Ela.



Harry tinha andado o dia todo a mentalizar-se para aquilo. Ele tinha de o conseguir fazer, afinal de contas ele é o ''Chosen One'' corajem nãolhe faltava.

 Chegou a casa já muito tarde; Seria melhor deixar para o próximo dia 'Isso Harry sê cobarde, e deixa para amanhã' dizia-lhe uma voz na cabeça. Não tinha comido nada durante o dia, pensou mesmo que ia desmair de fraqueza. O trabalho de ser auror não era fácil, o treino estava quase a terminar e dentro de poucas semanas ele seria um auror oficial.

 Acendeu o gás e ligou o lume; Ginny estava a dormir no sofá, ele sabia fazer ovos com bacon (uma das poucas coisas). Abriu o frigorífico e retirou os ovos. Depois de encher uma taça com água e confirmar a se os ovos estavam, efetivamente, bons (Ginny faz sempre isto e, se por algum motivo ela o faz, é porque é importante). Depois de adicionar o óleo á frigideira colocou os ovos e o bacon. Sentou-se.

 'Não sejas cobarde Harry, por favor' dizia-lhe aquela vozinha sempre à escuta na cabeça, Harry sabia que ela tinha razão; Ele não era cobarde, ele conseguia! ELE ERA O HARRY POTTER! Mas ela era a Ginny Weasley e esse era o problema. Ela era... a Gin de sempre. A sua Gin, aquela que sempre lhe apoio, ela era sua. Ela sabia disso e ele também o sabia. Por isso uma anel no dedo e uns papeis assinados não iam mudar nada pois não? 'Não sejas cobarde, sê forte'

 Aquilo começava-lhe a irritar. Ele não tinha medo, não tinha vergonha e sobretudo não tinha pretendentes. Essa era uma das grandes vantagens de em tempos ter sido o ''Chosen One'' (uma coisa raríssima), mas pelo menos ninguém se aproximava dela, não que ela deixa-se - Harry sorriu ao recordar-se de Ginny a dar ''foras'' ao mais corajosos - mas aquilo nada interessava! Ele tinha de agir... e... rapidamente!

 - HARRY! - gritou Ginny - O QUE ESTAS A FAZER?!

Foi naquele momento de Harry se apercebeu que a cozinha estava cheia de fumo e um cheio intenso a queimado. Levantou-se rapidamente para desligar o lume, mas não conseguia ver nada (culpa dos óculos). Ginny aproximou-se do fogão e lá conseguiu desligar o fogo.

- HARRY POTTER ESTAVAS A TENTAR INCENDIAR A CASA? - exclamou Ginny um tanto alterada.

- Nada disso, estava apenas a tentar comer alguma coisa - disse Harry nervosamente, mas ao mesmo tempo contente. Era esquisito, muito mesmo, mas ele também de normal não tinha nada, ele gostava de quando ela gritava parecia mais... viva.

- EU SEI QUE TE DISSE QUE NÃO GOSTAVA DESSA FRI... - antes que pudesse terminar Harry interrompeu-a.

 - GINNY - esclamou Harry um pouco mais alto do que o costume. Ginny assustou-se. O Harry nunca levantava a voz. Será que ele se senti-a bem?

Mexeu no bolso das calças e tirou uma caixinha vermelha.

- Casas comigo Gin? - perguntou Harry no mesmo momento em que a frigideira incendiava-se e ele abria caixa.

Por momentos, Ginny, não soube o que responder. Claro que sim, não havia dúvidas mas aquela experiência parecia surreal. Harry Potter ''The boy who lived'' estava parado na cozinha deles, com um anel pronto a aceita-la para o resto da sua vida, da vida deles.

Ginny sorriu - Sim.

No momento a seguir em vez de se beijarem, como é costume, desataram-se ambos a rir. Continuaram a rir-se durante uns bons 5 minutos e foi aí, que finalmente se beijaram parecendo como a primeira vez. 

Ela foi, e sempre será o seu Golpe de sorte. 

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xxx 

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