A Firebolt
– Capítulo 11 - A Firebolt.
– Depois disso, pelo menos o nome desse capítulo é animador. – Tiago disse dando um grande sorriso para Harry – Resolveu encomendar uma Firebolt mesmo?
– Não posso falar... – Harry disse sorrindo para Tiago.
– Que mal pode haver nisso? – Sirius perguntou, ainda desanimado por ser considerado um traidor – Você ia comprar um vassoura, o nome desse capítulo é o nome de uma vassoura.
– A não ser que ele não tenha comprado uma Firebolt. – Remo disse dando de ombros.
– Mas se Harry não comprou a vassoura, e a vassoura é o nome do capítulo, então alguém deu para ele a melhor vassoura do mundo. – Tiago disse pensativo.
– Quem tem dinheiro o bastante para isso? – Lily perguntou curiosa.
– Eu tenho dinheiro o bastante para isso. – Sirius com um meio sorriso – Meu tio Alphard me deixou uma boa quantidade de ouro...
– Não estou querendo ser desagradável – Frank disse franzindo a testa – mas você é um fugitivo, como poderia ter entrado no banco, retirado uma quantia absurda de dinheiro e depois entrado na Artigos de Qualidade para Quadribol para comprar a vassoura?
– Se a Firebolt for tão cara quanto estou imaginando, eles aceitam ordens de pagamento em vez de dinheiro vivo. – Tiago disse com sabedoria de causa – Então ele não teria que entrar no banco, e para comprar a vassoura ele poderia apenas fazer o pedido pelo correio.
– Eu não sabia disso. – Alice murmurou.
– Há uma quantidade imensa de coisas que você não sabe, Alice. – Tiago disse levantando uma sobrancelha maldosamente.
Alice bufou, mas não respondeu, sabia que Neville tinha razão e era melhor manter-se calada. A promessa a Dumbledore protegia ela de feitiços que pudessem machucá-la de verdade, mas ela duvidava que a protegesse de um soco.
– Eu ficaria feliz em dar um presente a Harry. – Sirius disse com um meio sorriso.
Harry não tinha uma idéia muito clara de como conseguira voltar ao porão da Dedosdemel, atravessar o túnel e sair mais uma vez no castelo. Só sabia que a viagem de volta parecia não ter demorado nada, e que ele mal se apercebera do que estava fazendo, porque sua cabeça continuava a latejar com a conversa que acabara de ouvir.
Por que ninguém lhe contara? Dumbledore, Hagrid, o Sr. Weasley, Cornélio Fudge... Por que ninguém jamais mencionara o fato de que seus pais tinham morrido porque o melhor amigo deles os traíra?
Harry suspirou de seu canto, infeliz.
Rony e Hermione observavam Harry, muito nervosos, durante o jantar, sem sequer se atrever a conversar com ele sobre o que tinham ouvido, porque Percy estava sentado perto deles. Quando subiram para a concorrida sala comunal, foi para descobrir que Fred e Jorge tinham soltado meia dúzia de bombas de bosta num arroubo de animação de fim de trimestre. Harry, que não queria que os gêmeos lhe perguntassem se tinha chegado ou não a Hogsmeade, subiu sorrateira e silenciosamente para o dormitório vazio e foi direto ao seu armário de cabeceira. Empurrou os livros para um lado e não demorou nada a encontrar o que estava procurando — o álbum de fotografias encadernado em couro que Hagrid lhe dera havia dois anos, repleto de fotos mágicas de seus pais. O garoto se sentou na cama, fechou o cortinado e começou a virar as páginas, procurando, até que...
Parou numa foto do dia do casamento dos pais. Lá estava seu pai acenando para ele, sorridente, os rebeldes cabelos negros que Harry herdara apontando para todas as direções. Lá estava sua mãe, radiante de felicidade, de braço dado com o seu pai. E lá... Aquele devia ser ele. O padrinho... Harry jamais lhe dera atenção antes.
– Pela descrição da foto, – Lily constatou olhando para Tiago pensativa – parece que nós estavamos realmente felizes.
– É claro, – Sirius disse ligeiramente taciturno – vocês se amam.
Se não tivesse sabido que era a mesma pessoa, jamais teria pensado que era Black naquela velha foto. Seu rosto não era encovado e macilento, mas bonito e risonho. Já estaria trabalhando para Voldemort quando a foto fora tirada? Já estaria planejando as mortes das duas pessoas ao seu lado? Saberia que ia enfrentar doze anos em Azkaban, doze anos que o tornariam irreconhecível?
Sirius afundou ainda mais em sua poltrona, ouvir tudo aquilo, daquela maneira, machucava de verdade. Harry obviamente o odiava, mas ainda assim estava ali, havia lhe dado um abraço no dia em que chegou do futuro, parecia feliz em dizer que o tinha como padrinho. Então algo tinha que ter mudado.
Tiago observou Harry atentamente naquele momento, ele parecia triste com o que estava ouvindo, e arrependido.
Mas os dementadores não o afetam, pensou Harry examinando atentamente aquele rosto bonito e risonho. Ele não tem que ouvir minha mãe gritando quando eles chegam muito perto...
Harry fechou com violência o álbum e, abaixando-se, guardou-o de novo no armário, tirou as vestes e os óculos e foi dormir, cuidando para que o cortinado o escondesse de todos.
A porta do dormitório se abriu.
— Harry? — chamou a voz de Rony, hesitante.
Mas Harry continuou quieto, fingindo que estava dormindo. Ouviu o amigo se retirar e virou de barriga para cima, os olhos muito abertos.
– Eu sabia que estava fingindo. – Rony disse levantando os olhos do livro – Conheço você, quando fica nervoso com alguma coisa tem dificuldade para dormir...
– Desculpa. – Harry disse constrangido.
Um ódio que ele jamais conhecera começou a crescer dentro dele como veneno. Viu Black rindo-se dele no escuro, como se alguém tivesse colado a foto do álbum em seus olhos.
Harry baixou os olhos, preferia não ter que estar lá para essa parte do livro, doía nele mesmo ouvir que um dia já odiou Sirius.
– Tenho certeza de que isso vai mudar quando ele souber a verdade. – Tiago disse categórico, e Harry não soube se ele estava consolando Sirius ou ele mesmo.
Assistiu, como se estivesse vendo um filme, a Sirius Black explodir Pedro Pettigrew, (que lembrava Neville Longbottom), em mil pedaços.
– Pedro não se parece em nada com Neville. – Alice disse ligeiramente ultrajada – Não quero ofender ninguém, mas Pedro tem cara de rato e parece faminto o tempo todo, e é gorducho...
Ouviu (embora não tivesse a menor idéia do som que teria a voz de Black) um murmúrio baixo e excitado. "Aconteceu, meu Senhor... os Potter me escolheram para fiel do seu segredo”.
– Aí está uma cena desagradável. – Sirius disse com um calafrio – E só para constar, eu não sou nenhum babaca que se rebaixa para outra pessoa! Eu nunca chamaria ninguém de "meu senhor".
E então ouviu outra voz, rindo-se histericamente, a mesma risada que Harry ouvia mentalmente sempre que os dementadores se aproximavam...
— Harry, você... Você está com uma cara horrível.
O garoto só adormecera quando o dia ia raiando. Ao acordar, encontrou o dormitório vazio, deserto, se vestiu e desceu para a sala comunal, também vazia exceto pela presença de Rony, que comia sapos de creme de menta e massageava a barriga, e Hermione que espalhara os deveres de casa em cima de três mesas.
— Onde foi todo mundo? — perguntou Harry.
— Embora! Hoje é o primeiro dia das férias, está lembrado? — respondeu Rony, observando o amigo atentamente. — É quase hora do almoço; eu ia subir para acordá-lo daqui a pouquinho.
Harry afundou em uma poltrona junto à lareira. A neve continuava a cair lá fora. Bichento estava esparramado diante da lareira como um grande tapete amarelo-avermelhado.
— Realmente você não está com uma cara muito boa, sabe — disse Hermione, examinando ansiosa o rosto do garoto.
— Estou ótimo — retrucou ele.
— Harry, escuta aqui — disse Hermione trocando um olhar com Rony —, você deve estar realmente perturbado com o que ouviu ontem. Mas o importante é não fazer nenhuma bobagem.
— Como o quê?
— Como tentar ir atrás de Black — disse Rony depressa.
Harry percebeu que os dois tinham ensaiado aquela conversa enquanto ele estivera dormindo. Não respondeu nada.
– Sim, nós ensaiamos. – Hermione disse com um suspiro cansado – Mas se quer saber, fizemos isso por que conhecemos você muito bem, nós sabemos exatamente o que esperar quando você coloca um coisa como essa na cabeça.
– Eu sei... – Harry disse constrangido – Eu acho que nunca agradeci a vocês o bastante, por sempre estarem ao meu lado quando eu precisava...
– Não precisa agradecer. – Rony disse corando – Você é nosso melhor amigo.
– Eu também teria ficado ao seu lado, sabe? – Gina perguntou revirando os olhos – Mas você nunca quis ser meu amigo! Todos vocês me ignoraram o ano inteiro, mesmo sabendo que eu ainda não estava completente recuperada de tudo que passei no ano anterior... Era de se pensar que o arrependimento do meu irmão fosse durar mais do que duas semanas...
– Desculpa. – Rony disse com um suspiro – Sei que devia ter sido mais seu amigo durante a escola...
— Você não vai, não é mesmo, Harry? — insistiu Hermione.
— Porque não vale a pena morrer por causa do Black — disse Rony.
Harry olhou para os amigos. Eles pareciam não ter entendido o problema.
— Vocês sabem o que eu vejo e ouço cada vez que um dementador se aproxima de mim? — Rony e Hermione sacudiram a cabeça, apreensivos. — Ouço minha mãe gritar e suplicar a Voldemort. E se alguém ouve a mãe gritar daquele jeito, pouco antes de morrer, não dá para esquecer depressa. E se descobre que alguém que ela acreditava ser amigo foi o traidor que pôs Voldemort na pista dela...
Sirius gemeu. Ele não conseguia acreditar que seria capaz de trair Tiago e Lily um dia, mas ainda assim, tudo aquilo o atingia com força. Doía nele ver seu afilhado, que ele havia aprendido a amar desde o inicio desses livros, pensando daquela forma.
— Mas não tem nada que você possa fazer! — disse Hermione impressionada. — Os dementadores vão capturar Black e ele vai voltar a Azkaban e... E é muito bem feito para ele!
— Você ouviu o que Fudge disse. Black não é afetado por Azkaban como as pessoas normais. Não é um castigo para ele como é para os outros.
– Claro que é um castigo! – Lily disse nervosamente – Mesmo que ele não seja afetado da mesma maneira, ainda é um lugar horrivel.
– E é provável que queiram dar o beijo em Black quando o apanharem. – Severo disse com um meio sorriso.
– Eles não vão apanhá-lo. – Tiago disse categórico – Vai dar tudo certo...
— Então o que é que você está dizendo? — perguntou Rony muito tenso. — Você quer... Matar Black ou coisa parecida?
— Não seja bobo — disse Hermione, cuja voz transparecia pânico. — Harry não quer matar ninguém, não é mesmo?
Mais uma vez Harry não respondeu. Ele não sabia o que queria fazer. Só sabia que a idéia de não fazer nada, enquanto Black continuava em liberdade, era quase insuportável.
— Malfoy sabe — disse ele de repente. — Vocês lembram do que ele me disse na aula de Poções? "Se fosse eu, ia atrás dele sozinho... Ia querer vingança.”
– E é claro que é mais sábio escutar o Malfoy do que escutar seus dois melhores amigos. – Remo disse irônico – Faz todo o sentido...
– Malfoy está querendo te arranjar problemas desde que você recusou o aperto de mão dele no primeiro ano... – Tiago revirou os olhos – É claro que ele te aconselharia a fazer a coisa errada.
— Você vai seguir o conselho de Malfoy em vez do nosso? — perguntou Rony, enfurecido. — Escuta aqui... Você sabe o que a mãe do Pettigrew recebeu depois que Black acabou com o filho dela? Papai me contou... A Ordem de Merlim, Primeira Classe, e o dedo de Pettigrew em uma caixa. Foi o maior pedaço dele que conseguiram encontrar. Black é um louco, Harry, e é perigoso...
– Um dedo? – Tiago perguntou olhando para frente estático – A maior parte de Pedro que encontraram foi um dedo?
– Tiago, você está bem? – Lily perguntou observando-o preocupada – Sei que Pedro era seu amigo... Deve ser um choque para você...
– Rato miserável... – Tiago murmurou entredentes – Não acredito nisso.
– Você acha? – Sirius perguntou encarando Tiago sério.
– Acho! – Tiago respondeu irritado.
– Mas como... Por que? – Remo perguntou nervoso.
– Ainda não sei... – Tiago disse com um suspiro – Mas tenho uma boa ideia de como...
– Vocês ficam extremamente irritantes quando fazem isso. – Lily bufou.
— O pai de Malfoy deve ter contado a ele — disse Harry, não dando atenção a Rony. — Fazia parte do círculo íntimo de Voldemort...
— Faz favor de dizer Você-Sabe-Quem? — exclamou Rony com raiva.
—... Então obviamente, os Malfoy sabiam que Black estava trabalhando para Voldemort...
— ... e Malfoy adoraria ver você desintegrado em um milhão de pedaços, como Pettigrew! Caia na real, Harry. A esperança de Malfoy é que você seja morto antes de ele precisar jogar Quadribol contra você.
– Rony tem razão. – Alice disse surpreendendo a todos – É claro que Malfoy só quer ver Harry morto...
— Harry, por favor — pediu Hermione, os olhos agora brilhantes de lágrimas —, por favor, tenha juízo. Black fez uma coisa horrível demais, mas não corra riscos, é isso que Black quer... Ah, Harry, você vai fazer o jogo do Black se for atrás dele. Seus pais não iam querer que você se machucasse, iam? Jamais iam querer que você saísse procurando o Black!
– Eu realmente não quero que você se machuque, – Tiago disse dando de ombros – mas tudo o que quero é que você procure o Sirius para ele esclarecer de uma vez por todas tudo o que aconteceu... E para você conhecer um pouco mais sobre mim...
Harry deu ao pai um meio sorriso antes de fazer sinal para Rony continuar lendo.
— Eu nunca vou saber o que eles iam querer, porque, graças ao Black, nunca conversei com eles — disse Harry com rispidez.
Houve um silêncio em que Bichento se espreguiçou com desenvoltura, flexionando as garras. O bolso de Rony estremeceu.
– É tão óbvio! – Tiago disse de repente – O Sirius pensou nisso no primeiro livro, como não pensamos nisso antes?
– Você quer dizer... Perebas? – Remo perguntou abismado – Mas por que ele faria isso?
– Medo? – Sirius perguntou pensativo.
– Sim, medo, – Tiago disse com um suspiro – mas medo de quem?
– Vocês podem por favor explicar do que vocês estão falando? – Lily bufou se afastando ligeiramente de Tiago.
– É complicado demais... – Tiago suspirou – Dependendo de como esse livro se desenvolver, eu te explico tudo...
— Escuta — disse o garoto, obviamente procurando mudar de assunto —, estamos de férias! Já é quase Natal! Vamos... Vamos descer para ver o Hagrid. Não o visitamos há uma eternidade!
— Não! — disse Hermione depressa. — Harry não pode sair do castelo, Rony...
— É, vamos — disse Harry se endireitando na poltrona —, assim posso perguntar a ele por que nunca mencionou o Black quando me contou a história dos meus pais!
– Por que seria um tanto estranho. – Sirius disse revirando os olhos e imitando a voz de Hagrid – Harry, esse é Sirius Black, seu padrinho e traidor de seus pais que os entregou para Voldemort... – Sirius completou com uma gargalhada sombria, mas ninguém mais riu.
Continuar a discussão sobre Sirius Black não era obviamente o que Rony tinha em mente.
— Ou poderíamos jogar uma partida de xadrez — disse ele depressa — ou de bexigas. Percy deixou um jogo...
— Não, vamos visitar Hagrid — disse Harry com firmeza.
Então os três apanharam as capas nos dormitórios e saíram pelo buraco do retrato (Levantem-se para lutar, seus vira-latas covardes!), desceram pelo castelo vazio e cruzaram as portas de carvalho.
Os garotos caminharam sem pressa pelos jardins, deixando uma vala rasa na neve faiscante e solta, as meias e as bainhas das capas foram se molhando e congelando.
A Floresta Proibida parecia que fora encantada, cada árvore se cobrira de salpicos prateados e a cabana de Hagrid lembrava um bolo com glacê.
Rony bateu, mas não teve resposta.
— Será que ele saiu? — perguntou Hermione, que tremia embaixo da capa.
Rony encostou o ouvido na porta.
— Tem um barulho esquisito — disse. — Escuta só, será o Canino?
Harry e Hermione encostaram os ouvidos na porta também. De dentro da cabana vinham uns gemidos baixos e soluçantes.
— Será que não é melhor a gente ir chamar alguém? — perguntou Rony, nervoso.
— Hagrid! — chamou Harry, dando socos na porta. — Hagrid, você está aí?
– Estou começando a ver o temperamento da Lily nele... – Remo disse coçando o queixo – Ele com certeza se parece com ela quando está irritado...
Lily sorriu consigo mesma ao perceber que tinha mais alguma coisa em comum com seu filho e voltou ao abraço de Tiago.
Ouviu-se um som de passos pesados, depois a porta se abriu com um rangido. Hagrid estava ali parado, com os olhos vermelhos e inchados, as lágrimas caindo pelo seu colete de couro.
— Vocês souberam? — berrou ele, e se atirou no pescoço de Harry.
Tendo Hagrid no mínimo duas vezes o tamanho de um homem normal, isso não foi brincadeira. O garoto, quase desabando sob o peso do gigante, foi salvo por Rony e Hermione, que seguraram um em cada braço de Hagrid, e o puxaram para dentro da cabana. O guarda-caça deixou-se conduzir até uma cadeira e se largou em cima da mesa, soluçando descontrolado, o rosto brilhante de lágrimas que escorriam por sua barba embaraçada.
— Hagrid, o que foi? — perguntou Hermione perplexa.
Harry reparou em uma carta de aparência oficial aberta em cima da mesa.
— Que é isso, Hagrid?
Os soluços de Hagrid redobraram, mas ele empurrou a carta para o garoto, que a apanhou e leu em voz alta:
Prezado Sr. Hagrid.
Dando prosseguimento ao nosso inquérito sobre o ataque do hipogrifo a um aluno seu, aceitamos as ponderações do Profº. Dumbledore de que o senhor não é responsável pelo lamentável incidente.
– Esse tipo de carta do ministério nunca acaba bem... – Sirius disse com um suspiro – Com certeza vai haver um "mas".
— Bem, então está tudo certo, Hagrid! — exclamou Rony, dando uma palmadinha no ombro do amigo.
Mas Hagrid continuou a soluçar, e fez sinal com uma de suas gigantescas mãos, convidando Harry a continuar a leitura da carta.
No entanto, devemos registrar a nossa preocupação quanto ao hipogrifo em pauta. Decidimos acolher a reclamação oficial do Sr. Lúcio Malfoy, e o caso será encaminhado à Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas. A audiência terá lugar em 20 de abril, e solicitamos que o senhor se apresente com o seu hipogrifo nos escritórios da Comissão, em Londres, nessa data.
Entrementes, o animal deverá ser mantido preso e isolado.
Atenciosamente...
– Eles vão sacrificar o Bicuço... – Lily disse com a voz trêmula.
– Não, ele ainda tem uma chance... – Alice disse com a voz tremendo – É só uma audiencia.
– Alice, desculpa acabar com suas ilusões de que o ministério da magia é perfeito, – Sirius disse revirando os olhos – mas a maior parte das audiencias é apenas formalidade... Meu tio Alphard sempre diz que eles preferem matar os animais do que ter algum trabalho com eles.
– Isso... isso não pode ser verdade. – Alice disse irritada – O ministério nunca mataria uma criatura inocente!
– Alice! – Frank gritou irritado – Abra os olhos. O ministério da magia é corrupto e preguiçoso, eles se vendem para canalhas como os Malfoy!
– Há séculos. – Sirius acrescentou gostando de ver Frank tentar abrir os olhos de Alice.
– Mas... Isso não é possível... Meu pai disse que o ministério cuida de nós, e não permite que nada de errado aconteça conosco!
– Sinto muito, Alice! – Tiago disse com um sorriso que dizia que ele estava se divertindo com aquilo – Mas seu pai está enganado...
– Eu não acredito em vocês! – Alice disse cruzando os braços sobre o peito – Tenho certeza de que vai dar tudo certo, e Bicuço terá um julgamento decente.
– Espero que aceite quando ver a verdade. – Lily disse com um suspiro cansado.
Seguia-se uma lista com os nomes dos conselheiros da escola.
— Ah! — exclamou Rony. — Mas você disse que o Bicuço não é um hipogrifo bravo, Hagrid. Aposto como ele vai se safar...
— Você não conhece as gárgulas da Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas! — respondeu Hagrid com a voz engasgada, enxugando os olhos na manga. — Eles têm má vontade com as criaturas interessantes!
Um som repentino vindo de um canto da cabana fez Harry, Rony e Hermione se virarem depressa. Bicuço, o hipogrifo, estava deitado a um canto, mastigando alguma coisa que fazia escorrer sangue por todo o soalho.
— Eu não podia deixar ele amarrado lá fora na neve! — explicou Hagrid, sufocado. — Sozinho! No Natal.
Harry, Rony e Hermione se entreolharam. Nunca tinham concordado com Hagrid sobre o que o guarda-caça chamava de "criaturas interessantes” e outras pessoas chamavam de "monstros aterrorizantes". Por outro lado, não parecia haver nenhuma maldade especifica em Bicuço. De fato, pelos padrões normais de Hagrid, o bicho era sem dúvida engraçadinho.
– Hipogrifos são animais magnificos! – Sirius disse com um suspiro – Às vezes me arrependo de não ter feito trato das criaturas mágicas... Mas o horário era o mesmo de Estudo dos trouxas.
– E você preferiu fazer Estudos dos trouxas para irritar sua mãe do que fazer Trato das criaturas mágicas? – Lily perguntou com as sobrancelhas levantadas.
– É claro... E eu sempre quis ser auror... Então Trato das criaturas mágicas não teria tanta utilidade... – Sirius deu de ombros.
– Mas Aritmancia também não é obrigatória para ser auror. – Harry deixou escapar.
– Não é obrigatória, mas dá uns pontinhos extras saber identificar maldições escritas e essas coisas. – Tiago disse observando Harry com curiosidade.
— Você terá que preparar uma boa defesa, Hagrid — falou Hermione, sentando-se e pondo a mão no braço maciço do amigo. — Tenho certeza de que você pode provar que Bicuço é seguro.
— Não vai fazer nenhuma diferença! — soluçou Hagrid. — Aqueles demônios da Eliminação, eles são controlados por Lúcio Malfoy! Têm medo dele! E se eu perder o caso, Bicuço...
Hagrid passou o dedo rapidamente pela garganta, depois deixou escapar um lamento, e caiu para frente, deitando a cabeça nos braços.
— E Dumbledore, Hagrid? — perguntou Harry.
— Ele já fez mais do que o suficiente por mim — gemeu Hagrid. — Já tem muito com que se ocupar só para segurar os dementadores fora do castelo e o Sirius Black rondando...
Rony e Hermione olharam depressa para Harry como se esperassem que o garoto fosse começar a criticar Hagrid por não ter contado a verdade sobre Black. Mas Harry não teve coragem de perguntar nada, não naquele momento em que estava vendo o amigo tão infeliz e amedrontado.
– Harry é exatamente como Lily... – Remo disse com um meio sorriso – Ele estava furioso, mas quando viu o estado de Hagrid foi um bom amigo.
Lily sorriu constrangida e olhou para Harry com carinho.
— Escuta aqui, Hagrid — disse Harry — você não pode desistir. Hermione tem razão, você só precisa é de uma boa defesa. Pode nos chamar como testemunhas...
— Tenho certeza de que já li um caso de alguém que provocou um hipogrifo — disse Hermione, pensativa — e o bicho foi inocentado. Vou procurar para você Hagrid, e verificar exatamente o que aconteceu.
– Hagrid tem sorte em ter vocês como amigos. – Tiago disse sorrindo para Hermione.
Hagrid chorou ainda mais alto. Harry e Hermione olharam para Rony, pedindo ajuda.
— Hum... E se eu fizesse uma xícara de chá para nós? — ofereceu-se o garoto.
Harry olhou para ele, espantado.
— É o que a minha mãe faz sempre que alguém está chateado — murmurou Rony, encolhendo os ombros.
Sirius, Remo e Tiago não conseguiram segurar a risada.
– Uma bebida quente sempre ajuda. – Rony disse cruzando os braços sobre o peito.
– É claro Rony, – Gina disse gargalhando – mamãe ficaria muito orgulhosa de você se soubesse.
Finalmente, depois de muitas reafirmações de ajuda, e uma caneca de chá fumegante diante dele, Hagrid assoou o nariz com um lenço do tamanho de uma toalha de mesa e disse:
— Vocês têm razão. Não posso me entregar assim. Tenho que me controlar...
Canino, o cão de caçar javalis, saiu timidamente debaixo da mesa e descansou a cabeça no joelho do dono.
— Não tenho andado muito bem ultimamente — disse Hagrid, acariciando Canino com uma das mãos e enxugando o rosto com a outra. — Preocupado com o Bicuço e com a turma que não está gostando das minhas aulas...
— Nós gostamos! — mentiu Hermione na mesma hora.
— É, elas são ótimas! — acrescentou Rony, cruzando os dedos embaixo da mesa. — É... Como é que vão os vermes?
– Que ótima maneira de fazer ele acreditar que vocês gostam das aulas dele, – Sirius disse revirando os olhos – tinha que falar logo dos vermes?
— Mortos — disse Hagrid sombriamente. — Alface demais.
— Ah, não! — exclamou Rony, com um trejeito de riso na boca.
— E esses dementadores fazendo eu me sentir péssimo e tudo o mais — disse Hagrid com um súbito estremecimento. — Tenho que passar por eles todas as vezes que quero beber alguma coisa no Três Vassouras. É como se eu estivesse de volta a Azkaban...
Ele se calou e tomou um pouco de chá. Harry, Rony e Hermione o observaram prendendo a respiração. Nunca tinham ouvido Hagrid falar de sua breve estada em Azkaban. Depois de uma pausa, Hermione perguntou timidamente:
— Lá é muito ruim, Hagrid?
— Vocês não fazem idéia — disse ele com a voz contida. — Nunca estive em nenhum lugar assim. Pensei que ia endoidar. Ficava lembrando de coisas horríveis... O dia em que fui expulso de Hogwarts... O dia em que meu pai morreu... O dia em que tive de mandar Norberto embora...
Seus olhos se encheram de lágrimas. Norberto era o bebê dragão que Hagrid ganhara certa vez em um jogo de cartas.
— A pessoa não consegue mais se lembrar de quem é depois de algum tempo. E começa a achar que não vale a pena viver. Eu tinha esperança de morrer durante o sono... Quando me soltaram, foi como se eu estivesse renascendo, tudo voltou como uma avalanche, foi a melhor sensação do mundo. E vejam bem, os dementadores não gostaram nada de me deixar sair.
— Mas você era inocente! — exclamou Hermione.
Hagrid riu pelo nariz.
— Você acha que eles se importam com isso? Que nada. Desde que tenham umas centenas de seres humanos trancafiados com eles, para poder sugar toda a felicidade deles, não estão nem aí se alguém é ou não é culpado.
Hagrid ficou calado por um instante, olhando para o chá.
Depois disse em voz baixa:
— Pensei em deixar Bicuço ir embora... Tentar fazê-lo fugir... Mas como é que a gente explica para um hipogrifo que ele tem que se esconder? E... E tenho medo de desrespeitar a lei... — Ele ergueu os olhos para os garotos, as lágrimas outra vez escorrendo pelo rosto. — Não quero nunca mais na vida voltar para Azkaban.
Sirius tremeu infeliz, não queria imaginar sua vida em Azkaban... Remo segurou seu ombro com força fazendo-o ficar um pouco mais calmo.
A ida à cabana de Hagrid, embora não tivesse sido divertida, em todo o caso, produzira o efeito que Rony e Hermione esperavam. Ainda que Harry não tivesse de modo algum esquecido Black, não iria poder ficar pensando o tempo todo em vingança se quisesse ajudar Hagrid a vencer a causa contra a Comissão para Eliminação de Criaturas Perigosas. Ele, Rony e Hermione foram, no dia seguinte, à biblioteca, e voltaram ao vazio salão comunal, carregados de livros que poderiam ajudar a preparar a defesa para o Bicuço. Os três se sentaram diante do fogo forte que havia na lareira e folhearam lentamente as páginas de livros empoeirados sobre casos famosos de feras que saíram para roubar ou atacar gente, falando-se, ocasionalmente, quando deparavam com alguma coisa que servisse.
– É nesses momentos que a obssessão de Hermione com a biblioteca ajuda. – Lily disse sorrindo para a menina que corou constrangida.
– Além de ajudarem o Hagrid vão tirar a cabeça do Harry do lugar errado... – Alice disse cautelosa.
— Aqui tem uma coisa... Houve um caso em 1722... Mas o hipogrifo foi condenado, eca, olhem só o que fizeram com ele, que coisa horrível...
— Esse aqui pode ajudar, olhem... Um Manticora atacou alguém ferozmente em 1296, e deixaram o bicho livre... Ah... Não, foi só porque todos estavam com medo de se aproximar dele...
Nesse meio tempo, tinham sido armadas no resto do castelo as magníficas decorações de Natal, apesar de poucos alunos terem permanecido na escola para apreciá-las.
Grossas serpentinas de folhas e frutos de azevinho foram penduradas pelos corredores, luzes misteriosas brilhavam dentro de cada armadura, e o Salão Principal tinha as doze árvores de Natal de sempre, fulgurantes de estrelas douradas. Um cheiro forte e gostoso de comida invadia os corredores e, na altura da noite de Natal, estava tão forte que até Perebas, no bolso de Rony, botou o nariz de fora para cheirar, esperançoso, o ar.
Sirius, Remo e Tiago trocaram olhares significativos à menção de Perebas.
Na manhã de Natal, Harry foi acordado com Rony atirando um travesseiro nele.
— Os Presentes!
Harry apanhou os óculos e colocou-os no rosto, tentando enxergar, na penumbra, os pés da cama, onde aparecera um montinho de pacotes. Rony já estava rasgando o papel que embrulhava os dele.
— Mais um suéter de mamãe... Outra vez marrom-avermelhada... Veja se você também ganhou um.
Harry ganhara. A Sra. Weasley lhe mandara um suéter vermelho com o leão da Grifinória no peito, uma dúzia de tortas de frutas secas e nozes, um bolo de Natal e uma caixa com crocantes de nozes. Quando empurrou tudo isso para um lado, ele viu um pacote fino e longo por baixo.
– Fino e longo como uma vassoura? – Tiago perguntou com um grande sorriso.
– Só pode ser a Firebolt! – Sirius disse empolgado, mesmo vendo tudo que daria errado em sua vida, ele ficaria muito feliz se realmente tivesse dado a vassoura ao afilhado. Isso provaria suas boas intenções.
— Que é isso? — perguntou Rony, espiando, enquanto segurava nas mãos um par de meias marrom-avermelhadas que acabara de abrir.
— Não sei...
Harry rasgou o pacote e prendeu a respiração ao ver a magnífica e reluzente vassoura que rolara sobre sua cama. Rony largou as meias e pulou da cama dele para olhar mais de perto.
— Eu não acredito — disse com a voz rouca.
Era uma Firebolt, idêntica à vassoura de sonho que Harry tinha ido ver todas as manhãs no Beco Diagonal. O cabo brilhou quando ele a ergueu. Sentiu a vassoura vibrar e a soltou; ela ficou flutuando no ar, sem apoio, na altura exata para ele montá-la.
Tiago, Harry, Rony e Sirius emitiram o mesmo gemido de prazer ao imaginar a vassoura perfeita flutuando ao alcançe de suas mãos.
Os olhos de Harry correram da placa de ouro com o número do registro para a superfície do cabo, dali para as lascas de bétula perfeitamente lisas e aerodinâmicas que formavam a cauda.
— Quem lhe mandou essa vassoura? — perguntou Rony em voz baixa.
— Procure aí o cartão — disse Harry.
Rony rasgou o resto do papel de embrulho da Firebolt.
— Nada! Caramba, quem gastaria tanto dinheiro com você?
– Eu, – Sirius murmurou sorridente – eu gastaria todo o meu dinheiro com você.
Severo revirou os olhos, é claro que aqueles metidos preferiam gastar seu dinheiro com coisas idiotas como vassouras, enquanto ele tinha que comprar livros e vestes de segunda mão.
— Bem — disse Harry atordoado —, aposto que não foram os Dursley.
— Aposto que foi Dumbledore — disse Rony, agora rodeando a Firebolt, apreciando cada centímetro de sua glória. — Ele lhe mandou a Capa da Invisibilidade anonimamente...
– Não... – Tiago disse pensativo – Dumbledore estava apenas devolvendo a capa ao dono dela de direito. Não era um presente.
— Mas era do meu pai — respondeu Harry. — Dumbledore só estava passando a capa para mim. Ele não gastaria centenas de galeões comigo. Não pode sair dando coisas assim para alunos...
— Por isso mesmo é que não ia dizer que foi ele! — concluiu Rony. — Para um debilóide feito o Malfoy não dizer que é favoritismo. — Ei, Harry... — Rony deu uma grande gargalhada. — Malfoy! Espera até ele ver você montado nisso! Vai ficar doente de inveja! É uma vassoura de padrão internacional, ah, isso é!
— Não consigo acreditar — murmurou Harry, alisando a Firebolt, enquanto Rony afundava na cama dele, rindo de se acabar só de pensar no Malfoy. — Quem...?
— Eu sei — disse Rony se controlando. — Eu sei quem poderia ter sido... O Lupin.
– Desculpa, – Remo disse com um meio sorriso – mas eu não tenho dinheiro para uma coisa dessas... Ficaria endividado para o resto da vida.
— Quê? — disse Harry, agora começando a rir também. — Lupin? Olha, se ele tivesse tanto ouro assim, poderia comprar umas vestes novas.
– Ele provavelmente compraria. – Tiago disse rindo – Mas não adiantaria muito de qualquer forma...
— É, mas ele gosta de você. E estava ausente quando a sua Nimbus se arrebentou, e talvez tenha ouvido falar do acidente e resolvido visitar o Beco Diagonal e comprar a vassoura para você...
— Que é que você quer dizer com estava ausente? — perguntou Harry. — Ele estava doente quando eu joguei aquela partida.
— Bem, ele não estava na ala hospitalar — disse Rony. — Eu estava lá limpando comadres, cumprindo aquela detenção que o Snape me deu, se lembra?
– Ás vezes... – Sirius disse mordendo os lábios nervoso – Quando a doença do Remo ataca... Ele precisa...
– Ir para o St. Mungus! – Tiago gritou vitorioso – Quando Remo fica realmente mal, ele precisa ser transferido para o St. Mungus!
– Isso! – Sirius disse concordando enfaticamente – Exatamente isso!
Lily mordeu o lábio desconfiada, algo naquela história não fazia muito sentido.
Harry franziu a testa para Rony.
— Não posso imaginar Lupin comprando um presente desses.
— Do que é que vocês estão rindo?
Hermione acabara de entrar, vestindo um robe e segurando Bichento, que estava com a cara de extremo mau humor e um fio de lantejoulas em volta do pescoço.
— Não entra aqui com ele! — disse Rony, apanhando Perebas depressa das profundezas de sua cama e guardando-o no bolso do pijama. Mas Hermione não ouviu. Largou Bichento na cama vazia de Simas e grudou os olhos, boquiaberta, na Firebolt.
— Ah, Harry! Quem lhe mandou isso?
— Não tenho a menor idéia. Não tinha cartão nem nada.
Para sua surpresa, Hermione não pareceu nem excitada nem intrigada com a informação. Pelo contrário, ficou desapontada e mordeu o lábio.
– Mais uma prova de que Hermione é a mais esperta entre vocês, – Gina disse rindo – eu também pensaria logo em Sirius...
– Não pensaria! – Rony bufou para a irmã – Só está dizendo isso por que eles já haviam falado. – completou apontando para Tiago e Sirius.
– Claro que não. – Gina trincou os dentes – Eu sei pensar sozinha, ao contrário de você.
– Chega! – Hermione disse revirando os olhos para os dois – Rony, volte a ler por favor.
Rony bufou, mas fez exatamente o que Hermione pediu.
— Que é que você tem? — perguntou Rony.
— Não sei — respondeu Hermione lentamente —, mas é meio esquisito, não é? Quero dizer, essa é uma vassoura muito boa, não é?
Rony suspirou, exasperado.
— É a melhor vassoura que existe no mundo, Hermione.
— Então deve ter sido realmente cara...
— Provavelmente custou mais do que todas as vassouras da Sonserina, juntas — disse Rony alegremente.
— Bem... Quem iria mandar a Harry uma coisa tão cara e nem ao menos dizer que mandou? — perguntou Hermione.
— Quem quer saber disso? — retrucou Rony, impaciente. — Escuta aqui, Harry, posso dar uma voltinha? Posso?
— Acho que ninguém devia montar essa vassoura por enquanto! — disse Hermione com a voz esganiçada.
– Como não montar? – Tiago perguntou exasperado – É a melhor vassoura do mundo! Harry não pode deixa-la jogada e não usar ela!
– Mas se eles acham que Sirius é um assassino... – Frank começou a falar e recebeu olhares feios de Remo e Tiago – Eu disse que eles acham, não disse que ele é! – Frank completou – Faria sentido que eles achassem que a vassoura está enfeitiçada para machucar o Harry...
– Sim, isso faria todo o sentido. – Sirius murmurou nervoso – Mas eu não sou um assassino e a vassoura é segura!
Harry e Rony encararam a garota.
— Que é que você acha que Harry vai fazer com ela... Varrer o chão?
Mas antes que Hermione pudesse responder, Bichento saltou da cama de Simas direto para o peito de Rony.
— TIRE-O DAQUI! — berrou Rony, ao mesmo tempo em que as garras de Bichento rasgaram seu pijama e Perebas tentou uma fuga desesperada por cima do seu ombro. Rony agarrou Perebas pelo rabo e mirou em Bichento um pontapé mal calculado que acabou acertando o malão aos pés da cama de Harry, derrubou-o, e fez Rony pular pelo quarto uivando de dor.
O pêlo de Bichento de repente ficou em pé. Um assobio alto e fino começou a invadir o quarto. O bisbilhoscópio de bolso saltara de dentro das meias velhas do tio Válter e saíra rodopiando e cintilando pelo chão.
– Mais uma prova de que minha teoria faz sentido. – Tiago disse com um suspiro descontente – Tenho certeza de que esse bisbilhoscópio funciona...
– Não quero acreditar nisso. – Remo disse decepcionado – Isso só piora tudo.
– Vocês podem explicar, por favor? – Lily pediu resignada.
– Lily, se eu estiver certo, você vai saber até o fim do livro. – Tiago disse com um suspiro – Mas se eu estiver errado, não posso revelar os segredos dos meus amigos desse jeito.
Lily deu um meio sorriso para Tiago e deitou a cabeça em seu ombro. Cada vez mais ela via o outro lado de Tiago, aquele que não era convencido e esnobe, e sim sensível e fiel aos amigos. Lily estava cada vez mais apaixonada por ele e isso podia ser visto em seus olhos.
— Eu tinha me esquecido dele! — exclamou Harry, que se abaixou e recolheu o bisbilhoscópio. — Nunca uso estas meias se posso evitar...
O pequeno pião girava e assobiava na palma da mão do garoto. Bichento sibilava e bufava para ele.
— É melhor você levar esse gato daqui, Hermione — disse Rony furioso, sentando-se na cama de Harry e massageando o dedão do pé. — Será que dá para você guardar essa coisa? — acrescentou ele para Harry quando Hermione ia se retirando do quarto. Os olhos amarelos de Bichento continuavam fixos nele, cheios de malícia.
Harry tornou a enfiar o bisbilhoscópio nas meias e atirou-o de volta ao malão. Tudo que se ouvia agora eram os gemidos de dor e raiva que Rony abafava. Perebas estava aninhado nas mãos do dono. Já fazia tempo que Harry o vira fora do bolso do amigo e teve a desagradável surpresa de observar que Perebas, antigamente tão gordo, estava agora magérrimo; e também tinha perdido pêlos em alguns pontos do corpo.
— Ele não está com uma aparência muito boa, não é? — comentou Harry.
— É estresse! — respondeu Rony. — Ele até estaria bem se aquela bola idiota de pêlos o deixasse em paz.
– Na verdade não, – Sirius disse mordendo o lábio – a Hermione comprou o Bichento exatamente por que Rony queria um tônico para o Perebas... Então ele já estava doente antes...
– Desde que eles voltaram do Egito. – Remo disse entendendo exatamente o que Sirius estava pensando. Tiago concordou com os dois enfáticamente, cada vez mais sua teoria parecia correta.
Mas Harry, se lembrando que a mulher na loja de Animais Mágicos dissera que os ratos só viviam três anos, não pôde deixar de sentir que, a não ser que Perebas tivesse poderes jamais revelados, ele estava chegando ao fim da vida. E, apesar das queixas freqüentes do amigo de que o rato estava chato e inútil, ele tinha certeza de que Rony ficaria muito infeliz se o bicho morresse.
O espírito de Natal estava decididamente em baixa no salão comunal da Grifinória àquela manhã. Hermione prendera Bichento no dormitório das meninas, mas estava furiosa com Rony por ter tentado chutá-lo; Rony continuava fumegando de raiva com a nova tentativa que o gato fizera de comer seu rato. Harry desistiu de tentar fazer os dois se falarem e se ocupou em examinar a Firebolt, que trouxera com ele para a sala. Por alguma razão isto pareceu aborrecer Hermione também.
Ela não fez comentário algum, mas não parava de lançar olhares carrancudos à vassoura, como se esta também tivesse criticado Bichento.
À hora do almoço eles desceram para o Salão Principal e descobriram que as mesas das casas tinham sido encostadas nas paredes outra vez e que uma única mesa fora posta para doze pessoas no meio do salão. Os professores Dumbledore, Minerva McGonagall, Snape, Sprout e Flitwick estavam sentados à mesa, bem como Filch, o zelador, que tirara o avental marrom de uso diário e estava enfatiotado com uma casaca muito velha de aspecto mofado. Havia apenas mais três alunos, dois novatos extremamente nervosos e um garoto mal-humorado da Sonserina.
– Que almoço de natal agradável... – Frank disse revirando os olhos.
– Eu preferia almoçar no corujal – Sirius disse rindo – Se Snape não é uma boa companhia para uma refeição atualmente, imagina adulto!
— Feliz Natal! — desejou Dumbledore quando Harry, Rony e Hermione se aproximaram da mesa. — Como éramos tão poucos, me pareceu uma tolice usar as mesas das casas... Sentem-se, sentem-se!
Harry, Rony e Hermione se sentaram lado a lado na ponta da mesa.
— Balas de estalo! — disse Dumbledore entusiasmado, oferecendo a ponta de um tubo prateado a Snape, que o pegou com relutância e puxou. Com um estampido, a bala se rompeu e surgiu um grande chapéu cônico de bruxo encimado por um urubu empalhado.
Severo trincou os dentes irritado quando a sala explodiu em gargalhadas.
Harry, lembrando-se do bicho-papão, procurou os olhos de Rony e os dois sorriram; a boca de Snape se comprimiu e ele empurrou o chapéu para Dumbledore, que o trocou pelo próprio chapéu de bruxo na mesma hora.
— Podem avançar! — convidou ele aos presentes, sorrindo para todos.
Quando Harry estava se servindo de batatas assadas, as portas do salão se abriram. Era a Profª. Sibila Trelawney, deslizando em direção à mesa como se andasse sobre rodas. Tinha posto um vestido verde de paetês em homenagem à ocasião, o que a fazia parecer mais que nunca uma libélula enorme e cintilante.
— Sibila, mas que surpresa agradável! — saudou-a Dumbledore, levantando-se.
— Estive consultando a minha bola de cristal, diretor — disse a professora com a voz mais etérea e distante do mundo —, e para meu espanto, me vi abandonando o meu almoço solitário para vir me reunir a vocês. Quem sou eu para recusar uma inspiração do destino? Na mesma hora me apressei a deixar minha torre e peço que me perdoem o atraso...
– E essa é oficialmente a previsão mais ridícula que essa mulher já fez. – Sirius disse revirando os olhos – O que é mais fácil do que prever que você fará uma coisa e fazer logo em seguida?
– Estou tendo uma visão... – Gina disse colocando a mão na testa e imitando perfeitamente a professora Trelawney – Prevejo que o Roniquinho vai ler a próxima frase escrita no livro.
Todos na sala riram dos trejeitos de Gina imitando a professora.
— É claro — disse Dumbledore com os olhos cintilantes. Deixe-me apanhar uma cadeira para você...
E, dizendo isso, usou a varinha para trazer, pelo ar, uma cadeira que girou alguns segundos e pousou com um baque entre os professores Snape e Minerva.
A Profª. Sibila, porém, não se sentou; seus enormes olhos começaram a passear pela mesa e ela subitamente deixou escapar um gritinho.
— Não me atrevo, diretor! Se eu me sentar, seremos treze! Nada poderia ser mais azarado! Não vamos esquecer que quando treze comem juntos, o primeiro a se levantar será o primeiro a morrer!
— Vamos correr o risco, Sibila — disse a Profª. Minerva, impaciente. — Por favor, sente, o peru está esfriando.
Sibila hesitou, depois se acomodou na cadeira vazia, os olhos fechados e a boca contraída, como se estivesse à espera de um raio atingir a mesa. Minerva enfiou uma grande colher na terrina mais próxima.
— Tripas, Sibila?
– Isso faz todo o sentido do mundo. – Remo disse revirando os olhos – É claro que quem levantar primeiro vai morrer, não acha, Alice?
– Não vou falar nada. – Alice bufou e cruzou os braços sobre o peito, ela acreditava em adivinhação e esperava que o livro dessa vez mostrasse que ela estava certa.
– Vocês não precisam provocar ela também. – Neville disse chateado – Sei que ela não tem se comportado bem, mas isso não justifica provocações...
– Ok, Neville, – Remo disse com um sorriso bondoso para o menino que simplesmente tentava defender a mãe – mas só por que é você quem está pedindo.
A professora fingiu não ouvir. Reabriu os olhos, correu-os ao redor da mesa, mais uma vez, e perguntou:
— Mas onde está o nosso caro Profº. Lupin?
— Receio que o coitado esteja doente outra vez — disse Dumbledore, fazendo um gesto para que todos começassem a se servir. — Pouca sorte que isso fosse acontecer no dia de Natal.
– Estranho mesmo, não acham? – Severo disse sorrindo cinicamente.
– Não, não acho. – Tiago disse mordendo o lábio para não atacar Snape – Remo tem uma saúde sensível!
– Sensível demais... – Severo disse insinuante e Rony achou melhor voltar a ler antes que Tiago perdesse a paciência.
— Mas com certeza você já sabia disso, não, Sibila? — disse a Profª. Minerva com as sobrancelhas erguidas.
Sibila lançou a Minerva um olhar gelado.
— Claro que sabia, Minerva — disse com a voz controlada. — Mas a pessoa não deve fazer alarde de tudo que sabe. Muitas vezes finjo que não possuo Visão Interior para não deixar os outros nervosos.
— Isto explica muita coisa — disse a outra com azedume.
– Minerva realmente mostra quando não gosta das pessoas! – Sirius disse rindo da discussão das professoras.
A voz da Profª. Sibila subitamente se tornou bem menos etérea.
— Se você quer saber, Minerva, vi que o coitado do Profº. Lupin não vai estar conosco por muito tempo. E ele próprio parece saber que seu tempo é curto. Decididamente fugiu quando eu me ofereci para consultar a bola de cristal para ele...
Sirius, Tiago e Remo caíram na gargalhada enquanto Alice olhava para Remo espantada.
– É claro que eu fugi, – Remo disse revirando os olhos – quem ia querer uma maluca que vê presságios de morte em tudo consultando a bola de cristal?
— Imagine só — comentou Minerva secamente.
— Tenho minhas dúvidas — disse Dumbledore, com a voz alegre, mas ligeiramente mais alta, o que pôs um ponto final na conversa das duas — de que o Profº. Lupin corra algum perigo iminente. Severo, você preparou a poção para ele outra vez?
— Preparei, diretor — respondeu Snape.
– Então foi realmente o professor Dumbledore quem obrigou Snape a preparar aquela poção para Remo... – Frank disse encolhendo os ombros.
– É claro, – Remo disse revirando os olhos – ele nunca faria por vontade própria.
– Que bom que tem consciência disso Lupin. – Severo murmurou irritado.
— Ótimo. Então logo ele deverá estar de pé... Derek, você já se serviu dessas salsichas apimentadas? Estão excelentes.
O garoto do primeiro ano ficou vermelhíssimo quando Dumbledore se dirigiu a ele, e apanhou a travessa de salsichas com as mãos trêmulas.
A Profª. Sibila se comportou quase normalmente até o finzinho do almoço de Natal, duas horas depois. Empapuçados com a comida e ainda usando os chapéus da festa, Harry e Rony se levantaram primeiro da mesa e ela deu um grito agudo.
– É claro que ela não perderia a chance de dizer que Harry iria morrer. – Gina disse revirando os olhos – Por que eu nunca estou por perto nessas horas?
– Porque você era o bebê da mamãe. – Rony disse dando lingua para a irmã mais nova.
– Rony, pare de agir como se tivesse dez anos de idade. – Hermione bufou – E continue lendo.
— Meus queridos! Qual dos dois se levantou da cadeira primeiro? Qual?
— Não sei — respondeu Rony olhando preocupado para Harry.
— Duvido que vá fazer muita diferença — disse a Profª. Minerva com frieza —, a não ser que o tarado da machadinha esteja esperando aí fora para matar o primeiro que sair para o saguão.
Todos os presentes não resistiram e caíram na gargalhada.
– Pelo menos McGonagall tem humor! – Sirius disse entre risadas.
Até Rony riu. Sibila pareceu muitíssimo ofendida.
— Vem com a gente? — perguntou Harry a Hermione.
— Não — respondeu a garota. — Quero falar uma coisa com a Profª. McGonagall.
— Provavelmente vai tentar ver se pode assistir a mais aulas — bocejou Rony quando se encaminhavam para o saguão de entrada, onde não encontraram nenhum louco da machadinha.
– Não existem mais aulas que ela possa assistir... – Frank disse com um meio sorriso – Mas pode querer falar sobre as que já está assistindo.
– Não... – Tiago disse mordendo o lábio e encarando Hermione seriamente – Eu tenho um péssimo pressentimento sobre o que ela quer falar com McGonagall...
Quando chegaram ao buraco do retrato, encontraram Sir Cadogan desfrutando um almoço de Natal com dois frades, vários ex-diretores de Hogwarts e seu gordo pônei. O cavaleiro levantou a viseira e brindou aos dois garotos com uma jarra de quentão.
— Feliz... Hic... Natal! Senha!
— Cão desprezível — disse Rony.
— E o mesmo para o senhor, meu senhor! — berrou Sir Cadogan quando o quadro se afastou para admitir os garotos.
Harry foi diretamente ao dormitório, apanhou a Firebolt e o Estojo para Manutenção de Vassouras que Hermione lhe dera de presente de aniversário, levou-os para baixo e tentou encontrar o que fazer com a vassoura; mas não havia lascas levantadas para aparar e o cabo ainda estava tão reluzente que não tinha sentido lhe dar polimento. Ele e Rony ficaram ali admirando a vassoura de todos os ângulos até que o buraco do retrato se abriu e Hermione entrou, acompanhada da Profª. Minerva.
Embora Minerva McGonagall fosse diretora da Grifinória, Harry só a vira antes na sala comunal uma vez, e para dar um aviso muito sério.
Ele e Rony a olharam, os dois segurando a Firebolt. Hermione contornou o lugar em que eles estavam, se sentou, apanhou o livro mais próximo e escondeu o rosto nele.
– Sabia! – Tiago disse com um suspiro – Você foi falar para McGonagall que Harry ganhou uma vassoura e que você acha que Sirius mandou... E ela foi confiscar a vassoura!
– Isso é maldade! – Gina disse compartilhando o sentimento de Tiago por quadribol – Harry nem teve a oportunidade de voar nela antes de ser confiscada...
– Eu não me arrependo. – Hermione disse cruzando os braços sobre o peito – Não tinha como saber se a vassoura era segura, eu estava apenas cuidando do meu amigo!
– Eu já te perdoei por isso há muito tempo, Mione, não precisa se justificar... – Harry disse com um sorriso para a amiga.
— Então é isso? — perguntou a professora com o seu olhar penetrante, aproximando-se da lareira para examinar a Firebolt. — A Srta. Granger acabou de me informar que alguém lhe mandou uma vassoura, Potter.
Harry e Rony se viraram para olhar Hermione. Surpreenderam sua testa corando por cima do livro, que ela segurava de cabeça para baixo.
— Posso? — perguntou McGonagall, mas não esperou resposta para tirar a vassoura das mãos dos garotos. Examinou-a atentamente, do cabo às lascas. — Hum. E não havia nenhum bilhete, nenhum cartão, Potter? Nenhuma mensagem de nenhum tipo?
— Não — disse Harry sem compreender.
— Entendo... Bem, receio que tenha de levar a vassoura, Potter.
— Q... Quê? — exclamou Harry, ficando em pé. — Por quê?
— Teremos que verificar se não está enfeitiçada. Naturalmente eu não sou especialista nesse assunto, mas imagino que Madame Hooch e o Profº. Flitwick possam desmontá-la...
– Desmontá-la? – Tiago gritou com o queixo tremendo – Isso é um absurdo! Ninguém deveria desmontar uma vassoura desse calíbre! E se na hora de remontar ela perder aerodinâmica?
– Tiago, – Lily pousou a mão sobre a dele calmamente – Mione só estava pensando no bem do Harry, sei que você pode entender isso... E Madame Hooch e Flitwick vão se esforçar para manter a integridade da vassoura.
– Flitwick é ótimo, mas não é especialista em vassouras! – Tiago disse ainda irritado – Ele pode não conseguir recuperá-la completamente...
— Desmontá-la? — repetiu Rony, como se a professora fosse maluca.
— Não deve levar mais do que umas semanas. Você a receberá de volta se tivermos certeza de que está limpa.
— A vassoura não tem nada errado! — exclamou Harry, a voz ligeiramente trêmula. — Francamente, professora...
— Você não pode saber, Potter — disse a professora com bondade — pelo menos até ter voado nela, e receio que isto esteja fora de questão até nos certificarmos de que ninguém a alterou. Eu o manterei informado.
– Eu nunca alteraria uma vassoura! – Sirius bufou irritado – Isso é um absurdo!
A Profª. McGonagall deu meia-volta levando a Firebolt, e atravessou o buraco do retrato, que se fechou em seguida. Harry ficou observando a professora partir, a latinha de cera de polimento ainda na mão. Rony, porém, se voltou contra Hermione.
— Para que você foi correndo contar à Profª. Minerva?
Hermione largou o livro de lado. Seu rosto continuava vermelho, mas ela se levantou e enfrentou Rony, desafiando-o.
— Porque achei, e a Profª. McGonagall concorda comigo, que provavelmente a vassoura foi mandada a Harry por Sirius Black!
– Por um lado eu acredito que as duas estivessem certas! – Remo disse dando de ombros – Também acho que foi Sirius quem mandou a vassoura, só quem conviveu com Tiago como nós convivemos poderia entender a importancia de uma vassoura!
– Realmente... – Severo murmurou – Eu não vejo importancia nenhuma.
– Tudo que eu quero é ler de uma vez o próximo capítulo. – Tiago disse nervoso – Preciso saber o que vai acontecer com essa vassoura... – E Tiago também queria saber o que aconteceria com Sirius...
Hermione pegou o livro das mãos de Rony, limpou a garganta e leu:
– Capítulo XII – O Patrono.
Eu sei que dessa vez demorei muito para atualizar a fic, e quero me desculpar com as pessoas que tiveram paciência para esperar e não ficaram me cobrando. Para compensar o capítulo 12 já está pronto e o 13 está pela metade, então posso garantir que semana que vem vamos ter capítulo. E eu achava que vocês iam ficar mais empolgados com o concurso pelo livro, e pretendia fazer um por fic, para manter o grupo movimentado, mas como quase ninguém está participando, mudei de ideia, vou presentear o vencedor desse concurso e não vou iniciar outro quando for postar CdF.
- Guilherme L: Quando comecei a escrever essa fic (no meu antigo notebook) eu escrevia no word e tinha o corretor ortográfico do word mesmo, mas depois que meu notebook morreu eu passei a escrever no wordpad (que não tem corretor ortográfico), então ás vezes eu me deparo com uns erros grotescos de digitação na hora de revisar antes de postar. Logo o Sirius descobre a verdade, mas antes disso ele vai ter que sofrer um pouquinho... Sempre que arrumar um tempinho, não deixe de comentar. Já estou bem melhor, não tive nada grave.
- Ella Black: Contanto que sempre arranje um tempinho para comentar, por mim tudo bem! Fico feliz que esteja gostando.
- Gabi O. Potter: Desculpa ter demorado tanto a postar esse capítulo, mas pelo menos já tenho o 12 pronto para semana que vem, e vocês não vão ter que esperar tanto... Eu acho que o Sirius nesse momento escutaria mais a Lily do que o Tiago, ele acha que o Tiago diria qualquer coisa para deixar ele tranquilo. Não me diz que chorou lendo alguma coisa que eu escrevi que eu fico emocionada e acabo chorando também (mas sinceramente, quando vocês choram eu sei que estou fazendo as coisas direito). Eu nem acredito, mas já estou com a fic a 10 meses, você está acompanhando quase do começo então.
- Srta. Sandy Bones: Não se desculpe por comentar! Adoro receber comentários, e todos eles são muito bem-vindos. Sempre que alguém me diz que chorou lendo algo que eu escrevi eu fico emocionada... Mas isso deve significar que eu estou fazendo alguma coisa certa, né? A Mione não é chata, tadinha, ela tem que manter todo mundo focado na missão deles ali, ela é apenas a pessoa mais centrada do grupo... E se eles contassem tudo de uma vez, não valeria a pena ler os livros, era mais fácil eles só contarem a história e pronto. A Alice é muito influenciável, ela acredita em qualquer coisa... Ela não tem culpa de ser assim, mas com o tempo ela vai ver as coisas como realmente são e vai parar de ser bobinha.
- Gi Molly Weasley: O site novo ainda está fechado só para membros vip, pode ser por isso que você não consegue entrar, mas o site antigo entra normal para todo mundo. Não precisa se preocupar, já estou bem melhor e não tive nada grave. E já estou de férias da faculdade... Na verdade minhas férias já estão quase acabando.
- Milly Lovegood Black: Claro que percebi que você deu uma sumida! Mas o TCC da sua mãe é uma causa nobre... Sempre que arrumar um tempinho passa aqui e deixa um comentário dizendo o que ta achando que já fico feliz. Você publicou um livro? Me diz qual depois! Que bom que as coisas estão dando certo para você.
- Michele Johann: Espero que a reação de todos tenha sido do seu agrado. Deu um bocado de trabalho escrever os marotos falando do mapa...
- MionGinnyLuna: Sirius adora a McGonagall, é a professora favorita dele, e é difícil para ele ver ela pensando que ele é um assassino... Eu realmente consegui fazer todo mundo detestar a Alice, ela é assim por que é inocente demais e acredita em tudo que o ministério e o profeta dizem... Mas logo ela vai abrir os olhos e descobrir como as coisas são de verdade. Eu penso exatamente como você em relação aos esteriótipos. Afinal, Rabicho, um grande covarde, estava na grifinória, não é? Acho que isso é prova o bastante de que não se deve definir caráter de acordo com a casa da pessoa. Madame Hooch foi designada para vigiar o treino da Grifinória, ele disse que ela é completamente imparcial por que não vai sair por ai falando as estratégias da Grifinória para os outros times. E o Sirius estava se sentindo culpado por que se ele não tivesse fugido de Azkaban, Harry não precisaria ser vigiado até durante os treinos... E eu tenho a impressão de que eu já tinha te respondido esse comentário lá no grupo.
- Stehcec: Tudo bem demorar para comentar! Só não pode me abandonar! O Tiago acredita no Sirius de todo o coração, é a amizade mais bonita que já vi na vida. O Tiago sempre descobre tudo antes da hora, além dele ser um maroto ele é muito inteligente... Acho que se o Remo soubesse que o Sirius é inocente (o Remo do futuro no caso) ele faria de tudo para ajudar a provar a inocencia do amigo. Se tudo der certo depois da leitura dos livros, talvez os marotos realmente conheçam Fred e Jorge, todos ficariam muito felizes com esse encontro. Pelo menos a Grifinória perdeu para a Lufa-Lufa, o pessoal da Lufa-lufa costuma ser bonzinho, se perdessem da Sonserina seria um pesadelo. O time da Sonserina deve ter se arrependido muito de não ter jogado. Eu imagino que você falando de futebol seja parecida com meu marido! hahahahaha, se eu pudesse silenciar ele as vezes... Para mim o Snape tem salvação sim, se não nem tinha colocado ele para ler os livros, assim como não coloquei o Rabicho por que para mim ele não merece uma segunda chance. A Lily tem um bom coração, ela provavelmente vai perdoar o Snape por tudo no final, contanto que ele consiga ficar do lado certo nessa segunda chance. Sempre que alguém me diz que chorou lendo algo que eu escrevi eu fico emocionada... Mas isso deve significar que eu estou fazendo alguma coisa certa... Tanta gente para morrer e a JK resolve matar logo o pobre do Cedrico que sempre foi gente boa... Eu acho mais fácil o Sirius ouvir a Lily do que ouvir o Tiago, já que ele acha que o Tiago falaria qualquer coisa para ele se sentir melhor, e a Lily seria mais sincera. Eu sei que a Mione pode ser irritante, mas ela precisa manter todo mundo focado no objetivo deles ali. O Frank conhece muito bem a namorada que tem, ele não ficaria com raiva do Tiago por algumas dessas coisas, mas ficaria se ele fizesse algo mais grave. Você está indo realmente bem no jogo! É só por causa de vocês que mantenho esse concurso... A amizade do Rony vacilou algumas vezes ao longo dos livros, mas ele sempre voltou, e isso mostra que ele é um bom amigo. Eu sempre me perguntei como os gemeos poderiam ter descoberto a senha do mapa, achei que essa explicação fazia mais sentido do que eles terem simplesmente adivinhado. Acho que a Lily ver como o Tiago é fiel deixa ela cada vez mais apaixonada por ele, e eu sempre quis construir o relacionamento deles aos poucos. Seu comentário não ficou meia boca (você tem que ver alguns que recebo). Eu já tenho um esboço de várias partes de OdF e EdP, a morte do Sirius por exemplo já está pronta.
- LuaVenas: Imagino sinceramente que você estivesse brincando no seu comentário, mas caso não estivesse quero deixar bem claro que escrevo por prazer, não tenho obrigação nenhuma de escrever, e ninguém me paga para escrever, por isso vou escrever quanto eu quiser e quando eu quiser.
- IzabelR: Não quero nem pensar em como vou escrever o delírio do Harry de RdM, choro muito sempre que leio essa parte. Eu também continuo não gostando dele, mas resolvi dar uma segunda chance, por que acho que o Harry faria isso.
- Marlene M. Black: Sempre que alguém me diz que chorou lendo algo que eu escrevi eu fico emocionada... Mas isso deve significar que eu estou fazendo alguma coisa certa... A Alice merecia mais alguns feitiços de nariz de tomate, mas logo ela vai abrir os olhos e perceber que nem tudo que o ministério e o profeta dizem é verdade. Eu ainda não fui para Natal, vou em agosto. Quando você foi para pipa ficou na toca da coruja? Ouvi dizer que é linda! Eu tenho 22 anos e moro em Petrópolis/RJ. PdA também é um dos meus livros favoritos na saga, justamente por causa do Sirius... Mas fora da saga, qual é o seu livro favorito? Agora, as pessoas do grupo sabem, e eu vou te falar com sinceridade e paciência, por favor não me pressione, me da vontade de parar de vez de escrever quando as pessoas começam a exigir muito de mim, já disse para todo mundo, eu tenho minha vida, não vivo em função da fic. O que desanima é entrar para ler meus comentários e só ver cobrança.
- Tanisa: O Harry sofre muito em algumas partes dos livros, mas é o que ele precisa fazer para conseguir mudar alguma coisa. As mortes do Tiago e da Lily foram as mais corajosas de todos os livros para mim, o Tiago por exemplo, não precisava morrer, não precisava enfrentar o Voldemort sozinho, se ele quisesse ele podia fugir, mas ficou para proteger a Lily e o Harry, e a Lily teve escolha, mas escolheu morrer pelo filho, esse é o amor mais puro que existe. Eu também não vou com a cara do Snape, nunca fui, e não foi por causa do último livro que mudei de ideia, para mim ele sempre foi um babaca que só pensava nele mesmo, ele nunca será bom o bastante para a Lily. Eu também não entendo como tem gente que pensa que HP é coisa de criança... Tem umas partes tão pesadas, como morte, tortura, traição. Eles acham que é coisa de criança por que nunca pararam para ler, não sabem o que estão perdendo.
- Sasa Lovegood: O Harry ficar tão pouco tempo com o Sirius me da dor no coração, ele seria tão mais feliz se pudesse contar com o padrinho durante a vida toda. Acho que a Gina vai ficar feliz de saber sobre os sentimentos do Harry antes daquele primeiro beijo. E o baile de inverno deve fazer várias pessoas perceberem o clima entre o Rony e a Mione, que eles escondem melhor do que a Gina e o Harry... Eu gosto de mostrar vários lados do Tiago, afinal várias pessoas pensam que ele é um babaca baseadas na memória de Snape, não entendo como essas pessoas esquecem que o Tiago se sacrificou para salvar a Lily e o Harry, como ele simplesmente virou um animago para cuidar do Remo e tudo o mais que ele fez por ser fiel aos amigos. O Remo vai ficar muito orgulhoso de si mesmo quando souber que foi ele quem ensinou o patrono a Harry e tudo mais. Eu sempre imaginei o Sirius com muito medo de ser como a família, e por isso ele fazia de tudo para mostrar que era diferente do resto deles, o quarto dele é a maior prova disso. A Alice ainda vai perceber que nem tudo que o profeta e o ministério dizem é verdade, e vai amadurecer muito.
- Luiza Snape: Você tem sua opinião sobre o Tiago, eu tenho a minha e você já a conhece (pelo menos eu acho que conhece depois daquele post no facebook). E eu não sei se você sabe, mas uma brincadeira, como o nariz de tomate, é completamente diferente do tipo de coisa que Snape faz. E não venha me falar que o Tiago maltratava o Snape na escola, por que o Snape fazia muito pior com o Neville sendo que o Neville era uma criança e o Snape um adulto, pura covardia. Quanto ao Cedrico, o limite do torneio não era o ano em que a pessoa estava e sim a idade, e o Cedrico é da Lufa-lufa e a Cho da Corvinal. E não tem como ser só capitão do time sem ser jogador, não é? O Snape é um babaca e nada vai mudar isso. Ler seu comentário só me da vontade de ser má com ele na fic, mas eu sou fiel aos meus planos e não vou mudar por isso.
- Monstra das Bolachas: Você sumiu! O que anda fazendo que não aparece mais para dar um oi? Eu sempre me emociono quando alguém me diz que chorou lendo o que escrevi! Mas quem é o Lukas que está nadando nas suas lágrimas? Eu imagino a Minerva sendo a professora favorita do Tiago e do Sirius e eles sendo os alunos favoritos dela. Espero que você tenha gostado de como escrevi o capítulo do mapa! Aparece que estamos com saudades!
- Clara Black Potter: Adoro as pessoas que detestam o Snape tanto quanto eu, tem gente que parece que esqueceu quão babaca ele foi com todo mundo. Para mim ele só se sentiu culpado pela morte da Lile e pronto, mas se a Lily tivesse sobrevivido e o Harry morrido ele ainda seria um comensal fiel a Voldemort, mesmo com a pessoa que ele diz que ama infeliz. Acho que depois de verem como o jogo da Grifinória com a Lufa-Lufa acabou os sonserinos devem ter ficado bem arrependidos de não terem jogado, melhor assim, por que perder para a sonserina seria muito pior. Acho que a proteção que Lily deixou em Harry fez dele uma pessoa boa apesar de tudo que os Dursley fizeram com ele, acho que no fundo ele sempre teve a mãe dentro do coração. Saber que o Harry ouvia a mãe e ouvir é bem diferente. Ele sofre muito com tudo isso, e eu sofro junto com ele. Acho que é mais fácil para o Sirius ouvir a Lily do que ouvir o Tiago, afinal ele sabe que o Tiago faria qualquer coisa para ele se sentir melhor, e ele acha que a Lily é mais sincera nesse sentido. Eu ainda não sei qual vai ser a reação deles quando Hermione revelar o segredo de Remo, mas no fundo eles já sabem que ela sabe. Contanto que você não me abandone tudo bem demorar para comentar.
- Day Caracas: Ás vezes a Alice fica quieta e tenta não julgar ninguém, mas ela não consegue ficar muito tempo de boca fechada. Acho o Snape completamente babaca e nada muda minha opinião sobre isso, mas o Harry tem um bom coração, ele deu uma segunda chance para Snape por que acha que ele é capaz de mudar, e talvez ele até seja nesse momento. Engraçado que o Fred sempre foi meu gêmeo favorito também, ele é alguém que não merecia ter morrido, apesar de eu entender a JK, uma guerra não existe sem mortes. Eu sempre fico emocionada quando alguém me diz que chorou lendo algo que escrevi, pelo menos parece que estou fazendo alguma coisa direito. Mas apesar dos nervos do Sirius estarem a flor da pele, Tiago e Lily não vão permitir que ele faça alguma loucura. Tiago e Lily vão cuidar bem dele. Eu sempre gosto de imaginar o que estava acontecendo com os outros personagens durante o livro, como a história da Gina, imagino perfeitamente o Remo sendo doce com a Gina. O Tiago amou a Firebolt!
- Mary Potter Malfoy: A parte deles ouvindo a Lily morrendo foi a mais difícil de escrever. Eu quase chorei junto com eles, ainda mais quando Tiago abraçou os dois. Acho que a Lily consolar o Sirius significa mais para ele do que o Tiago consolar por que ele acha que o Tiago falaria qualquer coisa apenas para ele se sentir melhor, e ele sente que a Lily está sendo sincera. Me diz uma coisa, por que você acha que o Sirius ficaria irritado em saber que o Neville perdeu as senhas para a sala comunal? E eles já tinham associado a imagem de Perebas com Rabicho lá no primeiro livro, mas eles descartaram a ideia por que não viam motivos para Rabicho querer viver como bicho de estimação, pelo menos não até agora. Eu sempre imagino o que os outros personagens estava fazendo enquanto o livro se focava só no Harry, e as vezes quando sai alguma coisa interessante gosto de colocar na fic. Eu acho que Severo pode mudar, mas o Rabicho não tinha chance mesmo, por isso ele foi vetado, ele nunca foi uma pessoa boa, ok que o Snape também não, mas como ele dizia que amava a Lily talvez ele pudesse enxergar um pouco melhor depois de ler os livros. É claro que os Marotos, Rony, Mione, Gina e Harry sabiam que o cão que gostava de quadribol é o Sirius, a graça toda está nisso. A parte do Harry ouvindo a morte de Lily foi a mais difícil de escrever. Já te disse que se quiser ajuda com sua fic é só me procurar no facebook, quando precisar.
- Izabella Bella Black: Acho que o Rony e a Hermione até entendiam que era difícil para o Harry ouvir a morte dos pais, mas depois que ouviram exatamente o que Harry ouvia é que entenderam a profundidade da coisa. Hermione é muito esperta mesmo, foi a única que associou a aula de Snape sobre lobisomens com os desaparecimentos de Remo. A Alice tem os momentos dela, ás vezes ela tem consciencia o suficiente para ficar calada, mas outras ela não consegue segurar a lingua grande dela... Mas logo ela vai começar a enxergar as coisas como elas são de verdade. Eu também acredito que Harry tenha uma conexão muito mais forte com Lily do que com Tiago, apesar da ligação com Tiago ser forte também, mas Lily é o coração de Harry completo, e Tiago está em todas as outras coisas. Acho que Lily vai surtar quando descobrir que o cachorro de Tiago é o Sirius e eles estavam inventando mentiras em todas as outras vezes que falaram do cachorro. Logo logo os marotos vão começar a imaginar o real motivo do desaparecimento de Pedro.
- Gabriella Rodrigues Pires: Seja muito bem-vinda na fic, espero que continue lendo e comentando sempre. Sirius logo vai descobrir que não tem culpa nenhuma, e que isso tudo foi um grande engano. Com o Tiago e a Lily ao lado dele, cuidando dele, ele vai aguentar esperar para descobrir a verdade. Frank é realmente um namorado muito paciente, mas aos poucos ele vai conseguir abrir os olhos dela para a realidade. Não sei que parte desse livro vai deixar Tiago mais feliz, se vai ser o campeonato das casas, o patrono do Harry ou o fato de Sirius ser inocente. Na época em que o Tiago estava se escondendo de Voldemort Remo deu uma desaparecida e estava esquisito, por isso Tiago e Sirius desconfiaram de que havia algo de errado com ele. Mas acho que eles fariam tudo pelo amigo e vice-versa, afinal eles viraram animagos ilegais por ele.
- Adriana Potter: Eu não suporto ser pressionada. Quanto mais me pressionam menos eu escrevo, por que fico com raiva e não sei escrever irritada. Mas eles vão percebendo que o Pedro é o traidor pelas pistas que a história da, eles não são burros para não perceberem que há algo de errado nisso tupo, e eles sabem sobre a animagia do Pedro, para eles desconfiar disso é como somar 1 + 1.
- LíriodoPontas: Então seja muito bem-vinda! Fico feliz que tenha resolvido finalmente comentar, eu adoro saber o que vocês estão pensando. A Alice tem os problemas dela, ela foi criada para acreditar no governo e nos jornais e para ela é difícil aceitar que há algo de errado com eles. Fico feliz que não tenha te decepcionado, esse foi um dos capítulos mais dificeis de escrever até agora. A Lily confia no julgamento de Tiago, então ela sabe que Sirius tem que ser inocente.
- Bia Ginny Potter: Que bom que eles desconfiarem do Rabicho ficou natural, fiquei com medo de ficar exagerado e apressado. Eles estão lendo a menos de uma semana, não tenho certeza de quanto tempo na verdade. Mas o Tiago e a Lily ainda estão apenas se conhecendo e buscando por consolo um no outro. A Alice não tem noção nenhuma das coisas, ela acha que tudo que o governo diz é verdade, e por isso ela é um pouco cega, mas com o tempo os olhos dela serão abertos. Ela vai amadurecer muito ainda, e isso vai fazer ela virar uma pessoa melhor e pedir desculpas por tudo de errado que falou.
- HarryJPotter: Fico feliz que esteja gostando. Não deixe de comentar.
- DebbieAps: Seja muito bem-vinda e não deixe de comentar sempre que puder, adoro receber os comentários e opiniões de vocês. Nunca desista do seu sonho de escrever, escrever é como colocar seus sentimentos e seu coração no papel e compartilhar com o mundo. Não deixe de sonhar. O Tiago descobre as coisas primeiro por que ele tem mais conhecimento do mundo bruxo do que o Harry tinha na época em que tudo aconteceu, por isso é mais fácil para ele descobrir tudo. Muito obrigada por estar gostando e acompanhando a fic, isso me deixa muito feliz.
- Irmãos Marotos: Seja muito bem-vinda, espero que ninguém tenha te pegado lendo no trabalho. Eu não pretendo parar de escrever mesmo, mesmo que as vezes eu demore a atualizar a fic, mas não vou deixar de escrever. A Luna realmente é uma ótima personagem e ajudou muito em OdF, mas ela não tem muito haver com o pessoal do passado, ela não é parente de nenhum deles e não é próxima como Rony, Mione e Gina.
- Inghara: Os comentários não são repetitivos, gosto de saber o que vocês pensam sempre. Tudo bem você ter sumido, contanto que sempre volte e não deixe de comentar. Eles descobrindo por que Sirius foi preso foi um dos capítulos mais difíceis de escrever justamente por causa da vontade do Harry de acabar logo com aquilo e falar a verdade. PdA também é um dos meus favoritos. Estou muito melhor, obrigada por se preocupar.
- Lily Wood: Ok.
- Juh Bones: Ok.
- JuCastelo: Fico feliz que esteja gostando da fic e que tenha comentado. PdA também é meu livro favorito. Vou continuar até o último livro, pode ter certeza, mesmo que eu demore a atualizar as vezes, não vou desistir.
- Regiane Helena: Seja muito bem-vinda! Fico feliz que esteja gostando da fic. A minha fic não é focada em romance, apesar de ter um pouco de romance nela, então não fico colocando momentos dos casais o tempo todo, mas de vez em quando coloco um momento Romione. Muito obrigada pelas orações e por se preocupar. Já estou bem melhor agora. Foi muito difícil para mim escrever o momento em que eles descobriram por que Sirius foi preso, me deixou com dor no coração.
- Julia Evans Potter: Já estou melhor, obrigada pela preocupação. O Tiago sabe muito bem quem é o Sirius, ele sabe o que Sirius é capaz de fazer, e sabe que ele não seria capaz de trai-lo. Você vai ter que perdoar a Alice uma hora, ela não tem culpa de ser mente fechada e acreditar em tudo que o governo diz, uma hora ela ainda vai amadurecer e abrir os olhos para a realidade. A Hermione também não tem culpa, ela é responsável por manter o plano deles, não pode deixar eles falarem tudo o que tem vontade, ou vão estragar tudo.
- MilaPotter: Fico muito feliz que esteja gostando da fic e espero te ver acompanhando sempre. Já terminei de escrever o capítulo "O Patrono" e acho que ficou muito bom. Tiago vai ficar muito feliz em ver que Harry compartilha o mesmo patrono que ele, por que significa que no fundo eles são iguais. Comente sempre que lembrar. Obrigada por estar lendo.
- Hilary J. S. Lestrange: Tem muita coisa que muita gente considera inútil que outras pessoas consideram úteis, eu odeio água com gás! hahahaha. E o Tiago deve ficar louco de pensar que o Harry tem o esconderijo perfeito e nunca lembra de usar. (Ai daqui a alguns capítulos ele vai usar a capa e depois perder e ela vai parar na mão do Snape, e o Tiago vai ficar louco).
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Comentários (18)
MEU DEUS DO CÉU, EU PRECISO DE MAIS UM CAPÍTULO! kkkkk Não pressionando, claro. EU AMEI O CAPÍTULO! Sério, mano, ficou perfeitoooooooooooooooooooooooo. Parabéns, Juh, porque você me fez acompanhar as fics desde o começo e, de verdade, eu não gosto de ler fics que não estão finalizadas. Mas a sua é excessão. A fic está cada vez mais incrível. Enfim, fico por aqui porque to indo trabalhar kkkk beijos ;*
2014-07-21Olá o/ Sobre o suposto atraso, normal, eu sei q vc sempre tem um ótimo motivo pra n postar e se dedica mt a nós (talvez mais que o necessário). Além do mais, eu estava viajando e só poderia ler o cap ontem mesmo... Por um momento senti um pouco de dó da Alice por achar q o ministério é tão bonzinho kkkk e olha q das merdas q o governo fez, essa será a menor! Esses livros desmentirão mt coisa pra ela, ela irá amadurecer bastante graças à história do Harry. E a lendária firebolt... Me lembro q qdo eu li, fiquei pensando em o qto o Harry e o Rony burros e ficavam irrcionais qdo o assunto era quadribol, pq pareciam n se importar com o risco q supostamente corriam, mas ao mesmo tempo, ficava cada vez mais ansiosa pelo jogo estar chegando e a averiguação n terminar, acho q eu tb era um pouquinho irracional qto ao quadribol (em que posição será q eu jogaria? E vc, já pensou nisso?). E o James parece estar a ponto de explodir, qrendo socar todo mundo (ou melhor, transformar todos em tomates), foi só o Frank comentar algo sobre a suposta condição de criminoso do Sirius no futuro sem nem comentar oq achava sobre ele e já correu risco de vida, acho q alguém precisa tomar água com açúcar... (na vdd água com açúcar n ajuda em nd, é só um placebo, mas os bruxos tem poções para acalmar). Sobre o Neville parecer com o Pedro, tadinho... Apesar de q, o Neville q eles estão vendo n é nem de perto o q ele era na época. Mas é uma grande ofença pra qq um, o Pedro é um rato miserável e o Neville (se formor seguir o padrão do ator) ficou lindo e é mt corajoso. Aliás, vc tem alguma teoria sobre oq o Pedro está fazendo na Grifinória? Nãoé como se eu achasse q Sonserinos são todos maus e Grifinórios sempre os mocinhos, mas seguindo a lógica das escolhas, n acho q o Pedro seja mt nobre e corajoso, gryffs geralmente tem uma personalidade forte e tendem a estar no centro, mas ele vivia na cola de alguém "maior", como se servisse em troca de proteção. Com toda certeza ele não é leal como os da Lufa-lufa, nem tão inteligente qto os da Corvinal, mas talvez se encontre um pouco de astúcia em conseguir matar um monte de gente, fugir deixando um dedo, se esconder como um rato e deixar a culpa pra um amigo, pensando bem, é um bom plano. Talvez tb se possa considerar como ambição procurar estar ao lado de grandes bruxos, enfim, talvez ele seja um sonserino um pouco fail por ser tão medíocre, mas oq vc consegue ver de grifinório nele? O fato dele ter morrido ajudando o Harry é sufuciente? N sei, o Pedro sempre foi um ser estranho pra mim. Até o próximo cap o/
2014-07-21^Hallo, resolvi dar um ar da minha graça x‘cDesculpa não ter comentado Juh, mas tive competição de mini trampolim nacional, e tive muito ocupada. E já vi que a minha queridissima irmã andou a fazer tretas no grupo, e desculpa-me por ela. É a noda da familia! Ok, quato aos capitulos:•Mapa Maroto: Ok, o capitulo foi triste, mas tão bem feito *u* Eu amei. E o James tá a ser tão fofinho *u* Não conta as cenas dos amigos nem á lei de bala!•Firebolt: INCHA SEU RATO QUE FOSTES APANHADO! É mesmo bem feito o rato ter sido apanhado por eles! Enfim, apenas queria as rápidas entuições deles, parecem o Sherlock.
2014-07-21Oieee...sei que ando meio sumida, mas como não moro com meus pais, nas férias tiro um tempo grande para ficar com eles. A faculdade esgota minhas energias e sinto muita falta da minha família por perto.Mas fico muito feliz que tenha capítulo novo e sempre arranjo um tempinho pra ler e comentar, e continue assim, sem pressa.Semana que vem volto as aulas e ao fb com a mesma regularidade. HAHAHAMuito bom o capítulo, e estou realmente com muita pena do Sirius, ele não merece que as pessoas pensem isso dele. TEnho certeza que todo esse preconceito é apenas pq ele vem de uma família ruim. Se fosse ao contrário, ninguem pensaria isso do Tiago, afinal os Potters são contra as trevas desde sempre. Coitado do Si, ele não tem culpa da família em que nasceu.Aiiiii que raiva eu fico do Ranhoso, por isso que ele não tem amigos!!! Afinal ele é um chatoo!!! O Si ja está muito mal, para que ele fique atormentando e tentando falar do problema do Remo. O Remo não merece isso, ao contrário do Sirius e do Tiago, que mesmo um amores são encrenqueiros o Remo é um maroto bem mais tranquilo.Olha como estou brava hoje! HahahahahaUm grande beijo Juh! Estamos aqui com vc até o final!!!
2014-07-21Mais uma vez, parabéns! O comentário é meio repetido, mas pra mim, o capítulo foi realmente muito bom, é assim que imagino a reação dos personagens. Continue assim. E ainda bem que você está melhor, e a sua inspiração voltou!
2014-07-21Bem para começar o capitulo ficou perfeito como sempre, esta de parabéns por ele.Adorei que ja no começo o Tiago ja cortou a Alice, gostei tambem que o Frank sempre tem cuidado com o modo que fala do Sirius, a alice devia aprender com ele.O Sirius falando para a Lily que era claro que ela e o Tiago estavam felizes no dia do casamento, por que se amam foi sensacional, fico imaginando a cara da Lily na hora.Eu fico querendo que chegue logo o final do livro, só para que todos descubram que o Sirius não traiu o Tiago e a Lily, a cada capitulo fico querem que descubram a verdade logo, tadinho o Sirius esta sofrendo muito com essa historia, ele e o Harry claro.A forma que a Alice disse que o Neville e o Pedro não se pareciam foi engraçado.Realmente Sirius jamais se rebaixaria a outra pessoa e muito menos a Voldemort.A Gina falando que tambem teria ficado ao lado do Harry e que eles não se preocuparam com ela durante esse livro, eu tenho que concordar nos primeiros livros a Gina ficou bem apagada, ela aparecia pouquinhas vezes.Snape podia tentar esconder que ele esta feliz com o que aconteceu com o Sirius, pelo jeito ele ja se esqueceu do nariz de tomate.Demorou mais os marotos começaram a perceber a historia por tras da prisão do Sirius.Adorei ainda mais o Tiago com o que ele falou, sobre não querer que o Harry se machucasse, mais queria que ele fosse atras do Sirius para que assim o Sirius esclaresesse toda a historia e tambem para que o Harry soubesse um pouco mais sobre o ele.Verdade o Harry lembra muito a Lily quando esta bravo.Alice tem uma visão de contos de fadas do Ministerio da Magia, imagino a cara dela ao descobrir o que o ministerio fez a partir do final do quarto ano do Harry.Acho que Tiago esta percebendo que o Harry quer se tornar um auror.Molly ficaria muito orgulhosa se soube disso.Fico imaginando que Sirius vai pular de alegria ao saber no final do livro que foi realmente ele quem deu a firebolt de presente para o Harry.Imaginei tambem o Tiago, o Harry, o Rony e o Sirius na artigos de quadribol e na copa mundial de quadribol, seria muito legal ver os quatros juntos nesses lugares. Sirius é um fofo falando que ele gastaria todo o dinheiro dele com o Harry. E com toda certeza Remo ficaria individado por toda a vida se comprasse a firebolt para o Harry.Eu ri muito quando o Tiago e o Sirius explicaram o por que do Remo não estar na ala hospitalar. Ri tambem com a briga do Rony e da Gina.Cuidada da Lily ela ja deve estar perdida com toda essa conversa dos marotos.Cuidado do Neville não esta sendo facil para ele com a mãe dele falando o que não deve e os outros provocando ela.Tiago é esperto, ele percebeu na mesma hora o que a Hermione queria com a McGonagall. Cuidado Tiago sofreu em saber que a McGonagall ira desmontar a vassoura.Snape não vê importancia em nada.Beijos.
2014-07-21Oi oi, bom eu vou logo dizendo que eu acompanho a fic desde APF mas nunca criei corajem pra comentar não sei por quê, mas depois que você disse que gosta que comentem pensei ‘‘ por que nao comentar? Pare de ser besta Izzy (meu apelido) comente‘‘ e cá estou eu!Eu amo essa fic todo fim de semana eu venho ver se tem atalizaçao, faço parte do grupo no face mas nunca interagi muito hehe, amei esse capitulo, eu fico impressionada com a inteligencia do Tiago ‘o‘ serio, nunca vi pessoas assim, e eu tbm ODEIO O SNAPE COM TODAS AS MINHAS FORÇAS pra mim ele sempre vai ser ym egoista, infeliz mal acabado e ponto uhasugsahusahusahusa, e gostaria de dizer que até eu to com vontade de azarar a Alice espero que ela abra os olhos rapido, pois estou começando a odia-la eu amo o MEU Sirius e ela fala aquelas coisas ARRGHH maaas agora vou comentar em todos sem medo, até por que o medo é irracional e posso nao ser da grifinoria mas nao sou tao covarde, BJOOOS E EU TE ADORO, só nao digo que te amo pois vc é casada e eu nao a conheço muito bem, mas gosto muito de vc. Até
2014-07-21Na verdade eu não fiquei na toca da coruja não... Juh, me desculpa, desculpa, desculpa, pela pressão! Nunca mais faço isso, inclusive entrei no seu grupo do Face eu sou Eduarda Albuquerque! Eu amei esse capítulo... é legal saber que os Marotos sabem da verdade. É claro que você está fazendo alguma coisa certa, alguma coisa tipo... tudo! De fora da saga, eu adoro Os Hérois do Olimpo e agora to lendo (e gostando muito!) Os Instrumentos Mortais, to achando perfeito.
2014-07-20