareceu do lado de Harry.
- Feitiço de invisibilidade? – Sugeriu Rony.
- Quase – murmurou Harry.
Transformara-se.
- Mais uma noite juntos – comentou Sirius.
- Mais uma noite juntos – respondeu Remus.
James não pode evitar de se sentir excluído, mesmo sabendo que era idiotice. Os momentos de Lua Cheia era o que fazia dos Marotos um grupo tão unido. Eles compartilhavam tudo.
O enorme cão semelhante a um urso
- Eu não pareço um urso – Sirius falou revoltado.
- Ele não se importa de parecer com um cachorro, mas com um urso sim. Vai entender – murmurou Lene.
- Ursos não são legais – retrucou Sirius.
- São mais legais que cachorros – implicou Frank. Sirius se recusou a falar com ele depois disso.
saltou para frente.
- Claro. Para trás é que não teria sentido.
Quando o lobisomem se livrou da algema que o prendia,
- Uma coisinha dessas não detém um lobisomem – murmurou Regulus.
o cão agarrou-o pelo pescoço e puxou-o para trás, afastando-o de Rony e Pettigrew.
- Obrigado – murmurou Fred, em nome do irmão.
Sirius acenou com a cabeça de volta.
Atracaram-se, mandíbula contra mandíbula, as garras se golpeando...
- Uma luta intensa – disse Lily. Ela agora entendia porque encontrara James tantas vezes machucado.
Harry parou petrificado com a visão,
- O grande Harry Potter estava surpreso? – Zombou Alex.
- Na verdade, estava – admitiu Alex.
demasiado absorto com a batalha para prestar atenção em outra coisa.
- Isso não é bom – murmurou Regulus. Com a sorte de Harry, algo o atacaria por trás.
Foi o grito de Hermione que o alertou...
- Espero que tenha servido de aviso o suficiente para evitar o que quer que fosse – disse Lily.
Pettigrew tinha mergulhado para apanhar a varinha caída de Lupin.
- Nem pense em lançar um feitiço – ameaçou Alice.
Rony, mal equilibrado na perna enfaixada, caiu.
- Acho que não foi só por causa da perna enfaixada. Você sempre foi desastrado mesmo – disse Gina.
- Obrigado, querida irmã – ironizou Rony.
Houve um estampido, um clarão... e Rony ficou estirado, imóvel, no chão.
- Essa descrição parece de alguém morto.
- Mas eu estou muito vivo, obrigado.
Outro estampido... Bichento voou pelo ar e tornou a cair na terra fofa.
- Para alguém conseguir derrubar o gato, deve ser algo sério – murmurou Neville.
— Expelliarmus! — berrou Harry apontando a própria varinha para Pettigrew;
Regulus acenou aprovando. Alguém sempre tinha que estar de olho em Peter. E esse seria suficiente por enquanto, embora não fosse o que ele teria escolhido.
a varinha de Lupin voou muito alto e desapareceu de vista.
- Você perdeu minha varinha? – Remus perguntou incrédulo.
- Talvez – admitiu Harry envergonhado. Não lembrava mais o que tinha acontecido a ela.
— Fique onde está! — gritou Harry, correndo em frente.
- Você consegue. Você é rápido – falou Gina, esperançosa.
Tarde demais.
Jorge praguejou baixinho.
Pettigrew se transformara.
- Ele não consegue passar um segundo como humano – falou Sirius.
Harry viu seu rabo pelado
- Porque essa não foi uma frase estranha – ironizou Josh.
passar pela algema no braço estendido de Rony e o ouviu correr pelo gramado.
- O maior esforço que ele já fez na vida.
Um uivo e um rosnado prolongado e surdo ecoaram; Harry se virou e viu o lobisomem fugindo;
- Isso não vai dar certo – murmurou Remus, trocando olhares preocupados com James e Sirius.
galopando para a floresta...
Lene começou a rir do nada, fazendo com que os outros a encarassem estranhamente. Depois ela explicou que imaginou Remus em sua forma humana correndo como um macaco, por alguma razão. Todos resolveram a ignorar.
— Sirius, ele fugiu, Pettigrew se transformou — berrou Harry.
- Eu acho que eu já percebi isso – falou Sirius, grosseiramente.
Black sangrava;
- Não fui exatamente o primeiro – murmurou Sirius, lembrando-se de todas as gerações de bruxos malucos da Casa Black. Quase nenhum tinha uma história feliz, embora ele tivesse que admitir a influência da família na História.
havia cortes profundos em seu focinho e nas costas,
Sirius deu de ombros. Isso não era nada para ele. Orion nunca tinha sido uma pessoa cuidadosa (ao menos quando estava escondendo o que fez, claro) e em Hogwarts sofria a fúria de Remus na Lua Cheia.
mas ao ouvir as palavras de Harry ele tornou a se levantar depressa
- Eu sabia que tinha uma razão porque eu deixei você ser o padrinho – brincou Lily.
- Obrigado – ironizou Sirius.
e, num instante, o ruído de suas patas foi morrendo até cessar ao longe.
- Morrendo não – corrigiu Sirius –Não tem nada morrendo.
Harry revirou os olhos.
Harry e Hermione correram para Rony.
- Estou surpreso que tenha demorado tanto – falou Neville, alegremente.
— Que foi que Pettigrew fez com ele?
- Não me diga que aquele filho da puta jogou uma maldição em você – disse Jorge, com raiva. Não bastava aquele covarde ter passado anos com seu irmão enquanto fingia que era um rato?
— sussurrou Hermione.
- Eu podia te ouvir – resmungou Rony.
- Não, podia não.
Os olhos de Rony estavam apenas semicerrados, a boca frouxa e aberta;
- Parece que estar prestes a comer – brincou Gina, tentando aliviar o humor de todos.
sem dúvida, estava vivo, eles o ouviam respirar, mas não parecia reconhecer os amigos.
Frank olhou preocupado para Rony. Ele parecia estar sofrendo algum tipo de problema mental, se devido ao choque ou alguma maldição, ele já não sabia.
— Não sei.
- Que belos amigos vocês são – comentou Alice, desapontada. Rony sempre estava ajudando Harry e Hermione e agora eles nem sabiam o que tinha atingido o amigo.
- Não é como se nós tivéssemos sem saber de propósito – reclamou Harry. Tudo tinha acontecido muito rápido naquele dia.
Harry olhou desesperado para os lados.
- Procurando por uma saída? – murmurou Regulus.
- Procurando qualquer coisa.
Black e Lupin, os dois tinham ido embora...
- Acredite, você não me quer por perto nessa hora – disse Remus, sério.
- Acredito – falou Harry com veemência, deixando Remus preocupado.
Não havia mais nenhum adulto
- Mas isso não importa; vocês não ouvem os adultos de jeito nenhum mesmo – reprovou Lily.
em sua companhia exceto Snape, que ainda flutuava, inconsciente, no ar.
- Então acho que ele não conta – disse Dorcas.
- Ele nunca contou – implicou Sirius.
— É melhor levarmos os dois para o castelo e contarmos a alguém
- Então finalmente vocês lembraram que existem pessoas responsáveis que devem estar mais preparadas que vocês? – perguntou Lene, surpresa.
Hermione deu de ombros.
— disse Harry, afastando os cabelos dos olhos,
Lily encarou James acusadoramente. Isso era um gesto tão dele! E era culpa dele que o filho deles tinha esse cabelo (mesmo que ela amasse, tinha que admitir que ele nunca ficava arrumado). Não dela.
tentando pensar direito.
- Esse é o primeiro passo – falou James, aprovando.
— Vamos...
Mas então, para além do seu campo de visão, eles ouviram latidos,
Todos se viraram para Sirius que fingiu inocência.
um ganido; um cachorro em sofrimento...
- Cachorros não deviam sofrer – disse Sirius indignado – Especialmente se for eu!
— Sirius — murmurou Harry, olhando para o escuro.
- Tem que estar escuro, porque ter um lobisomem e um assassino a solta já não é o suficiente – ironizou Fred.
- Claro que não. Isso não é o suficiente para agitar a vida de Harry Potter, o aventureiro – continuou Jorge em um tom de deboche.
Ele teve um momento de indecisão,
- Indecisão de quê? – perguntou Lene, perdida.
mas não havia nada que pudessem fazer por Rony naquele momento,
- Não acredito que você vai deixar meu irmão ai! – Gina falou, irritada de verdade.
- Gina...
- Eu não quero ouvir, Harry Potter. Você devia ter ficado e ajudado Rony – disse exaltada. Não acreditava que Harry abandonou o seu irmão quando ele estava machucado e havia pessoas perigosas à solta.
- Mas... – ele tentou protestas. Mas Gina o calou com um olhar.
Harry olhou perdido para Regulus, que deu de ombros.
- Está tudo bem, Gina – Rony tranquilizou a irmã – Eu estou bem. Entendo que eles tiveram que sair.
e pelo que ouviam, Black estava em apuros...
- Eu consigo lidar com Remus – disse Sirius, desprezando o perigo. Por favor, não era nada novo para ele.
Harry saiu correndo, Hermione em seu encalço.
- Eu tenho que dizer que é difícil te acompanhar.
Harry deu de ombros. Ele estava correndo a vida inteira. Era sua única defesa contra Dudley.
Os latidos pareciam vir da área próxima ao lago.
James trocou um olhar preocupado com Remus. Até mesmo eles, os Marotos, não gostavam de ir ao lago. Porque quase ninguém sabia exatamente o que tinha ali.
Eles saíram desabalados naquela direção, e Harry, correndo sem parar, sentiu o frio
Frank entrou em um estado alerta, imediatamente. Frio podia significar Dementadores, principalmente com a sorte de Harry.
sem perceber o que devia significar...
Frank xingou baixinho, agora tendo certeza. Alice perguntou o que era, mas ele só balançou a cabeça e olhou para Harry. O menino acenou, confirmando.
Os latidos pararam abruptamente.
Lene olhou preocupada. Para Sirius se calar...
Quando os garotos chegaram ao lago viram o porquê Sirius se transformara outra vez em homem.
Lene e James suspiraram aliviados.
Estava caído de quatro, com as mãos na cabeça.
- O que aconteceu? – perguntou James preocupado. Sabia que não tinha sido Remus pelo jeito que Sirius estava.
— Nããão — gemia. — Nããão... Por favor...
Quase todos estavam se sentindo confusos, querendo saber o que estava acontecendo e ao mesmo tempo temendo saber.
Então Harry os viu.
- Mais animais? – perguntou Neville incrédulo.
- Eu preferia que fosse – murmurou Harry.
Dementadores,
- Não acredito – falou Lene. Logo agora?
- Você realmente é muito azarado – observou Josh.
Harry concordou.
no mínimo uns cem deles,
- Você está de brincadeira – disse James, incrédulo. Nem Hogwarts inteira precisaria de todos esses Dementadores.
- Infelizmente, não – disse Harry.
- Por favor, me diga que eles não te notaram – implorou Lily.
Harry sorriu sem graça. Lily ficou ainda mais preocupada, assim como os outros. A situação não estava nada boa para Harry, Hermione, Rony, Sirius e Remus.
deslizando em torno do lago
- Eu sempre soube que não tinha coisas boas perto desse lugar – murmurou Dorcas.
num grupo escuro que vinha em sua direção.
- Se forem todos, não é simplesmente um grupo. É uma multidão – falou Fred.
O menino se virou, o frio de gelo seu conhecido, penetrando suas entranhas,
- Ainda não entendo como eles fazem isso – falou Frank. Claro que isso levou a discurso sobre o assunto com Hermione.
a névoa começando a obscurecer sua visão;
- Que nunca foi boa – brincou Rony.
- Os óculos resolvem o problema – Harry deu de ombros.
eles não estavam somente surgindo da escuridão por todo o lado;
Alex deu um sorriso irônico. Claro que a escuridão estava surgindo por todo o lado. Sempre estava.
estavam cercando-os...
- É estranho como eles são capazes de pensar nisso – murmurou Lyssi.
— Hermione, pense em alguma coisa feliz!
- Claro, porque és super fácil fazer isso – bufou Hermione.
- Era sua única chance de fazer um Patrono.
- Eu não conseguiria fazer, sem ter treinado antes – murmurou ela. Lembrava como tinha se sentindo fracassada por isso, até aprender sobre a dificuldade do feitiço.
— berrou Harry, erguendo a varinha,
- Pelo menos dessa vez vocês lembraram que eram bruxos – Lene sorriu para Rony. Ele riu.
piscando furiosamente para tentar clarear sua visão,
- Não sei se isso ajudará – falou Neville, incerto.
sacudindo a cabeça para livrá-la da leve gritaria que começara dentro dela...
- Agora você entende como é te ouvir gritar – brincou Jorge.
Harry riu.
- Eu não grito tão alto assim.
Os Weasley e Hermione o encararam incrédulos.
"Eu vou morar com o meu padrinho.
Sirius sorriu, orgulhoso e feliz com a escolha de pensamento de Harry. Isso significava muito para ele.
Vou deixar os Dursley".
- Já ficou muito mais que devia – concordou Lene. Estava aliviada em saber que Harry finalmente encontraria um lar.
Lily não pode evitar sentir-se culpada. Petúnia era a irmã dela. Ela não trataria Harry desse jeito, se Lily tivesse sido uma irmã melhor para ela...
- Ei – a voz de James a tirou de seus pensamentos e ela encarou seus profundos olhos castanhos – Não foi sua culpa.
Ela sorriu levemente para ele.
Ele se forçou a pensar em Black, e somente em Black,
Frank olhou preocupado para Harry. Embora fosse um momento feliz, não devia ser forte o suficiente para o feitiço funcionar. Afinal, Harry tinha acabado de conhecer Sirius.
e começou a cantar:
- Ahn? – Josh perguntou confuso – Você enlouqueceu? – Os outros concordavam com a sua opinião.
- Esse livro está errado! – protestou Harry – Eu não me lembro de ter cantado.
— Expecto Patronum!
- Ah, agora faz mais sentido – murmurou Neville.
Expecto Patronum!
- Isso pode dar um bom rap – observou Sirius.
- Você não sabe nada sobre raps – lembrou Lene.
- Ah. Verdade.
Black estremeceu, rolou de barriga para cima
- Feito o cachorro que é – brincou Remus.
- Tenho orgulho de quem eu sou.
e ficou imóvel no chão, pálido como a morte.
- Não que você tenha sido moreno um dia – comentou James, olhando para o amigo.
"Ele vai ficar bem. Eu vou morar com ele".
- Ele vai ser o melhor padrinho do mundo – disse James, olhando orgulhosamente para Sirius. Confiava totalmente no amigo.
- Eu posso prometer que ele aprenderá muito sobre garotas, pelo menos – disse Sirius e deu uma piscadela para Harry.
Todos de 1997 olharam para Harry e começaram a rir descontroladamente. Essa era uma lição que ele não tinha aprendido, com certeza, considerando o quão desastrado era.
Sirius ficou magoado, sem entender o motivo da graça.
— Expecto Patronum! Hermione, me ajude!
- Eu estava tentando!
- Desculpe.
Expecto Patronum...
— Expecto... — murmurou Hermione — Expecto... Expecto...
Mas ela não conseguia.
- Claro que não. Ela nunca aprendeu o feitiço – disse Rony.
Os dementadores estavam mais próximos,
Lily fechou os olhos, não querendo saber o que aconteceria em seguida.
agora a menos de três metros deles.
- Vocês tem que achar uma solução. Rápido.
Formavam uma muralha sólida em torno de Harry e Hermione, cada vez mais próximos...
- Mas... vocês estão bem. Como isso é possível? – perguntou Dorcas, confusa. Nada pararia os Dementadores quando eles estivessem tão perto das suas vítimas, menos o feitiço. Mas nem mesmo Harry conseguiria fazer sozinho um Patrono forte o suficiente para pará-los, certo?
— EXPECTO PATRONUM! — berrou Harry, tentando abafar a gritaria em seus ouvidos.
- Concentração é essencial – falou Harry para Regulus, que estava prestado muita atenção a essa parte da leitura, querendo entender melhor sobre os Dementadores para aprender a fazer um Patrono.
— EXPECTO PATRONUM!
Um fiapinho prateado saiu de sua varinha e pairou como uma névoa diante dele.
- Você já está progredindo – falou Alice, tentando soar animadora.
- Só não rápido o suficiente – murmurou Alex.
No mesmo instante, Harry sentiu Hermione desmaiar ao seu lado.
Hermione estremeceu. Ainda lembrava-se das lembranças que a apavoraram. Não queria passar por aquilo nunca mais.
- Agora é que ferrou mesmo – disse Josh.
Estava só... Completamente só...
Harry pensou que ele deveria estar acostumado a essa altura já. Todos acabavam indo embora. Mas então lembrou-se de todos os momentos bons com os amigos e Sirius e afastou essas ideias.
— Expecto... Expecto Patronum...
Regulus pensou em como deveria ser desesperador para Harry a situação toda. Vários Dementadores e só ele para enfrentá-los. Sozinho
Harry sentiu os joelhos baterem na grama fria.
- Tudo é escuro ou frio? – resmungou Dorcas.
O nevoeiro nublou seus olhos. Com um enorme esforço, ele lutou para se lembrar...
- Você não pode desistir – falou James, nervoso. Por que o filho tinha que passar por isso?
Sirius era inocente...
- Sirius nunca me abandonaria – falou James firmemente.
Inocente...
- Bem de trair vocês. Não de outras coisas – Sirius falou e deu um sorriso malicioso.
Lene brigou com ele.
"Ele vai ficar bem... Eu vou morar com ele..."
Harry balançou a cabeça tristemente. Ele tinha sido tão idiota de acreditar que ele realmente podia ser feliz assim.
— Expecto Patronum! — exclamou.
À luz fraca do seu Patrono disforme,
- Mais ainda assim um Patrono – disse Rony, animador.
ele viu um dementador parar, muito perto dele.
- Chegou a hora de correr.
- Não tem como – disse Harry – Eu não tinha forças para isso.
Não conseguiu atravessar a nuvem de névoa prateada que Harry conjurara.
- Olha aí! – Sirius disse animado, assim como todos estavam.
A mão morta e viscosa deslizou para fora da capa.
Harry estremeceu. Lembrava-se bem dela.
Ela fez um gesto como se quisesse varrer o Patrono para o lado.
- Deve querer. Mas não tem poder para isso.
— Não... Não... — ofegou Harry. — Ele é inocente...
- Eles não vão acreditar em você – murmurou Josh, com tristeza.
Nem o tribunal bruxo, pensou Snape. Eles nunca aceitariam a palavra de uma criança dizendo que o ministério falara.
Expecto... Expecto Patronum...
Ele sentia que os dementadores o observavam,
Como se estivesse olhando a próxima vitima, pensou Neville, mas ficou calado.
ouvia a respiração deles vibrar como um vento maligno ao seu redor,
- Mais uma comparação estranha de Harry – murmurou Gina.
- Sou original – Harry replicou.
o dementador mais próximo parecia estar avaliando-o.
- Não sabia que eles conseguiam pensar a esse ponto – falou Frank, espantado.
Então ergueu as duas mãos podres...
Lily estremeceu.
E baixou o capuz para trás.
Remus e Frank trocaram olhares preocupados. Os dois sabiam que eram poucos, quase nenhum, os que viam algo debaixo do capaz de um dementador e viviam.
Onde devia haver olhos, havia apenas uma pele sarnenta e cinza, esticada por cima das órbitas vazias.
Nenhum um pouco assustador, pensou Lene ironicamente. Não sabia como Harry ainda não tinha gritado a essa altura.
Mas havia uma boca... Um buraco escancarado e disforme, que sugava o ar com o ruído de uma matraca que anuncia a morte.
- São piores que eu pensava – murmurou Dorcas – Eles realmente são assim?
- Mais ou menos. Não dá para explicar bem. É algo que só quem viu sabe – disse Harry.
Lily odiou o fato de Harry estar incluído nesse grupo.
Um terror paralisante
- Esse é o pior tipo – murmurou Regulus. Os outros podiam forçar a agir, pelo menos. Esse? Só atrapalhava.
invadiu Harry de modo que ele não conseguia se mexer nem falar.
- Por isso você não gritou – compreendeu Lene.
Seu Patrono piscou e desapareceu.
- Não! – falou Sirius.
James e Lily seguraram as mãos uns dos outros, buscando todo apoio que conseguiam encontrar.
O nevoeiro branco o cegava. Ele tinha que lutar...
- Você consegue – incentivou Sirius, ignorando que tudo isso era passado para Harry.
— Expecto Patronum...
Ele não conseguia ver... Ao longe ouvia os gritos já familiares...
Lily sentiu uma lágrima solitária escorrendo pelo seu rosto. Que tipo de criança achava familiares os gritos que seus pais deram quando morreram? Isso não era nada justo. Harry era uma pessoa, por que tudo de ruim continuava a acontecer com ele?
James apertou a mão da ruiva mais firmemente, sentindo a dor que ela também sentia e a necessidade de a confortá-la.
— Expecto Patronum...
Ele tateou pela névoa à procura de Sirius,
Regulus estava tenso. Ele sabia que Harry estava bem, vivo, mas não sabia como estava Sirius em 1977. Será que ele tinha morrido? Mas não... Nada podia acontecer ao irmão. Não, nada aconteceria a Sirius. Não seria certo.
e encontrou seu braço... Os dementadores não iam levá-lo...
Alice balançou a cabeça, triste. Não havia nada mais que Harry pudesse fazer para impedir os dementadores.
Mas um par de mãos pegajosas e fortes, de repente, se fechou em torno do pescoço de Harry.
Lily sentiu outras lágrimas descendo pelo seu rosto, enquanto imaginava a sensação de ser enforcado. Como seu filho tinha passado por isso? E ainda tinha Sirius... Ele também precisava sair dali. Como os dois escapariam?
James sentia-se enjoado. Não conseguia lidar com o fato que ele chegou tão perto de perder seu filho e seu melhor amigo para dementadores.
Forçavam-no a erguer o rosto... Ele sentiu seu hálito... Ia se livrar dele primeiro...
- Você é o único que ainda representa perigo – murmurou Snape, quietamente. Nem mesmo ele queria que isso acontecesse a alguém.
Harry sentiu seu hálito podre... Sua mãe gritava em seus ouvidos...
Lily sentiu-se ainda mais culpada. Agora, para completar, seu filho iria morrer ouvindo seus gritos.
Ia ser a última coisa que ele ouviria...
- Também foi a última coisa que eu ouvi, perdi a audição com os gritos de Lily há muito tempo – disse Sirius, tentando aliviar o clima. Não funcionou.
E então, através do nevoeiro que o afogava, ele achou que estava vendo uma luz prateada que se tornava cada vez mais forte...
- Isso mesmo, tenha esperanças... – murmurou Lene.
Ele sentiu que estava emborcando na grama...
- Ainda dá tempo para revidar, você consegue – disse Dorcas, preocupada.
O rosto no chão, demasiado fraco para se mexer, nauseado e trêmulo, Harry abriu os olhos.
- Nem tinha percebido que tinha fechado – disse.
O dementador devia tê-lo soltado.
- Mas por quê? – falou Frank confuso – Não que eu esteja reclamando, claro.
A luz ofuscante iluminava o gramado a seu redor...
Espero que não seja a morte, pensou Alice, nervosa. Esqueceu-se por um segundo que Harry estava na frente dela com 17 anos.
Os gritos tinham cessado, o frio estava diminuindo...
Lily suspirou aliviada, limpando o rosto. Não sabia o que era, mas não se importava, contanto que isso afastasse os dementadores.
Alguma coisa estava obrigando os dementadores a recuar...
- Tem que ser um Patrono, só isso os para – disse Gina.
Girava em torno dele, de Black e Hermione...
- Alguém está salvando vocês – disse Fred, aliviado.
Os dementadores estavam se afastando... O ar reaquecia...
- Nada como ar quente, não? – falou Rony.
Com cada grama de força que ele conseguiu reunir,
- Que não era muito – murmurou Harry.
Harry ergueu a cabeça uns poucos centímetros
Lily olhou preocupada para o filho. O estado dele não era nada bom.
e viu um animal envolto em luz, distanciando-se a galope através do lago.
- Um patrono – advinhou James, aliviado.
Os olhos embaçados de suor, Harry tentou distinguir o que era...
- Isso que é ser curioso – brincou Gina.
Era fulgurante como um unicórnio. Lutando para se manter consciente, viu-o diminuir o galope ao chegar à margem oposta do lago.
- Quem está lá? – Gina disse, incapaz de conter a curiosidade.
Harry só olhou para Hermione e os dois sorriram.
- É meio complicado – disse Harry, por fim.
Por um momento, Harry viu, à sua claridade, alguém que lhe dava as boas-vindas...
- Quem? – perguntou Remus, sendo ignorado.
Erguendo a mão para lhe dar uma palmadinha...
- Não a melhor boas vindas, em minha opinião – comentou Lene.
Alguém que lhe pareceu estranhamente familiar...
- Então você conhece – constatou Neville. Ótimo, isso não tirava ninguém da lista.
Mas não podia ser...
- Por que não?
Harry hesitou antes de simplesmente dar de ombros.
Lene suspirou frustrada. Era tudo tão misterioso!
Harry não entendeu.
- Não está sozinho – disse Sirius que ainda estava tentando entender quem salvara sua vida.
Não conseguiu mais pensar.
- Não que você tenha conseguido um dia – falou Rony.
- Olha quem fala – provocou Harry de volta.
Sentiu que suas últimas forças o abandonavam
- Isso é porque você se esforçou demais – repreendeu Hermione.
- Foi importante – rebateu Harry.
e sua cabeça bateu no chão quando ele desmaiou.
- Não gosto de saber que você desmaiou nesse lugar – falou Lily. Ele ainda estava em perigo.
- Eu fiquei bem – disse Harry, dando de ombros.
- Vamos logo ler o próximo capítulo? – sugeriu Gina. Todos concordaram.
Harry sentiu-se corar quando se lembrou da conversa com Hermione sobre o fato de achar que o pai dele fizera o Patrono... Iria ser muito embaraçoso. Por que ele tinha que pensar aquilo? Tinha sido estúpido e vergonhoso.
- Harry? – Gina o encarou, divertida e preocupada ao ver o rosto vermelho do namorado. – O que foi?
- Nada não – mentiu Harry. – Vamos ler.
Notas finais (importante): Gente, os capítulos estão sempre ficando muito grandes (com exceção deste). Assim eu demoro muito para postar e fica ruim para vocês lerem, até mesmo para ter tempo de ler tudo de uma vez. Então, eu estava pensando em passar a postar os capítulos divididos no site. Por exemplo, o próximo capítulo "O Segredo de Hermione" teria 23 páginas na versão original (o livro), então eu dividiria o cap em dois e faria as 12 primeiras postaria aqui no site com o nome "O Segredo de Hermione: Parte I", então faria as 11 páginas seguintes e postaria com o nome "O Segredo de Hermione: Parte II). Eu acho melhor. Vocês concordam? Ou preferem que demore bem mais e poste tudo de uma vez, junto?
Comentários (1)
Olá;Sobre o capitulo, adorei, nunca fui a maior fã desse capitulo, acho ele horrivel.Sobre a divisão dos capitulos por mim não tem nenhum problema.Beijos.
2016-05-26