Capitulo 19
Quando acordou Ginna estava em uma câmara fria e mau iluminada, no mesmo instante ela se lembrou de seu primeiro ano em Hogwarts quando foi levada para a câmara secreta. Naquele episódio fatídico seu amor veio em seu socorro, mas será que desta vez ele a encontraria.
Com os olhos ainda se acostumando com apouca luminosidade ela distinguiu a face pálida de Draco que a observava, tentou se mover mas estava com as mãos imobilizadas por uma corrente presa ao teto.
_ Draco, onde estamos? - perguntou ela a figura silenciosa.
_ Na minha casa, no porão para ser mais exato. - respondeu ele friamente.
_ E por que me trouxe pra cá, o que pretende com isto? - questionou ela.
_ Ensinar - lhe boas maneiras! - respondeu ele se aproximando.
Quando ele fez menção de beijá-la ela virou o rosto.
Como se atreve a me rejeitar dessa maneira? - perguntou ele alteando a voz.
_ Eu nunca quis, nem nunca vou querer ter alguma coisa com você! - respondeu ela grosseiramente.
_ Você sabe que se eu quisesse eu poderia forçá-la, sou mais forte que você, ou simplesmente poderia embriagá-la com doses cavalares de amortentia. Mas não farei isso, por enquanto. Depois de um tempo aqui sem água e comida você vai implorar por um beijo meu. - finalizou ele saindo do porão.
_ A gente precisa pôr a mente pra trabalhar, - dizia Hermione - definitivamente estamos deixando passar alguma coisa.
_ Ele tava despeitado com a nossa união, tentou seduzi - la no casamento de vocês... - disse Harry.
_ Temos o culpado e a motivação, agora só falta descobrir pra onde ele a levou. - ponderou Ron.
_ Ah mas é claro! Como não pensei nisso antes? - disse Hermione de repente.
_ Mione será que dá pra você compartilhar conosco o que vai nessa sua mente brilhante? - perguntou Harry impaciente.
_ Ela deve estar na casa dele é óbvio! Pensa comigo, quando aqueles seqüestradores nos levaram para a mansão dos Malfoy, enquanto eu era torturada pela Bellatrix vocês ficaram no porão que estava protegido pra que ninguém pudesse aparatar. Por tanto mesmo que ela estivesse com a varinha não conseguiria escapar. - explicou Mione.
_ Tá mas como entraremos lá sem que nos vejam? - perguntou Ron compreendendo o raciocínio dela.
_ Ai francamente, vocês não tem memória não? - continuou ela - Quando estavam lá quem veio em seu socorro Harry?
_ Dobby! Mas ele ta mor... peraí Monstro! - disse Harry sorrindo ao entender.
_ Justamente, os feitiços de proteção não interferem na magia dos elfos! - concluiu Mione.
_ Monstro! - chamou Harry pelo elfo.
_ O senhor chamou? - perguntou Monstro.
_ Sim Monstro, preciso da sua ajuda! - respondeu ele.
_ O plano é o seguinte: Monstro nos levará até o porão dos Malfoy, e enquanto Ron e eu cuidamos do Draco, Hermione trará Ginna pra casa e é você Monstro quem vai transportá-las, ok? - perguntou Harry
_ Sim senhor! - respondeu Monstro.
Draco estava sentado a mesa do escritório de seu pai tomando doses e mais doses de whisky de fogo quando Monstro aparatou no porão com o trio.
Ginna estava deitada no chão com os cabelos no rosto em um sono profundo.
Harry se abaixou perto dela e a levantou pelos ombros, a assim como na câmara secreta a alguns anos atrás ele temeu por sua vida. Ela estava pálida e fria, ele chamou por ela enquanto retirava as mechas de cabelo de sua face, ela acordou olhando em volta ao ver os rostos conhecidos ela tentou se levantar com dificuldade.
_ Harry me tira daqui! - disse Ginna se apoiando em Harry.
_ Ginna você está bem? - perguntou Harry aflito. - Você está pálida, aquele cretino te fez algum mau?
_ Não, ele só achou que se me deixasse sem comer eu me renderia. Mas eu resisti bravamente... - respondeu Ginna desfalecendo.
_ Eu vou matar aquele infeliz! - Disse Harry se levantando com Ginna nos braços.
_ Mione, vá com o Monstro levar a Ginna. Harry e eu vamos ter uma conversa com o Malfoy. - ordenou Ron
Hermione apoiou a amiga pelos ombros em seguida Monstro desaparatou segurando as mãos de ambas.
Enquanto isso Harry e Ron derrubaram a porta do porão e subiram as escadas correndo, chegaram em uma sala onde só havia uma mesa enorme com varias cadeiras e uma lareira ao fim do cômodo. Passaram pela porta e saíram em um corredor com varias portas, o corredor estava escuro a única luz vinha de outra porta entre aberta ao final do corredor. Eles se esgueiraram junto a parede e espiaram pela fresta da porta, Draco estava deitado sob a mesa, aparentemente embriagado.
Harry terminou de abrir a porta com um pontapé, Ron entrou primeiro pegando Draco pelo colarinho do casaco e Harry o encurralou .
_ Qual é o seu problema? Você poderia tê-la machucado! - disse Harry com a varinha apontada para o rosto pálido de Draco que apesar do susto sorria ironicamente para eles.
_ Eu vou matar você, seu canalha! - disse Ron desferindo um soco no rapaz.
_ Não Ron! Não faça isso...e você Malfoy vem comigo para o ministério. Saiba que farei de tudo para que apodreça em Azkaban. - disse Harry apartando a briga.
Draco foi acusado e devidamente julgado pelos crimes de seqüestro, cárcere e tortura. Foi condenado a cumprir pena de seis anos em Azkaban.
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