Acontecimentos



Entre as colinas de uma cidadezinha afastada de Londres chamada HeadBreach, banhada pelo vento gélido dos campos, havia um pequeno chalé velho com janelas pequenas, uma porta que ficava constantemente aberta ao público e um telhado que formava um grande triângulo torto apontando ao céu. No pequeno hall de entrada havia instrumentos, todos acomodados apertadamente uns sobre os outros pendurados na parede e talhados em madeira rústica. Uma outra porta dava acesso a uma próxima sala do tamanho de um ovo, onde mais intrumentos estavam aconchegados e onde havia uma pequena escada velha em espiral.
A familia de apenas um pai e uma filha, morava no recinto ao qual a velha escada dava acesso. E nos fundos, onde havia uma cobertura em que várias ferramentas e madeiras dividiam o mesmo espaço, o pai desgastado com rugas demais nos olhos para alguem de sua idade, talhava mais um violino com uma forma curiosa para os padrões normais. Ele era um bruxo, mas fazia questão de fabricar seus instrumentos a mão. Pequenos óculos de tartaruga lhe apertavam o nariz enquanto ele dava forma a última curva do pequeno violino.
Lá dentro, na pequena sala, a garotinha de cabelos cor de mel, até os ombros e uma franja que era maior de um lado e diminuia conforme chegava a terminação da testa - que havia sido cortada pelo próprio pai - balançava as pequenas mãos como um regente de ópera. Logo o piano velho encostado ao lado do ármario começou a tocar algumas notas. Ela se virou para o violoncelo no canto da escada, fazendo alguns movimentos com a mão direita, enquanto que com a esquerda ela continuava regendo o piano. Os dois entraram em sincronia.
Logo, quando os instrumentos estavam estabilizados, ela se voltou para outro, que ela não sabia pronunciar o nome, pendurado na parede cor de osso. Este, fez um som agudo e grave repetidas vezes, enquanto acompanhava a melodia dos outros dois. Depois foi a vez do violino.
A música ficava cada vez mais rápida e melodiosa. A garota ria divertida com o que estava fazendo. Alguns toques rápidos e crescentes do piano e os violoncelos, violinos e instrumentos que ela não sabia pronunciar se juntaram num grande estrondo melodioso de arrepiar a espinha.
O pai adentrou a sala observando a cena, rindo e pegando a menina no colo.
- Você viu papai? Eu controlei todos eles juntos!
- Sim, uma garotinha muito esperta você! - Afirmou o pai sorridente.
O tilindar de campainha do balcão na sala da frente, chamou a atenção do pai. Colocando a menina no chão e se encaminhando para a porta, ele se virou para ela pensativo.
- Se esconda no ármario como eu te falei e só saia quando eu vim dizer que está tudo bem, o.k?
- O.k papai. Mas porque? - Indagou a menina arqueando as sombrancelhas (uma mania que herdara dele).
- Só por precaução. Você lembra dos homens maus que o papai falou? - Mais um tilindar insistente soou, a menina afirmou positivamente com a cabeça. - Então, temos que tomar todo o cuidado possivel e você tem que se proteger quando eu sentir que há algo de errado.
Ela fez que sim mais uma vez e correu para dentro do armário velho e meio queimado ao lado do piano. O piano soltava algumas notas de vez em quando ainda. Ela ouviu vozes lá no hall.
- Ora, ora, ora... - Disse uma voz grave e estranha. - Então você veio se esconder nesse poço de trouxas Seth?
- Melhor do que ficar no meio de tantos bruxos asquerosos como vocês! - respondeu o outro.
Um estalo e um urro de dor.
- Se eu fosse você, falaria com mais cuidado. Essas podem ser suas últimas palavras... Onde está sua mulher e sua filha? Você teve uma filha não teve?
- Lavígnia a levou com ela quando foi embora. - Respondeu Seth com a voz esganiçada - Nunca mais me mandou notícias. Estou procurando á anos!
- Entendo... Então a Lavígnia Ravennel não te aturou não é? Achei um desperdicio quando ela aceitou se casar com você!
A garotinha se mexeu angustiada no ármario. Estavam falando da sua mãe...
- O que vocês querem? - Perguntou roucamente Seth.
- Ora você sabe. O mestre não deixa barato quando lhe negam serventia... Quando lhe traem. Viemos terminar o serviço - A voz riu rouca e maleficamente. Houve mais um baque de algo caindo no chão.
- Não! Por favor... - Suplicou o pai.
- Tarde demais... - respondeu friamente o outro homem e logo depois, esganiçou - Avada Kedavra!
A garotinha viu por entre os buracos do ármario um lampejo verde. E mais risadas ecoaram pela casa... Depois passos e a porta sendo fechada com um baque surdo.
Os homens maus haviam vindo e o pai dela ainda não tinha voltado para dizer que ela podia sair. O piano tocou mais algumas notas tristes e logo após, se silenciou.



***
Alguns anos depois...


Havia uma movimentação anormal na casa dos Potter aquela manhã. James estava correndo pelo corredor do segundo andar batendo várias vezes em todas as portas dos quartos - até os já desocupados pelos irmãos - deixando por último o quarto dos pais, onde ele bateu com as mãos espalmadas e correu a toda velocidade, fazendo um barulho de doer os ouvidos. Eram 6:00 hrs de uma manhã de sábado, o Sr. Potter e a Sra. Potter não conseguiam acreditar ao olhar pros relógios, que seus enérgicos filhos já estavam acordados.
Harry Potter pegou os óculos redondos ao lado do relógio e os ajeitou á face, pulando da cama irritado. Se encaminhou até o primeiro degrau da escada onde tinha uma vista ampla da sala, olhando furiosamente para James que pulava insistentemente em um dos degraus e para Lilian, que chorava emburrada no canto da escada.
- James! - Começou ele irritado. - O que est...
- Papai! Papai! Eu recebi! Eu recebi a carta de Hogwarts! - Alvo, seu filho do meio, balançava nas mãos um envelope que o Sr. Potter conhecia muito bem.
Gina apareceu atrás dele arrumando os curtos cabelos ruivos sorrindo para o filho.
- Parabéns Al! Eu e seu pai estamos muito orgulhosos de você - ela disse amavelmente.
- Mas mamãe e a minha carta? - A pequena-chorosa Lily fazia bencinho para a mãe correndo até seus braços.
Hogwarts era a escola de magia e bruxaria, onde todos aqueles que tivessem dons mágicos iam para estudar por sete anos. A chegada da carta de admissão era algo muito esperado por todas as crianças-bruxas, que acontecia quando estas completavam onze anos. Alvo faria aniversário daqui duas semanas.
- Acho que você vai para a Sonserina. - indagou maliciosamente James, jogando os cabelos para o lado - Vai morar com aqueles rabugentos feios os próximos sete anos.
- Não vou não! - Retorquiu o outro.
- O.k parem vocês dois! Bom dia, Monstro!
Monstro era o elfo doméstico da familia, Gina o viu no batente da porta da cozinha com apenas os olhos e as grandes orelhas a mostra, observando a balburdia que ocorria na sala. O coitado já estava velho e enrugado como um maracujá seco e arrastava-se pela casa murmurando sozinho e ralhando com as crianças. Mas era muito atencioso e tentava ao máximo agradar, fazendo tortas, roscas e bolinhos todas as tardes para a familia.
- Bom dia, minha senhora e meu senhor - ele se curvou em reverência e ao se levantar pode se ouvir um grande estalo de suas costas arqueadas - Monstro veio ver o que os senhores querem para o café-da-manhã, minha senhora.
- Monstro, eu não lhe dei vestes novas semana passada? - Falou Gina.
O elfo vestia vestes encardidas, rasgadas e chamuscadas. Quando ele falou sua voz saiu mais anasalada e rouca do que o normal.
- Desculpe, senhora, é que Monstro não gosta de vestes novas.
- E eu não gosto de elfos domésticos esfarrapados na minha casa. Vamos, vá trocar de roupa enquanto eu adianto o café.
Gina se encaminhou para a cozinha com dificuldade no andar, pois Lily estava pendurada em suas pernas. Monstro saiu emburrado e Harry desceu as escadas, colocou as mãos nos ombros de Al e se encaminhou com ele até a grande janela atrás de sua poltrona favorita, olhando a linda manhã que se formava por entre o campo vasto e verde do quintal dos Potter.
Alvo se sentia eufórico e imensamente contente. Finalmente iria para a escola que tanto sonhava e, principalmente, iria poder descobrir se tudo o que o irmão dizia sobre trasgos, lesmas gigantes e carnivóras, e noites em que a lula gigante saia do lago á procura de crianças, eram realmente verdadeiras.
James já estudava em Hogwarts a um ano - por ser um ano mais velho que Alvo - por isso, parecia ter certa influência com o irmão em relação a escola.
- James disse que ficam perguntando do senhor toda hora para ele... Querendo saber histórias e perguntando se você tem a cabeça de Voldemort pendurada em cima da lareira.
Harry riu alto. Alvo o olhava com os olhinhos cheios de expectativa.
- As pessoas nunca se acostumarão com o nome dos Potter. - Ele afirmou ainda sorrindo divertido. - Quando eu tinha sua idade, o meu nome ser pronunciado em voz alta era pior do que se pronunciassem o nome de Voldemort três vezes. "Harry Potter? É Harry Potter? Ele disse: Harry Potter?" - Harry imitou fielmente várias vozes fininhas de crianças.
O pequeno Al riu, se aconchegando mais para o lado pois James havia se juntado a eles e queria um lugar no abraço do pai.

O verão estava quase se findando quando os Potter foram passar os últimos dias na casa dos avós-Weasley. Passar as férias n' A toca - como a casa é chamada - era a melhor parte do verão. A casinha era pequena e circular, com vários andares puxados acima, tortos e de madeira. Com um vasto campo como quintal.
Vó Molly preparou um grande banquete pra janta para a chegada dos filhos, genros, noras e netos. Jorge e Angelina já estavam lá, com os filhos Fred e Roxanne. Gui e Fleur tambem compareceram com os filhos Victoire, Dominique e Louis. Rony, Hermione, Rose e Hugo tambem se juntaram ao restante da familia.
A cozinha d'A toca havia ficado maior graças a um feitiço de extensão feito pelo vô Arthur, aconchegando toda - ou melhor, quase toda - a familia na grande mesa velha.
- E Percy? - sussurrou tensamente Gui para o pai.
- Bom... - Arthur olhou instintivamente para a mulher que bebericava exageradamente o suco de abóbora nas mãos, querendo fingir, como ele bem sabia, não estar magoada. - Ele não pôde vir esse verão... Disse que estava muito ocupado.
Arthur franziu a testa, passando os olhos por toda a extensão da mesa, examinando cada rosto. Todos, sem excessão, não apresentavam nenhum tipo de choque ou descontentamento com a atitude de Percy.
- Querem mais sopa meus amores? - Perguntou Molly com uma voz amavel e fraquinha para Louis e Rose, que haviam acabado de comer seu segundo prato de sopa de cebola.
Molly aparentava estar mais cansada e mais velha, com rugas fortes em torno da boca e olhos. Os mesmos olhos que sempre aparentavam energia e alegria - mesmo com a tristeza de não ter um de seus filhos presentes - ao ter todos os seus netos debaixo de suas asas por alguns dias. Os cabelos cheios como uma juba já perdiam o tom ruivo, com a presença de muitos fios brancos.
Arthur apresentava uma grande careca no topo da cabeça que brilhava toda vez que estava exposta a luz e alguns fios ruivos e brancos formavam um ralo circulo por cima das orelhas. Rugas espalhavam-se pelo seu rosto, mas parecia menos velho do que Molly.
Fleur começou a tagarelar sobre Victoire e Dominique terem o cabelo igual ao de suas tataravós "porque as Delacour's sabem como nou deixar os cabelos parrecendo palha mastigada purr vacas". Gina e Hermione reviraram os olhos quase cronometradamente ao ouvirem isso, enquanto James e Fred jogavam pedaços de macarrão um no outro por entre as olhadelas furiosas de Angelina.
Ao terminar o grande banquete, as crianças foram enfileiradas na sala para que cada um tivesse um quarto designidado. Os adultos já haviam se encaminhado para os deles e na pequena sala - cheia de bugigangas, vasos e móveis, que espremiam as pessoas umas as outras - restou apenas as crianças enérgicas, Molly e Arthur, que roncava baixinho por trás do Profeta Diário de dois dias atrás.
Na primeira página do jornal - que se expandia ligeiramente com as bufadas de ar que Arthur soltava pela boca - a imagem de um duende carrancudo, a frente da placa do Gringotes (o banco bruxo), de orelhas pontudas e nariz extremamente grande, apontava o dedo furiosamente e gritava com vários flash's pipocando em sua face esguia, logo abaixo da manchete: Duende acusado de facilitar entrada de ladrões no Gringotes pode ter estadia permanente em Azkaban.
Molly andava entregando uma troucha de cobertor e travesseiro para cada neto, designando o quarto que deveriam se apossar e dando um beijinho neles quando se encaminhavam para a escada desorientados, com a troucha lhes tampando os olhos.
- James, Alvo e Fred, vocês dividirão o terceiro quarto a esquerda no segundo andar... Não quero bagunça, barulho, brincadeirinhas e nem nada destruido naquele quarto, ouviram bem?
Todos balançaram selvagemente as cabeças afirmando que sim.
- Ótimo! Boa noite meus doces, durmam bem e sonhem com os anjos. - Ela deu um beijinho em cada testa e se virou para a poltrona barulhenta onde um Arthur de pijamas verdes, botões saltando da barriga e redondas pantufas pretas roncava mais e mais alto - ARTHUR! VAMOS!
- Estou indo querida... - Ele sussurrou confusamente, correndo cambaleante atrás da esposa.
Os garotos riram e seguiram logo após para o quarto.
Ao chegarem ao corredor mal iluminado, abriram a terceira porta a esquerda, revelando um pequeno quarto com três camas quase grudadas umas as outras, com colchas brancas que emanavam um delicioso cheiro de lavanda e ao canto um pequeno armário velho de duas portas, que parecia que ia despencar a qualquer momento.
Os meninos se apertaram por entre as camas e a parede onde se encontrava o armario. Alvo ficou com a que se localizava centimetros abaixo da janela. James com a do meio e Fred com a outra. Repararam que suas pequenas malas já se encontravam embaixo das camas, exatamente na que cada um havia escolhido.
- Mal posso esperar para aprontar muito durante toda a semana, Fred! - falou James.
- Vou ficar apenas três dias aqui. Minha mãe inventou de fazer uma reforma lá em casa e teremos que voltar cedo para esconder os objetos mágicos que temos... Ela contratou gente trouxa para fazer o serviço e eles vão passar boa parte do tempo lá.
Fred ergueu os ombros desanimadamente. Ele e James eram companheiros árduos de traquinagens, conhecidos por grandes feitos de destruição n'A toca. Alvo tambem havia sido participante de alguns desses feitos, mas por ser um ano mais novo, participou de poucos e leves procedimentos do tipo: torturas á base de cócegas em gnomos seguida de soltagem dos prisioneiros dentro da casa, infestações de abelhas, bombas de pum que estouraram "sem querer" no galinheiro...
Alvo riu com as lembranças. James e Fred agora travavam uma luta de travesseiros.
Fred era muito parecido com o pai, a única diferença era a pele mais morena herdada da mãe e os cabelos castanhos-acobreado ao invés do ruivo-vivo de Jorge. O nome de Fred era uma homenagem ao irmão gêmeo de seu pai, que havia morrido na batalha de Hogwarts. Jorge e Fred eram inseparéveis e Alvo sempre notou que tio Jorge ficava sempre muito cabisbaixo, como no ocorrido da bomba-de-pum. Ele mesmo ajudara os meninos a estourar as bombas no galinheiro. Pouco depois, ele se trancou no quarto e vó Molly que não parara de gritar por trinta minutos seguidos, se calou e com os olhos marejados, falou baixo para Fred: "você sabe que esses tipos de traquinagens, fazem seu pai relembrar os tempos com o irmão..."
Essa parte da brincadeira realmente não tinha sido nada interessante...
Alvo observou que James abriu o malão e tirou algo que parecia um grande pergaminho velho.
- Agora que você é oficialmente um estudante de Hogwarts e infelizmente membro da minha familia, agora você é de minha inteira responsabilidade por toda a sua jornada na escola. Por isso, tenho que lhe revelar o nosso grande segredo! - Disse James, com os olhos brilhando - Você se lembra do mapa que o papai comentou uma vez com você, Lily e eu?
Alvo revirou a memória, mas sem muito esforço se lembrou. A história era muito interessante. O mapa havia pertencido ao pai de Harry e mostrava a localização de todas as pessoas resididas na escola de Hogwarts. Revelava tambem passagens e saídas secretas.
- Claro! O Mapa do Travesso! - Exclamou Alvo.
- Não bocó, o Mapa do Maroto! - James puxou a varinha do bolso teatralmente. - Tchanrã!
- Você não pode fazer magia fora de Hogwar...
- Estamos numa casa cheia de bruxos autorizados a fazer magia, acha mesmo que o ministério vai saber que foi James quem fez? - Falou Fred.
James bateu com a varinha no mapa e falou "Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom" e no mesmo instante uma frase apareceu:
                                 Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas
                             fornecedores de recursos para feiticeiros malfeitores
                                             têm a honra de apresentar:
                                                O MAPA DO MAROTO


James o abriu completamente e lhe foi apresentado uma grande extensão de linhas e duas pegadas que se locomoviam. Uma delas estava escrito abaixo Argo Filch.
- Filch está lá desde antes dos nossos pais pisarem em Hogwarts... Um velho asqueroso, mais lento do que uma tartaruga que insiste em nos perseguir. - Disse Fred num tom revoltado.
- Sayd Geller? - Perguntou Alvo esperando mais uma resposta revoltada e cômica do primo ou do irmão.
- Nunca vi por lá, nem ouvi falar - James ergueu os ombros ossudos. - Talvez seja um novo professor ou um novo vampiro que reside na escola...
Alvo arregalou os olhos e escancarou a boca, "há vam-vam-vampiros lá?" ele perguntou atropelando as silabas.
- Quem sabe talvez ele prefira garotos mais velhos e não queira te transformar em um de seus seguidores por toda a eternidade! - Disse sombriamente James, rindo logo depois.
- Ou talvez queira, ouvi dizer que vampiros gostam de sangue de alunos novos! - Fred disse arqueando as duas mãos como garras perto do rosto de Alvo.
Al revirou os olhos, vendo logo depois que Sayd Geller desaparecera misteriosamente em frente á inscrição: Salão Principal.
Então James apontando a varinha para o mapa novamente, murmurou "Mal-feito feito" e todas as inscrições se apagaram, restando apenas o papel velho e dobradiço.
Alvo se encaminhou para sua cama cabisbaixo, mas algo lhe ocorreu e abruptamente se virou para o irmão.
- Papai não comentou nada sobre ter te dado o mapa...
- Ele não deu! - Sorriu maleficamente James, guardando o mapa no malão. - Eu peguei no escritório dele antes de embarcar para Hogwarts no ano passado. Ele não sentiu falta até hoje...
- Quando ele perceber, vai saber na hora que foi você! Você vai estar mais frito do que o ovo-frito-queimado do tio Rony!
- Quando ele descobrir, eu vou estar seguro por muitos feitiços de proteção em Hogwarts... Se ele for lá me caçar, eu tenho o mapa e várias saídas secretas para escapulir são e salvo.
James puxou o edredom e se deitou, murmurando um boa-noite cheio de orgulho por sua genialidade para mal-feitos. Alvo e Fred fizeram o mesmo, colocando seus pijamas e se deitando.
Al custou a dormir com essa nova informação do irmão borbulhando em sua mente. Depois de muito maquinar sobre e com a leve brisa que entrava pela janela com o cheiro da grama recém-cortada, ele dormiu tranquilamente sonhando com um vampiro esquéletico que lhe pedia seus documentos e com várias inscrições com o nome Sayd Geller.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.