Capitulo 10



Resistir... para que também? Ficar sozinha? Este pensamento calou fundo na mente de Mary Ann. Lembrou-se da cena de mais cedo quando seu irmão estava de “amassos” (sim porque a cada segundo a cena se distorcia mais na sua mente) com Lilly Evans, somado ao sumisso de Régulo e sua “briga” com as meninas, era melhor ficar com Sirius afinal não era tão ruim assim? Ao pensar nisso ela riu, ele riu também e perguntou:

- Então, você quer comer alguma coisa?- foi a primeira coisa que passou na cabeça dele que estava muito confusa naquele momento, ele disse que a amava, Merlin aquilo era sério! Ele agiu bem? Ele realmente gostava muito dela mas seria amor? Ele coçava a cabeça quando ela respondeu:

- Um pouquinho sim e...vamos na dedos de mel? Eu nunca fui lá!- sorrindo já o arrastava pela mão. O que fez ele engolir em seco afinal ele era Sirius Black, ele nunca tinha namorado sério, todo mundo ia ver eles de mãos dadas alias já tinham algumas pessoas olhando e perai? Aquele corvinal metido a besta ta olhando para ela por que? Não estava vendo ele ali não? Automaticamente Sirius pôs sua mão no bolso em busca da varinha, encontrando-a apontou para o garoto que engasgou com o hidromel que bebia ficando todo babado, Sirius por sua vez soltou da mão da menina para abraçá-la pela cintura, cochichos correram o vilarejo, mas ele parecia satisfeito, um tantinho orgulhoso.

Enquanto isso no castelo Severus parecia realmente feliz de ter voltado a falar com Evans, estava louco para contar a irmã, é claro que não tinha falado tudo o que sentia para Lilly afinal ele ainda não estava a altura dela, e nem precisava era óbvio! Era claro que ela sabia só que como alguém como Evans iria olhar para ele além da amizade?

Mas talvez, não era melhor não, ah porque não? Voldemort! A única coisa que Severus admirava em si mesmo era seu domínio da arte das trevas e Voldemort poderia elevá-lo a uma posição de destaque neste mundo injusto, ele seria tão importante, tão poderoso que Lilly não iria precisar ter vergonha dele. É claro que ela se assustava com Avery e os Carrows agora usando magia negra, contudo sabia que se isso se torna-se normal no mundo ele poderia ser quase um rei e dar a Evans tudo que ela merecia. Estava decidido no Natal iria procurá-lo e oferecer seus préstimos.

Sem falar que os ataques dos comensais da morte deixava um clima tenso no ar, ele se tornando um sua família estaria protegida, Mary Ann estaria salva. Por falar em Mary Ann, teria ela ido a Hogsmeade? Que estupidez a dele claro que iria, e com certeza até o final do dia ela estaria dando algum presentinho “fofinho” para ele. Como ela conseguia ver tudo cor de rosa? As vezes ele queria ser assim. Não, pensando melhor não queria não ou os dois já estariam mortos!E o pobre Adolf que estava seguindo os passos de Mary Ann, as vezes ele se perguntava se seu irmão tinha nascido um aborto ou era só retardado? Até agora não tinha apresentado nenhum donzinho de nada e insistia em agir como se fosse de colo já tendo belos 7 anos. A culpa era de Mary Ann sem dúvida ela com aquela mania de: Ah Adolfinho faz carinha de gatinho para a maninha! Agora faz um porquinho! Ele não é lindo Sevie? Severus revirava os olhos só de pensar, já era quase feriado de Natal, ele ia ter que aturar o pai mas, ia resolver a vida dele. Queria poder tirar os irmãos daquela casa! Mary Ann e Adolf eram muito frágeis, se sentia tão inútil! Estava muito tempo sem fazer nada iria estudar.

Com isso em mente rumou para a biblioteca não cumprimentou ninguém e sentou-se num canto perto de um janela onde podia aproveitar a claridade para ler. Reviu suas anotações da semana e em seguida chamou um livro de poções com a varinha, afinal precisava relaxar. E relaxou tanto que acabou dormindo ali mesmo. Acordou mais tarde com um par de olhos violeta o encarando:

-Ma- ni- nho ?? Não dorme aqui não meu príncipe você vai acordar todo torto! Vem eu te ajudo a levantar!- Mary Ann foi levemente empurrada por ele que mesmo sonolento resmungou:

- Para com esse apelidinhos Mary!- disse levantando-se com os cabelos espalhados no rosto.

- Ah, não me trata assim eu até te trouxe um presentinho fofinho, olha!- disse ela revelando um pacotinho verde com uma fita verde metálica.

- Ah obrigado!- disse abrindo o pacotinho e pensando que só não acertava na loteria. Dentro tinha um espelho pequeno numa moldura prateada.

- É Mary agora não vou mais borrar a maquiagem!- disse sarcástico. Porque raios ela tinha comprado um espelho para ele? Ah não ele entendeu, ela ia começar com um papo de como ele era lindo, coisa que só ela e a mãe dele que deus a tenha achava, e se ele tinha se declarado para a Evans e

- Não seu bobo é para você me ver o dia inteiro!!!!!!!!!!- ela disse sacando outro exatamente igual da bolsa.

- Você está me dizendo que isto é um espelho de repetição!?

Ela balançava a cabeça avidamente concordando. Ele esboçou um meio sorriso, realmente aquele era um presente útil, e difícil de conseguir onde ela teria arrumado?

- Mas como você?

- Sirius me ensinou a enfeitiçar os espelhos, levei a tarde toda mas funcionou quer ver?- ela botou a língua para o espelho em sua mão e apareceu uma língua no espelho de Severus, que admirado soltou um:

- Impressionante nem sabia que o Black conhecia algum feitiço. Quem diria um útil!- resmungou Severus que foi surpreendido por uma resposta muito rude da irmã.

- Ele é muito inteligente se você quer saber e não fala mal dele só porque você não agüenta revidar as azarações dele!

Aquilo tinha sido uma punhalada nas costas de Severus, Mary Ann estava zombando dele? Para defender aquele canalha? O que? Aquele, ela, aquele, ela... a dor era muita o choque era imenso duas lagrimas grossas rolaram no rosto dele. Agora era vez dela de sentir dor, tinha feito Sevie chorar, não, não ela não podia, como? Desespero e angustia nos violetas contra mágoa e decepção dos negros.

- Sevie não chora por favor!- ela já estava chorando também.

Com raiva Severus esfregou os olhos mas não conseguia parar de chorar, ela não até ela não. Era o que ele pensava nervoso, ofegante, ela o abraçou, ele tentou empurrá-la e ela o apertou mais forte.Ele cedeu, sentiu-se leve sentiu-se calmo, olhou em volta. Não estavam mais na biblioteca e sim em casa, ele estava deitado com ela ainda o estava segurando ,na sua cama, em seu quarto ela tinha levado eles lá. Tomara que ninguém tivesse visto.

- Sevie desculpa! Ela implorava ajoelhada.Ele estava furioso mas viu que era momentâneo, afinal ele sabia que ela não ia ser só dele para sempre.

- Deixa para lá Mary!

- Não Sevie por favor.- Ela buscou suas costas enlaçou a cintura dele, ele se arrepiou.

Queria soltar-se mais ao invés disso lacrou a porta com um encantamento, virou-se para ela. Eles tinham se alterado muito e por uma bobagem como aquele idiota do Black. Com um sorriso dele ela se acalmou dava para sentir na sua respiração, olhou para ela, viu como estava bonita, naquele momento ela superou Evans, bom ela sempre superava no final. Ele beijou a testa dela e a senti amolecer. Dizia par si mesmo que não eram irmãos de verdade e que não precisavam ser, não queria ser principalmente quando aquelas ametistas pousavam sobre ele, como agora, tão frágil, tão fácil, tão perigoso. E se ela odiasse ele para sempre?

- Eu não posso te odiar!

- E nem deveria usar legilimência em mim com a guarda baixa!- ele disse com sua voz mais letal.

- E você não deveria me beijar! – com um meio sorriso de escárnio ele revida:

- Mas eu não te beijei!

Todavia ela o beijou, foi algo impulsivo e rápido, algo que os dois sabiam ser errado, por isso mesmo era tão bom, isso os acalmava era algo que eles precisavam fazer, antes de retomar suas vidas desajustadas. Algo de que eles não falariam para ninguém, uma coisa só deles uma doce lembrança precisassem lançar um patrono. Algo forte o bastante, mas que não poderia passar daquilo. O beijo pareceu durar horas e quando seus lábios finalmente se separaram ela recostou a cabeça no ombro dele e ele acariciou seus cabelos. Pronto estavam tranqüilos poderiam brincar de ser irmãos de novo. Nem seus hormônios podiam superar a pureza daquele sentimento que um nutria pelo outro, onde um simples beijo sublimava tudo.

Enquanto durou o beijo tudo estava bem, mas agora de volta uma realidade cruel em que a sociedade os tinha posto como irmãos onde aquele beijo só poderia ser uma demonstração de afeto, ele tinha que se focar em Evans, esta sim era possível, Mary Ann era só um sonho.

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