POV Luna - parte II



**** JURO SOLENEMENTE NÃO FAZER NADA DE BOM****


Acordei me sentindo relaxada, como sempre. Tomei meu banho, vesti meu uniforme e como sempre acordo cedo ninguém me incomodou. Desci para o salão principal, chegando lá vi apenas a amiga do Harry, Hermione Granger, lembro dela me apresentando aos amigos dela, mas poucos me conhecem, sou só amiga mesmo de Gina que falo mais ou menos e bom do Harry agora. Sorri ao me lembrar da noite anterior, mas ao passar por ela notei que me olhava irritada, não havia feito nada de errado com ela, então ignorei. Comi como de costume e parti para um passeio pelo lago negro, toda manhã passo por lá, acho interessante o modo como me sinto bem perto da natureza.


Fui para minhas aulas e as algumas eu tive com a Gina, ela me contando seu rolo com Simas, Neville ou sei lá quem agora, ela me faz rir muito, mas sei de quem ela realmente gosta, já notei que ela ama o Harry e bom isso é um problema na nossa amizade, mesmo que ela não saiba que eu sinto algo por ele, que bom esta crescendo aos poucos. Vejo e entendo os motivos que a levaram a gostar dele.


Voltei para meu dormitório me troquei e fui em direção a cozinha, pedi aos elfos que me ajudassem a fazer uma cesta bem legal para os animais da escola, claro que ajudei, mesmo sendo reprovada constantemente pelos elfos dizendo que era trabalho deles, mas eles já me conhecem, sabem que não deixariam fazer tudo sozinhos. Era meu costume, todos os anos foi assim, eu ia a cozinha ajudava a preparar a cesta para os animais e fazia uma surpresa diferente para os elfos todos os anos e esse ano fiz uma receita conhecida no mundo trouxa como cookies de chocolate, eles amaram e logo dei a receita para prepararem quando quisessem.


Me limpei de toda a bagunça que fiz na cozinha, com ajuda dos elfos e fui esperar pelo Harry para nosso passeio. Assim que cheguei ao local marcado dei de cara com a Hermione que continuava a me olhar com indiguinação e um pouco de prepotência, vi nela algo muito parecido com Draco Malfoy, nunca o senti me perturbar, pois não era vitima dele e sim ela, nas vezes que vi como se tratavam e a olhava da mesma maneira como me olhava agora. Senti que coisas ruins iam acontecer.


– Hermione, posso ajuda-la? – perguntei sorrindo, parecer não teme-la. Mero engano.


– Na verdade LOVENGOOD, eu possuo um grande problema que você poderia sim resolver. – disse ressaltando meu sobrenome, para mostrar que eu não tinha permissão para chama-la de Hermione.


– Então, o que posso fazer por você? – disse ainda sorrindo, isso a deixou possessa.


– SIMPLESMENTE SE AFASTE DO HARRY, VOCÊ SÓ TRARÁ MAIS PROBLEMAS PARA ELE. ENTENDEU BEM O QUE EU DISSE OU QUER QUE EU DESENHE PARA VOCÊ ENTENDER DI-LUA???? – Disse-me muito exaltada me deixando surpresa e assustada.


– Porque não quer que eu e Harry sejamos amigos afinal? Eu nunca te fiz nenhum mal, não pretendo tirar ele da sua vida se for o que esta pensando, só sou uma amiga, mais nada. Por que eu afinal? – disse já triste e sentindo as lágrimas virem.


– ORAS, VOCÊ NÃO ENTENDEU NADA DO QUE EU DISSE? VOCÊ É UMA PÉSSIMA COMPANHIA PARA O HARRY, AS PESSOAS ACHAM QUE ELE MATOU CEDRICO, ELE SONHA TODAS AS NOITES COM ISSO E PRA PIORAR NINGUÉM ACREDITA QUE O VOCÊ-SABE-QUEM-VOLTOU. QUER MAIS LOVENGOOD? ENTÃO LÁ VAI, VOCÊ NÃO PODE SER AMIGA DELE, POIS É UMA LUNÁTICA, DOIDA, PIRADA, NINGUÉM ACREDITA EM UMA PALAVRA DO QUE DIZ E MUITO MENOS TEM AMIGOS, AGORA ME DIGA, SE O HARRY ANDASSE COM VOCÊ POR AI TODOS IAM PENSAR QUE ELE É COMO VOCÊ. QUEM ACREDITARIA NELE? HÃ.... ME DIGA... QUEM? SE LOGO A LUNA LOVENGOOD, A DI-LU, A LUNÁTICA DE HOGWARTS ERA SUA AMIGA. – gritou a plenos pulmões apontou a varinha e fez um feitiço quebrando a cesta que havia preparado, tudo ao chão, espalhados. – ENTENDA DE UMA VEZ, SAIA DA VIDA DELE. ACHA MESMO QUE ELE CHEGARIA A AMAR VOCÊ? LOGO VOCÊ? – num tom baixo e chegando mais perto e ameaçadoramente me disse – Gina tem mais chances que você de tirar a Cho Chang, sim a Cho, ele gosta dela, Gina tem mais calibre para ser uma senhora Potter, agora você, de você todos tem pena. Esta avisada fique longe. – Saindo em seguida, me deixando estática por uns minutos, ninguém nunca me notará e agora isso.


Comecei a chorar e limpar toda a bagunça que ela havia feito da maneira trouxa mesmo, sabia que Harry não viria, não depois de todo o discurso da Granger, sinto que ele deve te-la ouvido, talvez fosse melhor assim, não alimentar esperanças, falsas ilusões. Fiquei pensando em tudo enquanto limpava a bagunça, conjurei uma nova cesta e coloquei tudo no lugar e parti para meu passeio, lá me sentiria melhor. Mas o que me chamou atenção vou ver justo Draco Malfoy me olhar, um olhar de pena. Isso foi como faca no meu coração. Ele havia me visto sendo humilhada pela Granger e isso me irou, não tenho raiva de ninguém, nunca tive mais nesse momento ela havia me destruído, tirado tudo que eu sou de mim de uma maneira tão egoísta. Consigo entender a preocupação com o Harry, mas me tratar daquele jeito foi demais.


Passeie pelo castelo levando comida a todas as criaturas de dentro, agora me encaminhava para fora do castelo, faltavam poucas criaturas, na realidade só uma, os Testralios e lembrar deles me fez lembrar de Harry, do que Hermione havia me dito, me veio tudo. Mas senti que alguém me seguia, quando olhei para trás notei um Harry meio vermelho de tanto correr, imaginei, ele sorriu para mim, mas não ia deixar ele sofrer mais ainda por mim causa, apenas acenei e parti em direção a floresta proibida, que era onde meus animais preferidos ficavam, sim os Testrálios eram os meus preferidos, antes porque me lembravam minha mãe, agora porque também me lembra Harry. Comecei a alimenta-los fingindo não sentir a presença dele ali, até que ele resolveu se pronunciar, acho que para aliviar atenção do momento.


– Qual o nome deles mesmo? – perguntou


Eu o analisei por um momento, abri um pequeno sorriso e resolvi lhe responder. – São Testrálios. – e voltei minha atenção aos animais que estava alimentando mas senti que ele estava curioso então resolvi lhe contar tudo sobre eles - São uma raça de cavalos alados que só podem ser vistos por pessoas que viram a morte de perto, dizem que por isso, são criaturas relacionadas diretamente com o outro lado do véu. Por isso as pessoas não gostam nunca e nem tem vontade de conhece-las. – eu o olhei e vi que notou meu tom meio triste ao falar dos meus animais preferidos.


– Luna quem você viu morrer de perto? – perguntou meio receoso


– Minha mãe. Eu vi minha mãe morrer na minha frente após um experimento mal sucedido quando era pequena. Desde que entrei aqui eu os vejo. – eu o respondi olhando nos olhos dele, vi que ele queria cuidar da minha dor naquele momento, mas não podia fraquejar agora. Mas primeiro não notei que havia chorado e nem mesmo que ele havia se aproximado e limpado uma lágrima que escorria pelo meu rosto, para em seguida fazer um breve carinho ali, depois para minha maior surpresa ele me abraçou, na hora retribui, precisava daquilo naquele momento, pois seria o ultimo, me afastei e me recompus com uma mascara de indiferença, dessa vez teria que atuar, mentir e isso me arrasou ainda mais, nunca fiz isso, mas teria que fazer dessa vez.– Harry, acho melhor ir. Não seria bom as pessoas o verem comigo. – lhe disse me afastando.


– O que quer dizer com isso Luna? – perguntou um pouco rude, mas não pude censura-lo por isso, eu estava o negando, negando sua amizade, pura e sincera. – Luna me diga! – exigiu.


– Harry, eu sei tudo que esta passando. As pessoas não acreditam em você e andando comigo só vai piorar sua situação. Entenda, é para seu bem. Você é o escolhido e eu acredito nisso e eu sou a Di-lua. – o respondi sem ter coragem de olha-lo nos olhos saindo depois em disparada para o castelo, pois não queria que ele me visse chorando, nem ele e nem ninguém. Me impedi mentalmente de olhar para trás, não voltaria minha decisão e ela já esta tomada.


Após chegar ao castelo vejo que de novo Draco Malfoy estava me vendo, mesmo não ouvindo percebeu o teor da conversa e o olhar dele mudou, de pena foi para raiva, mas de quem afinal? Eu nunca tive culpa em nada disso. Droga, necessito falar com o Diretor. E assim segui a passos largos, primeiro para meu dormitório, me troquei e me arrumei dignamente, perdi o jantar não estava com fome, escrevi uma carta ao meu pai avisando minha decisão que foi prontamente respondida para que antes eu conversasse com o diretor e assim o fiz, sabia que ele estaria jantando então fiquei no quarto esperando o momento em que poderia ter com o diretor, acho que fiquei deitada chorando uma meia hora ou mais, só sei que me levantei e novamente me refiz. Deixei o dormitório e fui pedir minha mudança de escola para o diretor.


**** MALFEITO, FEITO****

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