Tinckens e Stanckovic



Qual aterrorizante poderia ser ouvir continuamente, sem interrupção, a voz dos dois o zombando, porém, paralelamente ouvi-los sorrindo com ele. Eram várias as vezes em que sua mente parecia fluir longe, e de repente lembranças relutantes passarem por sua cabeça, mas tão logo quanto viam elas desapareciam encobridas por uma nevoa escura, nunca havia contado isso a ninguém, também não sabia porque, mas sentia que a mesma energia que parecia produzir o estranho nevoeiro em suas lembranças também o induzia a não relatar nada do que acontecia contigo a outros,  e esta mesma estranha energia, também parecia empurra-lo em direção a Claire Walker. Era fato que não amava a garota, já havia sentido este tipo de amor uma vez por... Bem ele não conseguia se lembrar por quem, mas certamente o seu sentimento por Claire nada parecia com o que ele já havia sentido por essa pessoa. Certo, a única certeza que ele tinha no momento era que precisava de ajuda, mas como consegui-la, visto que a única pessoa com a qual conseguia conversar sinceramente era com Claire, mas esta já se mostrava redundante em afirmar que nada de errado estava acontecendo com o garoto, e que ele somente havia finalmente enxergado a verdade, mas esta explicação só conseguira o convencer durante um mês, agora ele não mais acreditava.


*


O sol lustroso se escondia sobre as suntuosas muralhas que rodeavam o castelo de Hogwarts, anunciando que mais um dia estava perto do seu fim, e não sem aparente surpresa, uma aura de excitação cobria a todos os alunos do terceiro ano em diante, isso porque no outro dia teria mais uma visita ao povoado de Hogsmeade, todavia, dois jovens parados em frente ao quadro da mulher gorda, na torre da Grifinória, destoavam-se totalmente dos outros, Harry e Hermione em vez de excitados com a próxima viagem ao povoado, estavam extremamente preocupados e ansiosos, pois em pouco tempo iriam, através da lareira da diretoria, para o ministério e de lá para um local desconhecido para ambos, atrás de um homem que conclusivamente os queria não só ver mortos, mas ser o próprio a mata-los.


Harry, com o braço encostado em Hermione, percebeu que a namorada tremia violentamente, ela estava verdadeiramente assustada com tudo aquilo e ele, tampouco, poderia dizer que estava calmo, muito pelo contrário.


- Eu ainda não estou totalmente certa quanto a isso. – Hermione falou virando-se para ficar de gente ao garoto.


-Hã? - Espantou-se Harry. – Quanto ao que exatamente?


-Oras, Quanto a essa viagem, Harry. – Hermione sibilou, olhando-o irritada. – Sobre o que mais poderia ser?


-Mas, meu amor, nós já dissemos que iriamos. – Retrucou o garoto, tentando se manter calmo.


-Eu sei Harry, mas é que eu ainda tenho certeza que tem algo de errado com o Kingsley, e se isso for apenas uma armadilha.


-Mione, calma, nós iremos ficar de olhos abertos e a qualquer sinal estranho nós fugimos.


-Ok! Então vamos Logo Harry, antes que eu desista. – A garota sentenciou, puxando o namorado através do quadro da mulher gorda.


*


-Deixe-me vos apresentar Matilde Tinckens e Dayl Stanckovic. – Kingsley disse a Harry e Hermione que haviam acabado de chegar a sala dele através de sua lareira.


Uma mulher de cabelos estonteantemente vermelhos, de pele negra e muito bonita sorriu para os garotos, enquanto um homem baixo e de poucos fios de cabelos simplesmente acenava com a mão cordialmente.


-E estes são Hermione Granger e Harry Potter. - O ministro continuou e Harry e Mione sorriram aos outros dois. – Embora, eu suspeite que ambos dispensem apresentações não?


-Com certeza que sim, ministro. – A mulher respondeu de forma simples.


-Ministro, com licença. – Hermione chamou-o timidamente, fazendo Harry a mirar assustado. – Mas quando o senhor nos disse que iria mandar um esquadrão de aurores, eu supôs que realmente se tratava de um esquadrão e não de apenas dois aurores, quero dizer não que eu duvide da capacidade deles, mas...


-Eu posso te garantir que Tinckens e eu somos suficientes para essa missão, Srta. Granger. – O robusto homem a cortou, não parecia está irritado, provavelmente queria apenas contestar sua capacidade.


-Eu não quis...


-Tudo bem, está na hora de vocês irem. - O ministro a cortou novamente sorrindo para os quatro. – Eu os desejo sorte e espero que consigam capturar este homem, seja ele quem for.


-Como nós iremos? – Harry perguntou de repente.


-Aparatando, obviamente, até as proximidade de onde supomos que ele possa estar a partir de lá seguiremos caminhando até o local propriamente dito. – Respondeu Tinckens. – Se segurem em mim.


Os outros três se aproximaram e se seguraram nos braços da mulher, e de repente sentiram o estranho solavanco que puxava o estômago deles para baixo, e em um rodopio ocorrido em um milésimo de segundo a sala se dissolveu da visão deles, não sem antes Hermione voltar seu olhar para o ministro e observar o estranho brilho vermelho perpassando novamente em seus olhos.


E então eles se viram em uma densa floresta, coberta por majestosas árvores que tampava até mesmo os fracos raios de luz provindos da lua, tornando a floresta ainda mais assustadoramente escura.


-Bem, aqui estamos. – O auror informou sombriamente. – Floresta de Deuxton. Vamos! É logo mais à frente.


*


Poção da verdade, era isso, qual obvio era que ele se sentiu completamente burro de não ter pensado antes, porém, a resposta chegara agora a sua cabeça como um raio luminoso, ao ver o professor exibir o pequeno frasco de veritasserum a turma enquanto explicava os ingredientes da poção.


Era isso que ele devia fazer, tomar algumas gotas daquela poção e procurar por Gina e assim que ela perguntasse qualquer coisa a ele, ele teria que contar a verdade a ela, pois a poção o obrigaria.


Passados os minutos restantes da aula, Ron esperou dentro da sala enquanto o resto da turma se retirava, fingindo estar arrumando seus materiais, e quando o professor largou o frasquinho acima da mesa e virou de costas para arrumar alguns papeis:


-Accio Veritaserum. – Ron murmurou em um mínimo fio de voz, e como se alguém o tivesse jogado, o frasquinho veio voando até a mão dos garoto que o agarrou e correu rapidamente para a saída da sala.


*


-Olha Ron eu ainda não entendi para que você quer fazer isso. – Gina falou preocupada.


Ron acabara de pedir a ela que depois que ele tomasse a poção ela perguntasse o que queria saber para ele.


Ron pensou em dizer a irmã o motivo pelo qual o pedira aquilo, mas antes que pudesse formar meia palavra, ouviu sua própria boa proferir palavras que definitivamente não haviam vindo de sua cabeça.


-Porque sim, sua retardada. – Esbravejou ele. – Você vai fazer sim, ou não?


Gina o olhou assustada, porém acenou em concordância.


-Vamos pra outro lugar então. – Ela disse observado o salão comunal incrivelmente lotado. – Venha.


Os dois saíram juntos, procurando por uma sala vazia. A mente de Gina trabalhava vorazmente tentando entender o que estava acontecendo, o irmão, que não trocava meia frase com ela há muito tempo, simplesmente chegara até ela no salão comunal fazendo aquele pedido, ou melhor esbravejando-o.


Enfim, encontraram um sala de aula vazia no corredor do 7° andar e sem demora se enfiaram dentro dela. Ron enfiou as mãos dentro do bolso das vestes e retirou o frasquinho, virando o seu liquido todo de uma vez na boca. Uma estranha sensação de submissão transitou em seu corpo, uma sensação de que ele havia perdido o controle de si mesmo e agora estava a mercê de qualquer um.


-Muito bem. – Gina murmurou lentamente, enquanto buscava palavras par expressar suas dúvidas. – Ron porque você se afastou de Hermione e Harry?


-Porque eles me odeiam e zombam de mim. – O garoto respondeu, fazendo sua irmã se espantar com a falta de veracidade daquelas palavras. – Eles riem de mim por eu ser mais fraco com eles.


-Quem te contou isso Ron? – A menina retrucou com outra pergunta


-Eu vejo em minha mente. – Ele disse.


-Mas isso não é possível Ron, vocês sempre foram melhores amigos. – Gina parecia desnorteada tentando achar sentido nas palavras do seu irmão. – Você não se lembra que eram amigos?


-Às vezes me ocorrem lembranças de uma possível amizade entre nós. – Ron falou de forma mecânica e rapidamente. – Mas ai vem o nevoeiro...


-Nevoeiro? – Gina o cortou assustada.


-Sim, uma espécie de nevoeiro que tampa as tais lembrança.


A última frase acertara dolorosamente a alma de Gina, como ela não havia reparado antes, parecia muito obvio que o irmão estava sendo controlado por magia negra, talvez algo parecido com o obliviate, mas que ao invés de apagar estava alterando as memorias dele.



Gina deixou uma lágrima escapar, imaginando o quanto o irmão havia sofrido acreditando que não só Harry e Hermione, mas que todos o consideravam inútil e fraco, porém, rapidamente ela secou a sorrateira lágrima, outra verdade a atingira profundamente, com certeza havia sido Claire Walker quem fizera aquilo. Soltando um esbravejo de raiva, Gina segurou o braço do irmão e começou a guia-lo rumo a sala da professora Minerva, este a segui mesmo parecendo relutante, ela deixaria o irmão lá e logo depois iria procurar a Walker. Aquilo não sairia barato, ah com certeza não sairia.


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Comentários (4)

  • Stehcec

    Amei esse capituloPorque a Mione não ouviu sua intuição??Ela sabia que estavam indo pro perigo!Rony teve a idéia genial da poção da verdade!Vamos acabar com a Claire! 

    2016-06-02
  • Naiara Granger Weasley

    Não acredito que voce voltou kkkAmei voce ter voltado, espero que esteja tudo bem agora, e que seu 2015 tenha começadooo bemamei os capitulos e to louca pelo restooooo 

    2015-02-14
  • Mione and Potter

    Amei o capítulo. Nem precisso dizer o qaunto fiquei feliz pelo Ron estar voutando ao normal.Harry e Mione in the Jungle kkkkEsperando o proximo capítulo , não demora linnda. 

    2015-02-12
  • Joana Herms

    Aleeeeeeeeeeeeluuuuuuia! A Claire foi descoberta, ainda bem que o antig Ron vai voutar.Dá até para imaginar o quanto o coitao sofreu preso nesse feitiço de memoria.AI! To ansiosa por Harry e Mione, os dois estão indo diretamente para uma amardilha.Ótimo capítulo. BJS! 

    2015-02-12
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