O Caldeirão Furado



– O Caldeirão Furado.


– É claro que vai ser um capítulo sobre o tempo de Harry no beco diagonal. – Frank disse dando de ombros.
    Severo revirou os olhos, às vezes seus companheiros de leitura faziam comentários idiotas de tão óbvios.


Harry levou vários dias para se acostumar àquela estranha liberdade nova.
Nunca antes ele pudera se levantar quando quisesse nem comer o que lhe desse vontade. Podia até ir aonde desejasse, desde que não saísse do Beco Diagonal, e como essa longa rua de pedras era repleta das lojas de magia mais fascinantes do mundo, Harry não sentia desejo algum de romper a palavra dada a Fudge e voltar ao mundo dos trouxas.
Todas as manhãs ele tomava o café no Caldeirão Furado, onde gostava de observar os outros hóspedes: bruxas do interior, franzinas e engraçadas, que vinham passar o dia fazendo compras; bruxos de aspecto venerável discutindo o último artigo do Transfiguração Hoje; bruxos de ar amalucado; anões de voz roufenha; e, uma vez, alguém, que tinha a aparência suspeita de uma bruxa malvada, pedira um prato de fígado cru, o rosto semi-escondido por uma carapuça de lã.


– Sempre cheio de pessoas agradáveis o Caldeirão Furado. – Sirius disse soturno, ainda não havia recuperado o bom humor que lhe era característico.


Depois do café Harry saía para o pátio dos fundos, puxava a varinha, batia no terceiro tijolo a contar da esquerda, acima do latão de lixo, e se afastava enquanto se abria na parede o arco para o Beco Diagonal.
O garoto passou os dias longos e ensolarados explorando as lojas e comendo à sombra dos guarda-sóis de cores vivas à porta dos cafés, em que os seus companheiros de refeição mostravam uns aos outros as compras que tinham feito ("é um lunascópio, meu amigo — é o fim dessa história de mexer com tabelas lunares, me entende?") ou então discutiam o caso de Sirius Black ("pessoalmente, não vou deixar nenhum dos meus filhos sair sozinho até que ele esteja outra vez em Azkaban").


– Como se eu fosse sair por ai matando criancinhas. – Sirius bufou.
– É o que eles pensam que você faz... – Frank disse nervoso.
– Mas NÓS que somos seus amigos sabemos que é um absurdo. – Tiago disse com os dentes trincados, olhando diretamente para Frank e Alice.
    Gina voltou a ler rápido, antes que Tiago ficasse ainda mais irritado.


Harry não precisava mais fazer os deveres de casa debaixo das cobertas, à luz de uma lanterna; agora podia se sentar à luz do sol, na calçada da Sorveteria Florean Fortescue, terminar suas redações e até contar com a ajuda ocasional do próprio Florean, que, além de conhecer a fundo as queimas de bruxas em fogueiras, ainda oferecia a Harry, a cada meia hora, sundaes de graça.


– O Florean é um cara legal. – Tiago disse com um meio sorriso – Ele sempre ouvia as sugestões de Pedro para sabores novos.
– Como o sundae de cerveja amanteigada com calda de cerejas. – Remo disse rindo – Esse ele disse que vendeu bem...
– Foi o Pedro quem inventou isso? – Alice perguntou rindo – Achei horroroso!
– Mas como o Pedro ficou intimo do Florean a ponto de sugerir sabores? – Lily perguntou franzindo a testa.
– Fortescue é amigo da minha família há muitos anos. – Tiago deu de ombros – Sempre que passávamos pela sorveteria ele vinha falar comigo. Então apresentei ele ao Pedro.


Depois de ter reabastecido a carteira com galeões de ouro, sicles de prata e nuques de bronze retirados do seu cofre no Gringotes, Harry precisava se controlar muito para não gastar tudo de uma vez. Precisava se lembrar o tempo todo de que ainda lhe faltavam cinco anos de escola e que se sentiria mal em pedir dinheiro aos Dursley para comprar livros de bruxaria,


– Harry, – Rony disse revirando os olhos – eu vi a quantidade de dinheiro que você tem no cofre, você não conseguiria gastar tudo nem se quisesse.
– Eu nunca tive muita noção de quanto dinheiro eu tinha. – Harry disse dando de ombros.
– Mais uma característica do Tiago. – Remo disse rindo.


e se segurou para não comprar um belo conjunto de bexigas de ouro maciço (um jogo de bruxos parecido com o de bolas de gude, em que as bolas espirram um líquido fedorento na cara do outro jogador quando ele perde um ponto).


– É bom mesmo que não tenha comprado. – Gina parou de ler por um momento e disse olhando para Harry – Você nem gosta de jogar bexigas.
    Severo revirou os olhos para o garoto, ele estava disposto a comprar um jogo de que nem gostava de ouro maciço apenas para aparecer, era igualzinho ao pai.


Harry se sentiu tentadíssimo, também, por um modelo perfeito de uma galáxia em movimento, dentro de um grande globo de vidro, e que teria significado que ele jamais precisaria assistir a uma aula de astronomia na vida.


– Mesmo assim você teria que frequentar as aulas de astronomia. – Hermione disse revirando os olhos.


Mas a coisa que mais testou a força de vontade de Harry apareceu em sua loja preferida, a Artigos de Qualidade para Quadribol, uma semana depois do menino ter chegado ao Caldeirão Furado.


    Tiago encarou o livro com atenção, Harry estava sempre mostrando os mesmos interesses que ele.


Curioso para saber a razão do ajuntamento diante da loja, Harry foi entrando com jeitinho e se espremendo entre as bruxas e bruxos até conseguir ver um tablado recentemente erguido, em que haviam montado a vassoura mais deslumbrante que ele já vira na vida.
— Acabou de ser lançada... Um protótipo — comentava um bruxo de queixo quadrado para o companheiro.
— É a vassoura mais rápida do mundo, não é, papai? — perguntou a vozinha aguda de um menino mais novo do que Harry, que se pendurava no braço do pai.
— O time internacional da Irlanda acabou de mandar um pedido para sete desses vassourões! — informou o proprietário da loja aos presentes. — E o time é o favorito para a Copa Mundial!
Uma bruxa corpulenta, na frente de Harry, se mexeu e o menino pôde ler o cartaz ao lado da vassoura:
FIREBOLT
Fabricada com tecnologia de ponta, a Firebolt possui um cabo de freixo, superfino e aerodinâmico, acabamento com resistência de diamante e número de registro entalhado na madeira. As cerdas da cauda, em lascas de bétula selecionadas à mão, foram afiladas até atingirem a perfeição aerodinâmica, dotando a Firebolt de equilíbrio insuperável e precisão absoluta. A Firebolt atinge 240km/Hora em dez segundos e possui um freio encantado de irrefreável ação. Cotação a pedido.


– Isso sim vale a pena! – Tiago disse encantado – 240km/h é fenomenal! 
– Tiago, está escrito cotação a pedido, deve custar uma fortuna! – Lily disse espantada.
– Não importa! – Tiago e Rony disseram juntos.


Cotação a pedido... Harry nem queria pensar quanto ouro a Firebolt custaria. Jamais desejara tanto alguma coisa em toda a sua vida — mas jamais perdera uma partida de Quadribol com a sua Nimbus 2000, e qual era a vantagem de esvaziar seu cofre no Gringotes para comprar uma Firebolt, quando já possuía uma excelente vassoura?


– Uma vassoura melhor sempre vale a pena! – Tiago disse animado, Lily e Severo reviraram os olhos para ele.


Harry não pediu a cotação, mas voltou, quase todos os dias depois disso, só para admirar a Firebolt.
Havia, no entanto, coisas que Harry precisava comprar.
Ele foi à Botica para reabastecer seu estoque de ingredientes para poções e, como agora suas vestes escolares estavam vários centímetros mais curtas nos braços e nas pernas, ele visitou a Madame Malkin — Roupas para Todas as Ocasiões e comprou novos uniformes.
E, o mais importante, tinha que comprar os novos livros para o ano letivo, que incluiriam duas novas matérias: Trato das Criaturas Mágicas e Adivinhação.


    Hermione não conseguiu resistir e revirou os olhos para adivinhação.


Harry teve uma surpresa quando parou para olhar a vitrine da livraria. Em vez da decoração habitual com livros de feitiçaria gravados a ouro, do tamanho de lajotas, havia uma grande gaiola de ferro com uns cem exemplares de O Livro Monstruoso dos Monstros. Páginas arrancadas voavam para todo o lado, enquanto os livros se agrediam e se atracavam em furiosas lutas livres e mordidas agressivas.
Harry puxou a lista de livros do bolso e consultou-a pela primeira vez.
O Livro Monstruoso dos Monstros estava arrolado como o livro-texto para a matéria Trato das Criaturas Mágicas.


– Falei que seria o livro texto. – Alice disse com tom superior – Só me pergunto como os alunos vão abrir o livro para estudar.


Agora ele compreendia por que Hagrid dissera que o livro futuramente seria útil. Sentiu alívio; andara imaginando se o amigo ia querer ajuda para cuidar de um novo bicho de estimação apavorante.


– Conhecendo bem o Hagrid poderia ser isso mesmo. – Lily disse rindo, depois sua expressão mudou para séria – No primeiro livro Hagrid conseguiu um dragão, no segundo Harry e Rony conheceram a acromântula de Hagrid... Espero que ele não arrume nenhum bichinho de estimação dessa vez.
– Isso sem contar o cão de três cabeças. – Frank disse dando de ombros.


Quando Harry entrou na Floreios e Borrões, o gerente veio correndo ao seu encontro.
— Hogwarts? — perguntou o homem sem rodeios. — Veio comprar os seus livros?
— Vim. Preciso...
— Saia do caminho — disse o gerente empurrando Harry para o lado com impaciência. Em seguida, puxou um par de luvas muito grossas, apanhou um bengalão nodoso e rumou para a porta da gaiola em que estavam os exemplares de O Livro Monstruoso dos Monstros.


– Que vendedor nervosinho. – Neville disse rindo – Ele devia ter esperado para saber que livros você queria, afinal nem todos os alunos de Hogwarts cursam trato das criaturas mágicas. Ele gritou de pavor quando fui comprar o meu.


— Espere aí — disse Harry depressa — já tenho um desses.
— Já? — Uma expressão de imenso alívio espalhou-se pelo rosto do gerente. — Graças a Deus. Já fui mordido cinco vezes esta manhã...
Um barulho alto de papel rasgado cortou o ar; dois livros monstruosos tinham agarrado um terceiro e começavam a destruí-lo.
— Parem com isso! Parem com isso! — exclamou o gerente, enfiando a bengala pelas grades e separando os livros à força. — Nunca mais vou ter essas coisas em estoque, nunca mais! Tem sido uma loucura! Pensei que já tínhamos visto o pior quando compramos duzentos exemplares de O livro Invisível da Invisibilidade, custaram uma fortuna e nunca achamos os livros... Bem... Tem mais alguma coisa em que possa lhe servir?


– Um tanto idiota comprar um estoque de livros invisíveis. – Sirius disse amargo.


— Tem — disse Harry, consultando a lista de livros —, preciso de Esclarecendo o Futuro, de Cassandra Vablatsky.
— Ah, vai começar a estudar Adivinhação? — perguntou o gerente descalçando as luvas e conduzindo Harry ao fundo da loja, onde havia um canto reservado para esse assunto. Em uma mesinha estavam empilhados livros como Prevendo o imprevisível; Proteja-se Contra Choques e Bolas rachadas; Quando a Sorte se Transforma em Azar.
— Aqui está — disse o gerente, que subira em um escadote para apanhar um livro grosso, encadernado de preto. — Esclarecendo o Futuro. Um bom guia para todos os métodos básicos de adivinhação do futuro, quiromancia, bolas de cristal, tripas de aves...
Mas Harry não estava escutando. Seu olhar havia pousado em outro livro, que fazia parte de um arranjo em outra mesinha: Presságios de morte: O que fazer quando se sabe que vai acontecer o pior.
— Ah, eu não leria isso se fosse você — disse o gerente de passagem, procurando ver o que Harry estava olhando. — Você vai começar a ver presságios de morte por todo lado. Só isso já é suficiente para matar a pessoa de medo.
Mas Harry continuou a encarar a capa do livro; tinha um cão preto do tamanho de um urso, com olhos brilhantes, que lhe parecia estranhamente familiar...


– Você não vai cismar que aquele cão que você viu quando fugiu dos trouxas era um sinistro, não é? – Tiago perguntou para Harry sério – Por que eu tenho certeza de que não era, devia ser apenas um cão...
– Podia ser o sinistro. – Alice disse dando de ombros – Ele quase foi atropelado pelo Nôitibus logo depois de ver o cão.
– Não era o sinistro. – Remo disse categórico.


O gerente pôs nas mãos de Harry o livro Esclarecendo o Futuro.
— Mais alguma coisa? — perguntou.
— Sim — respondeu Harry, desviando o olhar dos olhos do cão e consultando, meio atordoado, a lista. — Ah... Preciso de Transfiguração para o Curso Médio e de O Livro Padrão de Feitiços, 3º série.
Harry saiu da Floreios e Borrões dez minutos depois, com os livros debaixo do braço, e tomou o rumo do Caldeirão Furado sem reparar aonde ia, esbarrando em várias pessoas.
Subiu as escadas fazendo barulho, entrou em seu quarto e despejou os livros em cima da cama. Alguém estivera ali limpando o quarto; as janelas abertas deixavam entrar o sol. Harry ouviu os ônibus passarem lá embaixo, na rua dos trouxas que ele não via, e o som dos transeuntes invisíveis no Beco Diagonal. Viu de relance o seu reflexo no espelho acima da pia.
— Não pode ter sido um presságio de morte — disse à sua imagem em tom de desafio. — Eu estava entrando em pânico quando vi aquela coisa na Rua Magnólia... Provavelmente era apenas um cão sem dono...
Ele ergueu a mão automaticamente e tentou achatar os cabelos.
— Você está empenhado em uma batalha perdida, meu querido — disse sua imagem com a voz rouca.


– Sua imagem no espelho tem razão, – Gina disse sorrindo para Harry – arrumar seu cabelo é uma batalha perdida.


À medida que os dias se passavam, Harry começou a procurar por todo lugar aonde ia um sinal de Rony ou de Hermione. Muitos alunos de Hogwarts vinham ao Beco Diagonal agora, com a proximidade do ano letivo. Harry encontrou Simas Finnigan e Dino Thomas, companheiros da Grifinória, na Artigos de Qualidade para Quadribol, onde eles também haviam parado para namorar a Firebolt; encontrou também o verdadeiro Neville Longbottom, um menino de rosto redondo e muito desmemoriado, à porta da Floreios e Borrões. Harry não parou para conversar; Neville parecia ter extraviado a lista de livros e estava levando um carão da avó, uma senhora de aparência colossal.


– Eu esqueci a lista em casa – Neville disse dando de ombros – vovó ficou uma fera. Disse que meu pai nunca esquecia as coisas...
– Ela não está tão certa assim. – Alice disse rindo – Eu posso até esquecer objetos e senhas, e horários, mas nunca esqueci um aniversário... Frank nem se lembrou do aniversário do nosso primeiro beijo. – Ela disse fazendo bico.
– Você quer que eu lembre de todas as datas do nosso namoro, mas parece que cada dia você inventa uma data nova. – Frank disse revirando os olhos.


Harry desejou que a senhora jamais descobrisse que ele fingira ser Neville quando estava fugindo do Ministério da Magia.
Harry acordou no último dia de férias, com o pensamento de que finalmente iria se encontrar com Rony e Hermione no dia seguinte, no Expresso de Hogwarts. Levantou-se, se vestiu e saiu para dar uma última espiada na Firebolt, e estava pensando onde iria almoçar, quando alguém gritou seu nome e ele se virou.
— Harry! HARRY!
E ali estavam eles, os dois, sentados na calçada da Sorveteria Florean Fortescue. Rony parecendo incrivelmente sardento, Hermione muito bronzeada, os dois acenando para ele freneticamente.
— Finalmente! — exclamou Rony, rindo-se enquanto o amigo se sentava. — Fomos ao Caldeirão Furado, mas disseram que você tinha saído, fomos à Floreios e Borrões, à Madame Malkin e...
— Comprei todo o meu material escolar na semana passada — explicou Harry. — E como é que vocês sabiam que eu estava hospedado no Caldeirão Furado?
— Papai — disse Rony com simplicidade.
O Sr Weasley, que trabalhava no Ministério da Magia, é claro que soubera da história toda que acontecera com a tia Guida.
— É verdade que você transformou a sua tia em um balão? — perguntou Hermione num tom muito sério.
— Eu não tive intenção — respondeu Harry, enquanto Rony rolava de rir.— Simplesmente... Perdi o controle.


– Agora eu entendo, Harry. – Hermione disse ainda mais séria do que estivera no dia que soube.


— Não tem a menor graça, Rony. — disse Hermione rispidamente. — Francamente, fico admirada que Harry não tenha sido expulso.
— Eu também — admitiu Harry. — E nem expulso, pensei que ia ser preso. — E olhou para Rony. — Seu pai não sabe por que Fudge não me castigou, sabe?
— Provavelmente porque era você, não é? — Rony sacudiu os ombros ainda rindo. — O famoso Harry Potter e tudo o mais. Eu nem gostaria de ver o que o Ministério faria comigo se eu transformasse minha tia em balão. Mas não se esqueça, eles teriam que me desenterrar primeiro, porque mamãe já teria me matado antes. Em todo o caso, pode perguntar ao papai hoje à noite. Estamos hospedados no Caldeirão Furado, também! Assim você pode ir para a estação de King’s Cross conosco amanhã! Hermione também está lá!


– Isso é um pouco estanho... – Tiago disse coçando a cabeça.
– O que? – Lily perguntou curiosa.
– Por que os Weasley, que poderiam simplesmente voltar para casa pela rede de flu, gastariam dinheiro ficando em uma hospedaria? – Tiago disse pensativo – Mesmo tendo ganhado um bom dinheiro da loteria, não seria melhor guardar para coisas mais importantes do que passar uma noite no Caldeirão Furado? Não acho que Molly seja perdulária...
– Mamãe não é. – Gina disse dando de ombros.
– Então eles tem outro motivo para ficar no Caldeirão Furado... – Tiago disse.
– Talvez a Sra. Weasley não estivesse com vontade de cuidar da casa... – Alice sugeriu.
– Ainda assim isso não faz sentido. – Tiago disse revirando os olhos – Os Weasley não estariam pagando apenas um quarto, eles estavam com cinco filhos. Seriam pelo menos quatro quartos, não vejo Molly gastando todo esse dinheiro sem um bom motivo.


A garota confirmou com a cabeça, radiante.
— Mamãe e papai me deixaram lá hoje de manhã com todas as minhas coisas de Hogwarts.
— Fantástico! — exclamou Harry feliz. — Então você já comprou os livros e todo o resto?
— Olhe só para isso — disse Rony, tirando uma caixa comprida e fina de uma sacola e abrindo-a. — Uma varinha nova em folha. Trinta e cinco centímetros e meio, salgueiro, contendo um fio de cauda de unicórnio. E compramos todos os nossos livros... — Ele apontou para uma grande saca embaixo da cadeira. — E aqueles livros monstruosos, hein? O balconista quase chorou quando dissemos que queríamos dois.


– Pelo menos agora você tem uma varinha que te escolheu, sua magia deve melhorar muito. – Remo disse sorrindo para Rony.


— E isso tudo o que é, Mione? — perguntou Harry, apontando não para uma, mas para três sacas estufadas na cadeira junto à amiga.
— Bem, é que vou fazer mais matérias novas do que vocês, não é? Comprei os livros de Aritmancia, de Trato das Criaturas Mágicas, de Adivinhação, de Estudo das Runas Antigas, de Estudo dos Trouxas...


– E para que você vai fazer Estudo dos Trouxas? – Lily e Remo questionaram ao mesmo tempo.
– Eu achava que ver os trouxas pela perspectiva dos bruxos seria fascinante. – Hermione respondeu dando de ombros.
– Mas você não pretendia comer ou dormir naquele ano, não é? – Sirius perguntou – Nem sei se da para fazer todas essas matérias... Não acho que caiba na grade de horários...
– Sirius tem razão. – Remo disse encarando Hermione – Como é possível que você tenha feito mais matérias do que cabe no horário no seu terceiro ano?
    Hermione mordeu o lábio nervosamente enquanto fazia sinal para que Gina voltasse a ler.


— Para que é que você vai fazer Estudo dos Trouxas? — perguntou Rony, revirando os olhos para Harry. — Você nasceu trouxa! Sua mãe e seu pai são trouxas! Você já sabe tudo sobre trouxas!
— Mas vai ser fascinante estudar os trouxas do ponto de vista dos bruxos — disse Hermione muito séria.
— Você está planejando comer ou dormir este ano, Mione? — perguntou Harry, enquanto Rony dava risadinhas abafadas. A garota não ligou para os dois.
— Ainda tenho dez galeões — disse ela examinando a bolsa.
— É meu aniversário em setembro, e mamãe e papai me deram um dinheiro para eu comprar um presente de aniversário antecipado.
— Que tal um bom livro? — perguntou Rony inocentemente.
— Não, acho que não — disse Hermione controlando-se. — O que eu quero mesmo é uma coruja. Quero dizer, Harry tem a Edwiges e você tem o Errol...


– Não sei se da para contar Errol como uma coruja... – Frank disse – Ele está cada dia pior, não sei como ainda consegue viajar.
– Ele não devia voar longas distancias. – Gina disse olhando feio para Rony – Nem carregar pacotes pesados.


— Não tenho, não — respondeu Rony. — Errol é uma coruja de família. Meu mesmo só tenho o Perebas. — E tirou o rato de estimação do bolso. — Quero mandar examinar ele — acrescentou, pousando Perebas na mesa a que estavam sentados. — Acho que o Egito não fez bem a ele.
Perebas estava mais magro do que de costume, e seus bigodes pareciam decididamente caídos.


– Sempre que falam desse rato eu me lembro do rato do nosso dormitório. – Sirius disse coçando a cabeça.
– Não pode ser ele, Sirius. – Remo disse categórico, tinha medo que o amigo revelasse sem querer seu segredo.


— Tem uma loja para criaturas mágicas ali. — disse Harry, que agora conhecia o Beco Diagonal como a palma da mão. — Você podia ver se eles têm algum produto para o Perebas, e Mione podia comprar a coruja.
Assim dizendo, eles pagaram os sorvetes e atravessaram a rua para ir a Animais Mágicos.
Não havia muito espaço dentro da loja. Cada centímetro das paredes estava escondido por gaiolas. Era malcheirosa e barulhenta porque os ocupantes das gaiolas guinchavam, gritavam, palravam, sibilavam. A bruxa ao balcão estava ocupada ensinando a um bruxo como cuidar de um tritão com dois rabos, por isso Harry, Rony e Hermione aguardaram, examinando as gaiolas.
Havia dois enormes sapos roxos que engoliam, com um ruído aquoso, um banquete de moscas-varejeiras mortas. Uma tartaruga gigante, o casco incrustado de pedras preciosas, cintilava junto à janela. Lesmas venenosas, cor de laranja, subiam lentamente pela parede do seu aquário, e um coelho branco e gordo não parava de se transformar em cartola de cetim e novamente em coelho, com um grande estalo. Havia ainda gatos de todas as cores, uma gaiola barulhenta de corvos, uma cesta de engraçadas bolas de pêlo creme que zuniam alto, e, em cima do balcão, um galoião de ratos negros e luzidios que brincavam de dar saltos se apoiando nos longos rabos lisos.
O bruxo do tritão de dois rabos saiu e Rony se aproximou do balcão.
— É o meu rato — disse à bruxa. — Ele tem andado meio indisposto desde que voltamos do Egito.
— Põe ele aqui no balcão — pediu a bruxa, tirando do bolso um par de pesados óculos de armação preta.
Rony catou Perebas do bolso interno e depositou-o ao lado da gaiola dos seus companheiros de espécie, que pararam os saltitos e correram para as grades para ver melhor.
Como todo o resto que Rony possuía, Perebas, o rato, era de segunda mão (pertencera ao irmão de Rony, Percy) e era um pouco maltratado. Ao lado dos reluzentes ratos na gaiola, ele parecia particularmente lastimável.
— Hum — fez a bruxa, levantando Perebas. — Que idade tem esse rato?
— Não sei — respondeu Rony. — Ele é bem velho. Foi do meu irmão.
— Que poderes ele tem? — perguntou a bruxa, examinando Perebas atentamente.
— Ah... — A verdade é que Perebas jamais revelara o menor vestígio de poderes interessantes, o olhar da bruxa se deslocou da orelha esquerda e esfiapada de Perebas para a pata dianteira, que tinha um dedinho a menos, e deu um muxoxo alto.
— Este aqui já sofreu muito na vida — disse ela.
— Já estava assim quando Percy me deu — respondeu Rony se defendendo.
— Não se pode esperar que um rato comum ou rato de jardim como esse viva mais do que uns três anos — disse a bruxa.


– Ela tem razão... – Alice disse franzindo a testa – Talvez Perebas tenha algum poder oculto. Ele está vivo há tempo demais para um rato comum...


— Agora se o senhor estiver procurando alguma coisa mais resistente, talvez goste de um desses...
Ela indicou os ratos negros, que imediatamente recomeçaram a saltar. Rony resmungou:
— Exibidos.
— Bem, se o senhor não quiser outro, pode experimentar um tônico para ratos — disse a bruxa, levando a mão embaixo do balcão e apanhando um frasquinho vermelho.
— Está bem. Quanto...
Rony se encolheu quando uma coisa enorme e laranja saiu voando do teto da gaiola mais alta e aterrissou na cabeça dele, e em seguida avançou e bufou com violência para Perebas.
— NÃO BICHENTO, NÃO! — gritou a bruxa, mas Perebas escapuliu entre as suas mãos como uma barra de sabão molhado, aterrissou de pernas abertas no chão e disparou para a porta.
— Perebas! — berrou Rony, correndo atrás do rato; Harry seguiu-o.
Os dois levaram quase dez minutos para recuperar Perebas, que se refugiara embaixo de um latão de lixo à porta da Artigos de Qualidade para Quadribol. Rony tornou a enfiar o rato trêmulo no bolso e se endireitou, massageando os cabelos.
— Que foi aquilo?
— Ou um gato muito grande ou um tigre muito pequeno — disse Harry.
— Aonde foi a Mione?
— Provavelmente comprando a coruja.
Eles refizeram o caminho pela rua apinhada de gente até a Animais Mágicos. Quando iam chegando, viram Hermione sair, mas ela não trazia coruja alguma. Seus braços envolviam com firmeza um enorme gato laranja.


– Você comprou o gato que tentou engolir o rato do seu amigo? – Alice perguntou alarmada.
    Hermione não disse nada, apenas indicou que Gina continuasse lendo.


— Você comprou aquele monstro? — perguntou Rony, boquiaberto.
— Ele é lindo, não é? — disse Hermione radiante.
Era uma questão de opinião, pensou Harry. A pelagem do gato era espessa e fofa, mas ele decididamente tinha pernas arqueadas e uma cara de poucos amigos, estranhamente amassada, como se tivesse batido de frente numa parede de tijolos. Agora que Perebas não estava à vista, porém, o gato ronronava satisfeito nos braços de Hermione.
— Mione, essa coisa quase me escalpelou! — reclamou Rony.
— Foi sem querer, não foi, Bichento? — perguntou Hermione.
— E o que vai ser do Perebas? — disse o menino apontando para o calombo no bolso do peito.
— Ele precisa de descanso e sossego! Como é que vai ter isso com esse bicho por perto?
— Isto me lembra que você esqueceu o seu tônico para ratos — disse Hermione, batendo o frasco vermelho na mão de Rony. — E pare de se preocupar, Bichento vai dormir no meu dormitório e Perebas no seu, qual é o problema? Coitado do Bichento, a bruxa disse que ele está na loja há séculos; ninguém quis o gato.
— Por que será? — perguntou Rony com sarcasmo, a caminho do Caldeirão Furado.
Encontraram o Sr. Weasley sentado no bar, lendo o Profeta Diário.
— Harry! — exclamou ele, erguendo a cabeça e sorrindo. — Como vai?
— Bem, obrigado — respondeu o garoto enquanto ele, Rony e Hermione se reuniam ao Sr. Weasley com todas as compras que tinham feito.
O Sr. Weasley pôs o jornal de lado e Harry viu a foto de Sirius Black, agora muito sua conhecida, encarando-o.
— Então eles ainda não pegaram o homem? — perguntou.


– Além de ser o primeiro a fugir de Azkaban, – Tiago disse sorrindo para Sirius – ainda está dando um bocado de trabalho para o ministério.


— Não — respondeu o Sr. Weasley, parecendo muito sério. — O Ministério nos tirou do nosso trabalho normal para tentar encontrá-lo, mas até agora não tivemos sorte.
— Nós receberíamos uma recompensa se o apanhássemos? — perguntou Rony. — Seria bom ganhar mais um dinheirinho...
— Não seja ridículo, Rony — disse o Sr. Weasley, que a um olhar mais atento parecia muito tenso. — Black não vai ser apanhado por um bruxo de treze anos. Os guardas de Azkaban é que vão levá-lo de volta, escreva o que digo.


– Eu aposto que eu nunca voltarei a Azkaban. – Sirius estendeu a mão para quem quisesse, ninguém, no entanto, queria apostar aquilo.


Naquele momento a Sra. Weasley entrou no bar, carregada de sacas e acompanhada pelos gêmeos, Fred e Jorge, que iam começar o quinto ano em Hogwarts; Percy, o recém eleito monitor-chefe; e Gina, a caçula e única menina da família.
Gina, que sempre teve um xodó por Harry, pareceu ainda mais constrangida do que de costume, talvez porque o menino lhe salvara a vida no ano anterior, em Hogwarts. Ela ficou muito corada e murmurou um "olá", sem olhar para Harry.


    Gina levantou os olhos para Harry constrangida. Tiago cutucou Lily e lhe mostrou a troca de olhares.


Percy, porém, estendeu a mão solenemente como se ele e o colega jamais tivessem se encontrado e disse:
— Harry. Que prazer em vê-lo.
— Olá, Percy — respondeu Harry, tentando conter o riso.
— Você está bem, espero? — continuou Percy pomposo, durante o aperto de mãos. Parecia até que estava sendo apresentado ao prefeito.
— Muito bem, obrigado...


– O que seu irmão está fazendo? – Sirius perguntou rindo pelo nariz.
– Ele ficou ainda mais pomposo depois que virou monitor-chefe. – Rony disse dando de ombros.


— Harry! — exclamou Fred, empurrando Percy com os cotovelos e fazendo uma grande reverência. — É simplesmente esplêndido encontrá-lo, meu caro...
— Maravilhoso — disse Jorge, empurrando Fred para o lado e, por sua vez, apertando a mão de Harry. — Absolutamente maravilhoso.
— Agora chega — interrompeu-os a Sra. Weasley.
— Mãe! — exclamou Fred como se tivesse acabado de avistá-la, apertando-lhe a mão também: — É realmente formidável encontrá-la...


– Haha! – Tiago riu – Seus irmãos são notáveis, adoraria conhecê-los.
– Eles adorariam conhecer vocês também. – Gina disse sorrindo, depois seu sorriso morreu em seus lábios e ela suspirou profundamente antes de continuar lendo.


— Eu já disse que chega — disse a Sra. Weasley, descansando as compras em uma cadeira vazia. — Olá, Harry, querido. Suponho que tenha sabido das nossas eletrizantes novidades? — Ela apontou para o distintivo de prata novinho em folha no peito de Percy. — É o segundo monitor-chefe na família! — exclamou, inchada de orgulho.
— E o último — resmungou Fred para si mesmo.
— Não duvido nada — disse a Sra. Weasley, franzindo a testa de repente. — Estou reparando que até hoje vocês dois não foram promovidos a monitores.


– Será que ninguém acha que eu e Gina tenhamos a capacidade de nos tornarmos monitores-chefes? – Rony bufou.
– Em dois anos vocês se enfiaram em mais confusões do que qualquer outro Weasley. – Alice disse rindo – Isso contando Fred e Jorge...
– Ela devia achar que Dumbledore não seria louco o bastante para dar autoridade a vocês. – Tiago concordou rindo – Eu pelo menos achava que ele não tinha coragem de me dar autoridade, até receber a carta desse ano...


— E para que é que nós queremos ser monitores? — perguntou Jorge, parecendo se indignar até com a própria ideia. — Isso tiraria toda a graça da vida.
Gina abafou o riso.
— Vocês deviam dar um exemplo melhor para sua irmã! — ralhou a Sra. Weasley.
— Gina tem outros irmãos para lhe dar exemplo, mãe — disse Percy com altivez. — Vou mudar de roupa para o jantar...
Ele desapareceu e Jorge deixou escapar um suspiro.
— Bem que a gente tentou trancar ele numa pirâmide — disse a Harry. — Mas a mamãe flagrou a gente no ato.
O jantar àquela noite foi muito agradável. Tom, o dono do bar-hospedaria, juntou três mesas na sala, e os sete Weasley, Harry e Hermione traçaram cinco pratos maravilhosos.
— Como vamos para a estação de King’s Cross amanhã, papai? — perguntou Fred quando enfiavam a colher em um suntuoso pudim de chocolate.
— O Ministério vai mandar dois carros — disse o Sr. Weasley. Todos ergueram os olhos para ele.
— Por quê? — perguntou Percy, curioso.
— Por sua causa, Percy — disse Jorge, sério. — E vão botar bandeirinhas em cima dos capôs, com as letras TC...
—... Significando Tremendo Chefão — completou Fred.
Todos, à exceção de Percy e da Sra. Weasley, deram risadinhas baixando o rosto para os pudins.
— Por que é que o Ministério vai mandar carros, pai? — Percy repetiu a pergunta, num tom muito digno.
— Bem, como não temos mais nenhum — disse o Sr. Weasley —, e como trabalho lá, eles vão me fazer esse favor...


– Ele está mentindo. – Remo disse categórico.
– Com toda a certeza, deve haver algum outro motivo para mandarem dois carros do ministério. – Tiago disse com um suspiro.
– Provavelmente o mesmo motivo para o ministro ir atrás de um caso de magia praticado por menor. – Severo disse chamando a atenção de todos para si – Black.
    Sirius suspirou e baixou os olhos, Tiago encarou Severo, sabia que ele devia ter razão.
– Eles acham que Sirius está atrás de Harry. – Lily suspirou pesarosa.
– E talvez eu esteja mesmo! – Sirius gritou irritado – Ele é meu afilhado, o filho do meu melhor amigo, eu devo estar tentando encontra-lo, saber se ele está bem! O ministério deve saber disso.
– E devem estar cercando o Harry para tentar te capturar... – Tiago bufou – Isso também explica por que os Weasley ficaram hospedados no Caldeirão Furado, o ministério deve ter pagado os quartos.


Sua voz era displicente, mas Harry não pôde deixar de notar que as orelhas do Sr. Weasley tinham ficado vermelhas, iguais às de Rony quando o pressionavam.
— E ainda bem — disse a Sra. Weasley, animada. — Vocês fazem ideia de quanta bagagem têm juntos? Que bela figura vocês fariam no metrô dos trouxas... Todo mundo já está de mala pronta ou não?
— Rony ainda não guardou todas as coisas novas no malão — disse Percy, com voz de sofredor. — Largou tudo em cima da minha cama.
— É melhor você subir e guardar tudo direito, Rony porque não vamos ter tempo amanhã cedo — disse a Sra. Weasley alto, para o filho sentado mais longe. Rony amarrou a cara para Percy.
Depois do jantar todos se sentiram satisfeitos e cheios de sono.
Um a um foram subindo para os quartos para verificar as coisas para o dia seguinte. Rony e Percy estavam hospedados no quarto ao lado de Harry. Ele acabara de fechar e trancar seu malão quando ouviu vozes zangadas através da parede, e foi ver o que estava acontecendo.
A porta do quarto doze estava entreaberta e Percy gritava:
— Estava aqui, em cima da mesa-de-cabeceira, eu o tirei para polir...
— Eu não peguei, está bem? — berrava Rony em resposta.
— Que está acontecendo? — perguntou Harry.
— Meu distintivo de monitor-chefe sumiu — respondeu Percy virando-se irritado para Harry.
— E o tônico para ratos de Perebas também — falou Rony, jogando as coisas para fora do malão para procurá-lo. — Acho que deixei o frasco no bar...
— Você não vai a lugar nenhum até achar o meu distintivo — berrou Percy.
— Eu vou buscar o remédio do Perebas. Já fiz a mala — disse Harry a Rony, e desceu.
Harry estava no corredor a meio caminho do bar, agora mal iluminado, quando ouviu outras duas vozes zangadas que vinham da sala. Um segundo depois, ele as reconheceu como sendo as do Sr. e da Sra. Weasley. Hesitou, sem querer que eles soubessem que os ouvira discutindo, mas a menção do seu nome o fez parar, e, num segundo momento, se aproximar da porta da sala.


– E agora vamos saber exatamente por que o ministério está tão interessado em manter Harry sob os olhos de seus funcionários. – Remo murmurou.


—... Não faz sentido não contar a ele — o Sr. Weasley dizia, veemente. — O garoto tem o direito de saber. Tentei dizer isso a Fudge, mas ele insiste em tratar Harry como criança. O menino já tem treze anos e...
— Arthur, a verdade iria aterrorizar Harry! — disse a Sra. Weasley com a voz esganiçada. — Você quer mesmo mandar Harry de volta à escola com essa ameaça pairando sobre a cabeça dele? Pelo amor de Deus, ele está feliz sem saber de nada!
— Não quero fazê-lo infeliz, quero deixá-lo de sobreaviso! — retrucou o Sr. Weasley. — Você sabe como são o Harry e o Rony andando por aí sozinhos, já foram parar na Floresta Proibida duas vezes! Mas Harry não pode fazer isto este ano! Quando penso o que poderia ter acontecido a ele na noite em que fugiu de casa! Se o Nôitibus não o tivesse apanhado, aposto que ele estaria morto antes do Ministério encontrá-lo.


– Morto? – Sirius gritou nervoso – Isso é ridículo! Como se eu fosse matar meu próprio afilhado!


— Mas ele não está morto, está são e salvo, então qual é o sentido...
— Molly, dizem que Sirius Black é doido, e talvez seja, mas ele foi suficientemente esperto para fugir de Azkaban, e isto é uma coisa que todos supõem que seja impossível. Já faz três semanas e nem sinal dele, e não dou a mínima para o que Fudge vive declarando ao Profeta Diário, estamos tão próximos de apanhar Black quanto estamos de inventar uma varinha que funcione sozinha. A única coisa de que temos certeza é que Black está atrás de...
— Mas Harry está perfeitamente seguro em Hogwarts.
— Achávamos que Azkaban era perfeitamente segura. Se Black foi capaz de sair de Azkaban, então é capaz de entrar em Hogwarts.


– É claro que sou capaz de entrar em Hogwarts. – Sirius bufou – Conheço esse lugar melhor do que à minha própria casa.
– Eles acham que quer entrar em Hogwarts para matar Harry... – Alice murmurou.
– Mas é claro que ele não quer matar o Harry. – Tiago disse ríspido interrompendo Alice – Sirius é meu amigo de verdade, nunca faria nada de ruim contra meu filho!
    Lily não pode deixar de sentir que aquilo era uma indireta à sua amizade com Severo. 


— Mas ninguém tem realmente certeza de que Black esteja atrás de Harry...
Ouviu-se um baque seco na mesa e Harry não teve dúvida de que o Sr. Weasley tinha dado um soco na mesa.
— Molly, quantas vezes preciso lhe dizer a mesma coisa? A imprensa não noticiou porque Fudge não queria que houvesse escândalo, mas Fudge foi até Azkaban na noite em que Black fugiu. Os guardas lhe disseram que Black andava falando durante o sono havia algum tempo. Sempre as mesmas palavras: "Ele está em Hogwarts... Ele está em Hogwarts." Black é desequilibrado, Molly, e quer ver Harry morto. Se você quer saber, ele acha que se matar Harry vai trazer Você-Sabe-Quem de volta ao poder. Black perdeu tudo naquela noite em que Harry deteve Você-Sabe-Quem, e passou doze anos sozinho em Azkaban pensando nisso...


– O pai de vocês tem razão. – Sirius disse entre dentes encarando Gina e Rony – Eu realmente perdi tudo no dia em que Voldemort tentou matar Harry, mas não o que ele está pensando, perdi meu melhor amigo, praticamente meu irmão. – os punhos de Sirius estavam cerrados, seu corpo todo tremia. Harry o observava nervoso, gostaria de poder consolá-lo, explicar a ele o que estava acontecendo de uma vez, mas não podia.


Fez-se silêncio. Harry chegou mais perto da porta, desesperado para ouvir mais.
— Bem, Arthur, você deve fazer o que acha que é certo. Mas está se esquecendo de Alvo Dumbledore. Acho que nada poderá fazer mal a Harry em Hogwarts enquanto Dumbledore for o diretor. Suponho que ele esteja sabendo de tudo isso.
— Claro que sabe. Tivemos que lhe perguntar se se importava que os guardas de Azkaban tomassem posição junto às entradas da escola. Ele não ficou muito satisfeito, mas concordou.
— Não ficou satisfeito? Por que não ficaria satisfeito, se os guardas estão lá para agarrar o Black?


– Provavelmente por que os dementadores são criaturas das trevas que sugam energia, – Lupin disse com um suspiro – Dumbledore deve estar receoso deles ficarem empolgados demais com todos os sentimentos conflitantes dentro do castelo e saírem de controle...
– Mas eles não sairiam de controle, não é? – Alice perguntou nervosa – O ministério controla eles!
– O ministério acha que controla eles. – Remo disse categórico – Nunca confie em uma criatura das trevas. Voldemort poderia oferecer a eles muito mais alimento do que eles tem em Azkaban... Poderia soltá-los, dar a eles liberdade, coisa que o ministério nunca poderia.


— Dumbledore não gosta dos guardas de Azkaban — disse o Sr. Weasley deprimido. — Nem eu, se você quer saber... Mas estar lidando com um bruxo como Black, por vezes a gente tem que se aliar com gente que se prefere evitar. Se eles salvarem Harry... Então nunca mais direi uma palavra contra eles — disse o Sr. Weasley cansado. — Já está tarde, Molly, é melhor subirmos...
Harry ouviu as cadeiras serem mexidas. O mais silenciosamente que pôde, correu pelo corredor até o bar e desapareceu de vista. A porta da sala se abriu, e alguns segundos depois o ruído de passos lhe informou que o Sr. e a Sra. Weasley estavam subindo as escadas.
O frasco de tônico para ratos estava debaixo da mesa à qual o grupo se sentara mais cedo. Harry esperou até a porta do quarto do Sr. e da Sra. Weasley se fechar, depois tornou a subir levando o vidro.
Encontrou Fred e Jorge agachados nas sombras do patamar, rindo a mais não poder de ouvir Percy desmontar o quarto que ocupava com Rony, à procura do distintivo.
— Está conosco — sussurrou Fred a Harry — Andamos dando uma melhorada nele.
No distintivo agora se lia Tremendo Chefão.


– Pelo menos sempre podemos contar com Fred e Jorge para cortar a tensão. – Frank disse com um suspiro.
    Por algum motivo que a maioria deles desconhecia Gina abaixou os olhos e voltou a ler ao ouvir isso.


Harry forçou uma risada, foi entregar a Rony o frasco de tônico para ratos, depois se trancou em seu quarto e foi se deitar.
Então Sirius Black estava atrás dele. Isto explicava tudo. Fudge ter sido indulgente porque ficara aliviadíssimo de encontrá-lo vivo.
Fizera Harry prometer não sair do Beco Diagonal onde havia um grande número de bruxos para vigiá-lo. E ia mandar dois carros do Ministério para levá-los à estação no dia seguinte, de modo que os Weasley pudessem cuidar de Harry até ele embarcar no trem.


– Tudo isso faria muito sentido se alguém realmente estivesse tentando matá-lo. – Tiago bufou em direção ao livro – E se formos levar em consideração que pela primeira vez desde que começamos a ler ninguém está efetivamente tentando matá-lo, – Tiago continuou olhando para Harry – esse ano vai ser o mais tranquilo da vida de Harry.


Harry ficou deitado ouvindo a gritaria abafada no quarto vizinho e imaginando por que não se sentia mais apavorado.


– Você não se sente apavorado por que no fundo do seu coração você se lembra do Sirius. – Lily disse isso com muito carinho e fez com que Tiago a abraçasse com toda a sua força enterrando o rosto em seus cabelos – Ele é seu padrinho, vocês devem ter passado algum tempo juntos antes... – ela engasgou ligeiramente, não conseguia falar sobre a própria morte.
– Mas é claro que você não se lembra dele conscientemente. – Remo disse dando a Harry e Lily um sorriso – Por isso talvez acredite que ele vá tentar te matar...


Sirius Black matara treze pessoas com uma maldição; O Sr. e a Sra. Weasley obviamente pensavam que Harry entraria em pânico se soubesse da verdade. Mas, por acaso, Harry concordava inteiramente com o Sr, Weasley que o lugar mais seguro da terra era aquele em que Alvo Dumbledore acontecesse de estar. As pessoas não diziam sempre que Dumbledore era a única pessoa de quem Lord Voldemort já tivera medo? Com certeza Black, sendo o braço direito de Voldemort, não teria também igual medo do diretor?


– Na verdade nunca tive medo de Dumbledore. – Sirius disse dando de ombros – Ele nunca descobriu metade do que fizemos aqui... 
– E espero que nunca descubra. – Remo disse temeroso.
– O que vocês fizeram de tão ruim assim? – Lily perguntou se soltando de Tiago ligeiramente, apenas o suficiente para poder olhá-lo nos olhos.
– Se um dia nos casarmos, talvez eu te conte tudo... – Tiago disse dando de ombros.
– São muitos talvez para uma frase só. – Lily disse cruzando os braços sobre o peiro.
– Só que você tem que entender que os segredos que ele esconde não pertencem somente a ele. – Sirius disse trocando um olhar com Remo – Conheço Tiago, ele nunca trairia um amigo...
    Lily deu um suspiro, não podia deixar de entender a posição de Tiago, aconchegou-se novamente em seu colo enquanto Gina continuava lendo.


E agora havia os guardas de Azkaban de quem todos não paravam de falar. Eles pareciam deixar as pessoas paralisadas de pavor e, se estavam de prontidão a toda volta da escola, as chances de Black entrar lá pareciam muito remotas.


– Não tão remotas se você souber por onde entrar... – Sirius deu de ombros.
– Então vocês conhecem passagens secretas para fora da escola? – Alice perguntou abismada.
– Vamos dizer apenas que temos nossos meios. – Tiago respondeu dando de ombros.
– Ou vocês nunca se perguntaram como eles conseguem doces e cerveja amanteigada a qualquer hora? – Frank disse rindo – Vocês deviam dar uma olhada no nosso dormitório às vezes...


Não, considerando tudo, a coisa que mais incomodava Harry era o fato de que suas chances de visitar Hogsmeade agora eram zero.


– Se isso é o que mais te preocupa você é realmente filho do Tiago. – Remo disse rindo e olhando para Harry.


Ninguém iria querer que Harry deixasse a segurança do castelo até Black ser apanhado; aliás, Harry suspeitava que todos os seus movimentos seriam atentamente vigiados até que o perigo passasse.
Olhou zangado para o teto escuro. Será que achavam que ele não sabia se cuidar? Já escapara de Lord Voldemort três vezes; não era um completo inútil...


– Mas você tinha só treze anos, – Lily disse irritada – ninguém esperava que você soubesse se cuidar ou qualquer coisa assim.


Sem que ele quisesse, a imagem do animal nas sombras da Rua Magnólia perpassou sua mente. Que é que se faz quando se sabe que o pior está por vir...
— Eu não vou ser morto — disse Harry em voz alta.
— É assim que se fala, querido — disse seu reflexo, cheio de sono.


– Claro que não vai ser morto! – Tiago disse irritado – Ninguém está tentando te matar!
– Voldemort ainda está por ai, e aposto que ele está tentando matar Harry. – Remo disse dando de ombros.
– Ele deve estar fraco demais para fazer uma aparição esse ano. – Sirius disse com um suspiro.
    Hermione e Rony se entreolharam, sempre se espantavam ao ver quão espertos os marotos são.
– Pelo menos sabemos que esse ano Harry não vai realmente estar em perigo constantemente. – Lily disse dando um suspiro de alivio. 
    Tiago estendeu a mão e pegou o livro das mãos de Gina. 
– Capítulo V – O dementador.




Olá meus leitores mais queridos! Quem acompanha o grupo sabe que só consegui concluir o capítulo 8 da fic recentemente, e estou começando a ficar com medo de alcançar o que já tenho escrito e acabar tendo que deixar vocês esperando muito por capítulos. Eu realmente quero continuar postando uma vez por semana, mas isso anda cada vez mais difícil, espero que, se eu precisar postar menos, vocês entendam.
- Inghara: Vai ser difícil para eles e está sendo difícil para mim. A parte em que Harry descobre TUDO eu ainda não escrevi completamente, tenho só a reação de Tiago... Mas vai ser bem difícil para eles... Muito obrigada pelo apoio!
- Tanisa: Me da dor no coração pensar que todos eles morreram tão cedo. O Tiago e o Remo não puderam criar os próprios filhos, o Sirius foi preso por um crime que não cometeu. Tudo isso doi demais, mas eles nunca deixaram de ser amigos, nem mesmo depois da morte. A Alice é uma pessoa muito influenciável, já vi muitas pessoas assim, mas ela vai amadurecer muito, em breve.
- Lily Wood: Seja muito bem-vinda! Espero te ver comentando sempre.
- Stehcec: Eu te entendo bem, em proporcionalidade também odeio muito mais a Umbridge do que a Guida. Com toda a certeza odeio mais a Umbridge que o Voldemort, por mim ele podia até ter sobrevivido sem poderes, fraco e sem capacidades de se regenerar, mas ela tinha que ter morrido, ser presa apenas não bastou para mim. Eu queria sonhar com a fic também, vai que os capítulos começavam a sair mais rápido.
- Day Caracas: Acho que o Sirius ficou até meio maluquinho depois que saiu de Azkaban, mas acho que ele estava meio obcecado em pegar o Rabicho. A Alice é uma garota nova ainda, muito influenciável, mas prometo que ela vai amadurecer muito em breve... A pior parte mesmo vai ser a do fiel do segredo, já tenho a reação do Tiago escrita, e não vai ser boa. Um dos maiores defeitos de Tiago e também sua maior qualidade é confiar muito nas pessoas, por isso acho que ele não vai descobrir que foi o Pedro e tudo mais.
- Clenery Aingremont: Snape é outro que nesse ponto da fic ainda é imaturo, ele apenas odeia o Tiago e acha que lendo esses livros vai tirar alguma vantagem para ele. Talvez ache que vai conseguir a Lily para ele. Voldemort transformou o nome em Tabu no inicio do último livro, depois da morte de Dumbledore se não me engano. Quanto à Alice, é como eu disse no grupo, ela ainda é muito imatura também, vai amadurecer muito antes de se tornar a mãe do Neville. Acho que Dumbledore também sabia perfeitamente como os Dursley tratavam Harry, afinal ele colocou a Senhora Figg lá para vigiá-lo assim que ele foi para lá, e ela sabia perfeitamente como os Dursley tratavam o Harry. Lily está guardando cada coisa que Snape está falando, tentando se convencer de que ele vai mudar, mas já está começando a ficar muito irritada. Acho que ela repreende Tiago por que está começando a se apaixonar cada vez mais por ele e quer "consertá-lo".
- Natália Suaris: Eu já li muitas fics em que os personagens eram completamente descaracterizados, nunca gostei disso, prefiro manter o que a JK disse.
- Nath Tsubasa Evans: Ano passado foi outro dia mesmo! A Alice é muito influenciável mesmo, acho que fiz muita gente que gostava dela deixar de gostar. O pior do epílogo vai ser o nome que o Harry deu ao filho dele, isso vai causar muita polêmica. O feitiço do Patrono é o mais impressionante mesmo, todos vão admirar a capacidade dele conseguir com apenas 13 anos, mas ele teve um bom professor né.
- Mary Potter Malfoy: Eu não acredito muito no "lado bom" do Snape. Acho que ele estava apenas tentando desfazer as coisas erradas que ele mesmo fez. Se ele não tivesse falado da profecia para Voldemort, nada disso teria acontecido, não é? E ele sente culpa por ter causado a morte da Lily e por isso protege o Harry (mas o maltrata muito por causa do Tiago). O Harry vai ter um bocado de dificuldade de ficar calado nesse livro, ele vai querer proteger o Sirius. Falta pouco para Tiago perceber algum namoro do futuro, só não vou falar qual. E o primeiro beijo Jily ainda está longe... Mas não quero dar Spoiler. 
- sasa lovegood: Tirei as fotos para o convite da formatura hoje! Falta bem pouco. O problema de Alice é que ela ainda é bem imatura, gosto de imaginar ela numa família de Sangue-puro que não sofreu nada com a guerra até agora e que ela teve uma infância bem feliz, sem nenhum trauma, então ela ainda não amadureceu, e é uma garota influenciável. Na verdade Severo admite que Sirius não pode ser um comensal da morte e não pode ser próximo de Voldemort. Severo acredita que Sirius é capaz de matar. Que bom que acha que eu consigo mostrar lados do livro que vocês nunca viram, é uma das partes que mais gosto em escrever essa fic.
- Nádia Tonks: Seja muito bem-vinda. Adoro leitores novos, vocês não me chateiam de jeito nenhum. Acho que do mesmo jeito que as atitudes da Gina em CS deram as dicas para Tiago, as atitudes de Harry agora vão dar a ele uma ideia do que pensar. Costumo postar aos sábados, a não ser quando alguma coisa impede.
- Luiza Snape: Snape só tem sentimentos mesmo pela Lily. Apesar de eu mesma não acreditar muito nesses sentimentos.
- Mari Weasley Greengrass: Sirius vai ficar péssimo quando souber da história completa de sua prisão, mas ele em todo momento vai ter certeza de que nunca faria isso com Tiago, de que é inocente, e isso vai dar forças a ele para resistir até o fim. Se eu tivesse colocado o Pedro no meio da leitura, eles não conseguiriam cumprir suas promessas. 
- Monstra das Bolachas: Achei seu nome muito interessante (mas não é bolacha é biscoito). Tiago confia muito nos amigos, então acho difícil que ele perceba que foi o Pedro que o traiu de verdade... Nem sei ainda como vou escrever as reações das pessoas sabendo do probleminha peludo do Remo, mas sei que o Tiago transformaria em uma barata a pessoa que magoasse o Aluado.
- Milly Lovegood Black: Tudo bem comigo, só um pouco preocupada com os capítulos que tenho poucos prontos. Sirius é o meu Maroto favorito também. 
- MionGinnyLuna: Fico feliz que você goste! 
- Hilary J. S. Lestrange: Então acho que você vai gostar das minhas outras fics também. Tenho mais algumas sendo escritas e que pretendo postar, que são nesse estilo que você disse. Fico feliz que apesar de gostar de Snape você entenda que eu mesma não gosto, e que veja que mesmo assim eu me esforço para ser fiel ao que JK falou sobre ele. Sei bem como é começar a ler uma fic, se apaixonar e depois descobrir que não tem capítulo novo há anos. Me decepciono, por isso sempre vejo a última atualização antes de começar a ler. 
- Izabella Bella Black: Que bom que a reação deles te agradou. E apesar de ter ficado sem internet pelo menos deu tempo de você comentar!
- The Catherine Black: Seja muito bem-vinda! Espero te ver comentando sempre!
- Guilherme L: Eu entendo muito bem a correria. Eu mesma estou perto de me formar, fazendo monografia e essas coisas. Contanto que continue lendo fico satisfeita. Vou tentar postar pelo menos um por semana sim!
- ste_panza: Sirius pode até achar que matou aquelas pessoas, mas ele nunca vai acreditar que entregou o melhor amigo para Voldemort, e isso vai dar forças para ele, vai fazer ele ter certeza de que há algo errado nessa história e de que ele é inocente. É mais fácil o Tiago acreditar na inocencia de Sirius do que ele mesmo, ele não vai deixar nada abalar aquela amizade. É como falei lá no grupo, a  Alice é influenciável demais, ela acredita em qualquer coisa. E ela e o Sirius não eram próximos antes disso... Mas mesmo assim, ela ainda vai amadurecer muito, vai tomar uns choques durante esses livros que vão fazer ela acordar. Entendo bem isso de se enrolar com a faculdade, eu mesma estou bem enrolada, mal tenho tempo para escrever, mas não vou desistir. 
- Gabi O. Potter: Que bom que consigo me manter fiel aos personagens, é uma das coisas mais dificeis. Acho que estou fazendo muita gente que gostava da Alice deixar de gostar, não é?
- Clara Black Potter: Tudo bem demorar para comentar, só não pode deixar de comentar. Snape sabe que Sirius não poderia ser um comensal, não tem nenhuma lógica. 
- Akemi Lilith Homura: Ainda não sei como vai ser a reação deles ao mapa, mas acho que vai ser uma reação bem forte, eles já falaram da capa no segundo capítulo...


Espero que todos tenham gostado do capítulo, não deixem de comentar.
Para quem é do grupo: Quem acertou a frase da semana? 
Quer fazer parte do grupo? Lá eu posto prévias dos capítulos, converso sobre a fic e etc: https://www.facebook.com/groups/742689499098462/


 

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Comentários (22)

  • Srt.Lupin

    Como prometido, cá estou eu. Como acabei de descobrir o grupo e descobrir que você ainda escreve as fics resolvi comentar. Você deve ter percebido que meu personagem prefeirdo é o Lupin então este livro é o meu favorito e o mais emocionante pra mim, sempre choro no capítulo que o Remo conta a história dele.

    2016-01-11
  • The Catherine Black

    Oláá! Consegui ler só hoje, mais o importante é que eu li! Adorei o capítulo, como sempre. E tua escrita é incrível, parabéns! Uma das (ou a melhor) fanfic desse gênero.Mal posso esperar para que descubram que Sirius é inocente e tal.  

    2014-05-10
  • Talisman José da Silva Moraes

    Monstra das Bolachas, Respeito sua opinião. Essa que é a graca de cada um ter um pensamento diferente. Tudo bem que você não tenha gostado da ideia, ninguém é obrigado a gostar. No entanto, apenas expus minha opinião. Tanto é que, se você prestar atencao, perceberá que em momento algum disse ser a fic ruim.      

    2014-05-08
  • Monstra das Bolachas

    Oi♥Talisman José da Silva Moraes, eu acho isso a pior ideia que já ouvi, a fic está otima assim, e eles lá podem consola-los, e dizer coisas que coiso, por isso má ideia, espero que não a usem:(

    2014-05-07
  • Talisman José da Silva Moraes

    Mais um excelente capítulo, como sempre! Agora, eu queria dar uma sugestão, e que você pensasse com muito carinho. Eu acho que a fic ficaria mais interessante ainda se, a partir do Cálice de Fogo, caso você dê continuidade, os personagens do futuro voltassem para o futuro! Deixe-me explicar porque. Por mais que os Marotos não saberão o desenrolar de cada livro, não há suspense! Não há preocupacão em relacao aos personagens principais do futuro! Sabem que nada de irremediavelmente grave aconteceu a eles! Perde muito o potencial dessa fic, assim. Sei lá, caso concorde comigo, invente que o feitico que permite a volta ao passado ainda está em fase experimental, e que por tal razão é arriscado demais permanecer muito tempo no passado. Acho que ficaria mais emocionante assim. Mas continuarei a ler do mesmo jeito!

    2014-05-07
  • Milly Lovegood Black

    Mil perdões a voce e a mim por so ler hoje. Eu ja estava em abstinência, lhe juro. E que aqui em casa esta sem net e eu tive que oassar por todo o processo de roubar o WiFi do vizinho e tal... Enfim... expectativa level 1000 pra o prox cap. TChayzin. Bjs milly

    2014-05-07
  • Bruh Lovegood

     Oie quanto tempo né? shuaushah. Prevejo Alice suspeitando do Sirius e brigando com James até o final do livro! Sinceramente, ela esta começando a me irritar >(! Não vejo a hora que vc continue! ^-^Bjuss 

    2014-05-05
  • sasa lovegood

    Oieee...to meio atrasada, então esse comentário será bem pequeno!Parabéns novamente, vc escreve muito bem. Estou com muita pena do Sirius, afinal a fama da familia dele é algo que sempre o assombrou, imagino como ele deve estar se sentindo quando as pessoas acham que ele é igual aqueles que ele mais odeia. Deve ser dificil, o pior pesadelo.Vc tirando fotos pra formatura! Que máximoo!! Aff... a minha está tão longe ainda! HahahahaMas fico muito feliz por vc, um grande beijo! 

    2014-05-05
  • MionGinnyLuna

    Eu aamo seus capítulos, e sofro quando tenho que esperar por eles. Mas enfim, muito bem escrito, amo seu jeito de caracterizar personagens (EU quase os sinto aqui, lendo junto comigo) mas... Dói imaginar a Alice assim (Pelos meus olhos ela parece como todos imaginam uma Slytherin: Fria, disposta à trai) PÔ, o Siirus era AMIGO DELA! Custa acreditar nele? E eu sempre amei a Ally! PQ você não usou o Frank d evilão? Hunpf! #TôBrincandoAmoOFrank. Mas um favorzinho que eu queria pedir: Explora mais as falas do Remo, please? Ele é meu Maroto favorito forever, e na maior parte das fics, parece que todo mundo esquece que ele era amigo do Jay e do Six, e ele fica de lado, e também parece que ele não se importa com ele! Sua fic não tem muito disso, mas eu queria que ele aparecesse mais! Enfim, amando a fic, e sofrendo pelo próximo capítulo! P.S: Qual é a sua casa? A minha é Gryffindor, mas tenho uma queda pela Ravenclaw! P.S2: Já leu Divergente? Se sim, qual a sua Facção? A minha é Erudição! Mas se não, NÃO LEIA! PROTEJA SEUS SENTIMENTOS! A AUTORA É UMA ASSASSINA!!!!!!!!!!!!!!!

    2014-05-05
  • Monstra das Bolachas

    Oi♥Aqui onde vivo (portugal) é bolachas mesmo ^^ Sim, vai ser dificil o James conseguir acreditar que foi o Rabicho, mas nem que seja no próximo livro, vai lá. Acho que vai ser a parte mais dificil para si conseguir fazer as reações deles ao descobrirem o porque daqueles nomes e o problema peludo, e estou anciosa para ver♥Xau♥

    2014-05-04
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