Capítulo 7
Severus nunca esteve tão confuso debaixo de seus cabelos negros e oleosos, se ver Lilly agarrada com Potter já era ruím imagine ver sua irmãzinha com o asqueroso do Black, aquele cão sarnento. Nem para isso o inútil do Régulo serviu! Pensava enquanto vestia seu uniforme, já ia por as calças quando resolveu checar sua cueca, nunca se sabe se alguém poderia expô-lo seminu para meia Hogwarts assistir, estava limpa e sem manchas ele podia ir mais tranqüilo. Contudo aquela constatação que deveria acalmá-lo o enfureceu mais como podiam ter feito aquilo com ele? Porque ele tinha que viver se cuidando, sem ser livre, tendo receio em cada corredor....aquilo era tão... tão...INJUSTO! Eles tinham tudo que queriam, a garota que quisessem, eram queridinhos dos professores, e tinham pais, aquele idiota do Sirius não sabia dar valor aos dele! Sua mãe foi tão rebaixada como bruxa, era a melhor preparadora de poções do mundo ele tinha certeza disso, o que poderia ter visto no pai dele? Como ela foi se diminuindo, morrendo. Ela se deixou morrer! Agora aquela outra bruxa Nicole ele tratava como uma Deusa e .. Ele não podia reclamar, era a mãe de Mary Ann e tratava ele e Adolf como se fossem filhos dela realmente, talvez ele devesse a tratar melhor também. Mas que se dane todo mundo! Mary Ann seria perfeita se não fosse irmã dele. Era culpa deles, todos eles: Tobias, Nicole e Tiago! Não podia ter ninguém que realmente merecesse. Por quê? Por quê? Ele teria que ser infeliz para sempre. Se olhou no espelho viu seu nariz em forma de gancho, sua pele malicenta, seus cabelos negros sebentos, sua pele branca como a de um vampiro, o corpo exageradamente magro, talvez as roupas de Lilly servissem nele, se achava patético. Não era culpa de ninguém, além dele mesmo! Conformado pegou sua pasta já preparada no dia anterior e desceu para o café da manhã estava curtindo todo a sua miséria como ser humano e bruxo quando, já do lado de fora da Sonserina:
-BOM DIA!- era Mary Ann que surgia sabe-se lá de onde ao lado de Bellatrix, assim era assim que ela tinha descoberto a entrada para a Sonserina, Lestrange a levou, estranho elas tão opostas estarem tão unidas. Ela fez menção de abraçá-lo, mas, recolheu os braços resistindo. – Quase Sevie! – disse ela para que ele se orgulhasse afinal, estava se esforçando mais uma vez para agradá-lo. Ele queria falar sobre esta estória de Sevie. Não podia chamá-lo de Sev como Evans? Sevieeeeeeeeee era muito infantil, e até certo ponto irritante! Se bem que vindo dela o que podia esperar? Alias era essa a principal diferença entre ela e Lilly, Lilly era mais madura, Mary parecia não querer crescer, embora as vezes parecesse mais madura do que ele mesmo, ela era muito inocente. Outra coisa é que não importa o que Mary estaria sempre a seu lado, ela levava aquela história de família muito a sério, mais do que qualquer pessoa que ele conhecia, já Evans preferiu Potter. Aquilo doía, e ela pareceu notar.
- Bellinha- disse meigamente, ao que a outra menina riu, um pouco por docilidade mas mais por desespero e se as pessoas ouvissem?- você pode ir na frente? Eu quero perguntar uma coisa para o meu irmão!
- Claro Maryzinha!- brincou com um certo tom de escárnio ao qual Severus respondeu com um olhar atravessado, que parecia divertir ao invés de inibir Bella que continuou- Só não demora muito esta bem? Não gosto de esperar as pessoas! E você não quer que ninguém ache que você é mais importante que os outros quer?- ergueu a sobrancelha adorava torturá-la em relação a suas nobres virtudes sentimentais.
- Ah! Não!- pareceu assustada, a outra se deu por satisfeita e rumou para o salão comunal não sem antes obrigar um primeiranista a ir a sua frente anunciando: ABRAM CAMINHO PARA A SRA. LESTRANGE!
Severus teve que rir a cena era ridícula e Bellatrix parecia satisfeita , como se tivessem voltado a idade média ela mandava anunciar sua chegada, era uma cena e tanto. Mary Ann o fitava muito séria apesar do sorriso gentil em seus lábios, ahhh! Ele conhecia aquele sorriso! Como todos os outros que aquela menina alguma vez esboçou! Ela queria saber alguma coisa dele, deve ter notado que ele não estava bem! Ou pior ela deve ter vasculhado sua mente, que atrevimento! Ela simplesmente olhou para o lado e ele entendeu, foram andar um pouquinho, o bastante para achar um lugar tranqüilo para conversar distante de ouvidos curiosos.
- Maninho, você já pediu desculpas a Lilly? – perguntou distraída evitando encará-lo.
- Eu? Pelo que? – ela é que deveria pedir desculpas, como podia tê-lo mandado lavar as cuecas na frente de todo mundo? Quem mandou ela se meter na briga a dois anos atrás? Porque ela insistia em fazê-lo parecer um fraco? Como se ele precisasse de uma garota para protegê-lo e, agora pensando bem Mary Ann tinha feito o mesmo e ... e ele não tinha brigado com ela. Ah mas foi uma vez Lilly era o tempo todo, não via o quanto isso era humilhante? Mas seus pensamentos foram rompidos pela melodiosa voz de sua interlocutora.
- Não sei, talvez por ter chamado ela de sangue ruím na frente da escola toda, ou porquê você descontou a raiva que estava dos garotos nela ou só porque ela era sua melhor amiga- ela pigarreia e o enfrenta diretamente nesta parte- logo depois de mim é claro- num claro acesso de ciúmes- e já faz quase dois anos que vocês nem se dão oi. –Solidária com a situação deles. Quer dizer maninho sei quanto ela é importante para você e você vai deixar o Tiago te vencer nisso também? Quer dizer não é só porque ela é namorada dele que vocês não podem mais ser amigos! Alias se você gosta tanto dela como eu sei que gosta você devia proteger ela não?
Ele baixou a cabeça ela estava certa, e acertou ele onde doía mais. Concordava que deixá-la sozinha com Potter era um perigo e que ele a tinha abandonado enquanto amigo.
- E também você nunca disse que amava ela- ela trancou a respiração no momento em que terminou, era muito difícil aceitar aquilo para ela. Severus entendeu a reação dela diferentemente como se a irmã tivesse medo de tomar um fora por se meter demais na vida dele. Por um lado ficou chateado, é como se ela não ligasse de ver ele com outra garota enquanto ele se mordia de ver os Black atrás dela, por outro ele queria chorar porque não importava o que ele fizesse ela sim era a melhor amiga dele, num movimento mais instintivo do que voluntário ele a abraçou. E apertou muito forte como se quisesse prende-la ali para sempre, as lagrimas rolaram e o ar ficou mais difícil de ser puxado.
Para ela o significado era outro, por mais que gostasse da dedicação de Sirius ou dos mimos de Régulo, nenhum carinho deles, nem aquele beijo puderam enche-la de amor tanto quanto aquele abraço, ela correspondeu da melhor maneira que pode. Quem os visse ia pensar que alguém morreu, pois ambos estavam muito agarrados e chorosos! Adorava o calor dele, o cheiro de amêndoas doces que vinham de seus cabelos, por que sua mãe tinha que ter se casado com Tobias? Algum dia ela ia encontrar algum homem como Severus? Esperava que sim, rezava para isso!
- É Mary você está certa, quase sempre está! Mas agora me diga- limpando disfarçadamente os olhos na manga já se soltando dela- O que o diretor queria com você?
- Ah isso? Bom eu fui na sala dele você sabia que ele tem uma fênix?- ela falou muito empolgada adorava criaturas mágicas e dava pulinhos durante sua explicação- Ela recém tinha saído do ovo Sevie, tão pequeninha –fazia com as mãos o tamanho e mordia os lábios como se não agüentasse o excesso de fofura do filhote, seu irmão ria achando incrível como ela conseguia gostas de uma criatura bicuda, horrorosa, sem pena, com a pele rugosa que ela descreveu como sendo – de um rosinha claro muito fofo!
- Mas Mary eu quero saber o que ele falou para você!- sabia que se não a cortasse, logo estaria ouvindo sobre os detalhes dos cachinhos da barba de Alvo, que ela descreveu infelizmente.
- Ele não parece o Papai Noel? – perguntou curiosa, ao que outro explodiu em risadas, não duvidava que o seu Diretor ia gostar de distribuir presentes para toda a Grifinória com um saco nas costas e roupa vermelha, um saco de brinquedos para seus puxa-saco não era poético? – Fala isso para ele!- resmungou sarcástico entre suas gargalhadas interrompidas por um surpreendente:
- Mas eu disse Sevie- com a maior naturalidade do mundo, ao que ele arregalou os olhos olhando-a incrédulo- V-VO -VOCÊ O QUÊ?- escondeu o rosto nas mãos não sabendo se ria ainda mais ou se chorava.
- Porque você ta brabo comigo? Papai Noel é tão legal, todo mundo gosta do Papai Noel! Ele adorou a idéia, ainda mais depois que eu expliquei para ele quem era o Papai Noel. Ele teve uma educação bruxa muito a risca sabe quase nada sobre os trouxas só aquelas coisas que a gente aprende em estudo dos trouxas sabe, tipo o que é eletricidade e blá bla bla!
- O! Perai! Que idéia? – perguntou ele se aproximando perigosamente como faria muitas vezes daqui a uns anos lecionando poções.
- Ué Sevie! Tem muitas crianças que ficam aqui no Natal aí eu dei a idéia de fazer um Natal de verdade com Papai Noel e tudo, ele topou se fantasiar.
- Não se atreva a dizer a ninguém que foi idéia sua me ouviu?- em tom ameçador com o dedo apontado na altura dos olhos dela.
- Por quê?! – não via nada demais naquilo.
- Apenas obedeça!-respondeu seco entre uma desviada e outra das pessoas no corredor.
- Ta maninho, ahnnnnnnnnnn!- ela deu um tapa na própria testa- Ah Bellinha! Quase me esqueci- puxando ele pela mão correu para pegar o café da manhã no caminho, entre tropeços pois corriam e ela jogava ele contra todo mundo tentando ir mais rápido ele falou.
- Depois temos que falar da Bellinha!- disse divertido- Ela não é quem você pensa, não vai atrás do que ela fala!
Sorrindo ela respondeu suave: - Tudo que você quiser!- aquela resposta o atingiu em cheio, e fez sua pele inteira encaroçar. Como podia maldar a situação? O que havia de errado com ele? Era melhor falar com Evans logo, conviver só com Mary Ann enquanto figura feminina o estava afetando de uma maneira que não podia.
Bellatrix parecia impaciente na mesa, durante toda a manhã ficou cuidando a porta esperando por Mary Ann e nada, estava pronta para se levantar e atacar o primeiro idiota que visse pela frente, quando vislumbrou a menina entrando com um Severus Sanpe esbaforido sendo arrastado pelo braço. Ela se endireitou e tratou de desviar o olhar como se nem lembrasse que Mary Ann existia, quando a ruivinha se aproximou, ela se levantou.
- Pretendo escovar meus dentes antes de ir para a aula, não posso ficar esperando você!- pronto era a deixa perfeita até:
- Ah Bella desculpa ter demorado, mas tudo bem, nos almoçaremos juntas, e – acenou para Sirius do outro lado do salão, fez com a mão próxima a boca sinal de que ia comer ao que ele respondeu chamando-a com a mão, e ela concordou com a cabeça- ah ta então Bella eu nunca ia te pedir para me esperar mesmo, quer dizer eu sou sua miga não vou te atrapalhar, - não queria discutir com a menina e também não queria atrasa-la ainda mais, assim beijou o rosto da morena e atravessou o salão, deixando uma Bellatrix Lestrange ao mesmo tempo furiosa e constrangida. Além de um Severus Snape cansado de correr que finalmente tinha notado o quanto foi enrolado, pois ainda não sabia o que Dumbledore tinha falado com sua irmã.
-Bom dia pessoal!- dizia Mary Ann quase cantando na borda mesa da Grifinória. – Então onde eu vou sentar?- Rapidamente Sirius empurrou Pedro para um lado abrindo espaço para ela sentar que sentou-se a tempo de notar um olhar cortante vindo do gordinho(rabicho). Logo constrangido por uma doce indagação:
- Pedrinho, você se machucou?- perguntava enquanto alisava o braço do menino pelo qual Sirius o empurrou, alias um Sirius que não gostou nada daquilo. Pedro por sua vez, gostou do som de Pedrinho saindo dos lábios dela e ficou muito abobalhado para responder qualquer coisa.
- Ah o nosso Rabicho agüenta qualquer coisa!- Respondeu Sirius socando-o no local que ela tinha feito carinho. – Ele é forte Mary não liga!- Ela concordou balançando a cabeça ainda sorrindo e pegou um pãozinho, onde passou manteiga e buscou Severus do outro lado. O irmão também a fitava e entendeu o que ela queria quando indicou a Lilly com um olhar, era a hora! Ele se levantou foi até Evans e cutucou seu ombro.
-Evans nós podemos conversar?- perguntou enterrando as mãos no bolso.
-Claro Snape! Se vocês me dão licença!-ela se levantou par ir com ele, no fundo ela também não agüentava mais estar brigada com ele. Quem não gostou muito foi Tiago que ia abrir a boca quando foi cortado por Mary Ann.
- E ai Potter treinou muito para enfrentar a lufa-lufa? É seu último ano para tentar a copa das casas!- Ah sim! Ela tinha tocado na segunda paixão da vida dele, o quadribol, ele bagunçou um pouco as cabelos e passou a se gabar.
-Mary minha querida eu já nasci preparado!- afirmou estufando o peito.
- Tiago é o melhor apanhador da história de Hogwarts!- dizia um Rabicho muito animado, como uma tiete de plantão- quando ele corta os ares em sua vassoura nem o vento pode pará-lo.
Para Mary aquilo soou meio exagerado, eles deviam ser muito amigos mesmo. Tiago parecia adorar e Sirius segurava-se para não rir, as vezes ele duvidava da sexualidade de Pedro, seus olhares para Tiago eram quase lascivos. E Tiago parecia não notar ou apenas não ligava, eles comiam muito e riam mais até Mary interrompê-los com um:
- Gente? Que fim levou o Lupin?- curiosa.
- Opa! Severus não te contou que- Sirius já estava pronto para contar o porquê deles chamarem Remo de Aluado quando Tiago o cortou ferozmente quase gritando
- Que a mãe dele é MUITO DOENTE?- Seu olhar para o amigo era de um assassino, como ele ia expor para aquela garota que eles conheceram ontem um segredo, que nem o próprio irmão dela contou?Ele tinha ficado doido é?
- Ah tadinho!- respondeu ela com a mão na boca! – Eu não sabia! Ai ele vai visitar ela sempre? – eles confirmaram e Mary entendeu aquilo como sendo o motivo de Lupin ter sido eleito o monitor chefe e não seu irmão, o menino devia sofrer muito com a história da mãe, vai ver Sevie não sabia disso como os meninos pensavam ela iria contar para ele. Sabia que Severus era bom apesar de rabugento e que ia perdoar o diretor. Terminado o café foram para suas aulas, eles para DCAT junto da Sonserina e ela para Estudo dos Trouxas com a Corvinal.
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