A Nova Profecia

“Se eu tivesse o domínio do equilíbrio e pudesse voar te traria a lua
Dominaria o meu medo de altura e buscaria no espaço cada estrela
Inverteria o princípio da inércia
Eu encolheria a Terra e te daria” – Máquina do Tempo (Rosa de Saron)

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-Ela irá fazer uma profecia cara Minerva. – Informou o quadro do professor Dumbledore que observava a cena de forma calma, mas com um olhar preocupante.

E rápido se deu por acertado a informação do ex-diretor, a vidente – Ora fajuta, ora não- começou a soltar um assovio tenebroso que lembrava um chiado de cobra, o que fez Minerva estremecer e se afastar da colega, logo depois a vidente começou a falar com um tom de voz embasado que oscilava entre um assovio fino e um grosso retumbante:

-Aquele que descende do mal se erguera, as trevas assumirão o trono novamente e o marcado com o sinal da morte as controlara. Os que já foram serão usados e um exército mortífero será formado para outra vez trazer a morte e a destruição. As trevas reinarão e só aqueles que um dia as detiveram, terão o poder de outra vez deter, em três estará a fé e de três dependera o futuro do mundo. E a morte avizinhara os três e só o poder que um dia venceu os poderá fazer vencer novamente.

As últimas palavras foram ditas em um assovio fraco e logo os olhos e a voz de Sibila voltaram ao normal, ela aparentava estar confusa e atordoada.

-O que foi isso Sibila? – Minerva, que ainda se encontrava em estado de choque, perguntou com os olhos esbugalhados.

-O que Minerva? – A outra perguntou confusa. – Percebo que seu cosmo está perturbado. Algum problema? Não que já não saiba é claro.

-Não é nada Sibila. – Dumbledore respondeu do quadro. – Você estava nos contando que estava atrasada para a sua aula.

-Ah sim é claro professor. – Sibila falou voltando a usar seu típico sussurro místico. – Mas é obvio que eu já havia previsto meu atraso, as parcas haviam me avisado sobre ele, mas agora me deem licença meu alunos me esperam ansiosos para descobrirem os mistérios da arte nobre da adivinhação.

-O que significa isso professor? – Minerva indagou assim que Sibila se retirou da sala.

-Assim como eu havia dito foi uma profecia cara Minerva. – Ele respondeu calmamente. – Prevejo tempos negros novamente. Chame o ministro ele precisa saber do ocorrido.

*

O professor Binns já falava a mais de meia hora sem parar sobre a revolução dos duendes de 1880, a maior parte da sala já estava rendida ao sono e apenas pouco alunos continuavam resistindo ao poder sonífero do professor de história da magia, estes eram Claire, Hermione e Neville Longbottom.

Claire sorria maliciosamente ao observar algumas mesas a frente da sua, Ronald Weasley dormir com a cabeça apoiada na mão, ele era tão ingênuo que Claire conseguira em apenas um dia concluir seu objetivo de conquista-lo, ela sabia que iria ser fácil, mas nem tanto.

Agora ela já arquitetava a fase dois do seu plano, iria desestruturar o trio de ouro colocando Ron contra os outros dois, era inegável que a amizade que unia os três era muito forte, mas ela não mediria esforços para conseguir destruí-la.

Claire aos poucos deixou de escutar a voz do professor enquanto se deixava mergulhar na próprias lembranças.

{Flashback}

Claire estava no seu quarto ano em Hogwarts, a atenção de toda escola estava completamente voltada para o torneio tribruxo e os quatros campeões e isso a ajudava bastante, lhe dando mais liberdade para prosseguir com as investigações para descobrir quem eram seus pais.

No momento estava acontecendo a primeira a tarefa do torneio, mas Claire não estava presente ela estava sentada em um canto isolado próximo ao “muquifo” onde morava Rúbeo Hagrid, no chão vários livros estavam espalhados e ela os folheava calmamente em busca das árvores genealógicas das famílias bruxas tradicionais, ela chegara a conclusão de que para ter sido escolhida para Sonserina sua família só podia ser uma de sangue-puro.

Após vários livros folheados e nenhum sinal achado sobre qualquer bruxo de sobrenome Walker, Claire já estava desistindo, mas quando juntava os livros um deles de capa branca, muito velha e empoeirada lhe chamou atenção, o título era: “Feitiços tira dúvidas por Jaciana Lina “.

Ela folheou este último livro em busca de algum feitiço que a pudesse ajuda-la e por fim achou:

 “Feitiço Invenire Stemma”

“O Invernire Stemma é um feitiço simples e de fácil realização, que tem como objetivo tirar a dúvida de qual a sua árvore genealógica. Para realizá-lo basta utilizar um pergaminho limpo e grande (onde será desenhada a árvore genealógica) e com a varinha apontada para ele pronunciar o feitiço, instantaneamente a sua árvore genealógica será desenhada no pergaminho revelando desde seus parentes mais distantes até os seus pais.

Obs: Quanto maior a família maior o pergaminho tem que ser.”

Uma subita felicidade a invadiu, aquele feitiço era o que ela precisava. Levantou-se e saiu correndo para o castelo iria agora mesmo em seu quarto pegar o pergaminho e realizar o feitiço.

{Fim do Flashback}

Harry dormia levemente com a cabeça encostada no ombro esquerdo de Hermione, e Ron que se encontrava do outro lado da garota já dormia tão profundamente que começara a roncar. Hermione por mais que tentasse não conseguia prestar atenção em uma só única palavra da entediante aula do professor Binns, no momento ela estava preocupada com assuntos mais importantes que a revolta dos duendes, além da conversa com Harry sobre o beijo que cedo ou tarde deveria acontecer, ainda tinha também a carta e Claire, está alias no momento era a principal suspeita de ter enviado a carta para Hermione, depois do ocorrido com as corrente ela não tinha dúvidas que aquela sonserina não prestava.

-Mione. Mione. – Uma voz a chamou num sussurro, ela se virou para trás e se deparou com Neville mexendo a boca na tentativa de formar palavras silenciosas e gesticulando com as mãos. Quando este percebeu que a tentativa não daria certo arrancou um pedaço do pergaminho, no qual escreveu rapidamente, amassou e jogou para Hermione.

“Precisamos conversar urgente depois da aula”.

Hermione ficou curiosa sobre qual assunto o amigo queria tratar, mas apenas acenou concordando e revolveu esperar o fim da aula para saber de qual assunto se tratava. Ela fez uma prece silenciosa rezando para que Neville não trouxesse mais um problema para ela, por mais que o ano não tivesse movimentado como os anteriores, ela já considerava muito grande a lista de problemas pra resolver.

-Srta. Claire poderia me responder o nome do líder da revolta dos duendes de 1880? – O professor Binns perguntou, e no momento que Ron ouviu o nome da garota despertou subitamente, fazendo Hermione dar um gritinho pelo susto que levou.

-Está tudo bem Srta. Granger? – Binns indagou olhando confuso para Hermione.

-Sim professor desculpe. – A garota respondeu dando um sorriso envergonhado. – Pode prosseguir com a aula.

-Então está bem. – O professor falou voltando sua atenção para Claire. – Muito bem Srta. Walker pode responder a pergunta agora.

-O líder da revolta foi o duende Aldabonero Desuic. – A garota respondeu sem prestar com os olhos vidrados em sua mesa.

-Parabéns, 5 pontos para Sonserina. – O professor anunciou com sua voz sonífera.

Binns voltou a explicar a matéria, sem mais fazer perguntas. Ron já voltara a dormir agora com a cabeça estirada na mesa. Hermione soltou um pequeno sorriso ao olhar para seu ombro e ver Harry ainda com a cabeça encostada ali, seu semblante era tão calmo quando dormia, e por isso Hermione gostava de vê-lo dormindo. A mão dela institivamente subiu para os cabelos revoltos de Harry e começou a acaricia-lo, não havia como negar ela estava mesmo gostando dele e aquele beijo serviu para deixar isso claro de uma vez por todas, mas mesmo assim ela tinha medo não queria estragar aquela amizade platônica tão bonita que construíra com Harry, ela sabia que o desejo passaria um dia, mas o amor que sentiam um pelo outro jamais passaria e então ela não sabia se valia a pena arriscar aquele amor que ostentavam por um desejo. Harry soltou um suspiro longo o que fez Hermione afastar a mão dos seus cabelos.

-Não! Continua. – Ele pediu com a voz fraca, mas manhosa. – Estava tão bom.

Hermione sorriu e depositou um beijo na bochecha de Harry, voltando a acariciar os cabelos dele novamente, deu graças a Merlin ao perceber que Lilá e Patil estavam dormindo, pois se não as fofocas já começariam a rolas soltas por Hogwarts novamente. Ela percebeu que o garoto já voltara a dormir então levou os lábios até o ouvido dele e sussurrou.

-Eu acho que gosto de você.

Ela nem percebeu que um sorriso iluminado surgiu no rosto de Harry, até esse sussurrar de volta para ela.

-Já eu tenho certeza que gosto de você.

*

Após a aula Hermione teve que implorar para Harry conversar com ela depois, já que este se encontrava irredutível e queria conversar no mesmo momento, mas por fim ela conseguiu e então se dirigiu até uma pilastra alguns metros de distância da sala de aula, Neville lá estava e parecia lutar contra si mesmo para continuar ali e não sair correndo.

-Oi Neville. – Hermione o cumprimentou sorridente, mas logo completou ao observar o estado do amigo. – Tudo bem com você?

-Sim Mione, eu só estou nervoso.

-Pois então o que quer comigo? – Hermione perguntou se escorando de lado na pilastra.

-É que eu... Hum eu... Quero dizer eu... Bem eu.

-Eu o que Neville?

-Ah Mione eu quero te pedir alguns... alguns conselhos. – Neville explicou tão rápido que quase se tornou inaudível. –Bem é sobre uma garota que eu estou gostando.

-Qual garota?

-Bem Mione você a conhece muito bem, ela é linda, inteligente, forte e dura na queda, ela é tudo de bom.

-Ainda não sei quem é. Eu acho melhor você me dizer o nome dela. – Hermione exigiu irritada, ela não gostava de jogos de adivinhação.

-Ela é uma das componentes do trio...

-Ah Neville. – Hermione disse tristemente. – Me perdoe, mas essa garota não gosta de você, no momento ela se encontra completamente interessada por outro. Me perdoe não queria te fazer sofrer.

-É sério? – O garoto falou quase em prantos. – Mas quem o cara que ela gosta?

-Eu vou te falar Neville, mas peço que você não fique bravo com ele. – Hermione falou se sentindo culpada. – É o Harry, ele me...

-HARRY! – Neville gritou completamente fora de si. – Eu não acredito nisso, a Luna está gostando do Harry.

-Sim eu es... Quem?

-Como o Harry pode fazer isso comigo? – Neville choramingou se ajoelhando no chão e atraindo a atenção de alguns segundaristas curiosos que passavam pelo corredor. – Ele sabia que eu gostava da Luna.

-Neville acalme-se. – Hermione disse o ajudando a se levantar. – Acho que está havendo uma confusão aqui, você disse que a tal garota é a Luna?

-Sim, Luna quem mais é linda e inteligente como ela? Sem te menosprezar, é claro.

-É que eu achei que você estava se referindo a mim. – Hermione falou baixinho e corando, Neville a olhou curioso e ela logo completou. – Bem você falou que era a componente do trio.

-Você não me deixou completar. – Ele exclamou. – Eu ia dizer do trio de prata.

-Que trio de prata?

-Ora Mione, Eu, a Ginny e a Luna. – Ele respondeu sorrindo orgulhoso. – Nós somos o trio de prata.

-Ah, eu não sabia. – Ela confessou. – Mas então quais os conselhos você quer? E porque pedir justo a mim e não a Ginny?

-É porque eu tenho uma maior intimidade com você, já que se conhecemos a mais tempo. – Neville respondeu voltando a corar. – Eu só queria que você me dissesse como eu faço pra... pra...  Bem pra chegar na Luna.

-Neville você sabe que eu não sou expert nesse assunto de relacionamento.

-Mas bem você é garota e também já namorou duas vezes.

-Não Neville foi só uma vez.

-Não, uma vez com Ron e agora com Harry.

-Eu e Harry nunca namoramos. – Hermione comentou corada.

-Mas você acabou de me dizer que gosta dele.

-Bem eu falei sem pensar. – Hermione retrucou envergonhada. – Mas vamos voltar ao seu problema. Eu poderia te dar vários conselhos com garotas, mas suponho que nenhum se aplique com a Luna, então eu te sugiro que simplesmente chegue nela e fale o que sente de todo o correção, a Luna é uma garota que consegue ver os sentimentos dos outros, então se você realmente gosta dela, ela não irá te ignorar.

-Mas o que eu faço com minha vergonha?

-Use-a você fica muito lindo envergonhado. – Hermione disse sorrindo. – Bem Neville, agora me dar licença que eu tenho minha própria vergonha pra enfrentar. Boa sorte com a Luna.

Hermione se afastou deixando Neville parado no mesmo lugar olhando pro chão, era inegável que Neville e Luna formariam um belo casal, mas agora ela tinha que resolver seus própria vida amorosa.

*

Ginny caminhava a passos largos e descompassados, uma imensa aflição acabara de tomar conta de seu peito assim que viu seu irmão Ron se agarrando em qualquer canto com Claire Walker, para Ginny aquela garota nunca transpassou muita confiança, pelo contrário, algo nela indicava perigo, talvez sua voz que parecia fria de mais para uma jovem de apenas 18 anos, ou seus olhos que geralmente estavam encobertos por uma sombra que omitia ódio, mais isso não importava a Ginny, pois o que a realmente interessava no momento era articular um modo de afastar seu irmão da tal, mas isso com certeza não seria fácil, ela sabia que o irmão estava completamente embriagado e alucinado pela estonteante beleza a qual era ostentada por Claire Walker, mas ela não iria desistir o primeiro passo seria pedir ajuda a Harry e Hermione para tentarem dissuadir Ron a largar a Walker e se isso não desse certo em segunda instância ela bateria frente a frente com Claire Walker.

* 

-Isso não é possível. – O ministro Kingsley exclamou desesperado, acabara de chegar a diretoria de Hogwarts e já recebera por Minerva a avassalante notícia que envolvia um novo bruxo maléfico das trevas. – Não faz nem muito tempo em que o mundo se viu livre de Voldemort, e agora já aparece outro para substitui-lo em seu posto.

-É realmente uma situação lamentável ministro. – Minerva concordou. – Mas é a realidade, acontece que Sibila geralmente não passa de uma bruxa alucinada que crê cegamente em seus poderes premonitórios, mas em algumas raras exceções ela entra em um estado de transe que a concebe tais poderes, e foi isso o que aconteceu hoje.

-E quem eram os envolvidos na profecia? – Kingsley quis saber.

-Como eu já havia lhe dito o professor Dumbledore suspeita que um seja um provável descendente direto de Voldemort. – A diretora explicou lentamente enquanto mirava o quadro do ex-diretor na parede que observava a cena calado.

-E os outros?

-Os outros Sr. Ministro por infelicidade e desatino do destino, eu receio que sejam Harry Potter, Hermione Granger e Ron Weasley. – Dumbledore se pronunciou pela primeira vez.

-Não eu não posso acreditar nisso. – Kingsley comentou lastimando. – Esses três já sofreram tanto na guerra contra Voldemort e agora estão novamente envolvidos em algo tão preocupante.

-Realmente a vida desses três garotos é algo completamente fora dos padrões para a tenra idade dele. – Minerva opinou cobrindo o rosto com as mãos, pela primeira vez há muito tempo ela sentiu necessidade de chorar, considerava Ron, Hermione e Harry mais que alunos e não achava nem um pouco justo as situações complicadas em que os três estavam inseridos geralmente.

-Eu também concordo com os dois. – Dumbledore falou sorrindo calmamente. – Mas receio que nossas lastimas não contribuirão em nada para ajuda-los, proponho que iniciemos com os três um programa de treinamentos, embora tenham já vivenciado tantas situações complicadas que envolveram magia negra, eles e principalmente Ron e Harry sabem muito pouco de magia de combate, e se dessa vez souberem que outros feitiços será mais fácil enfrentar este novo mal que está surgindo.

-Mas professor o senhor sugere que iniciemos esses treinamentos já? Ainda estamos no segundo dia de aula. – Minerva questionou olhando preocupada para o quadro.

-Não Minerva vamos esperar até depois do natal. – o ex-diretor respondeu. – Primeiro que estamos a um passo à frente do inimigo, pois ele ainda não sabe que nós já temos conhecimento sobre a sua existência, e alias eu quero pedir a você ministro que a notícia sobre essa profecia não saia de dentro dessa sala. E segundo que os três garotos merecem pelos menos, mesmo que seja mínimo, alguns meses de descanso antes de ficarem a par de tudo isso. Assim que o natal passar nós contaremos a eles sobre a profecia e começaremos o treinamento. Estão de acordo?

-Sim professor Dumbledore. – O ministro respondeu. – Devo confessar que estou bastante assustado com a probabilidade de uma nova era das trevas cair sobre o mundo mágico, mas estarei disponível no que puder para ajudar o trio de ouro a nos salvar novamente de mais essa ameaça.

*

Hermione caminhava tendo como destino a sala comunal da Grifinória, seu coração batia de forma descompassada e seu rosto já estava levemente corado, havia decidido a algumas horas que iria conversar com Harry, mas agora acabara de desistir da ideia e tudo o que queria era se enfiar dentro de seu quarto e se isolar de todos até chegar a uma conclusão definitiva e logica sobre seus sentimentos. A mesma dúvida ainda estava implantada em seus pensamentos: valeria correr o sério risco de destruir o lindo e forte amor platônico que detinha com Harry, para satisfazer alguns desejos que ela julgava juvenis.

Seus passos pararam quando ela viu o Ministro Kingsley conversando com Minerva na ponta de uma escadaria, os dois pareciam atordoados e seus olhares transpareciam preocupação. Minerva olhou para o lado onde Hermione estava e ela se encolheu mais na parede em que estava encostada para não poder ser vista, decidiu caminhar um pouco mais deslizando as costas pela parede, para poder escutar a conversa, mas antes que pudesse dar mais um passo uma mão a segurou pelo braço e a puxou para um abraço. Assim que o susto passou ela se aconchegou mais no abraço, não precisou de muito tempo para descobrir que se tratava de Harry seu toque o denunciara. Logo ela começou a desferir alguns falsos socos no ombro do garoto.

-Potter seu bobo. – Ela falou o lançando um olhar de indignação enquanto era puxada para um canto mais afastado dos professores. – Você quase me mata de susto.

-Me perdoe princesa. – Hermione enrubesceu ao ouvir ele chama-la assim e logo esqueceu que devia estar com raiva. – É que eu te vê ali parada tão concentrada na conversa do outros, e não resisti a te abraçar, você fica linda quando está curiosa.

-Eu não estava curiosa e nem concentrada na conversa deles. – Hermione defendeu-se. – Apenas... Bem apenas fui parar ali por coincidência.

-Você sabe que não adianta mentir pra mim Mione. – Harry falou sorrindo. – Mas devo confessar que até tentado mentir você fica linda. Mas bem eu acho que nós temos uma conversa pendente.

-Temos é? – Hermione sussurrou, sua respiração já começava a falhar enquanto se entrecortava com a de Harry, o rosto dos dois estavam muito próximo, e os lábios dele que exibiam um sorriso inocente, a estavam deixando perturbada.

-Temos, temos sim. – Ele respondeu acariciando os longos cachos dela. – Você deseja que eu te lembre o motivo? Será um grande prazer para mim.

-Ah sim seria b... seria desnecessário. – Ela respondeu corando, sentiu seu coração pulsar tão firme enquanto observa cada detalhe das íris absurdamentes verdes do garoto a sua frente. – Pois eu sei o motivo, e se você quer conversar então iremos conversar.

-E qual recinto a senhorita Granger sugeriria para nossa conversa?

-Eu sugiro Sr. Potter o local no qual o motivo da conversa aconteceu.

-Hum, estou achando que a senhorita está querendo não uma conversa, mas sim repetir o ato. – Harry falou sorrindo maroto e envolvendo a cintura de Hermione com as mãos, esta ficou desconcertada por alguns segundos, mas logo se recompôs.

 -Sim Harry eu admito. – Ela retrucou sorrindo matreira. – Não suporto mais controlar o desejo feroz de te beijar até perder completamente o folego.

-Hermione não me atice. – Potter falou levando os seus lábios em direção ao pescoço da garota. – Você não sabe do que eu sou capaz de fazer quando perco o controle.

-Mas adoraria descobrir. – Ela rebateu levando o dedo indicador aos lábios dele e os acariciando.

-É sério isso? – Ele perguntou se fingindo de inocente.

-É obvio que não Harry, agora vamos logo ter essa conversa.

Ela puxou ele pela mão e o levou para fora do castelo rumo à beira do lago negro.

*

Neville estava parado a frente da biblioteca admirando bobamente Luna Lovegood que parecia entretida lendo um livro sobre mitologia Greco-Romana, Neville não tinha nem reparado quando começou a gostar de Luna, foi algo tão rápido tão repentino que ele nem se deu conta de quando aconteceu, na concepção dele foi algo bem parecido com aquelas historias trouxas sobre cupidos que acertavam flechas fazendo as pessoas se apaixonarem. No mesmo momento.

Ele adentrou a biblioteca lentamente e arrastando os passos, e enfim parou em frente à mesa na qual ela estava sentada sozinha, seus cabelos louros pareciam mais brilhantes que nunca e enchiam de animo o coração do herdeiro Longbottom, no seu pescoço pesavam os famosos colares de rabanete.

-Er..Luna, oi.

-Olá Neville. – Luna respondeu sorrindo sonhadoramente. – Você está esquisito, por acaso foi mordido por um zonzóbulo?

-Não, acho que não fui não. – O garoto disse sentando-se de frente a ela. – É que você está linda hoje.

-E ontem eu estava feia? – Ela perguntou tirando finalmente os olhos do livro.

-Não , quero dizer você está sempre linda.

-Ah, Você também Neville.

-Eu também o que? – Ele indagou sentindo a voz sumir e seu rosto corar.

-Está sempre bonito. Você está muito esquisito. Tem certeza que nem um zonzóbulo te mordeu?

-Tenho, tenho sim. – Ele respondeu prontamente. – Luna eu queria saber se você aceitar ir no passeio a Hogsmeade comigo.

-Mas Neville o primeiro passeio é só daqui a duas semanas, você está confundindo as datas? Isso é sinal de infecção por mordidas de gnomo do campo.

-Sim eu sei.

-É claro que você sabe, isso saiu na última edição do Pasquim.

-Não eu quis dizer que eu sei que o primeiro passeio a Hogsmeade é só daqui a duas semanas. – Ele disse nervoso, era muito difícil tentar conversar com Luna ainda mais quando se estava nervoso como ele. – Mas mesmo assim eu queria te convidar já.

-Tudo bem nós iremos juntos.

*

-Você pode começar a conversa? – Hermione sugeriu, os dois estavam sentados encostados na grande arvore a qual serviu de abrigo para o beijo dos dois.

-Primeiro as damas.

-Nem vem com essa. – Ela retrucou. – Foi você quem sugeriu a conversa, você que trate de começa-la.

-Tudo bem então. – Ele se rendeu com um suspiro. – O que você acha que aquele beijo significou?

-Eu não acho educado da sua parte começar a conversa com uma pergunta. – Ela exclamou fitando-o longamente antes de desviar o olhar para o lago.

-Então eu mesmo vou dizer o que significou para mim. – Harry falou segurando a mão dela e a puxando mais para perto. – Bem... Na verdade eu não sei bem o que significou, então eu vou dizer o que eu senti.Bem...É... Assim... Assim que eu te beijei eu me senti totalmente pleno, como se cada parte do meu corpo ansiasse eternamente por aquele momento. – Hermione o olhou confusa. – E na verdade ele realmente, assim como eu, desejava há muito desesperadamente poder ter você pra mim, ter seus lábios sobre os meus. Sei que você deve estar me achando um idiota covarde por nunca ter dito isto a você, mas a verdade é que já faz muito tempo que meu amor em relação a você quebrou as barreiras da amizade e evolui para algo maior, para um sentimento que me desequilibra e me matem estável ao mesmo tempo, algo que me completa por inteiro. Te juro que essa nunca foi minha intenção, pois eu não queria destruir nossa linda e firme amizade que construímos em tanto tempo, e eu até tentei sufocar este sentimento com a Ginny, não que eu não gostasse dela, mas realmente não beirava o que eu sentia e sinto por você. Mas eu me ative a te contar tudo isso antes também devido a você e o Ron, meus melhores amigos, não achava justo me interferir entre vocês e tentar tirar você dele, mas com aquele beijo todas as barreiras que eu havia construindo para pelo menos controlar esse sentimento se foram ao chão, e eu simplesmente não consigo mais segura-lo dentro de mim.

-Eu... Ah Harry... Bem eu não sei o que dizer. – Hermione falou, seus olhos se encontravam marejados e algumas lágrimas já haviam escapado. – Mas eu...

-Não precisa dizer nada Mione. – Harry a interrompeu enquanto ficava de pé. – Eu sei que você ainda gosta do Ron, e não tenho o direito de me interferir nisso. Me perdoe por ser tão estupido e ter te forçado a essa conversa.

Harry deixou algumas lagrimas sorrateiras pularem de suas íris verdes, era muito doloroso saber que a pessoa que você gostava era inalcançável. Com passos lentos ele começou a andar em direção ao castelo sozinho, mas não chegou longe, pois logo ele ouviu a voz de Hermione o gritar.

-Harry! Harry! – Ela gritou enquanto corria em sua direção seus cabelos sacudiam levemente com o vento, ela não tardou a estar novamente a frente de Harry e logo levou sua mão ao rosto dele. – Me perdoe Harry... me perdoe por te fazer sofrer assim por tanto tempo.

-Você não tem culpa princesa.

-Tenho sim. – Ela confessou aumentando o seu pranto. – Eu tenho a enorme culpa de não ter reparado mais cedo o que era obvio e também porque quando eu finalmente consegui enxergar o que já estava a muito explicito, eu me detive por medo, medo de destruir nossa amizade, medo de ferir outras pessoas e medo dos meus próprio sentimentos. Infelizmente eu não consegui reparar antes que esse sentimento sempre existiu, ele só estava disfarçado de outra coisa e quando eu me dei conta do que ele realmente era me assustei com tamanha intensidade e por isso tentei disfarça-lo novamente, mas meu planos caíram por terra no momento em que eu senti seus lábios tocando os meus. Harry o que eu estou tentando dizer é que eu também gosto de você, ou pra ser mais correta eu acho que eu amo você Harry. Pode até parecer algo muito forte pra se dizer, mas na verdade esse amor sempre existiu não é algo repentino. Eu sempre amei você Harry James Potter.

O sorriso que surgiu instantaneamente nos lábios de Harry não podia ser mais espontâneo, ele sentiu que no lugar de sangue seu coração passou a bombear felicidade para cada parte do seu corpo. Hermione era a garota dos seus sonhos, aquela à qual ele queria que estivesse a seu lado por todo o sempre.

-Eu também te amo Hermione Jean Granger, minha princesa. – Ele exclamou passando a palma de sua mão esquerda pela face da garota.

Harry a trouxe para mais perto de si e a envolveu pela cintura, ela por sua vez enlaçou o pescoço do garoto.

-Você aceita ser minha namorada? – ele pediu encostando a sua cabeça na dela.

-Sim Harry eu aceito. E você aceita ser meu namorado?

-Sim Hermione eu aceito ser seu namorado.

E por fim os lábios se encontraram em um beijo carinhoso, mas de intensidade gigantesca, no momento em que um completava a boca do outro, os corpos também se completavam. E de repente tudo ao redor foi esquecido só o que importava era aquele momento, era aquele beijo e aquele sentimento tão envolvente e sublime. O coração dos dois batiam no mesmo ritmo, as respirações fluíam na mesma frequência.

Quando o fôlego por fim faltou, os lábios se separaram, mas as testas se mantiveram grudadas umas nas outras.

-Desejo atendido? – Harry perguntou ofegante e sorrindo.

-Que desejo? – Ela indagou admirando os lábios vermelhos e entreabertos do namorado.

-Não se lembra princesa? O desejo feroz de me beijar até perder completamente o fôlego.

-Hum, acho que não pelo que me parece eu ainda tenho muito fôlego Sr.Potter.

-Pode deixar que eu já resolvo isso Srta. Granger, vulgo minha linda princesa . – Ele falou sorrindo maroto, e a beijou novamente. 

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“Meu amor não estou seguro das palavras certas para dizer
Talvez estas simples palavras melhor lhe explicarão
O que sinto em meu coração
O que sinto a cada dia
Como fazer você ver?
Como te avisar?
Como dizer, te dizer?
Que te amo assim
Com as palavras que você entenderá
As palavras que irão direito ao seu coração
Aqui é o lugar para começar” – Tu Amor (RBD)

*

N/A:Eba! olá pessoal, dessa vez, pra compensar o atraso do último, eu postei rapido.
Bem o que dizer sobre este capítulo: Primeiramente que diferente do outro eu gostei dele ( espero que vocês tambem gostem), Ele é muito importante pra Fic é como um divisor de águas, a Fic de verdade começa agora. Eu tentei fazer de casal secundario N/L eu acho os dois bonitinhos juntos, e vocês o que acham? Essa última cena H/H já estava feita ha muito tempo, eu não sei se vocês gostaram (não me considero muito boa para escrever cenas de romance), mas espero que sim. Infelizmente eu acabei não revisando ela porque fiquei muito ansiosa pra postar logo, mas brevemente eu revisarei toda a Fic, então me perdoem qualquer erro. Então o que acharam da profecia? da cena H/H? e quem vocês acham que são os pais da Claire? respondam nos comentarios.

Alguns vão achar o "Eu te amo" do Harry e Hermione muito apressados, mas é que eu basei os dois de acordo com a minha visão dos personagens originais, e pra mim parece me eles sempre manteram um amor (mesmo que seja platônico) muito forte um pelo o outro, então como a Hermione disse não é um amor repentino é algo que de muito tempo já.

Mateus Guilheme: Ainda bem que você gostou daquele capítulo(mesmo eu não tendo gostado), e ai seu palpite sobre o que ia acontecer estava certo? Tomara mesmo que essa bendita criatividade coopere, mas eu já postei algumas coisas interessante neste capítulo.  Pois é eu coloquei outro casal, o que você achou deles, não predendo focar muito é claro, mas seria só pra deixar a Fic mais dinâmica. MInha sobrinha mandou te agradecer kkk.

Stehcec:  Oi! fiquei muito contete com a sua critica e suas sugestões, é que assim que se melhora mesmo ouvindo as criticas e sugestões e aprendendo com elas. Obrigado! E desse capítulo o que você achou?(rolou bastante coisa nele né?), e eu até tentei colocar a Luna só que ela é muito complicada de se escrever, mas eu vou continuar tentando. É tão bom saber que se acustumou e até acha bonito H/H, mas cuidado comigo que você viu que eu tenho umas artimanhas perigosas kkkk. Ownt obrigado pelos votos de felicidade a minha sobrinha, ela acabou de nascer e eu já a amo como se conhecesse ha uns 100 anos kkk. Bjs! até o proximo capítulo.

Naiara Granger Weasley: Comentarista nova né? que bom muito obrigada pelo comentario e pelos elogios ao capítulo, espero que continue comentando. Bjs!

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