A amarga derrota
– Capítulo 9 – A amarga derrota
– Não gostei nem um pouco do nome desse capítulo. – Tiago disse passando a mão pelo cabelo nervosamente – Só pode ser sobre quadribol...
O Profº. Dumbledore mandou todos os alunos da Grifinória voltarem ao Salão Principal, onde foram se reunir a eles, dez minutos depois, os alunos da Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina, todos parecendo extremamente atordoados.
— Os professores e eu precisamos fazer uma busca meticulosa no castelo — disse o diretor aos alunos quando os professores McGonagall e Flitwick fecharam as portas do salão que davam para o saguão. — Receio que, para sua própria segurança, vocês terão que passar a noite aqui. Quero que os monitores montem guarda nas saídas para o saguão e vou encarregar o monitor e a monitora chefes de cuidarem disso. Eles devem me informar imediatamente qualquer perturbação que haja — acrescentou Dumbledore dirigindo-se a Percy, que assumiu um ar de enorme orgulho e importância. — Mande um dos fantasmas me avisar.
– Tudo isso para tentar me encontrar. – Sirius disse cabisbaixo – Não acredito que Hagrid e McGonagall realmentre acreditam que eu quero matar o Harry.
– Eles vão mudar de ideia. – Tiago disse categorico – Logo todos vão saber que você é inocente. Tenho certeza disso.
Ninguém na sala teve coragem de discordar de Tiago, pois isso significava ter o nariz substituido por um tomate.
O Profº. Dumbledore parou, quando ia deixando o salão, e disse:
— Ah, sim, vocês vão precisar...
Com um gesto displicente da varinha, as longas mesas se deslocaram para junto das paredes e, com um outro toque, o chão ficou coberto por centenas de fofos sacos de dormir de cor roxa.
— Durmam bem — disse o Profº. Dumbledore, fechando a porta ao passar.
O salão imediatamente começou a zumbir com as vozes excitadas dos alunos; os da Grifinória contavam ao resto da escola o que acabara de acontecer.
— Todos dentro dos sacos de dormir! — gritou Percy. — Andem logo e chega de conversa! As luzes vão ser apagadas dentro de dez minutos!
— Vamos, gente — disse Rony a Harry e Hermione; e eles apanharam três sacos de dormir e os arrastaram para um canto.
— Vocês acham que Black ainda está no castelo? — cochichou Hermione, ansiosa.
– É claro que não. – Remo disse sem sombra de dúvidas – A essa altura ele já deve estar seguro fora do castelo.
– Como pode ter tanta certeza? – Alice perguntou se esforçando para não usar nenhum tom maldoso.
– Simplesmente por que sabemos como ele entraria e como sairia. – Tiago deu de ombros sem dar atenção a Alice.
– E é claro que não estão dispostos a dividir essa informação com os outros, não é? – Severo perguntou com ironia.
– É claro que não, por que dividiriamos nossos segredos com pessoas como você? – Sirius perguntou franzindo os lábios em desgosto.
— É óbvio que Dumbledore acha que ele ainda pode estar — respondeu Rony.
— É uma sorte ele ter escolhido esta noite, sabem — comentou Hermione quando entravam, completamente vestidos, nos sacos de dormir e apoiavam o corpo nos cotovelos para conversar. — A única noite em que não estávamos na Torre...
— Calculo que ele tenha perdido a noção do tempo, já que está fugindo — disse Rony. — Não percebeu que era Dia das Bruxas. Do contrário teria invadido o salão.
– Vocês acham que eu sou estúpido ou o que? – Sirius perguntou ultrajado – É claro que eu não teria invadido o salão, sou um fugitivo, vocês realmente acham que eu ia simplesmente me entregar? Posso não ter medo de Dumbledore, mas ele é muito mais rápido do que eu.
– Não tinha pensado nisso. – Rony disse com as orelhas vermelhas.
Hermione estremeceu.
A toda volta, os colegas se faziam a mesma pergunta: Como foi que ele entrou?
— Vai ver ele sabe "aparatar" — sugeriu uma aluna da Corvinal, próxima. — Aparece de repente, sabe, sem ninguém ver de onde.
– Supostamente os alunos da Corvinal são inteligentes. – Tiago disse revirando os olhos – É impossivel aparatar e desaparatar nos terrenos de Hogwarts. Qualquer um sabe disso.
— Provavelmente se disfarçou — disse um quintanista da Lufa-Lufa.
– Isso é bem mais provável. – Remo disse dando de ombros.
— Vai ver ele voou — sugeriu Dino Thomas.
— Francamente, será que eu fui a única pessoa que se deu ao trabalho de ler Hogwarts, uma História? — perguntou Hermione, zangada, a Rony e Harry.
— Provavelmente — disse Rony. — Por quê?
— Porque o castelo não está protegido só por paredes, sabem. Recebeu todo o tipo de feitiço, para impedir as pessoas de entrarem escondidas. Ninguém pode simplesmente aparatar aqui. E eu gostaria de ver qual é o disfarce que é capaz de enganar os dementadores. Eles estão guardando todas as entradas da propriedade. Teriam visto se Black entrasse voando. E Filch conhece todas as passagens secretas e os funcionários terão coberto todas...
– Filch não conhece todas as passagens secretas. – Sirius disse categórico.
– Então você entrou por uma delas. – Alice perguntou cuidadosa ainda receosa de que Tiago transformasse seu nariz em tomate de novo.
– Provavelmente. – Sirius disse dando de ombros.
– Ainda assim não descarto o disfarce. – Remo trocou um olhar com Sirius.
— As luzes vão ser apagadas agora! — anunciou Percy. — Quero todo mundo dentro dos sacos de dormir, de boca calada!
Todas as velas se apagaram ao mesmo tempo. A única luz agora vinha dos fantasmas prateados, que flutuavam no ar em sérias conversas com os monitores, e do teto encantado, que reproduzia o céu estrelado lá fora. Com isso e mais os sussurros que continuavam a encher o salão, Harry se sentia como se estivesse dormindo ao ar livre, tocado por um vento suave.
– Eu adoraria dormir no salão principal sob um céu estrelado... – Lily disse repentinamente sonhadora – Deve ser lindo.
– Podemos acampar um dia. – Tiago disse sorrindo para Lily com carinho – E dormir sob as estrelas...
– Graças ao Sirius nós tivemos uma noite que poderia ser bem romântica. – Gina disse dando de ombros e sorrindo para Sirius com carinho.
– Pena que você não tinha ninguém para abraçar, não é? – Tiago disse dando uma piscadela que fez Gina achar que ele sabia de alguma coisa.
De hora em hora, um professor aparecia no salão para verificar se estava tudo calmo. Por volta das três horas da manhã, quando muitos alunos tinham finalmente adormecido, o Profº. Dumbledore entrou no salão. Harry observou-o procurar por Percy, que estivera fazendo a ronda entre os sacos de dormir, ralhando com as pessoas que continuavam a conversar. O monitor-chefe estava a uma pequena distância de Harry, Rony e Hermione, que depressa fingiram estar dormindo ao ouvirem os passos de Dumbledore se aproximarem.
— Algum sinal dele, professor? — perguntou Percy num cochicho.
— Não. Está tudo bem aqui?
— Tudo sob controle, diretor.
— Ótimo. Não tem sentido transferir os alunos agora. Arranjei um guardião temporário para o buraco do retrato na Grifinória. Você poderá levá-los de volta amanhã.
— E a Mulher Gorda, diretor?
— Escondida em um mapa de Argyllshire no segundo andar. Aparentemente se recusou a deixar Black entrar sem a senha, então o bandido a atacou. Ela ainda está muito perturbada, mas assim que se acalmar, vou mandar Filch restaurá-la.
– É duro ouvir Dumbledore me chamando de "o bandido" – Sirius disse com um suspiro cabisbaixo.
– Ele vai ver que você não é um bandido. – Tiago disse categórico olhando em volta e desafiando alguém a contrariá-lo – E vai pedir desculpas por te tratar assim.
Harry ouviu a porta do salão se abrir mais uma vez, rangendo, e novos passos.
— Diretor? — Era Snape. Harry ficou muito quieto, prestando a maior atenção. — Todo o terceiro andar foi revistado. Ele não está lá. E Filch verificou as masmorras; não há ninguém, tampouco.
— E a torre da Astronomia? A sala da Profª. Trelawney? O corujal?
— Tudo revistado...
— Muito bem, Severo. Eu não esperava realmente que Black se demorasse.
— O senhor tem alguma teoria sobre o modo com que ele entrou, professor? — perguntou Snape.
Harry levantou a cabeça um pouquinho para destampar a outra orelha.
— Muitas, Severo, cada uma mais improvável do que a outra.
Harry abriu os olhos minimamente e espiou para o lado onde os três se encontravam; Dumbledore estava de costas para ele, mas dava para ver o rosto de Percy inteiramente absorto e o perfil de Snape, que parecia zangado.
— O senhor se lembra da conversa que tivemos, diretor, antes... Ah... Do começo do ano letivo? — perguntou Snape, que mal abria os lábios para falar, como se quisesse impedir Percy de ouvir.
— Lembro, Severo — disse Dumbledore, e sua voz tinha um tom de aviso.
— Parece... Quase impossível... Que Black possa ter entrado na escola sem ajuda de alguém aqui dentro. Expressei minhas preocupações quando o senhor nomeou...
– Só um infeliz mal-amado como você poderia fazer esse tipo de insinuação. – Tiago disse para Snape cheio de nojo.
– Se você quer dizer que eu ajudei meu amigo a entrar na escola, diga isso com todas as letras, Ranhoso. – Remo disse com raiva – Tenho certeza de que se Dumbledore confia em mim para ser um professor, não é você que vai fazer com que ele desconfie.
– Até por que, eu não prejudicaria Remo desse jeito. – Sirius disse revirando os olhos – Sou perfeitamente capaz de entrar e sair de Hogwarts sozinho.
– E talvez você soubesse disso se tivesse algum amigo. – Tiago completou irritado.
– Eu não disse nada. – Severo disse na defensiva.
– Mas vai dizer. – Remo bufou – Vai se esforçar para fazer Dumbledore não confiar em mim, só por que você nunca teve a capacidade de ter amigos, e tem inveja das pessoas que tem.
Lily baixou os olhos desconfortável, ela queria defender Severo, mas ele não merecia sua defesa há algum tempo.
— Não acredito que uma única pessoa no castelo tenha ajudado Black a entrar — disse Dumbledore, e seu tom deixou tão claro que o assunto estava encerrado que Snape se calou. — Preciso descer para falar com os dementadores — disse Dumbledore. — Prometi que avisaria quando a nossa busca estivesse terminada.
– Pelo visto seu veneno não funcionou, Ranhoso. – Sirius disse satisfeito – Dumbledore está cansado de saber que você é um mal-amado que odeia Remo e faria de tudo para atrapalhar a vida dele.
— Eles não quiseram ajudar, diretor? — perguntou Percy.
— Ah, claro — disse Dumbledore com frieza. — Mas receio que nenhum dementador irá cruzar a soleira deste castelo enquanto eu for diretor.
Percy pareceu ligeiramente desconcertado. Dumbledore saiu do salão rápida e silenciosamente. Snape continuou parado um instante observando o diretor com uma expressão de profundo rancor no rosto; em seguida também saiu.
Harry olhou de esguelha para Rony e Hermione. Os dois também tinham os olhos abertos nos quais se refletia o teto estrelado.
— De que é que eles estavam falando? — perguntou Rony, apenas com o movimento dos lábios.
Nos dias que se seguiram não se falou de mais nada na escola senão de Sirius Black. As teorias sobre o modo com que Black entrara no castelo se tornaram mais e mais delirantes; Ana Abbort, da Lufa-Lufa, passou a maior parte da aula conjunta de Herbologia, contando para quem quisesse ouvir que Black era capaz de se transformar em um arbusto florido.
– Acho que ele conseguiria se transformar em um arbusto se quisesse. – Tiago deu de ombros – Não é transfiguração tão avançada assim, mas é claro que ele não conseguiria transformar o corpo todo, seria algo parecido com o que fiz com o nariz de vocês. – Tiago completou apontando para Severo e Alice.
– Fico impressionada com a facilidade que você tem com transfiguração. – Lily disse olhando para Tiago admirada.
– Eu apenas gosto da matéria. – Tiago disse com um sorriso de lado.
A tela rasgada da Mulher Gorda fora retirada da parede e substituída pela pintura de Sir Cadogan e seu gordo pônei cinzento. Ninguém ficou muito feliz com a troca. O cavaleiro passava metade do tempo desafiando os garotos a duelar e no tempo restante inventava senhas ridiculamente complicadas, que ele trocava no mínimo duas vezes por dia.
– Isso devia ser hilário. – Frank disse rindo.
– Era um pesadelo. – Neville bufou – Eu passava a maior parte do tempo preso do lado de fora por que simplesmente não conseguia me lembrar das senhas malucas dele.
— Ele é completamente doido — protestou Simas Finnigan, aborrecido, com Percy. — Será que não podiam nos dar outro?
— Nenhum dos outros quadros quis o lugar — disse Percy. — Se assustaram com o que aconteceu com a Mulher Gorda. Sir Cadogan foi o único que teve coragem suficiente para se voluntariar.
O cavaleiro, porém, era a menor das preocupações de Harry.
Ele agora estava sendo vigiado de perto. Os professores procuravam desculpas para acompanhá-lo quando ele andava pelos corredores, e Percy Weasley (agindo, suspeitava Harry, por ordem da mãe) seguia-o a toda parte como um cão de guarda extremamente pomposo.
– Com certeza foi a mamãe que mandou Percy te seguir. – Gina disse com um meio sorriso – Fred e Jorge me mostraram uma carta em que ela dizia que você e Rony estavam sempre se metendo em confusões e por isso eles podiam manter um olho em vocês.
– E o que eles disseram? – Hermione perguntou curiosa para saber mais sobre as partes da história onde ela não estava.
– Eles acharam ridículo, é claro. – Gina respondeu com um sorriso saudoso – Fred até disse que dessa vez se vocês arranjassem alguma confusão, vocês deviam convidá-los.
Os Marotos riram satisfeitos, adorariam conhecer Fred e Jorge, eles pareciam extremamente divertidos.
Para completar, a Profª. Minerva chamou Harry à sua sala, com uma expressão tão sombria no rosto que o garoto achou que alguém devia ter morrido.
— Não adianta lhe esconder isso por mais tempo, Potter — começou ela em tom muito sério. — Sei que vai ser um choque para você, mas Sirius Black...
— Eu sei, está querendo me pegar — disse Harry cansado. — ouvi o pai de Rony contar à Sra. Weasley. O Sr. Weasley trabalha para o Ministério da Magia.
– Até McGonagall acha que eu sou um assassino e que quero matar meu afilhado. – Sirius bufou desconfortável.
– Não consigo acreditar nisso. – Tiago disse com um suspiro.
– No dia que minha mãe me mandou um berrador dizendo que eu estava envergonhando a família por entrar na Grifinória, McGonagall me levou para a sala dela e me deu biscoitos escoceses enquanto ela me falava sobre quadribol. – Sirius disse com um suspiro desolado.
– Ela precisa fazer isso Sirius. – Lily disse com calma – O ministério acha que você quer matar o Harry, ela está triste, mas precisa cuidar dele.
– Lily tem razão. – Remo disse com um suspiro pesaroso – Neville acabou de ler que ela estava com uma expressão tão sombria no rosto que parecia que alguém havia morrido.
– Tenho certeza de que ela estava triste pensando em você. – Lily disse tristemente.
A professora pareceu muito espantada. Encarou Harry por um instante e em seguida falou.
— Entendo! Bem, neste caso, Potter, você vai compreender por que não acho uma boa idéia você treinar Quadribol à noite. Lá fora no campo só com os outros jogadores, é muito exposto, Potter...
– O que? – Tiago gritou indignado – Isso é um absurdo! Harry precisa treinar! Agora o nome do capítulo está explicado. – ele bufou com irritação – É claro que a Grifinória vai perder se o Harry não puder treinar.
– Tiago, é McGonagall que está falando – Remo disse tentando acalmar o amigo – ela é provavelmente tão obcecada por quadribol quanto você e o Wood, ela vai dar um jeito do Harry treinar "em segurança".
– É melhor que ele possa treinar mesmo. – Tiago disse ainda irritado – O Sirius não é uma ameaça. Eles não podem impedir o Harry de jogar só por causa dele.
— O nosso primeiro jogo é agora no sábado! — exclamou Harry, indignado. — Preciso treinar, professora!
Minerva mirou-o com muita atenção. Harry conhecia o grande interesse da professora pelas perspectivas da equipe da Grifinória; afinal fora ela que o recomendara como apanhador, para início de conversa. Por isso aguardou, prendendo a respiração.
— Hum... — a Profª. Minerva se levantou e contemplou pela janela o campo de Quadribol, quase invisível na chuva. — Bem, Deus sabe que eu gostaria de nos ver ganhando finalmente a Taça... Mas mesmo assim, Potter... Eu ficaria mais satisfeita se um professor estivesse presente. Vou pedir à Madame Hooch para supervisionar os seus treinos.
– Pelo menos a Madame Hooch é completamente imparcial. – Sirius disse sentindo-se culpado.
O tempo foi piorando dia a dia, à medida que a primeira partida de Quadribol se aproximava. Sem desanimar, a equipe da Grifinória treinava com mais vigor que nunca sob o olhar vigilante de Madame Hooch. Então, no último treino antes do jogo de sábado, Olívio Wood deu ao time uma notícia indesejável.
— Não vamos jogar com Sonserina! — disse aos companheiros, parecendo muito zangado. — Flint acabou de me procurar. Vamos jogar contra Lufa-Lufa.
– O que? – Tiago gritou mais uma vez zangado – Isso é ridículo, a tabela de quadribol é a mesma desde sempre. Grifinória sempre estréia contra Sonserina.
– Conhecendo bem nossos colegas sonserinos, eles devem ter arrumado um jeito de não ter que jogar com tempo ruim. – Sirius bufou.
– Mas isso é completamente injusto. – Tiago disse com os dentes trincados, encarando com fúria o único sonserino presente.
— Por quê? — perguntou o restante do time em coro.
— A desculpa de Flint é que o braço do apanhador do time ainda está machucado — respondeu Olívio, rilhando furiosamente os dentes. — Mas é óbvio por que estão fazendo isto. Não querem jogar com tempo ruim. Acham que vai reduzir as chances deles...
Tinha ventado forte e chovido pesado o dia inteiro e mesmo enquanto Olívio falava ouvia-se o ronco distante do trovão.
— Não há nada errado com o braço do Malfoy! — disse Harry, furioso. — É tudo fingimento.
— Eu sei disso, mas não podemos provar — argumentou Olívio amargurado. — E temos treinado todos esses lances na suposição de que íamos jogar com Sonserina, e, em vez disso, será com Lufa-Lufa que tem um estilo muito diferente. Agora eles estão com um capitão novo que também é o apanhador, Cedrico Diggory...
Angelina, Alicia e Katie tiveram um repentino acesso de risadinhas.
— Quê? — exclamou Olívio, fechando a cara para esse comportamento alegre.
— É aquele alto e bonito, não é? — perguntou Angelina.
— Forte e caladão — concluiu Katie, e as três recomeçaram a rir.
— Ele só é caladão porque é burro demais para juntar duas palavras — comentou Fred, impaciente. — Não sei por que você está preocupado, Olívio, Lufa-Lufa é brincadeira de criança. Da última vez que jogamos com eles, Harry capturou o pomo em cinco minutos, não se lembram?
– Nunca subestime o adversário! – Tiago gritou como se Fred estivesse na sala com eles e ele fosse o capitão do time – Eles podem ter treinado baseados na escalação do time da Grifinória, o que não é tão difícil, já que o time é o mesmo...
– Tiago. – Lily o interrompeu segurando a varinha ameaçadoramente – Acho melhor parar de falar de quadribol antes que eu tenha que te silenciar de novo.
– Vai ser difícil. – Frank disse pensativo – Esse capítulo parece ser quase todo sobre quadribol.
– Tudo bem. – Lily disse com um suspiro e encarou Tiago seriamente – Mas se você começar a exagerar, vou ser obrigado a te silenciar.
— Estávamos jogando em condições completamente diferentes — gritou Olívio, os olhos saltando ligeiramente das órbitas. — Diggory armou uma lateral muito forte! E é um excelente apanhador! Eu estava com medo que vocês fizessem essa leitura falsa! Não podemos relaxar! Temos que manter o nosso foco! Sonserina está tentando nos prejudicar! Precisamos ganhar!
— Olívio, vê se se acalma! — disse Fred, ligeiramente assustado.
— Estamos levando Lufa-Lufa muito a sério. Sério.
Tiago teve que se segurar para não falar nada, mas concordou com Olívio enfaticamente.
Um dia antes da partida, o vento começou a uivar e a chuva a cair com mais força que nunca. Estava tão escuro nos corredores e salas de aula que foi preciso acender mais archotes e lanternas. Os jogadores do time da Sonserina estavam de fato com um ar muito presunçoso e Malfoy mais que todos.
— Ah, se ao menos meu braço estivesse um pouquinho melhor! — suspirava ele enquanto a tempestade lá fora açoitava as janelas.
Harry não tinha lugar na cabeça para se preocupar com coisa alguma exceto o jogo do dia seguinte. Olívio Wood não parava de correr para ele nos intervalos das aulas para lhe passar novas dicas. A terceira vez que isto aconteceu, Olívio falou tanto tempo que Harry, de repente, percebeu que se atrasara dez minutos para a aula de Defesa contra as Artes das Trevas e saiu correndo com Olívio gritando atrás dele.
– Pelo menos Olívio fez você se atrasar para minha aula, não para a de McGonagall ou Ranhoso. – Remo disse aliviado – Eu não devo te punir por isso.
— Diggory muda de direção muito rápido, Harry, quem sabe você tenta cercá-lo...
Harry parou derrapando diante da classe de Defesa contra as Artes das Trevas, abriu a porta e entrou correndo.
— Me desculpe o atraso, Profº. Lupin, eu...
Mas não foi Lupin quem levantou a cabeça para olhá-lo da escrivaninha do professor; foi Snape.
– O que? – Lily perguntou confusa – Por que Severo estaria dando aula no lugar de Remo?
– Remo pode ter passado mal... – Tiago disse com cuidado.
– Deve ter sido isso mesmo, a saúde de Remo sempre foi bem sensível. – Frank disse dando de ombros.
– E é claro que eu sou o professor mais qualificado para dar essa matéria. – Severo murmurou de seu canto, mas pode ser ouvido por todos. Tiago, Sirius e Remo no entanto decidiram que pelo bem do segredo que guardavam, era melhor não falarem nada naquele momento.
— A aula começou há dez minutos, Potter, por isso acho que vou tirar dez pontos da Grifinória. Sente-se.
Mas Harry não se mexeu.
— Onde está o Profº. Lupin? — perguntou.
— Ele disse que hoje está se sentindo mal demais para dar aula — respondeu Snape com um sorriso enviesado. — Acho que o mandei sentar-se?
Mas Harry continuou onde estava.
— Que é que ele está sentindo?
Os olhos negros de Snape reluziram.
— Nada que ameace a vida dele — disse, com cara de quem gostaria que assim fosse. — Cinco pontos a menos para Grifinória, e se eu tiver que pedir para você se sentar novamente, serão cinqüenta.
Harry dirigiu-se lentamente ao seu lugar e se sentou. Snape olhou para a turma.
— Como eu ia dizendo antes de ser interrompido por Potter, o Profº. Lupin não registrou os tópicos que já abordou até hoje...
— Professor, por favor, já estudamos os bichos-papões, os barretes vermelhos, os kappas e os grindylows — informou Hermione depressa —, e íamos começar...
— Fique calada — disse Snape friamente. — Não lhe pedi informação, estava apenas comentando a falta de organização do Profº. Lupin.
– Em primeiro lugar, – Lily disse apontando o dedo para Severo raivosa – você nunca deve falar desse jeito com um aluno, seja ele quem for. E em segundo, Remo é mil vezes melhor professor do que você. Minha mãe sempre disse que de nada vale um professor que sabe demais e não sabe ensinar.
Severo estava mais uma vez encolhido em seu lugar sob o olhar mortal de Lily.
– Para mim um professor que não sabe ensinar, simplesmente não tem o direito de ser chamado de professor. – Remo concordou com Lily enfaticamente.
– Dumbledore precisava ler esses livros. – Tiago disse insinuante – De jeito nenhum que ele deixaria um infeliz como você dar aulas.
— Ele é o melhor professor de Defesa contra as Artes das Trevas que já tivemos — falou Dino Thomas corajosamente, e ouviu-se um murmúrio de aprovação do resto da turma. Snape pareceu mais ameaçador que nunca.
Rony, Hermione, Harry, Gina e Neville acenaram em concordancia ao que Dino havia falado e fizeram Remo corar.
– Sabe, – Gina disse calmamente – eu nunca contei sobre isso a ninguém, mas um dia, depois da minha aula de DCAT, Remo me chamou para conversar e falamos sobre as coisas que haviam acontecido no ano anterior. – Gina virou-se para Remo com um meio-sorriso – Você me fez ver que nada do que aconteceu era culpa minha, apesar de eu até hoje me sentir mal sobre tudo o que aconteceu, você me fez recobrar muita da minha auto-confiança.
– Por que nunca nos disse isso? – Rony e Harry perguntaram carinhosamente ao mesmo tempo.
– Porque eu tenho direito aos meus próprios segredos. – Gina disse balançando os ombros.
– Fico feliz por ter podido te ajudar. – Remo disse corado – Ou por te ajudar futuramente, o tempo anda meio confuso no momento.
– Pode ter certeza de que Hogwarts não teve um professor melhor do que você. – Hermione disse com segurança.
– Achei que não podiamos falar essas coisas. – Rony disse rindo.
– No que isso vai interferir? – Hermione perguntou colocando a mão na cintura e lembrando a Sra. Weasley.
— Vocês se satisfazem com muito pouco. Lupin não está puxando nada por vocês. Eu esperaria que alunos de primeiro ano já pudessem cuidar de barretes vermelhos e grindylows. Hoje vamos discutir...
– Nesse momento você está sendo apenas estúpido, Ranhoso. – Sirius disse revirando os olhos – Está cansado de saber que no primeiro ano eles não tinham aulas com o Lupin e sim com um professor completamente incompetente que dividia o próprio corpo com o seu lordzinho.
Severo bufou com os dentes trincados, mas sabia que nesse ponto Sirius estava certo.
Harry observou-o folhear o livro-texto até o último capítulo, que ele certamente sabia que a turma não poderia ter estudado.
—... Lobisomens — disse Snape.
– Você joga baixo, Ranhoso! – Tiago disse ainda mais raivoso do que havia ficado quando Severo falou mal de Sirius – Eu devia enfeitiçar você para ser uma barata, e depois eu devia pisar em você!
Lily olhou de Tiago para Severo confusa.
– Tiago, calma, – ela disse segurando a mãe dele com carinho – ele está apenas se esforçando para ser o idiota pretencioso que ele já é... Não estou entendo por que isso te irritou desse jeito.
Severo sentiu aqueles insultos como um tapa na cara.
– Acontece que ele sabe que eles ainda não chegaram naquela parte do livro! – Sirius disse raivoso, porém se esforçando para manter o segredo de Remo – Isso é baixo, é vil...
Hermione acenou enfaticamente para que Neville voltasse a ler antes que mais alguém tivesse oportunidade de falar.
— Mas, professor — protestou Hermione, aparentemente incapaz de se conter —, não podemos estudar Lobisomens ainda, vamos começar os hinkypunks...
— Srta. Granger — disse Snape com uma voz letalmente calma —, eu tinha a impressão de que era eu que estava dando a aula e não a senhorita. E estou mandando todos abrirem a página 394 do livro. — Ele correu os olhos pela turma outra vez. — Todos Agora!
Com muitos olhares rancorosos de esguelha e gente resmungando, a turma abriu os livros.
— Qual de vocês sabem me dizer como é que se distingue um Lobisomen de um lobo verdadeiro? — perguntou Snape.
Todos ficaram calados e imóveis; todos exceto Hermione, cuja mão, como acontecia tantas vezes, se erguera imediatamente no ar.
— Alguém sabe? — insistiu Snape, fingindo não ver a mão da garota. Seu sorriso enviesado reaparecera. — Vocês estão me dizendo que o Profº. Lupin sequer ensinou a vocês a diferença básica entre...
– Você é ridículo, sabe? – Remo disse a Severo trincando os dentes – Para você não basta me ofender, você tem também que menosprezar uma garota perfeitamente capaz de responder a sua pergunta.
– Acho que o problema do Ranhoso é inveja. – Sirius disse venenoso – Ele tem inveja da Hermione por ser uma garota de 13 anos e ser melhor do que ele em qualquer coisa que seja. Tem inveja do Remo por ser um professor melhor do que ele em qualquer tipo de competição. Tem inveja de mim, por que eu tenho sangue-puro e poderia estar em qualquer um dos lugares onde ele gostaria de estar, apesar de eu preferir ficar com meus amigos que ele chama de "sangue-ruins". E acima de tudo, tem inveja de Tiago, por um milhão de motivos, mas nesse segundo, especialmente por Tiago ter conseguido se aproximar da única pessoa decente que já foi amiga de Ranhoso.
Severo tremia de raiva. Sirius não tinha como saber, mas estava certo de várias maneiras. Ele segurava as próprias mãos com força para impedi-las de pegar a varinha.
Lily baixou os olhos, ela sabia quão doloroso devia ser para Severo observa-la abraçada com Tiago, mas ela não mudaria isso, se sentia bem com Tiago, feliz, como nunca havia se sentido com ninguém antes, especialmente não com Snape.
– E ele desconta toda essa amargura e inveja nos alunos que não tem nada com isso. – Remo disse trocando um sorriso com Sirius.
— Nós já lhe informamos — interrompeu-o Parvati de repente —, ainda não chegamos aos Lobisomens, ainda estamos...
— Silêncio! — mandou Snape com rispidez. — Ora, ora, ora, nunca pensei que um dia encontraria uma turma de terceiro ano que não soubesse reconhecer um Lobisomen quando o visse. Vou fazer questão de informar ao Profº. Dumbledore como vocês estão atrasados...
– E eu vou fazer questão de avisar a Dumbledore de que você é um babaca invejoso que desconta a raiva que sente da sua época de escola nos seus alunos. – Remo disse entredentes.
— Professor, por favor — tornou a pedir Hermione, cuja mão continuava erguida —, o Lobisomen se diferencia do lobo verdadeiro por pequenos detalhes. O focinho do Lobisomem...
— Esta é a segunda vez que a senhorita fala sem ser convidada — disse Snape friamente. — Menos cinco pontos para Grifinória por ser uma intragável sabe-tudo.
– Isso ainda me tira do sério. – Rony disse com os dentes trincados.
– Não se preocupe com isso. – Hermione disse muito mais calma do que qualquer outra pessoa na sala – Já fui chamada de sabe-tudo pela maior parte dos alunos de Hogwarts, e essa não é nem de longe a vez que me magoou mais.
– Aposto que sei quem te magoou mais. – Gina disse com um suspiro pesaroso – Meu irmão nunca teve muito tato.
– Desculpa. – Rony pediu a Hermione baixando os olhos.
– Isso já passou tem tempo. – Hermione murmurou calmamente.
Hermione ficou vermelhíssima, baixou a mão e ficou olhando para o chão com os olhos cheios de lágrimas. Um sinal do quanto à turma detestava Snape era que todos olharam feio para ele, porque todos os alunos já tinham chamado Hermione de sabe-tudo pelo menos uma vez, e Rony, que xingava Hermione de sabe-tudo pelo menos duas vezes por semana, falou em voz alta:
— O senhor nos fez uma pergunta e Hermione sabe a resposta! Por que perguntou se não queria que ninguém respondesse?
– Você devia ganhar um prêmio por essa resposta. – Gina disse com um sorriso enorme.
– Você conquistou meu respeito Rony. – Sirius disse se levantando para apertar a mão de Rony. Tiago fez questão de apertar sua mão também.
A turma percebeu instantaneamente que o colega fora longe demais. Snape caminhou até Rony lentamente, e a sala prendeu a respiração.
— Detenção, Weasley — disse Snape suavemente, o rosto muito próximo ao do garoto. — e se algum dia eu o ouvir criticar o meu modo de ensinar outra vez, o senhor vai realmente se arrepender.
– Já que estamos aqui, – Rony disse virando-se para Snape e dando de ombros – para mim você sempre foi um mal-acabado que prefere descontar sua raiva da vida que tem nos seus alunos do que tentar ter uma vida melhor.
– Ronald! – Hermione o repreendeu – Quantas vezes vou ter que falar para você não interferir.
– Não estou interferindo. – Rony disse cruzando os braços sobre o peito – Não importa o que aconteça depois disso, eu continuo achando que Snape não vale a pena.
– O que você quer dizer com isso? – Lily perguntou curiosa percebendo que havia mais alguma coisa por trás do que Rony havia dito.
– Quando nós... – Harry começou a falar, mas foi interrompido por Hermione.
– Harry, não podemos!
– Mione, nada disso vai ser revelado pelo livro, e eu acho que é bom que eles saibam disso. – Harry disse com um suspiro – Quando estavamos decidindo quem devia ler esses livros, e quem poderia mudar as coisas, houveram algumas discussões, uma delas foi se valeria a pena tentar fazer Snape mudar. Algumas pessoas, incluindo Rony, nunca acreditaram que ele poderia mudar. Mas eu decidi dar uma chance a você. – Harry completou encarando Snape – Apesar de tudo que você me fez, eu decidi te dar uma segunda chance.
Severo não encarou Harry. Ele não sabia o que o garoto queria dizer com aquilo, e não conhecia os motivos dele, mas repentinamente se sentiu um pouco envergonhado por algumas coisas que havia feito.
– Quem vocês vetaram? – Tiago perguntou repentinamente interessado, por algum motivo ele pensou em Pedro.
– Isso eu realmente não posso falar, por que para explicar vou ter que falar de coisas que ainda não lemos. – Harry disse passando a mão pelos cabelos nervoso antes de mandar Neville voltar a ler.
Ninguém mais deu um pio durante o resto da aula. Ficaram sentados copiando dados sobre os Lobisomens do livro-texto, enquanto Snape rondava as filas de carteiras, examinando o trabalho que os alunos tinham feito com o Profº. Lupin.
— Uma explicação muito insuficiente... Isto está errado, o kappa é encontrado mais comumente na Mongólia... O Profº. Lupin deu nota oito em dez? Eu teria dado três...
Quando a sineta finalmente tocou, Snape reteve a turma.
— Cada aluno vai escrever uma redação para me entregar, sobre as maneiras de reconhecer e matar Lobisomens. Quero dois rolos de pergaminho sobre o assunto e quero para segunda-feira de manhã. Está na hora de alguém dar um jeito nesta turma. Weasley, você fica, precisamos combinar a sua detenção.
– Até a próxima aula eu já devo ter voltado. – Remo disse com um suspiro – Vocês provavelmente não terão que fazer isso.
– E professores substitutos não deviam passar deveres de casa. – Lily disse revirando os olhos para Severo.
Harry e Hermione saíram da sala com o resto da turma, que esperou até estar bastante longe para não ser ouvida e prorrompeu em furiosos discursos contra Snape.
— Snape nunca foi assim com nenhum dos outros professores de Defesa contra as Artes das Trevas, mesmo que quisesse o cargo deles — comentou Harry com Hermione. — Por que está perseguindo o Lupin? Você acha que tudo isso é por causa dos bichos-papões?
– Está mais para o fato de Snape detestar Tiago e Remo ser um dos melhores amigos dele... – Frank disse dando de ombros.
— Não sei — disse Hermione pensativa. Mas vou realmente torcer para o Profº. Lupin melhorar logo...
Rony alcançou-os cinco minutos depois, com uma raiva descomunal.
— Vocês sabem o que aquele... — (e xingou Snape de uma coisa que fez Hermione exclamar "Rony!") — vai me obrigar a fazer? Tenho que lavar as comadres da ala hospitalar sem usar magia! — O garoto respirava fundo, os punhos cerrados. — Por que o Black não podia ter se escondido na sala de Snape, hein? Podia ter acabado com ele para nós!
– Prometo levar isso em consideração quando acontecer. – Sirius disse dando um meio sorriso para Rony que retribuiu.
Harry acordou extremamente cedo na manhã seguinte; tão cedo que ainda estava escuro. Por um momento pensou que tinha sido acordado pelos rugidos do vento. Então, sentiu uma brisa gelada na nuca e sentou-se na cama de um salto — Pirraça, o poltergeist, andara flutuando ao lado dele, soprando com força em seu ouvido.
— Para que você fez isso? — perguntou Harry, furioso.
Pirraça encheu as bochechas de ar, soprou com força e disparou de costas para fora do dormitório, dando gargalhadas.
Harry tateou procurando o despertador e olhou para o mostrador.
Eram quatro e meia. Amaldiçoando Pirraça, ele se virou e tentou voltar a dormir, mas era muito difícil, agora que estava acordado, não dar atenção à trovoada que roncava no céu, ao vento que fustigava com violência as paredes do castelo e às árvores que rangiam ao longe, na Floresta Proibida. Dentro de algumas horas ele estaria lá fora no campo de Quadribol, enfrentando a tempestade. Por fim, ele perdeu as esperanças de voltar a dormir, se levantou e se vestiu, apanhou a Nimbus 2000 e saiu silenciosamente do dormitório.
Quando abriu a porta, alguma coisa passou roçando por sua perna. Ele se abaixou bem a tempo de agarrar Bichento pela ponta do grosso rabo e arrastá-lo para fora.
— Sabe, acho que Rony tem razão sobre você — disse Harry, desconfiado, a Bichento. — Há uma quantidade de ratos no castelo - vá caçá-los. Vá indo — acrescentou o garoto, empurrando Bichento com o pé para fazê-lo descer a escada. — Deixa o Perebas em paz.
O ruído da tempestade era ainda mais alto na sala comunal.
Harry sabia que não adiantava imaginar que a partida seria cancelada; as disputas de Quadribol não eram desmarcadas por ninharias como trovoadas.
– Eu achei um absurdo terem cancelado o quadribol no ano anterior... – Tiago disse concordando com o livro – Nada devia cancelar quadribol.
Lily revirou os olhos para ele de uma meneira muito carinhosa.
Ainda assim, ele estava começando a se sentir apreensivo. Olívio lhe apontara Cedrico Diggory no corredor; o garoto era aluno do quinto ano e muito maior do que Harry. Os apanhadores geralmente eram leves e velozes, mas o peso de Diggory seria uma vantagem com um tempo desses porque seria menor a probabilidade do apanhador ser tirado de curso.
Harry matou as horas até amanhecer diante da lareira, levantando-se de vez em quando para impedir Bichento de tornar a subir, escondido, a escada para o dormitório dos garotos. Finalmente, ele calculou que já devia ser hora do café da manhã, então se dirigiu sozinho ao buraco do retrato.
— Pare e lute, seu cão sarnento! — berrou Sir Cadogan.
— Ah, cala essa boca — bocejou Harry Ele se reanimou um pouco com uma grande tigela de mingau de aveia, e, no momento em que começou a comer torradas, o restante da equipe aparecera no Salão.
— Vai ser uma partida dura — comentou Olívio, que não queria comer nada.
– Wood como capitão devia ser o primeiro a obrigar todos os jogadores a comer. – Tiago disse ainda apreensivo com o nome do capítulo – Com o tempo assim é ainda mais difícil ver o pomo, a partida pode durar horas.
— Pare de se preocupar, Olívio — disse Alicia para tranqüilizá-lo —, não vamos derreter com uma chuvinha à toa.
Era muitíssimo mais do que uma chuvinha. Mas tal era a popularidade do Quadribol que a escola inteira apareceu para assistir à partida, como sempre. Os jogadores, no entanto, desceram os jardins em direção ao campo, as cabeças curvadas contra a ferocidade do vento, os guarda-chuvas arrancados de suas mãos.
Pouco antes de entrar no vestiário, Harry viu Malfoy, Grabbe e Goyle, rindo e apontando para ele protegidos por um enorme guarda-chuva, a caminho do estádio.
O time vestiu o uniforme escarlate e aguardou o discurso de Olívio que antecedia as partidas, mas não houve discurso. O capitão tentou falar várias vezes, fez um ruído esquisito de quem engole, depois sacudiu a cabeça, desalentado, e fez sinal para os companheiros o seguirem.
– Isso não é nada bom. – Tiago disse sentando-se mais reto na beirada do sofá – Olívio perdeu toda a auto-confiança. Isso derruba o time.
O vento estava tão forte que eles entraram em campo cambaleando para os lados. Se os espectadores estavam aplaudindo, os aplausos eram abafados por novos roncos de trovão. A chuva batia nos óculos de Harry. Como é que ele ia enxergar o pomo desse jeito?
– Impervius. – Tiago murmurou de seu lugar batendo os pés no chão nervosamente – Quando está chovendo muito enfeitiço meus óculos com Impervius. Ajuda bastante...
Os jogadores da Lufa-Lufa se aproximavam pelo lado oposto do campo, usando vestes amarelo-canário. Os capitães foram ao encontro um do outro e se apertaram as mãos; Diggory sorriu para Wood, mas este agora não conseguia abrir a boca, parecia estar sofrendo de tétano, e fez um mero aceno com a cabeça. Harry viu a boca de Madame Hooch formar as palavras "Montem em suas vassouras". Ele puxou o pé direito pingando lama e passou-o por cima de sua Nimbus 2000. Madame Hooch levou o apito à boca e soprou, um som agudo e distante — e a partida começou.
Harry subiu depressa, mas o vento puxava sua Nimbus ligeiramente para o lado. Ele a segurou o mais firme que pôde e deu uma guinada, apertando os olhos contra a chuva.
Cinco minutos depois, estava molhado até os ossos e enregelado, mal conseguia ver os companheiros de equipe e muito menos o minúsculo pomo. Voou para frente e para trás cruzando o campo e deixando pelo caminho vultos difusos vermelhos e amarelos, sem ter a menor idéia do que estava acontecendo no resto da partida. Não conseguia ouvir os comentários por causa do vento. Os espectadores se ocultavam sob um mar de capas e guarda-chuvas arrebentados. Duas vezes Harry esteve muito perto de ser derrubado por um balaço; seus óculos estavam tão embaçados pela chuva que ele não os vira se aproximar.
– Mas isso é realmente perigoso! – Lily disse apreensiva – Você pode se machucar de verdade...
Harry perdeu a noção do tempo. Tinha cada vez maior dificuldade de se manter aprumado na vassoura. O céu escurecia, como se a noite tivesse decidido chegar mais cedo. Duas vezes Harry quase colidiu com outro jogador, sem saber se era um companheiro de equipe ou um oponente; todos agora estavam tão encharcados, e a chuva tão grossa que ele mal conseguia distinguir alguém...
Com o primeiro relâmpago ouviu-se o som do apito de Madame Hooch;
Harry conseguiu mal e mal discernir, através da chuva, os contornos de Olívio, que fazia sinal para ele pousar. O time inteiro enfiou os pés na lama.
— Eu pedi tempo! — berrou Olívio para seu time. — Venham até aqui embaixo...
Os jogadores se agruparam na borda do campo debaixo de um grande guarda-chuva; Harry tirou os óculos e enxugou-os, apressado, nas vestes.
— Qual é o placar?
— Estamos cinqüenta pontos na frente — informou Olívio —, mas a não ser que capturemos logo o pomo, vamos jogar noite adentro.
– Isso não é nada bom. – Tiago disse bagunçando os cabelos nervoso.
— Não tenho a menor chance com isso aqui — disse Harry exasperado, agitando os óculos.
Naquele exato instante, Hermione apareceu do lado dele; segurava a capa por cima da cabeça e inexplicavelmente tinha um largo sorriso no rosto.
— Tenho uma idéia, Harry! Me dá seus óculos, depressa!
O garoto entregou os óculos e, enquanto o time observava espantado, Hermione deu uma pancadinha neles com a varinha e disse:
— Impervius!
– Hermione você é um gênio! – Tiago disse com um largo sorriso – As coisas vão continuar difíceis, mas pelo menos agora Harry tem uma chance de pegar o pomo!
Hermione sorriu e corou.
— Pronto! — disse, devolvendo os óculos a Harry. — Isto vai repelir a água!
Wood fez cara de quem seria capaz de beijá-la.
— Genial! — gritou rouco para a garota que desapareceu no meio dos espectadores. — Muito bem, time, agora vamos arrebentar!
O feitiço de Hermione resolvera o problema. Harry ainda estava insensível de tanto frio, ainda mais molhado do que jamais estivera na vida, mas conseguia ver. Cheio de renovada determinação, ele impeliu a vassoura pelo ar turbulento, espiando para todos os lados à procura do pomo, evitando um balaço, mergulhando por baixo de Díggory, que voava na direção oposta...
Ouviu-se novamente o trovão, acompanhando um raio bifurcado. A partida estava ficando mais perigosa a cada minuto. Harry precisava chegar ao pomo depressa...
Ele se virou, tencionando rumar para o centro do campo, mas naquele momento, outro relâmpago iluminou as arquibancadas e Harry viu algo que o distraiu completamente... A silhueta de um enorme cão negro e peludo, claramente recortada contra o céu, imóvel na última fila de cadeiras vazias.
– Um cão, enorme, negro e peludo, assistindo quadribol. – Tiago riu com gosto e foi acompanhado por Remo e Sirius. Harry, Rony, Hermione e Gina se esforçaram para não rir com eles.
– Qual a graça de um cão assistindo quadribol? – Alice perguntou confusa.
– Você acabou de falar. – Sirius disse rindo mais do que os outros – O cão está ali, sentado na arquibancada, enxarcado pela chuva, assistindo quadribol.
Todos os que estavam se segurando para não rir, soltaram uma grande gargalhada.
As mãos dormentes de Harry escorregaram do cabo da vassoura e sua Nimbus afundou alguns palmos. Sacudindo a franja encharcada para longe da testa, ele tornou a apertar os olhos para ver as arquibancadas. O cão desaparecera.
– Agora você vai achar que o cão que gosta de quadribol é o Sinistro. – Tiago bufou revirando os olhos.
— Harry! — ele ouviu a voz angustiada de Wood vinda das balizas da Grifinória: — Harry, atrás de você!
Harry olhou a toda volta desesperado. Cedrico Diggory subia em grande velocidade e havia entre os dois um grãozinho dourado brilhando no ar varrido de chuva...
Com um tremor de pânico, Harry se achatou contra o cabo da vassoura e disparou em direção ao pomo.
— Anda! — rosnou ele para a Nimbus, a chuva fustigando seu rosto. — Mais depressa!
Mas alguma coisa estranha estava acontecendo. Um silêncio inexplicável foi caindo sobre o estádio. O vento, embora continuasse forte, se esqueceu momentaneamente de rugir. Era como se alguém tivesse desligado o som, como se Harry, de repente, tivesse ficado surdo.
— Que é que estava acontecendo?
– Não! – Tiago gritou escorregando do sofá e ficando ajoelhado no chão – Dementadores no campo de quadribol, isso vai ser ruim, muito ruim.
Lily, que estava tão nervosa quanto Tiago, chegou mais para a beirada do sofá e segurou-o pelos ombros.
Harry fechou os olhos, ele sabia exatamente o que vinha a seguir, e não achava que era forte o bastante para reviver isso mais uma vez.
Então uma onda de frio terrivelmente familiar o assaltou, penetrou seu corpo, no mesmo instante em que ele tomava consciência de algo que andava lá embaixo no campo...
Antes que tivesse tempo para pensar, Harry desviou os olhos do pomo e olhou para baixo.
No mínimo cem dementadores apontavam os rostos encapuzados para ele. Era como se houvesse água gelada subindo até o seu peito, cortando os lados do seu corpo.
E então ele ouviu outra vez... Alguém gritava, gritava dentro de sua cabeça... Uma mulher...
— "O Harry não, o Harry não, por favor o Harry não!”
— “Afaste-se, sua tola... Afaste-se, agora...”
— "O Harry não, por favor, não, me leve, me mate no lugar dele...”
Lily gritou, parecia estar sentindo dor, e escorregou do sofá para o lado de Tiago que nesse momento chorava inconsolável.
Severo também tremia e se esforçava para se conter, não achava que seria capaz de ouvir a morte de Lily daquela maneira.
Alice, Hermione e Gina deixaram lágrimas escaparem. E todos os outros estavam extremamente nervosos. Mas Harry estava pior do que todos. Antes mesmo de ouvir Neville lendo as suplicas de sua mãe, ele já estava com as mãos sobre os ouvidos tremendo da cabeça aos pés. Ele era o único que ouvia a voz dela em sua cabeça, e isso o machucava como uma faca sendo enfiada em seu coração.
Tiago, do meio de seu topor, percebeu que Harry estava ainda pior, levantou-se puxando Lily de volta para o sofá e abraçou ambos com força. Harry aconchegou-se em seus pais em desespero.
– Eu não quero perder vocês de novo. – ele murmurou apenas para que os dois escutassem – Eu não posso. Preciso de vocês.
– Eu vou fazer tudo para que você nunca tenha que passar por isso. – Tiago disse aos dois e a si mesmo – Eu prometo.
Tiago que era o mais calmo entre eles levantou a cabeça e acenou para que Neville continuasse lendo, não pretendia largar nenhum dos dois no momento.
Uma névoa anestesiante rodopiava enchendo o cérebro de Harry... Que é que ele estava fazendo? Por que é que estava voando? Precisava ajudá-la... Ela ia morrer... Ia ser assassinada...
Ele foi caindo, caindo sem parar pela névoa gelada.
— "Harry não! Por favor... Tenha piedade... tenha piedade...”
Uma voz aguda gargalhava, a mulher gritava, e Harry perdeu a consciência.
Lily gemeu por entre os braços de Tiago e Harry. Saber que morreria era uma coisa, ser obrigada a ouvir como teve que implorar pela própria morte para salvar seu pequeno filho era outra completamente diferente. E nesse momento ela ganhou forças, seu filho, o bebê que ela havia implorado para que Voldemort não matasse estava ali, entre seus braços, e ela nunca mais o deixaria ir.
— Que sorte que o chão estava tão mole.
— Achei que ele estava mortinho.
— Mas ele nem quebrou os óculos.
Harry ouvia as vozes murmurarem, mas não faziam sentido algum.
Não tinha a menor idéia de onde estava ou como chegara ali, ou o que andara fazendo antes de chegar. Só sabia que cada centímetro do seu corpo estava doendo como se ele tivesse levado uma surra.
– Você caiu da vassoura? – Sirius perguntou com a voz ainda embargada.
– Foi apavorante. – Gina disse com a voz tremendo – A sorte foi que Dumbledore desacelerou o Harry antes que ele chegasse ao chão.
– Mas mesmo assim foi uma das coisas mais assustadoras que já vi... – Neville disse com um tremor – Achei que Harry tinha morrido...
— Foi a coisa mais apavorante que já vi na vida. Mais apavorante... A coisa mais apavorante... Vultos negros encapuzados... Frio... Gritos...
Harry abriu os olhos de repente. Estava deitado na ala hospitalar. O time de Quadribol da Grifinória, sujo de lama da cabeça aos pés, rodeava sua cama. Rony e Hermione também estavam ali, parecendo que tinham acabado de sair de uma piscina.
— Harry! — exclamou Fred, cujo rosto estava extremamente pálido sob a lama. — Como é que você está se sentindo?
Era como se a memória de Harry estivesse avançando em alta velocidade. O relâmpago, o Sinistro, o pomo e os dementadores...
— Que aconteceu? — perguntou, sentando-se na cama tão de repente que todos reprimiram um grito de surpresa.
— Você caiu da vassoura — contou Fred. — Deve ter caído... De uns quinze metros!
— Pensamos que você tivesse morrido — disse Alicia trêmula. Hermione fez um barulhinho esganiçado. Tinha os olhos muito vermelhos.
— Mas o jogo — perguntou Harry. — Que aconteceu? Vamos jogar outra vez?
Ninguém disse nada. A terrível verdade penetrou em Harry como uma pedrada.
— Nós não... Perdemos?
A concentração de Tiago em Harry e Lily era tanta que ele nem ao menos comentou a derrota no quadribol.
— Diggory apanhou o pomo — informou Jorge. — Logo depois de você cair. Ele não percebeu o que tinha acontecido. Quando olhou para trás e viu você no chão, tentou paralisar o jogo. Queria um novo jogo. Mas tiveram uma vitória justa... Até Olívio admite isso.
— Onde está Olívio? — perguntou Harry, percebendo subitamente a ausência do capitão do time.
— Ainda está no banho — respondeu Fred. — Achamos que ele está tentando se afogar.
Harry abaixou a cabeça até os joelhos, agarrando os cabelos com as mãos. Fred segurou-o pelos ombros e o sacudiu com força.
— Anda, Harry, você nunca perdeu o pomo antes.
— Tinha que haver uma primeira vez — disse Jorge.
— Mas a coisa não terminou aqui — disse Fred. — Perdemos por uma diferença de cem pontos, certo? Então se Lufa-Lufa perder para Corvinal e vencermos Corvinal e Sonserina...
— Lufa-Lufa terá que perder, no mínimo, por duzentos pontos — disse Jorge.
— Mas se eles vencerem Corvinal...
— Nem pensar, Corvinal é bom demais. Mas se Sonserina perder para Lufa-Lufa...
— Tudo depende do número de pontos, uma margem de cem pontos a mais ou a menos...
Harry ficou deitado ali, sem dizer uma palavra. Tinham perdido... Pela primeira vez na vida, ele perdera uma partida de Quadribol.
– Sinceramente Harry, – Hermione disse depois de secar uma lágrima – você havia acabado de ouvir uma coisa terrivel como essa, e estava mais preocupado com o quadribol?
– Às vezes é melhor não pensar nas coisas ruins. – Harry disse finalmente soltando-se ligeiramente da mãe e do pai – Se eu não me distraísse seria pior.
Hermione deu um forte suspiro e acenou para que Neville continuasse lendo.
Passados mais ou menos uns dez minutos, Madame Pomfrey veio dizer aos garotos que deixassem Harry em paz.
— A gente volta para ver você mais tarde — disse Fred. — Não fique se martirizando, Harry, você ainda é o melhor apanhador que já tivemos.
O time saiu, largando lama pelo caminho. Madame Pomfrey fechou a porta depois que eles passaram, uma expressão de censura no rosto. Rony e Hermione se aproximaram mais da cama de Harry.
— Dumbledore ficou realmente furioso — contou Hermione com a voz trêmula. — Nunca vi o diretor assim antes. Ele correu para o campo quando você começou a cair, agitou a varinha e você meio que desacelerou antes de bater no chão. Depois, virou a varinha para os dementadores. Disparou uma coisa prateada contra eles. Os caras abandonaram o estádio na mesma hora... Ele ficou furioso que os dementadores tivessem entrado nos terrenos da escola. Ouvimos ele...
– Deve ter sido um Patrono muito poderoso para botar cem dementadores para correr. – Sirius disse ainda com a voz abafada.
— Aí ele usou a magia para botar você numa padiola — disse Rony. — E saiu a pé até a escola, com você flutuando do lado, na padiola. Todo mundo pensou que você estava...
A voz dele foi morrendo, mas Harry nem notou. Estava pensando no que os dementadores tinham feito a ele... Na voz que gritava. Ergueu os olhos e deparou com Rony e Hermione observando-o com tanta aflição que na mesma hora ele procurou uma coisa banal para dizer.
— Alguém apanhou a minha Nimbus?
Rony e Hermione se entreolharam depressa.
— Hum...
— Que foi? — perguntou Harry, olhando de um para o outro.
— Bem... Quando você caiu a vassoura foi levada pelo vento — disse Hermione, hesitante.
– Não! – Tiago disse apreensivo.
— E?
— E bateu... Bateu... Ah, Harry... Bateu no Salgueiro Lutador.
– Não! – Lupin exclamou ainda mais alto do que Tiago havia.
As entranhas de Harry reviraram. O Salgueiro Lutador era uma árvore violenta que se erguia sozinha no meio da propriedade.
— E? — insistiu ele, temendo a resposta.
— Bem, você conhece o Salgueiro Lutador — disse Rony. — Ele... Ele não gosta que batam nele.
— O Profº. Flitwick trouxe a vassoura de volta pouco antes de você recuperar os sentidos — disse Hermione com uma voz mínima.
Devagarinho, ela foi se abaixando para apanhar uma saca aos seus pés, despejou-a, e caíram na cama uns pedacinhos de madeira e gravetos, tudo que restava da fiel vassoura de Harry, enfim derrotada.
– Não acredito nisso. – Sirius bufou desolado – É tudo minha culpa. Se não fosse por mim os dementadores não estariam em Hogwarts e tudo estaria bem...
– Sirius, nada estava bem com você preso em Azkaban! – Tiago gritou irritado.
– Mas pelo menos Harry estava bem! – Sirius gritou de volta levantando-se do sofá onde estava e indo em direção ao banheiro.
Tiago fez menção de ir atrás dele, mas Lily o impediu e ela mesma foi até a porta do banheiro esperar por ele.
– Não estou querendo conversar agora. – Sirius disse assim que viu Lily do lado de fora do banheiro.
– Sirius. – Lily disse com carinho – Você não tem culpa por nada disso. E tenho certeza de que até o final todos vão saber disso tanto quanto Tiago e eu sabemos. Apenas tente ficar bem, se não por você mesmo, por Tiago... Ele precisa de você.
– Você tem razão. – Sirius suspirou e juntos voltaram para a sala.
Frank pegou o livro que Neville havia deixado em cima da mesinha de centro e abriu no próximo capítulo.
– Capítulo X – O mapa do Maroto.
Olá leitores mais queridos desse mundo! A maioria de vocês sabe que estou em época de provas na faculdade e por isso não tenho tido muito tempo para escrever, ainda estou presa no capítulo 11, e estou começando a ficar realmente apreensiva em relação à frequencia de postagens da fic, mas vou me esforçar para chegar pelo menos ao capítulo 12 nessa semana.
- Saphyra Malfoy: Acredito que seja nova por aqui. Então seja muito bem-vinda à fic, fique a vontade para comentar e dar sua opinião sempre.
- Mabí: Fico feliz de saber que apesar de não ter comentado até agora, esteve sempre conosco (mas eu gosto muito de receber comentários, então continue comentando!). Eu acho que nariz de tomate é bem o tipo de coisa que Tiago faria de brincadeira com alguém, principalmente por que ele adora transfiguração. O Frank é apaixonado pela Alice, ele não consegue deixar de defende-la... Logo a Alice amadurece e muda um pouco, voltando a ser quem estavamos acostumadas a ver por ai. Eu vou adorar ver você participando mais do concurso! Adoro quando todos ficam competitivos. Por hora você está com 44 pontos, mas ainda tem tempo de alcançar o topo!
- Julia Evans Potter: Pelo menos está comentando! Fico satisfeita de saber que me acompanhou todo esse tempo. Acho que nariz de tomate é o tipo de feitiço que tem a cara do Tiago, é uma brincadeira completamente inocente, mas bem constrangedora. Em relação à Alice, eu precisava de mais um antagonista na história, para que todas as coisas ruins não caissem sobre Snape, e pelo visto eu consegui fazer de Alice uma antagonista perfeita. Eu também nunca gostei do Snape, ok que ele no fim estava tentando proteger o Harry, mas se ele não tivesse falado da profecia para Voldemort, para começo de conversa, isso não teria sido necessário. Então para mim ele estava apenas tentando consertar as próprias burradas.
- sasa lovegood: Que bom que esse está bom, por que tem sido o mais difícil de escrever até o momento, imagino que OdF vá ser bem difícil também, mas escrever coisas ruins sobre Sirius é complicado demais para mim! E eu sempre imaginei a Gina com uma língua afiada, ela cresceu entre 6 irmãos, ela tinha que ter um jeito de se defender, fora que ela deve ter aprendido muito com Fred e Jorge. Alice é realmente mimada demais, mas ela vai aprender em breve. Eu adorei fazer um momento Gina e Harry, eles estavam precisando depois de todo o tempo que eles passaram separados. Fico feliz que esteja bem, de verdade!
- ste_panza: Acho que a maioria de nós vive entre amor e odio com o Snape. Eu realmente queria colocar a Lily irritada com o Snape por uma coisa que ele realmente fez durante a leitura, não por uma coisa de seu eu-futuro, que ele não fez ainda. A Alice foi a única que se arriscou, o Frank só tentou defender ela, coitadinho, sempre acaba se envolvendo em confusão por causa dela. Acho que a maioria das brincadeiras dos marotos são como nariz de tomate, se bem me lembro houve apenas uma brincadeira mortal, e o Tiago e o Remo nem ao menos faziam parte dela. Tiago vai ficar realmente impossivel quanto ao quadribol daqui a alguns capítulos, especialmente quando Grifinória tiver uma chance real de vencer o campeonato. Lily já ouviu falar de animagia, é claro, mas para ela é uma coisa muito distante, ela não pensaria que alguém próximo a ela seja um. Harry é uma boa pessoa, acho que ele tem paciência com Collin justamente por que ninguém teve paciência com ele enquanto ele crescia... Gostei da ideia de alguém na sala ser "time Cho" quando chegar o momento, acho que pode gerar uns momentos engraçados. A pergunta da Alice não foi ingênua, depois de tudo o que ela falou até agora, você não acredita realmente que ela não fez aquela pergunta maliciosamente? O engraçado é que o Frank não é de ficar julgando os outros, quem julga mesmo é a Alice, ele só fica tentando proteger ela... Acho que eles só vão perceber realmente que todos ali tem um papel importante no último livro mesmo, no sexto eles devem ficar se perguntando por que Snape está ali se ele matou Dumbledore... A Lily está se abrindo para Tiago aos poucos, ela não podia simplesmente agarrar Tiago e pensar "Já que vou ter um filho com ele, é melhor começar de uma vez!" queria que o relacionamento deles fosse doce, sensível e lento, para que se tornasse mais crível. Ela já está obviamente apaixonada por ele, só não sabe se é o momento certo. Eu tenho feito muito poucos jogos por causa das minhas provas, então você ainda vai ter muitas chances quando puder participar!
- MionGinnyLuna: Não precisa se preocupar, já estou bem melhor! E respondi seu comentário pelo Facebook, quando isso acontecer mande o comentário por lá mesmo.
- Mary Potter Malfoy: Hermione provavelmente silenciaria Harry antes que ele tivesse a oportunidade de contar qualquer coisa realmente relevante. Na verdade Tiago realmente acha que salvar o mundo é mais importante do que quadribol, ele pode até ser fanático, mas tem a cabeça no lugar, derrotar Voldemort é mais importante do que quadriol em qualquer momento. Eu gosto de colocar pequenas referencias a coisas que ainda não aconteceram na história, e adoro quando um de vocês percebe alguma delas. Eu realmente espero que você termine de ler todos os livros logo, não tenho nada contra fãs dos filmes, mas os livros são mil vezes melhores e mais completos, não tem como uma pessoa que só viu os filmes ter noção da história completa (já que o filme excluiu várias coisas, inclusive personagens). A carta de Petúnia para Hogwarts pedindo para entrar é verdade, mas acho que nessa época Petúnia não tinha nada contra a magia em geral, ela só queria ficar perto da irmã, pelo menos para mim, ela era a única amiga de Petúnia e de repente foi embora e arranjou novos amigos, acho que no fundo era ciúmes o que ela sentia e depois começou a descontar a raiva na magia. Quando Severo descobriu que Lupin era lobisomen, poucos meses antes da fic começar, Dumbledore fez ele jurar que não contaria, então acho que ele não vai falar, eles vão descobrir pelo livro mesmo. Harry pensava que Snape podia estar envenenando Remo, por isso ele queria derrubar a poção, e por isso que todos acharam graça, acho que você não entendeu. Eu falei para você que se quisesse que eu betasse sua fic era só me falar, mas você não falou mais nada sobre isso... Então não da para te ajudar melhor, né? Mas você está indo muito bem no concurso, 217 pontos é bastante. Tem muita chance de vencer.
- NathaliaHelena: Adorei o nome "Tomarizes", os gêmeos Weasley bem que podiam fazer algum produto com esse nome! O Tiago é o tipo de amigo que qualquer um adoraria ter, fico feliz em dizer que tenho uma amiga desse tipo... Mas são bem raros. O segredo do Remo é o mais bem guardado de todos os segredos das pessoas da sala, mas logo todos vão ficar sabendo...
- Izabella Bella Black: A Lily tem o coração no lugar certo, tanto que em PF ela defendeu Snape o máximo que conseguiu, e o Tiago já estava com os nervos a flor da pele por causa da história do Sirius ser assassino, ninguém deve provocar ele nessas horas. Tiago é o melhor tipo de amigo que existe, fico feliz de ter uma amiga desse tipo pelo menos, eles são bem raros... Tiago realmente foi difícil com Snape durante a escola, mas acho que a diferença é que Tiago cresceu e Snape não, Tiago amadureceu e deixou de azarar Snape (na frente de Lily pelo menos), Snape já adulto formado, descontava a raiva de Tiago no filho dele. Tiago tem a cabeça no lugar certo, apesar dele ser fanático por quadribol, ele sabe que o mundo bruxo é mais importante que o campeonato, isso mostra muito das prioridades dele, igual a Hermione que com o tempo deixou de ter medo de ser expulsa e começou a priorizar as coisas certas! A sala onde eles estão está muito bem selada justamente por causa de vocês que insistem em tentar entrar lá! É claro que Hermione não quer ver ninguém sofrendo, mas eles se comprometeram a deixar a história ser contada na ordem certa, sem interferencias, então tem que manter a palavra! Sirius pensou que Perebas podia ser Pedro, mas nunca acreditaram nisso de verdade por que, para eles, Pedro não tem motivo nenhum para se fingir de bicho de estimação, do mesmo jeito que acham que Bichento não teria. Eu também defendo meus bichinhos com unhas e dentes, mas dai a acreditar na Trelwney é outra história... Não acho que Rony e Hermione vejam tanta diferença na história sob o ponto de vista de Harry por que eles estavam com Harry na maior parte do tempo, deve estar sendo diferente para Gina e Neville. Tia Muriel não é uma Weasley, ela é uma Prewett, ela é tia de Molly, não de Artur.Eu não tinha pensado no pessoal do futuro entregar ao Remo a receita do Mata-cão, mas pode ser uma boa ideia... Mas não sei quem prepararia para ele, Lily talvez? Já que ele não poderia deixar ninguém saber que ele tem essa receita antes mesmo dela ser inventada... Eu nem tinha pensado nisso, adoro os comentários de vocês que me dão ideias. Acho que o problema da pergunta que Alice fez foi o tom malicioso, esse é o grande defeito da Alice, não saber controlar a lingua, é claro que Frank defenderia ela, ele a ama, mas ela mereceu. Lily não está dando foras em Tiago de proposito, ela gosta dele, mas acha que tudo está indo rápido demais, ela acabou de pensar nele como uma boa pessoa e de repente já estaria casada e com filhos? Melhor ir com calma, se conhecer melhor antes de se comprometer ainda mais. Já te falei que entendo bem sua situação com vários gatos tentando chamar sua atenção, coloquei uma foto no grupo de como estou nesse momento, dá uma olhada lá!
- Marlene.M.Black: O Snape está criando esperanças por que quer, em momento algum a Lily disse que não queria ficar com o Tiago, só que não era a hora certa para eles se aproximarem ainda mais do que já estão próximos. E não se preocupe, o Tiago e a Lily são um par perfeito para mim. O Snape e a Alice estavam pedindo para ter um nariz de tomate há muito tempo. Sirius também é meu favorito, acho que dá para perceber né? Qual a sua casa e seu livro preferido da saga? Quase escolhi Recife para minhas próximas férias, mas acabei decidindo ir para Natal.
- Monstra das Bolachas: Eu adoro a amizade dos Marotos, mas especialmente a do Tiago e do Sirius, eles são como irmãos, não irmãos de sangue, muito melhor do que isso, irmãos de alma. Ás vezes eu penso em coisas que vou escrever e na hora que to escrevendo escuto as vozinhas me fazendo escrever coisas completamente diferentes do que eu tinha planejado... Se eu deixasse o Tiago falar tudo o que quer sobre quadribol a fic seria toda sobre quadribol! Mas ele não acha que quadribol é mais importante que salvar o mundo, ele tem a cabeça no lugar, e sabe priorizar as coisas. A Hermione não é má, tadinha, ela só está cuidando de todos, para que ninguém deixe escapar nada, eles se comprometeram a não contar nada que ainda não tenha acontecido no livro, ela só quer que todos mantenham a própria palavra. É igual falei sobre o Tiago e o Sirius serem como irmãos, a Lily e a Petunia são irmãs de verdade e não tem uma relação tão boa quanto a do Tiago com o Sirius, o sangue não é tão importante assim. Eu adoro colocar o Harry próximo da Lily, as semelhanças e afinidades dele com Tiago são muito óbvias, mas ele adora a mãe tanto ou até mais do que ama o pai. O Remo com certeza saberia que o cão gigante preto é o Sirius, e teria que revelar o segredo mais profundo de seus amigos para Dumbledore por que na época ele achava que Sirius era um traidor de verdade. Fiquei realmente feliz que tenha gostado do jeitinho professoral de Remo para explicar o Levicorpus.
- Bia Ginny Potter: Harry e Gina não aguentavam mais ter que fingir que não tinham nada um com o outro, principalmente depois de passarem um ano inteiro afastados pela guerra. Eles se amam de verdade. Não sei bem se o problema da Petúnia começou como inveja, acho que no inicio, quando eram crianças e Lily foi para Hogwarts, era tudo ciúmes, ela tinha ciúmes da irmã ter amigas novas, sendo que antes ela era sua única amiga, e imagino que Petúnia não tenha arrumado muitas amigas depois... E claro que isso evoluiu para inveja. E você tem razão em relação aos Weasley, Percy podia até não ser brincalhão como os irmãos, mas ele era uma boa pessoa, um pouco confuso é claro, mas no fundo bom. E Régulo se sacrificou para tentar acabar com Voldemort, isso é realmente sério! E por favor, não se compare com a Umbridge, aposto que você tem mil e uma qualidades que não vê, ela é apenas uma desgraçada mesmo. Sobre os limites do juramento deles, isso vai aparecer um pouco melhor nos próximos capítulos, mas posso te garantir que um nariz de tomate nunca fez mal de verdade a ninguém, então você pode imaginar como funciona o juramento. Não acho que a Gina, o Tiago, Sirius, Remo e Rony vão ficar muito felizes em saber que o filho do Harry vai se chamar Severo... Mas pelo menos a Lily deve gostar da ideia. Para mim a Rose e o Alvo vão para a Grifinória mesmo, eles devem ser boas pessoas e corajosos, devem se espelhar em seus pais para fazer o bem. Já Scorpius para mim vai para a Sonserina, não que ele seja como o pai dele, acho que Draco cresceu depois de tudo que aconteceu e ensinou coisas certas ao seu filho, mas apesar disso Scorpius vai ter orgulho de ser quem é, não da parte ruim de ser um Malfoy, mas da parte honrosa da história de sua família. Tiago não queria fazer nada demais com a Lily, ele só queria um beijinho ou dois... Desculpa por ter feito você entender outra coisa, hahahaha. Mas eles nem se beijaram ainda, ele não seria atrevido ao ponto de querer mais antes do primeiro beijo.
- Luiza Snape: Snape mereceu ter seu nariz transformado em tomate, ele também não devia sair por ai falando mal do Sirius. E Tiago não vai pedir desculpas por isso, por que ele estava certo. No fim talvez ele peça desculpa por outras coisas, mas não por isso.
- Day Caracas: Quando acabar a série MLHP ou quando tiver mais tempo, vou postar minhas outras fics também, ai você lê! Você ainda tem muito tempo para voltar à liderança, ainda mais agora que está de férias. Assim que eu entrar de férias também suas chances vão dobrar. A Alice merecia ter recebido esse tomate há muito tempo já. Eu tenho muitas ideias para depois do último livro, e colocar o Remo como professor de DCAT definitivo é uma delas. O Snape já sabe Remo é um lobisomem, mas Dumbledore proibiu ele de falar... Então ele só vai poder falar alguma coisa depois que todos souberem. Acho que muito do que o Sirius se tornou foi influencia do Tiago, apesar dele já ir contra a família antes de entrar na escola... A Hermione é muito responsável, ela está cuidando para que ninguém fale o que não deve, não é maldade dela, ela sabe que eles se arrependeriam se falassem demais. Não sei se os Marotos vão conseguir esconder o orgulho pelo mapa... Na fic Sirius ainda pode ser inocentado, tenha um pouco de esperança! O relacionamento do Tiago e da Lily evoluindo aos poucos é bem mais interessante para mim, da a eles mais cumplicidade, faz ela ver quem ele é de verdade!
- Guilherme L.: Eu estive muito viciada no facebook um tempo atrás, mas meus outros vicios são bem mais fortes (livros e séries). Tiago conhece Sirius melhor do que qualquer outra pessoa no mundo, ele vai saber o que pensar quando ler o motivo de Sirius ter sido preso!
- Stehcec: O feitiço do Tiago, do nariz de tomate, foi bem inocente, apenas uma brincadeira, daqui a pouco vocês vão ver que tipo de feitiços é proibido. Ler esses livros vai fazer maravilhas pela auto-estima do Remo, pode ter certeza! Eu deixo Tiago falar de quadribol o quanto ele quiser, quem não deixa é o Sirius, a Lily e o Remo... Os Marotos talvez não consigam segurar a lingua em relação ao mapa, mas isso é no próximo capítulo. A Hermione é muito responsável, ela está cuidando para que ninguém fale o que não deve, não é chatice dela, ela sabe que eles se arrependeriam se falassem demais, afinal eles precisam manter a palavra. Pelo menos você percebe que o Frank não faz nada demais, ele apenas tenta proteger a Alice por que ama ela, mas Tiago tinha que tirar ele do caminho, né? O problema para colocar mais Hinny é que os outros precisam estar dormindo... Se não todos veriam, e só vão dormir de novo daqui uns 7 capítulos. E nós tivemos um momento Tiago/Lily, só não foi o que pensavam. Infelizmente não escrevi muito, culpe meus professores que estão cobrando muito nas provas... Mas logo entro de férias e teremos mais jogos e mais tempo para escrever.
- Hilary J. S. Lestrange: Já respondi seu comentário pelo facebook, mas queria saber se você já arrancou o dente!
- Nath Tsubasa Evans: Com certeza todos tem muito o que evoluir com a leitura dos livros, a única coisa que é impossível é um relacionamento bom entre o Snape e o Tiago, e ninguém espera isso, eles são antagonicos demais. Todos fazem coisas erradas aos 15 anos, a diferença entre o Tiago e o Severo é que o Tiago se arrependeu e amadureceu, e o Severo passou o resto da vida descontando tudo que o Tiago fez no filho dele que era inocente na história, acho ainda pior um professor que pratica Bullying contra os próprios alunos (pergunte para o Neville, para a Hermione, para o Harry e o Rony). é claro que o Snape adolescente ainda tem salvação, senão não seria convidado para a leitura, mas isso não minimiza os erros dele adulto. O Dumbledore mudaria a história de modo que Harry não seria o grande herói que foi, e para mim o herói dessa história tem que ser Harry. Dumbledore tentaria impedir coisas que não devem ser impedidas. Tiago sempre estará ao lado de Sirius, especialmente nos momentos que importam. Eu entendo o que você acha do Sirius ser mais o Depp, ele é mais jovem, o Gary Oldman parece envelhecido demais... Eu também gostaria mais do Depp no papel. Não ligue para o tamanho do comentário, eu gosto dos grandes!
- EllaBlack: Que bom que comentou a tempo de pontuar, mas se eu tivesse postado no dia certo não teria ganhado os pontos... Alice já merecia o nariz de tomate há tempos, acho que Tiago até que teve paciência demais. E eu adorei escrever o momento Hinny.
Quem quiser fazer parte do grupo da fic, onde posto novidades, prévias e enquetes:
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NINGUÉM acertou a frase da semana. Que vergonha heim! Todo mundo que votou fez um ponto só, espero ver vocês acertando a próxima!
Comentários (22)
Acho que o Tiago tem um sério problema de se achar o correto, no cap passado o Snape só falou que a mulher gorda só tinha fugido por causa do Sirius embora ele tenha sido grosso mas ninguém sabe ainda que o Sirius é inocente então eu não acho que o Tiago tenha sido correto. Aliás eu não vejo a hora do Snape Explodir e mandar o Tiago a merda e deixar ele com um feitiço 10x pior do que um nariz de tomate. Agora deixa eu te falar uma coisa se o Cedrico é do quinto ano como que ele vai participar do torneio tribruxo?? E n era a Chang que era apanhadora???? Pelo que eu me lembro o Cedrico era só o capitão do Time. A fic tá boa, continua mas quero socar o Tiago. Bjs
2014-06-08Olá *o* antes de mais, esta leitora vai exprimir eufuria: PELAS BARBAS DE MERLIN, O PRÓXIMO É O MAPA MAROTO, OMG, FALTA QUANTO TEMPO MESMO? Já passou a eufuria, já posso escrever.Ok, tu agora foste má e eu chorei mesmo ao ouvir a morte da Lily. Eu chorei e chorei muito, foi muito triste e eu não acho isso bem poxa! É tão, tão, tão, tão, tão, tão, tão, tão, tão, tão, tão, tão, tão, tão triste que eu fiz um lago cá em casa para o Lukas nadar!Depois, foi muito duro essa parte da Tia Minie ficar assim. Eu já sabia desse premonor, mas assim fiquei muito mais triste com isso. A minerva era mesmo muito amável com eles :‘(Ok, agora quem nunca viu um cão preto a assitir quidditch na chuva? É a cena mais normal, eu no outro dia vi um ai na rua a ver quidditch! Sinceramente, a alice não tem um grão de inteligencia para saber que devia de se rir? OoBom, agora, eu espero que o próximo capítulo seja bom, senão eu terei de ir para Sto Mungus! É o meu capitulo favorito do livro favorito, e estou aqui a tentar imaginar a cara do James.
2014-06-08