A Fuga da Mulher Gorda
Ok, eu sei que eu demorei, mas foi porque eu estava viajando ai realmente não tinha como...
Eu, pelo menos, ainda não encontrei alguém que gostasse de arrumar.
Internet boa é viagem é uma coisa que chega a parecer um milagre kkk.
Sei como é, tenho um tio assim...
No fundo, eles sabem que as vezes os outros tem razão, mas eles nunca vão admitir isso. Não para todo mundo.
Quadribol perfeição, sempre unido as pessoas :)
Eu confesso que sou viciada em Ben Barnes (estou doida para ver os filmes que ele gravou) e fico feliz que você goste dele também.
Muito obrigada! Espero que goste dela, mesmo sendo muito diferente de LHP.
Sei como é, a internet tá um lixo, mas não tem o que fazer. Eu preciso ver a nona (que eu realmente espero que seja melhor que a oitava e que tenha mais Cas).
Sirius sendo Sirius :) e Gina sendo sincera kkk. James interagindo com Alice, algo não comum, mas bom...
Eu sou um lixo. Odeio matemática. É tipo meu pesadelo.
Acho que tem outra cena de Regulus e James concordando ai, mas não tenho certeza...
Que bom que tenha gostado, é importante para mim.
Beijos.
Capítulo 8 - A fuga da Mulher Gorda
Não demorou nada e a Defesa contra as Artes das Trevas se tornou a matéria favorita da maioria dos estudantes.
- Finalmente o mundo voltou ao seu lugar.
- Tudo graças a Remus – sorriu Hermione.
- Não tinha como não gostar das suas aulas – concordou Neville.
- Obrigado gente – Remus sorriu emocionado. Era incrível saber que ele conseguiria realizar o sonho dele, e que ele seria ótimo nisso.
Somente Draco Malfoy e sua patota
- Quem é que diz patota? – Dorcas encarou Harry, que corou enquanto a sala ria.
de alunos da Sonserina tinham alguma coisa de ruim a dizer do Prof. Lupin.
- Ninguém liga para Draco – Sirius falou.
- Não preciso que todos gostem de mim – falou Lupin, indiferente.
— Olha só as vestes dele
James se mexeu incomodado. Não queria que zoassem Remus pelas roupas que ele usava, ele sabia que o amigo tinha pouco dinheiro e que não podia gastar para ficar comprando roupas novas.
— Malfoy dizia num sussurro bem audível quando o professor passava.
- O que vem de baixo não me atinge – falou Remus.
— Ele se veste como um velho elfo doméstico.
Remus fez uma careta. Ele não odiava tanto assim as próprias roupas.
- Isso me lembra... Harry, você precisa urgentemente de roupas novas – falou Sirius, encarando a roupa do afilhado que corou – Não pense que eu esqueci que no fim desse livro vamos comprar roupas para você.
Mas ninguém mais se importava se as vestes de Lupin eram remendadas e esfiapadas.
- Obrigado?
Suas aulas seguintes tinham sido tão interessantes quanto a primeira.
- Isso é impressionante – falou Lene.
Remus sorriu para ela. Gostava dela. Até porque era preciso muito para ser a namorada de Sirius.
- Obrigado.
Depois dos bichos-papões, eles estudaram os "barretes vermelhos", criaturinhas malvadas que lembravam duendes e rondavam os lugares onde houvera derramamento de sangue,
- Parecem ser adoráveis – ironizou Frank.
masmorras de castelos e valas dos campos de batalha desertos à espera de abater a porrete os que se perdiam. Dos barretes vermelhos eles passaram aos kappas,
Regulus gemeu. Ele já tivera contato com um e queria nunca mais ter.
seres rastejantes das águas, que lembravam macacos com escamas, palmípedes cujas mãos comichavam para estrangular os banhistas desavisados que penetravam seus domínios.
- Como se tivéssemos a obrigação de saber que eles estão ali – Regulus resmungou.
Harry olhou para ele curioso. Ele percebeu que tinha história ai.
- Depois eu conto – prometeu Regulus.
Harry sorriu.
- Não esqueça.
Harry só desejava que fosse tão feliz com outras matérias.
- Não vem boa coisa aí – Lily estreitou os olhos.
A pior delas era Poções.
- Sev...
- Eu não fiz nada ainda – se defendeu Snape, mas vendo o olhar de Lily, suspirou derrotado – Mas desculpa mesmo assim.
Lily sorriu.
- Era só isso que eu queria ouvir.
Snape sorriu verdadeiramente pela primeira vez desde que chegara ali. Talvez tudo isso fosse ser útil para ele no fim.
Snape andava com uma disposição bem vingativa ultimamente,
- Mais que o normal – falou Fred baixo.
e ninguém tinha dúvidas do que motivara isso. A história do bicho-papão que assumira a forma dele,
Vários deles tiveram crises de risos, mas tentaram disfarçar por causa de Snape.
e a maneira com que Neville o vestira com as roupas da avó, correra a escola como fogo espontâneo.
- Eu sempre digo que o povo de Hogwarts é fofoqueiro – Lene falou.
- Mas mesmo em outras escolas não teria como abafar algo assim – falou Alice.
- Eu não queria que espalhasse – Neville falou para Snape.
Snape quase revirou os olhos. Claro que o garoto não queria.
Snape não parecia ter achado graça.
- Por quê? – Sirius perguntou para irritar.
- Espere fazer isso com você, e aí você me diz se tem graça – rosnou.
Sirius levantou uma sobrancelha. Ele tinha conseguido o que queria.
Talvez ele não devesse estar implicando tanto, mas precisava de uma distração e a melhor de distrair era ameaçar Snape.
Seus olhos faiscavam ameaçadoramente à simples menção do nome de Lupin
Remus pareceu magoado.
e ele andava implicando com Neville mais do que nunca.
Frank olhou irritado para Snape.
- Eu não teria feito isso se ele não tivesse feito aquilo – Snape deu de ombros.
- Ele não teria feito isso se você não o assustasse tanto.
Harry também estava começando a temer as horas que passava na sala sufocante da Profª. Sibila,
- Ela é inofensiva – falou Rony.
decifrando formas e símbolos enviesados, tentando fingir que não via os olhos da professora se encherem de lágrimas todas as vezes que olhava para ele.
- Eu quero matar ela – falou Lily. Quem era ela para se descontrolar assim perto do seu filho?
- Não é a única – murmurou Hermione.
Não conseguia gostar de Sibila,
- Compartilhamos o sentimento.
- Você é justificado – falou Regulus – Normalmente, não gostamos de pessoas que preveem nossa morte.
Harry deu um pequeno sorriso.
embora ela fosse tratada, por muitos alunos da turma, com um respeito que beirava a reverência.
- Correção: pela parte idiota da turma – falou Rony.
- Mas você não gosta dela – Fred sorriu.
Rony xingou o irmão.
Parvati Patil e Lilá Brown passaram a rondar a torre da professora na hora do almoço,
- Eu não acredito que eu namorei com ela – Rony falou enjoado.
- Eu também não – resmungou Hermione.
- Espera. Você nunca falou que tinha ficado com outra garota – Sirius disse com interesse.
- Falei sim. Mas de qualquer jeito não importa – Rony deu de ombros – Vocês vão ler sobre ela depois, eu acho.
- Nem me lembre disso – Hermione falou irritada.
e sempre voltavam com irritantes ares de superioridade,
- Era irritante até para mim que quase não via elas – falou Jorge.
Gina assentiu.
como se soubessem de coisas que os outros desconheciam.
- E elas nunca notavam que essas coisas nunca aconteciam?
- Elas são ótimas em arranjar desculpas – falou Harry, dando de ombros.
- A maioria das pessoas são quando querem acreditar em algo – falou Neville, pensando no sangues-puros na guerra.
Tinham começado também a usar um tom de voz abafado sempre que falavam com Harry, como se estivessem em seu velório.
- Era muito irritante.
Ninguém gostava realmente de Trato das Criaturas Mágicas
James fez uma careta.
que, depois da primeira aula repleta de ação, tornara-se extremamente monótona.
- Pobre Hagrid – falou Lily com pena.
Hagrid parecia ter perdido a confiança em si mesmo.
- Tudo culpa de Malfoy – falou Sirius com ódio.
Os alunos agora passavam aula após aula aprendendo a cuidar de vermes,
- Nojento – Lene falou.
que eram uma das espécies de bichos mais chatas que existem no mundo, e não era por acaso.
- Pelo menos é seguro – tentou melhorar as coisas Alice.
— Por que alguém se daria o trabalho de cuidar deles? — exclamou Rony, depois de mais de uma hora enfiando alface fresca picada pela goela escorregadia dos vermes.
- Eu realmente não invejo vocês – falou Josh.
No início de outubro, porém, Harry teve algo com que se ocupar,
- Só em outubro? – James estava desapontado.
algo tão prazeroso que mais do que compensou as aulas chatas.
Lily fez uma careta. As aulas não eram chatas.
A temporada de Quadribol se aproximava
Todos os fãs de Quadribol imediatamente se animaram e começaram a falar sobre o assunto, até serem impedidos por Lily e Hermione.
e Olívio Wood, capitão do time da Grifinória, convocou uma reunião
- Uma só não – resmungou Fred. Olívio pode ser meio obcecado as vezes.
para uma noite de quinta-feira com a finalidade de discutirem as táticas que adotariam na nova temporada.
- Mas ele sempre chega com tudo preparado – falou Jorge.
Havia sete jogadores num time de Quadribol:
- Nós já sabemos.
três artilheiros,
Frank, Gina, James e Sirius sorriram.
- A melhor posição.
cuja função é marcar gol fazendo a goles (uma bola vermelha do tamanho de uma bola de futebol) passar por um aro no alto de uma baliza de quinze metros de altura fincada em cada extremidade do campo; dois batedores,
- Não, essa é a melhor - Marlene, Fred e Jorge sorriram.
armados com pesados bastões para repelir os balaços (duas bolas pretas maciças que voavam para todos os lados tentando atacar os jogadores); um goleiro,
Rony sorriu.
que defendia as balizas e um apanhador,
Harry e Regulus sorriram.
que tinha a função mais difícil de todas,
- Com certeza – concordaram os dois, enquanto o resto dos jogadores protestava.
a de capturar o pomo de ouro, uma bolinha alada do tamanho de uma noz, cuja captura encerrava o jogo, e garantia para o time do apanhador cento e cinquenta pontos a mais.
- Eu ainda acho uma pontuação muito alta – resmungou Hermione.
- Mas para achar o pomo é preciso muito talento – falou Remus.
Olívio era um rapaz forte de dezessete anos,
- E completamente obcecado com Quadribol – falou Harry.
- Gostei dele – James sorriu.
- Claro que gostou – Lily revirou os olhos.
agora no sétimo e último ano de Hogwarts. Tinha uma espécie de desespero silencioso na voz
- Harry sempre faz as melhores comparações – riu Jorge.
quando se dirigiu aos seis companheiros de equipe nos gelados vestiários, localizados nas pontas do campo de Quadribol, agora quase escuro.
— Esta é a nossa última chance, minha última chance, de ganhar a Taça de Quadribol — disse, andando para lá e para cá diante dos colegas. — Vou-me embora no fim deste ano.
Fred e Jorge deram um sorriso triste. Sinceramente, eles sentiam falta de Olívio.
Nunca mais terei outra oportunidade.
- Mas sem pressão.
Grifinória não ganha a taça há sete anos.
Regulus e Snape sorriram.
Tudo bem, tivemos o maior azar do mundo, acidentes, depois o cancelamento do torneio no ano passado... — Olívio engoliu em seco como se aquela lembrança ainda lhe desse um nó na garganta.
Gina lançou um olhar feio para o livro. Ela quase morrera e Olívio estava triste por causa de Quadribol?
— Mas também sabemos que temos o time... Melhor... Mais irado...
- Quem é que fala irado? – zombou Alex.
- Na realidade, ele falou foda – falou Fred – Acho que o livro quis cortar.
- Agora faz mais sentido.
Da escola
- Humildade é tudo – ironizou Hermione.
- Mas era verdade – falou Gina.
— disse ele, dando um soco na palma da mão, o velho brilho obsessivo nos olhos.
- Olívio sempre é obsessivo – falou Harry.
— Temos três artilheiros da melhor qualidade. — Olívio apontou para Alicia Spinnet, Angelina Johnson e Katie Bell.
Os gêmeos sorriram. Eles amavam as meninas.
— Temos dois batedores imbatíveis.
- Isso só vai aumentar o ego deles – gemeu Gina. Por que Olívio tinha que falar isso?
— Pode parar, Olívio, você está encabulando a gente — disseram Fred e Jorge juntos, fingindo corar.
- Não coramos somente porque já estamos acostumados – falaram juntos, causando risadas.
— E temos um apanhador que até hoje nunca deixou de nos levar à vitória nas partidas que jogamos
James sorriu com orgulho.
- Parabéns, filho.
Harry sorriu. Era um sonho ver o seu pai assim.
— falou Olívio em tom retumbante, encarando Harry com uma espécie de orgulho ardoroso.
- Se saia que ele é o meu filho – rosnou James – Eu que fico orgulhoso.
- Ciúmes, James?
- Nunca, Lene.
— E temos a mim — acrescentou, pensando melhor.
- Porque humildade é tudo – falou Lyssi.
— Nós também achamos você muito bom Olívio. — disse Jorge.
— Um goleiro do caramba! — disse Fred.
- É verdade. Ele é ótimo – falou Rony.
- Igual a você – falou Harry.
Rony sorriu, mas sabia que isso não era verdade. Ele nunca seria tão bom quanto Olívio.
— A questão é — continuou Olívio retomando a caminhada — que a Taça de Quadribol devia ter tido o nome do nosso time gravado, nesses dois últimos anos.
- Concordo – falaram todos os grifinórios.
Desde que Harry se juntou a nós, achei que a taça já estava no papo.
- Mas sem pressão – brincou Sirius.
Mas não ganhamos, e este ano é a última chance que teremos de finalmente ver o nosso nome na taça...
- Não a última chance de todos – corrigiu Lily.
- Mas daquele time sim – corrigiu Harry.
Lily desistiu. Nunca entenderia o espírito de Quadribol.
Olívio falou tão desolado que até Fred e Jorge o olharam com simpatia.
- Você faz soar como se fossemos monstros, Harry – os gêmeos falaram magoados.
- Desculpem. Vocês são ótimos.
— Olívio, este ano é o nosso ano — animou-o Fred.
— Vamos conseguir, Olívio! — disse Angelina.
— Sem a menor dúvida — confirmou Harry.
- Se até Harry, o pessimista, tá falando – comentou Josh.
- Ei, eu não sou pessimista – falou Harry e desistiu como tudo muno o encarou sem acreditar.
Cheio de determinação, o time começou os treinos, três noites por semana.
Lily não achava isso muito saudável, mas resolveu ficar calada.
O tempo estava ficando mais frio e mais úmido, as noites mais escuras,
- Você é muito dramático mesmo – falou Hermione, revirando os olhos.
mas não havia lama nem vento nem chuva que pudesse empanar a visão maravilhosa de Harry de finalmente ganhar a enorme Taça de Quadribol de prata.
- É assim que se fala, Harry – sorriu James.
Harry voltou à sala comunal da Grifinória certa noite depois do treino, enregelado, os músculos endurecidos, mas satisfeito com o aproveitamento do treino, e
James sorriu. Conhecia bem a sensação.
encontrou a sala mergulhada num vozerio excitado.
- Lá vem...
— Que foi que aconteceu? — perguntou ele a Rony e Hermione, que estavam sentados em duas das melhores poltronas
- E você queria que a gente estivesse na ruim? – Hermione perguntou.
ao lado da lareira terminando uns mapas estelares para a aula de Astronomia.
— Primeiro fim de semana em Hogsmeade
Todos sorriram enquanto começavam a lembrar do primeiro passeio com os amigos para Hogsmeade.
Todos... Menos Alex.
Ele olhava para o chão. A lembrança daquele dia doía porque passara com ela. E nunca mais poderia passar de novo. Era verdade que as boas memórias doíam mais.
— respondeu Rony, apontando para uma nota que aparecera no escalavrado quadro de avisos. — Fim de outubro. Dia das Bruxas.
Harry se sentiu mal lembrando que foi nesse dia, há muito anos, que os pais dele tinham morrido. Que Lily e James morreram.
Gina abraçou o namorado, entendendo o que ele estava pensando.
— Ótimo — comentou Fred que seguira Harry na passagem pelo buraco do quadro. — Preciso visitar a Zonko"s. Meus chumbinhos fedorentos estão quase no fim.
- O que é isso? – perguntou Sirius.
Os gêmeos explicaram e começaram uma discussão com os marotos sobre produtos para brincadeiras, o que causou medo em todos ali.
Harry se atirou em uma cadeira ao lado de Rony, sua animação esfriando.
Começou, Snape quase revirou os olhos, mais pensamentos depressivos.
Hermione pareceu ler seus pensamentos.
— Harry, tenho certeza de que você vai poder ir na próxima visita — disse a garota. — Vão acabar pegando o Black logo.
Sirius revirou os olhos. Ótimo. Voltariam ao drama Sirius-Black-É-Perigoso.
Ele já foi avistado uma vez.
- Que bom, significa que eu não sou invisível – ironizou Sirius.
— Black não é louco de tentar alguma coisa em Hogsmeade
- Não sei, não – falou Snape e Sirius o fuzilou com o olhar.
— argumentou Rony. — Pergunte a McGonagall se você pode ir Harry,
- McGonagall não vai ceder – falou James, tristemente. Talvez em outras circunstâncias, mas com um "assassino" a solto, não.
a próxima vez talvez demore um tempão para acontecer...
- Melhor esperar do que morrer – Lene falou duramente.
— Rony! — exclamou a garota. — Harry tem que ficar na escola...
- Alguém razoável – Lily sorriu – Apesar de que Sirius nunca faria mal a Harry – se apressou em completar sob o olhar de James.
— Ele não pode ser o único aluno de terceiro ano que vai ficar
- Tecnicamente, ele pode.
— disse Rony. — Pergunta a McGonagall, anda, Harry...
— É, acho que vou perguntar — disse Harry se decidindo.
Hermione abriu a boca para protestar, mas naquele instante Bichento pulou com leveza em seu colo. Trazia uma enorme aranha
Rony ficou pálido.
morta pendurada na boca.
- Agradável – ironizou Lyssi.
— Ele tem que comer isso na frente da gente? — perguntou Rony aborrecido.
- Mas ele tem um ponto – falou Dorcas.
— Bichento inteligente, você apanhou a aranha sozinho? — perguntou Hermione.
- É sério isso? – perguntou Alex. Ela ia encorar o gato nojento?
- Sim. É difícil para ele – se defendeu Hermione.
Bichento mastigou a aranha vagarosamente, os olhos amarelos fixos insolentemente em Rony.
- Eu acho que ele não gosta de você – falou Neville.
- Tu acha? – ironizou Rony.
— Vê se ao menos segura ele aí — disse Rony irritado, voltando a atenção para o seu mapa estelar. — Perebas está dormindo na minha mochila.
Olhares de raiva de todos que sabiam de Peter.
Harry bocejou. Queria realmente ir se deitar, mas ainda tinha o mapa para terminar.
Os Marotos sorriram. Essa frase os lembrou da construção do Mapa do Maroto. Foi incrível. Só assim para resumir todas as brincadeiras, as conversas, tudo.
Puxou a mochila para perto, tirou um pergaminho, tinta e pena e começou a trabalhar.
- Harry Batalhador.
— Pode copiar o meu, se quiser — ofereceu Rony,
- Isso que é amigo de verdade.
- Nem pense nisso, Harry Potter – ameaçou Lily e Harry se encolheu.
escrevendo o nome da última estrela
Os Blacks se entreolharam. Por causa da obsessão da família Black com estrelas, eles sabiam o nome de quase todas elas.
com um floreio e empurrando o mapa para Harry.
Hermione, que desaprovava colas,
Lily a apoiou.
contraiu os lábios, mas não disse nada.
- Devia ter dito – resmungou ela.
Bichento continuava a mirar Rony sem piscar,
- Esse gato é meio assustador – falou Frank.
agitando a ponta do rabo peludo. Então, sem aviso, atacou.
- Oush!
- Hermione, você precisa educar seu gato melhor – Dorcas a encarou.
Hermione se irritou.
- Ele tinha um motivo para isso, ok?
— AI! — berrou Rony, agarrando a mochila na hora em que Bichento enterrava nela as garras das quatro patas e começava a sacudi-la furiosamente.
- O gato parece ser bem assustador e esperto – falou James.
Hermione desistiu de tentar defender seu animal de estimação.
— DÊ O FORA DAI SEU BICHO BURRO!
Rony tentou arrancar a mochila das garras de Bichento, mas o gato não a largava, bufando e unhando.
- Ele é persistente.
— Rony, não machuca ele!
- Eu acho que ele machuca mais Rony do que Rony machuca ele – brincou Harry.
- Cala a boca que você nunca foi atacado por um gato – resmungou o ruivo.
— gritou Hermione; toda a sala observava; Rony girou a mochila, Bichento continuou agarrado, e Perebas saiu voando pela abertura...
- Nada com uma confusão num dia calmo.
— SEGURE ESSE GATO! — berrou Rony quando Bichento se desvencilhou dos restos da mochila e saltou para a mesa perseguindo o aterrorizado Perebas.
Harry olhou com ódio para o livro. Se ao menos...
Jorge Weasley deu um salto na direção de Bichento
- Eu sou um salvador da pátria.
mas errou;
- Ou não - falou Gina.
Perebas disparou entre vinte pares de pernas e sumiu embaixo de uma velha cômoda. Bichento parou derrapando, se abaixou o mais que pôde nas pernas arqueadas e começou a fazer furiosas investidas com a pata dianteira no vão da cômoda.
- Parece que ele tava atacando Perebas, afinal – falou Frank.
- O que faz mais sentido, já que perebas é um rato e ele um gato.
Rony e Hermione correram para acudir; Hermione agarrou Bichento pelo meio e carregou-o para longe;
- Uma boa ideia.
Rony se atirou no chão de barriga para baixo e, com grande dificuldade, puxou Perebas para fora pelo rabo.
— Olha só para ele! — gritou o garoto furioso para Hermione, balançando Perebas diante da amiga. — Está pele e osso!
- Não acho que essa pequena perseguição tenha sido capaz de o deixar assim – observou Remus.
Segura esse gato longe dele!
— Bichento não entende que isso é errado!
- Mesmo assim, isso não o impede de caçar Perebas de novo – comentou Dorcas.
— defendeu-o Hermione, a voz trêmula. — Todos os gatos caçam ratos, Rony!
— Tem uma coisa esquisita nesse animal! — acusou Rony, que estava tentando persuadir um Perebas, que se contorcia freneticamente, a voltar para dentro do seu bolso. — Ele me ouviu dizer que Perebas estava na mochila!
- Com certeza sim, mas ele não entendeu – falou Regulus.
— Ah, deixa de bobagem — retrucou a garota. — Bichento sabe farejar,
- Isso é uma explicação racional – comentou Regulus.
Rony, de que outro modo você acha...
— Esse gato está perseguindo o Perebas! — disse Rony, fingindo não ver os colegas em volta, que começavam a dar risadinhas abafadas.
- Bando de vagabundos.
— E Perebas estava aqui primeiro,
- Sério que esse é o seu argumento, irmãozinho? – zoou Fred.
- Ele estava aqui primeiro – imitou Jorge.
e está doente!
Rony atravessou a sala decidido e desapareceu na subida da escada para os dormitórios dos garotos.
- Se revoltou.
Rony continuou de mal com Hermione no dia seguinte.
Hermione revirou os olhos.
Quase não falou com a garota durante a aula de Herbologia, embora ele, Harry e Hermione estivessem trabalhando juntos na mesma tarefa.
- Sempre sobra para mim – reclamou Harry.
- Cala a boca – falaram Rony e Hermione juntos.
— Como é que vai o Perebas? — perguntou Hermione timidamente
- Não foi timidamente – protestou ela e Harry encarou a amiga.
enquanto colhiam gordas vagens rosadas das plantas e esvaziavam seus feijões luzidios em um balde de madeira.
— Está escondido no fundo da minha cama, tremendo — respondeu Rony com raiva, errando o balde e espalhando feijões pelo chão da estufa.
- Coitada da estufa, não tem nada haver com isso – comentou Josh.
— Cuidado, Weasley, cuidado! — exclamou a Profª. Sprout
Neville sorriu com carinho.
quando os feijões desabrocharam diante dos olhos de todos.
A aula seguinte era Transfiguração. Harry, que resolvera perguntar à Profª. McGonagall depois da aula se podia ir a Hogsmeade com os colegas,
Harry fez uma careta. Ele nunca devia ter pedido.
entrou na fila do lado de fora da sala tentando decidir como é que iria defender o seu caso.
- Não adianta, filho – falou James.
Foi distraído, porém, por uma confusão no início da fila.
- Mas já?
Pelo jeito, Lilá Brown estava chorando.
Hermione revirou os olhos.
Parvati abraçava-a, e explicava algo a Simas e Dino, que pareciam muito sérios.
— Que foi que aconteceu, Lilá? — perguntou Hermione, ansiosa, quando ela, Harry e Rony se reuniram ao grupo.
— Ela recebeu uma carta de casa hoje de manhã — sussurrou Parvati. — Foi o coelho dela, Bínqui. Foi morto por uma raposa.
Snape revirou os olhos.
— Ah — disse Hermione — sinto muito, Lilá.
- Só que não.
— Eu devia ter imaginado! — exclamou Lilá, tragicamente. — Você sabe que dia é hoje?
- Na verdade, não.
— Hum...
— Dezesseis de outubro! "Essa coisa que você receia, vai acontecer na sexta-feira, 16 de outubro!"
- Aquela velha de novo não – Lene revirou os olhos
Lembram? Ela estava certa, ela estava certa!
- Seria a primeira vez na vida.
A turma inteira agora rodeava Lilá.
- Lá vem...
Simas sacudia a cabeça, sério. Mione hesitou; em seguida perguntou:
— Você receava que Bínqui fosse morto por uma raposa?
- Eu tinha que perguntar.
- Ninguém está reclamando, Mione – falou Gina.
— Bem, não necessariamente por uma raposa — respondeu Lilá, erguendo os olhos, dos quais as lágrimas escorriam sem parar — mas obviamente eu receava que ele morresse, não é?
- Por quê?
— Ah — exclamou Hermione. Ela fez outra pausa. E depois... — Bínqui era um coelho velho?
- Insensível.
- Eu tinha que perguntar.
— N... Não! — soluçou Lilá. — A... Ainda era um bebezinho!
- Essa menina é doida.
Parvati apertou o abraço que dava em Lilá.
- Amigas para todos os momentos – Fred falou com uma voz de mulher.
— Mas, então, por que você tinha receio que ele morresse?
- Porque ela não tinha – falou Regulus.
— perguntou Hermione.
Parvati fez uma cara feia para a colega.
- Não vi diferença da cara normal dela.
— Bem, vamos encarar isso logicamente
Snape resmungou algo sobre lógica e grifinórios não combinarem.
— falou Hermione, virando-se para o restante do grupo. — Quero dizer, Bínqui nem ao menos morreu hoje, não é? Lilá foi que recebeu a notícia hoje...
- Tão inútil que nem serve para descobrir no dia que o animal de estimação morreu – Hermione resmungou.
Rony sorriu ao ver o ódio da sua namorada pela ex dele.
— Lilá abriu um berreiro — e ela não podia estar receando isso, porque a notícia foi um choque para ela...
- Eu ficaria chocado se descobrisse que ela sabe ler – resmungou Gina. Também não gostava de Lilá.
— Não ligue para Hermione, Lilá — disse Rony em voz alta
Rony se encolheu com o olhar que a namorada o mandou.
— ela não acha que os bichos de estimação dos outros têm muita importância.
- Essa doeu em mim – falou Sirius.
A Profª. Minerva abriu a porta da sala de aula naquele momento, o que talvez tenha sido uma sorte;
Sirius ficou decepcionado. Queria ver uma briga.
Hermione e Rony estavam se fuzilando com os olhos
- Normal.
- Não é não – falaram os namorados ao mesmo tempo.
e quando entraram na sala se sentaram um de cada lado de Harry,
- Pelo menos não foi em lados opostos – falou Dorcas positivamente.
e passaram a aula inteira sem se falar.
- Melhor que brigar – falou Remus sorrindo para Dorcas, que sorriu de volta.
Harry ainda não decidira o que ia dizer à professora quando a sineta tocou anunciando o fim da aula,
- Não importa, nada vai convencer Minerva – falou James, triste.
mas foi ela quem levantou o assunto de Hogsmeade primeiro.
— Um momento, por favor! — pediu quando a turma se preparava para sair. — Como vocês todos fazem parte da minha Casa, deverão entregar os formulários de autorização para ir à Hogsmeade a mim, antes do Dia das Bruxas. Sem formulário não há visita, por isso não se esqueçam.
- Aposto que alguém vai esquecer – falou Gina.
Neville levantou a mão.
— Por favor, professora, eu... Eu acho que perdi...
Neville corou. Ele era tão desastrado.
— Sua avó mandou o seu diretamente a mim, Longbottom
- Uma boa ideia – ele admitiu.
- Não tem problema, eu sou assim também – falou Alice.
Neville sorriu feliz. Era a primeira vez que ele ouvia a mãe dizer que eles eram parecidos em algo. Sabia que sempre se lembraria disso.
— disse Minerva. — Parece que ela achou mais seguro. Bem, é só isso, podem ir.
— Pergunta a ela agora — sibilou Rony a Harry.
— Ah, mas... — começou Hermione.
— Manda ver — disse Rony insistindo.
- Eu devia ter ouvido Hermione – resmungou Harry.
Harry esperou o resto da turma desaparecer e se dirigiu, nervoso, à escrivaninha da professora.
— Que foi, Potter?
Harry inspirou profundamente.
— Professora, minha tia e meu tio... Hum... Se esqueceram de assinar a minha autorização.
- Ela não vai cair nessa – Alex falou.
A Profª. Minerva olhou-o por cima dos óculos quadrados e não disse nada.
- Não é um bom sinal – falou Lene.
— Então... Hum... A senhora acha que haveria algum problema... Quero dizer, que estaria ok se eu... Se eu fosse a Hogsmeade?
- Duvido muito.
Minerva baixou os olhos e começou a mexer nos papéis em cima da escrivaninha.
— Receio que não, Potter. Você ouviu o que eu disse. Não tem formulário, não tem visita ao povoado. Essa é a regra.
- E Minnie é fã de regras – completou Sirius.
— Mas, professora, minha tia e meu tio... A senhora sabe, eles são trouxas, não entendem realmente para que servem... Os formulários de Hogwarts e outras coisas daqui
- Pior desculpa que eu já ouvi – falou Hermione.
— explicou Harry, enquanto Rony o animava a prosseguir com vigorosos acenos de cabeça. — Se a senhora disser que eu posso ir...
- A responsabilidade seria dela – comentou Lyssi.
— Mas eu não vou dizer — falou a professora se levantando e arrumando os papéis na gaveta. — O formulário diz claramente que o pai ou guardião precisa dar permissão. — Minerva se virou para olhá-lo, com uma estranha expressão no rosto. Seria pena?
Harry olhou para o chão. Ele odiava pena.
— Sinto muito, Potter, mas esta é a minha palavra final.
- E ela é teimosa, ela não vai mudar de ideia – suspirou Sirius.
É melhor você se apressar ou vai se atrasar para a próxima aula.
- Como se Harry ligasse para isso – resmungou James.
Não restava nada a fazer.
- É só um passeio, não é questão de vida ou morte – disse Lily, se encolhendo com os olhares que ela recebeu.
Rony xingou a Profª. Minerva de uma porção de nomes,
- Ela não – reclamou Remus.
o que deixou Hermione muito aborrecida;
- Claro, ela é uma professora ótima e uma boa pessoa – falou a morena.
a garota assumiu um ar de "foi-melhor-assim" que fez Rony ficar com mais raiva
- Você fica insuportável quando tá assim.
e Harry teve que suportar os colegas na aula discutindo, alegres e em altas vozes, o que iam fazer primeiro, quando chegassem a Hogsmeade.
- É muito ruim se sentir excluído – Josh falou solidário.
- Como se você fosse saber – resmungou Alex.
- Ei, minha vida não é perfeita – falou Josh, chocado com a raiva do irmão.
- Mas é muito melhor que a minha – falou Alex baixinho.
Josh não ouviu, mas Lyssi sim e lançou um olhar de pena para o irmão.
— Sempre tem a festa — disse Rony, num esforço para animar Harry.
- Eu mereço um prêmio de melhor amigo.
— Sabe, a festa do Dia das Bruxas, à noite.
— Sei — respondeu Harry, deprimido — que ótimo.
A festa do Dia das Bruxas era sempre boa, mas teria um sabor muito melhor se fosse depois de uma visita a Hogsmeade com os colegas.
Lily revirou os olhos para o drama do seu filho. Melhor ficar ali, a salvo.
Nada que ninguém disse fez Harry se sentir melhor com relação à ideia de ser deixado para trás.
- Mas todos tentaram – falou Jorge.
Dino Thomas, que era jeitoso com uma caneta, se oferecera para falsificar a assinatura do tio Válter no formulário,
Os Marotos e Lene sorriram interessados, enquanto Lily fechava a cara.
mas como Harry já dissera à Profª. Minerva que os tios não haviam assinado, não adiantava nada.
- Você podia dizer que você mandou uma carta e eles resolveram mandar – sugeriu Frank.
- Não acho que ela ia acreditar – falou Harry.
Rony, meio desanimado, sugeriu a Capa da Invisibilidade,
- Dementadores lembra – falou Regulus desanimado. Ele queria que Harry pudesse ir a Hogsmeade. Todos precisavam conhecer aquele lugar bruxo, era uma tradição.
mas Hermione eliminou essa possibilidade, lembrando a Rony que Dumbledore avisara que os dementadores podiam ver através da capa.
Hermione sorriu para Regulus.
Possivelmente foi Percy quem disse as palavras que menos consolaram.
- Nosso talentoso irmão – ironizaram os Weasley. Percy simplesmente não era bom com pessoas e sentimentos.
— O pessoal faz um estardalhaço sobre Hogsmeade,
- Porque é único lugar que todos vão juntos – falou Lene.
mas eu garanto, Harry, o povoado não é tão fantástico quanto dizem — falou ele, sério.
Todos ficaram calados. O povoado era sim fantástico.
— Tudo bem, a loja de doces é bastante boa e a Zonko"s – Logros e Brincadeiras é francamente perigosa e, ah, sim, a Casa dos Gritos sempre vale a pena visitar, mas, verdade, Harry, tirando isso, você não vai perder nada.
- Se até Percy conseguir ver algo legal em uma coisa que os outros adolescentes gostam, é porque eu realmente ia perder muita coisa – resmungou Harry.
Na manhã do Dia das Bruxas, Harry acordou com os colegas e desceu para tomar café, sentindo-se totalmente arrasado, embora se esforçasse ao máximo para agir normalmente.
- Você não precisa fingir que está bem sempre Harry – Hermione falou suavemente.
- Obrigado, Hermione, mas eu não ia ajudar ninguém sendo um idiota.
- Não é ser idiota. E você não precisa ajudar ninguém – falou seriamente, mesmo sabendo que Harry não mudaria.
— Vamos lhe trazer um monte de doces da Dedosdemel — prometeu Hermione, sentindo uma pena desesperada do amigo.
Harry fez uma careta.
— É, montes — concordou Rony.
Ele e Hermione tinham finalmente esquecido a briga por causa do Bichento diante do descontentamento de Harry.
- Que bom que eu fui útil – Harry brincou.
— Não se preocupem comigo — disse Harry no que ele imaginava ser uma voz displicente.
- Não era muito.
— Vejo vocês na festa. Divirtam-se.
Ele acompanhou os amigos até o saguão da escola, onde Filch, o zelador, estava postado à porta de entrada, verificando se os nomes constavam de uma longa lista,
- Só ele para fazer isso – Neville revirou os olhos.
examinando cada rosto cheio de desconfiança, e certificando-se de que ninguém que não devia ir estivesse saindo escondido da escola.
- Porque ele seria muito capaz de impedir – Lene falou sarcástica.
— Vai ficar na escola, Potter?
- Vai ficar com saudades? - Harry zombou.
— gritou Malfoy, que estava na fila com Crabbe e Goyle. — Medinho de passar pelos dementadores?
- Sim, mas menos do que você teria – falou Rony.
Harry não lhe deu atenção e se dirigiu, solitário, para a escadaria de mármore, seguiu pelos corredores desertos e voltou à Torre da Grifinória.
— Senha? — perguntou a Mulher Gorda, acordando assustada de um cochilo.
- Ela só faz dormir.
— Fortuna Major — disse Harry apático.
O retrato se afastou e ele passou pelo buraco que levava à sala comunal que estava repleto de alunos do primeiro e segundo ano que tagarelavam e de alguns alunos mais velhos, que obviamente já tinham visitado Hogsmeade tantas vezes que a novidade se desgastara.
- Mas sempre é legal ir para lá – falou Sirius.
Lene o encarou, sabendo bem que ele só ia acompanhado para lá.
— Harry! Harry! Oi, Harry!
Era Colin Creevey, um colega do segundo ano que tinha uma profunda admiração por Harry
- É meio assustador – confessou Harry.
e nunca perdia uma oportunidade de falar com o seu ídolo.
- E são muitas. Vezes demais – resmungou Harry.
— Você não vai a Hogsmeade, Harry? Por que não? Ei — Colin olhou com ansiedade para os amigos — pode vir se sentar conosco, se quiser, Harry!
- Aceite, coitado do menino – falou Lily.
— Hum... Não, obrigado, Colin — disse Harry que não estava a fim de ter um bando de gente olhando, curiosa, para a cicatriz em sua testa.
- Talvez nem todos fossem assim – reclamou a ruiva com ele.
— Tenho... Tenho que ir à biblioteca, preciso fazer um trabalho.
- Você passou tempo demais com Hermione – Rony fez uma cara de pena.
Depois disso, ele não teve escolha senão dar meia-volta e se dirigir ao buraco do retrato para sair.
— Para o que foi então que me acordou?
- Para te irritar.
— comentou rabugenta, a Mulher Gorda quando ele, depois de passar, foi se afastando.
Harry caminhou, desalentado, em direção à biblioteca, mas no meio do caminho mudou de ideia;
- Que menino indeciso.
não estava com vontade de trabalhar.
- E quando está?
Deu meia-volta e deparou com Filch, que obviamente acabara de despachar o último visitante para Hogsmeade.
— Que é que você está fazendo?
- Por que eu contaria?
— rosnou Filch, desconfiado.
— Nada — respondeu Harry com sinceridade.
— Nada! — bufou Filch, a queixada tremendo desagradavelmente. — Que coisa improvável! Andando, sorrateiro, sozinho, por que é que você não está em Hogsmeade comprando chumbinho fedorento, pó de arroto e minhocas de apito como os seus outros amiguinhos intragáveis?
- Nada da sua conta, velho – Lene resmungou.
Harry sacudiu os ombros.
— Muito bem, volte para sua sala comunal que é o seu lugar! — mandou Filch,
- E ele manda em alguém?
com rispidez e ficou parado olhando até Harry desaparecer de vista.
- Sinistro.
Mas o garoto não voltou à sala comunal; ele subiu uma escada, pensando vagamente em visitar o corujal para ver Edwiges,
Alice sorriu. Ela amava a coruja de Harry, ela era mais inteligente que as outras.
e estava andando por outro corredor quando uma voz que vinha de uma das salas o chamou:
— Harry?
- Uma assombração?
- Não.
O garoto se virou para ver quem o chamara e deparou com o Prof. Lupin,
- O que você está aprontando, Remus – Lily falou, mas sorriu.
que espiava para os lados à porta de sua sala.
— Que é que você está fazendo? — perguntou Lupin, embora num tom de voz diferente do de Filch. — Onde estão Rony e Hermione?
- Nossa, eu não sou grudado neles – resmungou Harry.
- É sim – retrucou Gina de volta.
— Hogsmeade — respondeu Harry num tom que ele pretendia que fosse descontraído.
- Não funcionou – falou Remus.
- Você não sabe.
- Eu me conheço. E conheço Harry.
A sala riu.
— Ah — comentou Lupin. Ele observou o garoto por um momento. — Por que você não entra? Estive aguardando a entrega de um grindylow para a nossa próxima aula.
- Nunca pensei que os professores fizessem isso – falou Dorcas pensativa. Isso esclarecia muitas coisas.
— De um o quê? — perguntou Harry.
Ele entrou na sala de Lupin com o professor. A um canto havia uma enorme caixa de água. Um bicho de cor verde-bile e chifrinhos pontiagudos comprimia a cara contra o vidro, fazendo caretas e agitando os dedos longos e afilados.
- Soa encantador, Remus – ironizou Sirius.
Ele deu de ombros.
- Não precisa ser encantador.
— Demônio aquático
- O nome também é encantador – completou James.
— explicou Lupin, examinando o grindlow pensativamente. — Não deve nos dar muito trabalho, não depois dos kappas. O truque é deixar as mãos deles sem ação. Reparou nos dedos anormalmente compridos? Fortes mas muito quebradiços.
Frank sorriu. Ele já tinha estudado essas criaturas e Lupin as resumiu bem.
O grindylow arreganhou os dentes verdes e em seguida se enterrou num emaranhado de ervas a um canto.
- Cada louco com a sua vida.
— Aceita uma xícara de chá? — ofereceu Lupin, procurando a chaleira. — Eu estava mesmo pensando em preparar uma.
- Achei que ia ser chocolate quente – brincou Harry.
— Tudo bem — aceitou Harry sem jeito.
- Você ficou envergonhado perto de mim – riu Remus.
- Cala a boca – resmungou o moreno, enquanto todos riam.
Lupin deu alguns golpes de varinha na chaleira e na mesma hora saiu do bico uma baforada de vapor quente.
— Sente-se — convidou Lupin, tirando a tampa de uma lata empoeirada.
- Você está insinuando que eu não limpo as minhas coisas.
- Eu não falei nada – disse Harry vingativo.
— Receio que só tenha chá em saquinhos... Mas eu diria que você já bebeu chá em folhas que chegue.
- Ele está sabendo da aula de Adivinhação então – falou Rony.
Harry olhou para ele. Os olhos do professor cintilavam.
— Como foi que o senhor soube disso? — perguntou Harry.
— A Profª. McGonagall me contou
- Deve ser muito estranho não ver ela mais como minha professora – comentou Remus.
- Agora você sabe mais ou menos como nós sentimos – falou Gina.
— respondeu Lupin, passando a Harry uma caneca lascada cheia de chá. — Você não está preocupado, está?
— Não.
- Que mentira – acusou Lyssi.
- Era verdade – Harry falou e ela a encarou – Ok, talvez não teato.
Por um instante Harry pensou em contar a Lupin a história do cão que ele vira na Rua Magnólia, mas decidiu não fazê-lo.
- Devia ter me contado, Harry.
- Você era quase um estranho – se defendeu.
Era verdade. Remus se sentiu mal por isso. Ele deveria ter estado lá para Harry. Como ele pode deixar o filho de James crescer com trouxas horríveis?
Não queria que Lupin pensasse que era covarde,
- Eu jamais pensaria isso de você.
principalmente porque o professor já parecia pensar que ele não era capaz de enfrentar um bicho-papão.
- Você não é obrigado a fazer tudo, Harry, mas você é capaz de tudo – falou Regulus seriamente.
- Eu não sou... Mas obrigado, Reg – o moreno agradeceu.
Sirius olhou enciumado para a cena, mas feliz em ver que os dois se davam tão bem.
Alguma coisa dos pensamentos de Harry devia ter transparecido em seu rosto,
- Você realmente precisa aprender a mentir melhor – falou Frank preocupado. Isso podia acabar o matando em uma guerra. Guerras eram jogos de informações e mentiras.
porque Lupin perguntou:
— Tem alguma coisa preocupando-o, Harry?
— Não — mentiu o garoto. Depois bebeu um pouco de chá observando o grindylow que o ameaçava com o punho.
- Nada como uma vista tranquila – ironizou Josh.
— Tem — disse ele de repente,
- Se decida – resmungou Lene.
pousando a xícara de chá na mesa do professor — O senhor se lembra daquele dia em que lutamos contra o bicho-papão?
- Acho que sim. Não é bem uma aula comum.
— Claro.
— Por que o senhor não me deixou enfrentar o bicho? — perguntou Harry abruptamente.
- Você é muito direto ás vezes – criticou Gina.
Lupin ergueu as sobrancelhas.
- Não erga as sobrancelhas para o meu filho – falou James em um falso tom irritado, desviando rapidamente da almofada que Remus jogou nele.
— Eu teria pensado que isto era óbvio, Harry — disse ele parecendo surpreso.
- Porque é – falou Snape, mas ficou calado. O maior medo de Harry devia ser Voldemort, o que causava medo em qualquer um, e eles teriam vários alunos traumatizados na sala.
Harry, que esperara que o professor negasse ter feito uma coisa dessas,
- Sempre esperando o melhor – ironizou Lily.
- Obrigado pela sua elevada opinião de mim, Harry.
- De nada, Remus
ficou perplexo.
— Por quê? — tornou ele a perguntar.
— Bem — falou Lupin, franzindo de leve a testa —, presumi que se o bicho-papão o enfrentasse, ele assumiria a forma de Lord Voldemort.
Snape sorriu satisfeito. Ele estava certo.
- Faz sentido – concordou Frank.
Regulus encarou Remus. Não gostava da ideia de Harry não poder participar da aula como todos os outros puderam, mas podia entender a lógica. Adolescentes realmente surtariam se vissem Voldemort.
Harry arregalou os olhos. Não somente esta era a última resposta que poderia esperar,
- Mas também é muito melhor do que a que você pensava – comentou Alex.
como também Lupin dissera o nome de Voldemort.
- Sou um herói – ironizou ele e riu.
Dorcas sorriu. Era tão difícil vê-lo tão relaxado assim.
A única pessoa que Harry já ouvira dizer esse nome em voz alta (além dele próprio) fora o Prof. Dumbledore.
- Nossa, você acabou de me comparar a Dumbledore – falou Remus impressionado.
- Eu sabia que você ia ser alguém na vida um dia, Remus – brincou Sirius.
— Pelo visto eu me enganei — desculpou-se o professor, ainda franzindo a testa.
- Eu estava confuso e para ser sincero ainda estou.
- Voldemort não era o meu maior medo – falou Harry.
Os que não sabiam disso o olharam confusos, mas Harry se recusou a falar mais.
— Mas eu não achei uma boa ideia Lord Voldemort se materializar na sala dos professores. Imaginei que os alunos entrariam em pânico.
- Compreensível.
— Logo no começo, eu realmente pensei em Voldemort — disse Harry honestamente. — Mas depois, eu... Eu me lembrei daqueles dementadores.
- Mistério resolvido.
Sirius olhou para o chão. Não queria lembrar dos dementadores. Não queria lembrar da prisão. Não queria lembrar do futuro.
— Entendo — falou o professor, pensativo. — Bem, bem... Estou impressionado.
- E isso é algo – falou James.
Harry sorriu.
— Ele sorriu brevemente ao ver a expressão de surpresa no rosto do garoto. — Isto sugere que o que você mais teme é o medo. Muito sensato, Harry.
- Eu sou uma pessoa sensata.
- Nem sempre – Gina o encarou.
- Eu tento ser – se corrigiu.
Harry não soube o que dizer ao professor, por isso bebeu mais chá.
- Vou me lembrar dessa dica do que fazer quando você sugerir alguma coisa estúpida ou estranha, Harry – falou Jorge.
- Eu nunca faço isso.
- Faz sim – falou Fred.
— Então você andou pensando que eu não acreditava que você tivesse capacidade para enfrentar o bicho-papão?
- Ops, foi pego.
— perguntou Lupin astutamente.
— Bem... É. — Harry de repente estava se sentindo muito mais feliz. — Prof. Lupin, o senhor sabe que os dementadores...
O garoto foi interrompido por uma batida na porta.
- Quem será?
— Entre — convidou o professor.
- Você convida os outros sem nem saber quem é?
- Eu estou em uma escola, Dorcas.
A porta se abriu e Snape entrou.
Olhares para Snape.
Trazia um cálice ligeiramente fumegante
- O que será que tem ai dentro?
e parou, apertando os olhos negros, ao ver Harry.
- Confusão em vista.
— Ah, Severo — exclamou Lupin sorridente. — Muito obrigado. Podia deixar aí na mesa para mim?
- Vocês são amigos agora? – todos de 1977 estavam chocados.
Snape ficou calado.
- Não vejo problemas nisso. Só mostra que vocês amadureceram - falou Lily.
Snape sorriu agradecido para ela.
- E eles não são amigos. Só se toleram – acrescentou Hermione.
Snape pousou o cálice fumegante, os olhos indo de Harry para Lupin.
— Eu estava mostrando a Harry o meu grindylow
- Sabe, para passar o tédio – ironizou Frank.
— disse Lupin em tom agradável, indicando o tanque de água.
— Fascinante — comentou Snape sem sequer olhar para o tanque. — Você devia beber isso logo, Lupin.
— É, é, vou beber.
- Isso foi estranho - falou Dorcas.
— Fiz um caldeirão cheio — continuou Snape. — Se precisar de mais...
— Provavelmente eu deveria tomar mais um pouco amanhã. Muito obrigado, Severo.
- Continua estranho.
— De nada — disse o colega, mas havia uma expressão em seus olhos que não agradou a Harry.
E quando ia agradar, pensou Snape.
O professor se retirou de costas para a porta, sem sorrir, vigilante.
Harry olhou, curioso, para o cálice. Lupin sorriu.
— O Prof. Snape teve a bondade de preparar esta poção para mim — explicou ele. — Nunca fui um bom preparador de poções e esta aqui é particularmente complexa
Remus olhou chocado para o livro. Ele tinha acabado de elogiar Snape?
- É a uma das poucas matérias que Remus não é bom – comentou Sirius.
— Ele apanhou o cálice e cheirou-o. — É pena que o açúcar estrague o efeito da poção
- Você é muito viciado em doces – comentou Alice.
— acrescentou, tomando um golinho e estremecendo.
— Por quê...? — começou Harry.
Lupin olhou para ele e respondeu à pergunta incompleta.
— Tenho me sentido meio indisposto. Esta poção é a única coisa que me ajuda.
James e Sirius trocaram olhares.
Tenho a sorte de estar trabalhando ao lado do Prof. Snape; não há muitos bruxos que saibam prepará-la.
O professor tomou mais um golinho e Harry teve um desejo incontrolável de derrubar o cálice de suas mãos.
- Que violência – Lily estreitou os olhos.
— O Prof. Snape é muito interessado nas Artes das Trevas — disse o garoto sem pensar.
James, Dorcas, Lene e Sirius riram.
— É mesmo? — admirou-se Lupin, parecendo apenas levemente interessado, enquanto tomava mais um gole.
- Você deve confiar nele – Lily sorriu.
— Tem gente que supõe que ele faria qualquer coisa para ocupar o cargo de professor de Defesa contra as Artes das Trevas.
Snape fez uma careta. Realmente odiava esses livros.
Lupin esvaziou o cálice e fez uma careta.
— Horrível — disse. — Bem, Harry é melhor eu voltar ao trabalho. Vejo você mais tarde na festa.
— Certo — concordou Harry, deixando na mesa sua xícara vazia. O cálice vazio continuava a fumegar.
- Estranho.
— Segura aí — exclamou Rony. — Compramos o máximo que podíamos carregar.
Uma chuva de doces intensamente coloridos caiu no colo de Harry.
- Nada como melhores amigos – sorriu o moreno.
Anoitecia e Rony e Hermione tinham acabado de chegar à sala comunal,
Sirius levantou a sobrancelha, levando um tapa de Lene, que sabia o que ele estava pensando.
as faces rosadas do vento frio e a expressão de que tinham se divertido como nunca.
- Não exagere – falou Hermione.
— Obrigado — disse Harry, pegando um pacote de minúsculos Diabinhos de Pimenta. — Como é que é Hogsmeade? Aonde é que vocês foram?
- Você quer mesmo saber? Se fosse eu, não ia querer– Josh fez uma careta.
Pelo que diziam... A todos os lugares.
- Não é grande – Rony deu de ombros.
Dervixes e Bangues, a loja de equipamento de bruxaria, Zonko"s – Logros e Brincadeiras,
Fred e Jorge sorriram.
no Três Vassouras para tomar canecas espumantes de cerveja quente amanteigada, e outros tantos lugares.
— O Correio, Harry! Umas duzentas corujas, todas pousadas em prateleiras, todas com código de cores dependendo da urgência com que você quer que a carta chegue!
- Não ia mandar nenhuma carta mesmo – Harry deu de ombros.
— A Dedosdemel tem um novo tipo de bombom estavam distribuindo amostras grátis, olha aí um pedacinho, olha...
- Bom dia para isso – aprovou James.
— Achamos que vimos um ogro, juro, tem gente de todo o tipo no Três Vassouras...
— Gostaria que a gente pudesse ter trazido cerveja amanteigada para você, esquenta para valer...
- Mas já estaria fria – Lily falou triste. Seu filho nem isso ia poder ter?
— Que foi que você ficou fazendo? — perguntou Hermione, com ar preocupado. — Terminou algum dever?
- Claro, porque ele é o estudante número um.
— Não — respondeu Harry. — Lupin preparou uma xícara de chá para mim na sala dele. Então Snape entrou...
E Harry contou aos amigos tudo sobre o cálice. Rony ficou boquiaberto.
— E Lupin bebeu? Ele é maluco?
- Obrigado – ironizou Snape.
- Desculpe – pediu Rony sob o olhar de Lily.
Hermione consultou o relógio de pulso.
— É melhor descermos, sabe, a festa vai começar dentro de cinco minutos...
- Chegar pontualmente – Sirius revirou os olhos.
Os três atravessaram depressa o buraco do retrato e se misturaram à aglomeração de alunos, ainda discutindo Snape.
- Vocês me amam – resmungou ele.
— Mas se ele... Sabe... — Hermione baixou a voz, olhando, nervosa, para os lados — se ele estivesse tentando... Envenenar Lupin... Não teria feito isso na frente de Harry.
- Obrigado, eu acho – falou Snape.
— É, talvez — disse Harry quando chegavam ao saguão de entrada e o atravessavam para entrar no Salão Principal.
Este fora decorado com centenas de abóboras iluminadas por dentro com velas, uma nuvem de morcegos, muitas serpentinas laranja-vivo que esvoaçavam lentamente pelo teto tempestuoso como parecendo luzidias cobras de água.
Todos olharam sonhadores. Nenhum deles podia negar o quanto Hogwarts ficava ainda mais bonita em um data especial.
A comida estava deliciosa; até Hermione e Rony, que já vinham empanturrados de doces da Dedosdemel, arranjaram lugar para repetir.
- De Rony eu já sabia. Hermione que foi uma surpresa repetir – falou Harry.
Harry olhava constantemente para a mesa dos professores.
- Harry é assustador ás vezes – falou Neville.
O Prof. Lupin parecia alegre e o mais saudável possível;
Todos, especialmente James e Sirius, sorriram.
conversava animadamente com o miúdo Flitwick, professor de Feitiços. O olhar de Harry percorreu a mesa até o lugar que Snape ocupava. Seria sua imaginação ou os olhos de Snape cintilavam na direção de Lupin com mais frequência do que seria natural?
- Para você notar isso você deve estar observando numa frequência não natural – comentou Frank. Harry podia ser meio obcecado ás vezes.
A festa terminou com um espetáculo apresentado pelos fantasmas de Hogwarts.
- Eu acho que eles treinam para isso o ano todo – comentou Lyssi.
- Não é como se eles tivessem muito o que fazer – Sirius deu de ombros.
Eles saltavam de repente das paredes e dos tampos das mesas e voavam em formação; Nick Quase Sem Cabeça, o fantasma da Grifinória, fez grande sucesso com uma encenação de sua própria decapitação incompleta.
- Essa ele faz desde a nossa época – Lene revirou os olhos.
Foi uma noite tão agradável que o bom humor de Harry sequer foi afetado quando Malfoy
- Não vem coisa boa – Sirius falou.
- Jura, Sherlock?
- Cala a boca, Lily.
gritou no meio dos colegas, quando deixavam o salão:
— Os dementadores mandaram lembranças, Potter!
- Malfoy não pede uma oportunidade de te irritar – Gina revirou os olhos.
Harry, Rony e Hermione acompanharam os colegas da Grifinória pelo caminho habitual para a sua Torre, mas quando chegaram ao corredor que terminava no retrato da Mulher Gorda, encontraram-no engarrafado pelos alunos.
- Trânsito?
— Por que ninguém está entrando?
- Porque todos decidiram curtir a vida e conversar juntos – falou Fred sarcástico.
— perguntou Rony, curioso.
Harry espiou por cima das cabeças à sua frente.
Aparentemente o retrato estava fechado.
- Arromba.
— Me deixem passar — ouviu-se a voz de Percy, que passou cheio de importância e eficiência pelo ajuntamento.
Os Weasleys fizeram caras impacientes. Eles eram obrigados a conviver com aquela coisa.
— Qual é o motivo da retenção aqui? Não é possível que todos tenham esquecido a senha, com licença, sou o monitor-chefe...
- Ninguém liga – resmungou Dorcas.
- Doeu – reclamou James.
- Não entendo como você é monitor – falou ela.
James deu de ombros.
- Dumbledore estava bêbado quando escolheu – disse sorrindo marotamente.
E então foi baixando um silêncio sobre os alunos a começar pelos que estavam na frente,
- Por que isso agora?
dando a impressão de que uma friagem se espalhava pelo corredor.
Eles ouviram Percy dizer, numa voz repentinamente alta e esganiçada:
— Alguém vai chamar o Prof. Dumbledore. Depressa.
- Agora sim fez algo útil.
As cabeças dos alunos se viraram; os que estavam atrás se esticaram nas pontas dos pés.
— Que é que está acontecendo? — perguntou Gina, que acabara de chegar.
- Cheguei atrasada, mas cheguei, porque sou importante demais para não estar ai – brincou.
Instantes depois, o Prof. Dumbledore chegou deslizando, imponente, em direção ao retrato; os alunos da Grifínória se comprimiram para deixá-lo passar,
- Dumbledore tem moral.
e Harry, Rony e Hermione se aproximaram para ver qual era o problema.
- Sempre vocês três... – Fred fingiu desaprovar isso, balançando a cabeça.
- Não é culpa nossa - falou Hermione - Pelo menos não minha.
- Você gostar de perigo tanto quanto nós – retrucou Harry.
A garota sorriu, divertida, mas não falou nada.
— Essa, não... — a garota agarrou o braço de Harry.
- Eu não senti meu braço por uma semana – brincou Harry, olhando para a cara irritada que Rony fez.
A Mulher Gorda desaparecera do retrato,
- Oi?
- Ela saiu?
- Como assim?
- Calma, vocês já vão descobrir – disse Harry lançando um olhar triste para Sirius, que já entendeu que isso tinha alguma coisa haver com ele.
que fora cortado com tanta violência que as tiras de tela se amontoavam no chão;
- Isso é... horrível – falou Dorcas.
Snape quase falou que ninguém tinha se machucado, mas resolveu ficar calado.
grandes pedaços do retrato haviam sido completamente arrancados.
- Acho que alguém estava irritado – comentou James.
Dumbledore deu uma olhada rápida no retrato destruído, virou-se, o olhar sombrio, e viu os professores McGonagall, Lupin e Snape que vinham apressados ao seu encontro.
- Ainda não me acostumei com o fato de ser professor.
- Você vai. Um dia.
— Precisamos encontrá-la — disse Dumbledore. — Profª. McGonagall, por favor localize o Sr. Filch imediatamente e diga-lhe que procure a Mulher Gorda em todos os quadros do castelo.
- Ele merece uma tarefa assim – Lily falou com um olhar vingativo. Odiava Filch.
- Ninguém aqui discorda – falou Alex.
— Vai precisar de sorte! — disse uma voz gargalhante.
Era Pirraça, o poltergeist, sobrevoando professores e alunos, encantado, como sempre, à vista de desastres e preocupações.
- Não sei como permitem que ele fique em Hogwarts – resmungou Josh.
— Que é que você quer dizer com isso, Pirraça? — perguntou Dumbledore calmamente e o sorriso do poltergeist empalideceu um pouco.
- Até Pirraça tem medo de Dumbledore? – Lyssi perguntou impressionada.
Ele não se atrevia a atormentar o diretor.
- Ele não é burro então.
Em vez disso, adotou uma voz untuosa que não era nada melhor do que a sua gargalhada escandalosa.
— Vergonha, Sr. Diretor. Não quer ser vista. Está horrorosa. Eu a vi correndo por uma paisagem no quarto andar, Sr. Diretor, se escondendo entre as árvores.
- Uma cena muito digna – ironizou Snape.
Chorando de cortar o coração — informou ele, satisfeito. — Coitada — acrescentou em tom pouco convincente.
- Não acredito em nada que Pirraça diz – resmungou Gina.
— Ela disse quem foi que fez isso? — perguntou Dumbledore em voz baixa.
— Ah, disse, Sr. Diretor — respondeu Pirraça com ar de quem carrega uma grande bomba nos braços.
- Fofoqueiro idiota.
— Ele ficou furioso porque ela não quis deixá-lo entrar, entende.
- Entendo que você é incapaz de citar um nome.
— Pirraça deu uma cambalhota no ar e sorriu para Dumbledore entre as próprias pernas.
- Wow, frase estranha – Sirius falou entre gargalhadas. Os outros meninos riram também.
— Tem um gênio danado, esse tal de Sirius Black.
Silêncio tenso.
Eu realmente tenho um gênio ruim, pensou Sirius duramente. Não acreditava que ele tivesse feito isso. Não era ele. Não podia ser ele.
- Sirius... – falou Harry.
- Tudo bem – interrompeu ele.
- Não, Sirius. Você tinha uma boa razão.
- Uma boa razão para invadir Hogwarts e acabar com um retrato porque ele estava fazendo a função dele? – perguntou Sirius pesadamente.
Era uma daquelas raras vezes que ele não conseguia controlar a imagem dele e dava para todos perceberem a loucura no olhar dele. Loucura de um traidor dentro de uma família louca.
- Sim. Uma excelente. Ao não ser que você ache que minha vida não é importante – retrucou Harry.
Sirius já estava pronto para retrucar, mas isso o deixou sem resposta.
- Sua vida...?
- Não vou contar mais nada – falou Harry, irritado – Vamos ler isso logo.
Hermione, querendo evitar discussões, pegou o livro rapidamente e voltou a ler.
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Olá, finalmente estou em casa e agora a internet está maravilhosa, eu sei que não comentei no dia em que você postou, mas é que eu li o capitulo e não deu tempo de comentar, pois tive que sair com minha mãe, e depois eu acabei esquecendo e só agora é que lembrei, eu sou uma pessoa muito esquecida... Eu gosto muito de Ben Barnes, eu sempre imaginei ele como Dimitri Belikov, da saga de livros Academia de Vampiros, eu lembro que antes de ser lançado o filme todo mundo falava que ia ser o Ben Barnes que ia fazer o papel, porem no final o papel ficou com Danila Kozlovsky, ele ficou bom no papel, mas eu já imagina o Ben com o papel. Gostei muito do começo, eles falando que não tinham como não gostarem das aulas do Remo, no final desse livro tem tanta coisa para acontecer, comprar roupas novas para o Harry, a competição de Quadribol entre o Harry e o James e o jogo de xadrez entre Remo e Rony se eu estiver certa... Estou curiosa para saber a historia do Regulus e estou gostando muito do fato dele e do Harry estarem se tanto tão bem, a resposta do Snape para a pergunta do Sirius, ri muito muito nessa parte, acho que tem haver com o fato de que eu imaginei o Sirius vestido com as roupas da vó do Neville kkkk, será um perigo se juntar a Mione e a Lily contra a professora de adivinhação, gostei do Harry e o Regulos concordando que eles tinham a tarefa mais dificel no quadribol, o James com ciumes do Olivel com o Harry foi sem palavras kkkk, se eu fosse a Lily tentaria não falar de quadribol com o Harry, pois ele é igual ao pai, Marotos e Gemeos, isso é apavorante, o Sirius com ciumes da cena entre o Harry e o Regulus foi engraçado só falto o James, gostei da conversa no final, espero que agora Sirius perceba que tudo o que ele fez tinha motivo. Beijos
2015-01-21