Acima dos erros vem o amor

Acima dos erros vem o amor



POV James


Terminei de me arrumar e o telefone tocou. Peguei-o e atendi.


– Alô? Quem fala?


– E aí James! Sou eu cara, Rodrigo.


– E aí Rodrigo! Como você tá cara?


– To ótimo! E aí? Você vai pra festa hoje?


– Claro. Acabei de terminar de me arrumar.


– Beleza, a gente se encontra lá.


– Beleza. Falou.


– Falou. – desliguei a chamada.


Dei uma última arrumada no meu cabelo e sai do quarto. Lily saiu da cozinha e me olhou.


– Você vai sair de novo? – falou andando até mim.


– Vou. – falei frio.


– Você sai todo dia com seus amigos e nunca fica comigo. – ela abaixou a cabeça.


– E daí? Isso não é nada de mais. – bufei. – Ficar em casa e não fazer nada! Grande programa para uma sexta à noite! – falei irritado.


– Fica hoje comigo, por favor, Jay. – ela se aproximou e colocou a mão no meu peito.


– Não! – dei um tapa em sua mão e bufei. – Deixa de ser idiota! Ficar em casa sem fazer nada! Que coisa mais idiota!


Fui andando até a porta e antes de sair gritei:


– E NÃO ESPERE POR MIM!


Sai andando e fui para o local da festa. Entrei e logo vi várias strippers, fui para onde meus amigos estavam e logo que sentei várias mulheres vieram até mim. É, a noite prometia.


POV Lily


Ele fez isso de novo. Vai chegar cheio de marcas de batom e arranhões. Peguei o abajur que estava ao meu lado e taquei na parede, dominada pela raiva e tristeza.


– JAMES POTTER! SEU IDIOTA!


Joguei-me no sofá e comecei a chorar. Pouco tempo depois eu adormeci, tomada pelo cansaço.


POV James


Cheguei a minha casa com o cabelo bagunçado (o que é normal) roupa com marcas de batom de mulheres diferentes e arranhões nas costas e nos braços. Geralmente eu sempre volto assim pra casa, todo dia. Eram 3 horas da manhã, entrei sem fazer barulho. Fui pra sala, mas antes de sentar no sofá analisei o lugar, o abajur que Lily havia comprado não estava ali.


Olhei para a parede e encontrei estilhaços do mesmo no chão, olhei o sofá, ela estava lá, deitada, dormindo. Rodeei o sofá e passei minha mão em sua bochecha, estava molhada, olhei seus olhos e os mesmos também estavam. Passei a mão na almofada e percebi que também estava molhada. Lily havia chorado.


Bufei com indiferença e fui para o quarto, tomei um banho no banheiro do quarto, coloquei meu pijama e dormi.


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Acordei de manhã e fui para a cozinha, Lily não estava lá, olhei o sofá, também não estava, olhei para onde estava os estilhaços e também não estavam lá. Encontrei um bilhete na mesa e o li: “Jayrecebi uma ligação hoje cedo e tive que ir para o trabalho mais cedo, não deu tempo de arrumar seu café. Beijos, Lily.".


– Nem tempo para fazer o café da manhã ela tem! – falei irritado. – Que incompetência! E ainda fala que é minha namorada!


Fiz meu café da manhã, comi-o e sai para o meu trabalho. Fiquei até tarde e quando voltei encontrei Lily na mesa da sala mexendo no laptop dela.


– Está fazendo o quê? – perguntei colocando minhas coisas na mesma mesa.


– Terminando um projeto. – falou indiferente sem me olhar.


– O que aconteceu no seu trabalho que você teve que ir embora mais cedo hoje? – falei com um pouco de raiva. Não estava gostando da forma com que ela estava me tratando.


– Uma das empresas com quem estou fechando um contrato apareceu mais cedo do que o previsto na empresa. Mas pelo menos conseguimos fechar o contrato. – ela falou da mesma forma de antes. Pegou o copo de café do seu lado e deu um gole.


– Hmm. – Olhei para ela e percebi que ela estava com uma roupa que eu nunca tinha visto. – Que roupa é essa?


– Uma roupa que comprei há algumas semanas com MEU dinheiro. – ela deu uma boa ênfase no “meu”.


– Hmm. Vou me arrumar. – falei indo para o quarto.


– Tá. – ela falou indiferente.


Tomei um banho, coloquei minha roupa e arrumei meu cabelo. Sai do quarto e na hora que estava chegando à porta eu parei. Olhei Lily, ela estava assistindo TV sem a menor preocupação. “Estranho...” pense.


– To indo para a festa.


– Tudo bem. Boa festa. Divirta-se.


– Não me espere.


– Está bem.


Fechei a cara e sai. Durante a festa pensei o tempo inteiro o porquê de Lily estava agindo daquele jeito, até mesmo quando estava com outras mulheres.


POV Lily


Acordei com o telefone tocando, abri os olhos e percebi que ainda estava na sala, respirei fundo e atendi ao telefone:


– Alô? Annabeth? Sou eu, seu chefe.


– Oi, senhor Brunner, o que foi?


– A empresa com que estamos fechando um contrato vai chegar mais cedo, você tem uma hora para chegar.


– Está bem, já vou me arrumar. Tchau.


– Tchau.


Desliguei o telefone e fui tomar banho, me arrumei e fui para a cozinha. Tomei meu café da manhã e deixei um bilhete para James. Dando uma desculpa do porque de eu não ter feito o café da manhã dele.


Fui para o estacionamento, peguei meu carro e fui pensando no que eu faria a respeito de James. “Eu não posso mais ficar esperando que um dia ele me ame pelo que sou e admita publicamente que sou sua namorada.” Pensava “Sabe de uma coisa! A partir de hoje vou trata-lo da mesma forma que ele me trata: indiferente!” sorri com minha ideia, estacionei e fui para a empresa para terminar de fechar o contrato.


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Eu estava em casa terminando um dos últimos projetos quando ouvi James entrando. Ele veio até a mesa que eu estava, colocou suas coisas e perguntou:


– Está fazendo o quê?


– Terminando um projeto. – falei indiferente sem olhá-lo.


– O que aconteceu no seu trabalho que você teve que ir embora mais cedo hoje? – falou irritado, pelo jeito não estava gostando do jeito que eu estava tratando-o. Não dei importância.


– Uma das empresas com quem estou fechando um contrato apareceu mais cedo do que o previsto na empresa. Mas pelo menos conseguimos fechar o contrato. – continuei falando indiferente, peguei o copo de café ao meu lado e dei um gole.


– Hmm. Que roupa é essa?


– Uma roupa que comprei há algumas semanas com MEU dinheiro. – dei uma boa ênfase no “meu”.


– Hmm. Vou me arrumar. – falou indo para o quarto


– Tá. – respondi indiferente.


Depois de um tempo eu desliguei o laptop e fui para a televisão. Minutos depois James saiu do quarto, arrumado, pronto para ir para a festa. No momento em que chegou à porta falou?


– To indo para a festa.


– Tudo bem. Boa festa. Divirta-se.


– Não me espere.


– Está bem.


Ele saiu irritado e eu sorri. Meu plano estava funcionando.


 

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