Capítulo 31- A Demissão de Sev
P.O.V. Monstro.
Iniciei a leitura depois que o próprio senhor Malfoy me entregou.
A demissão de Severus Snape
– Eba! Vai ter barraco! - Disse Albus.
No momento em que seu dedo tocou a marca, a cicatriz de Harry queimou como fogo, o quarto estrelado sumiu de vista, e ele estava de pé, em cima de uma rocha sobre um penhasco, e o mar estava à sua volta e havia um sentimento de triunfo em seu coração – Eles têm o garoto.
Um barulho alto trouxe Harry de volta a onde ele estava parado. Desorientado, ele levantou a sua varinha, mas a bruxa antes dele já estava caindo; ela atingiu o chão tão duramente que o vidro na estante soou.
“Eu nunca atordoei ninguém exceto em suas lições da AD” disse Luna, soando meio interessada. “Isso foi mais barulhento do que pensava que seria”
E certo o suficiente, o teto começou a tremer rapidamente, ecoando os passos cada vez mais altos e crescentes por trás da porta que levava aos dormitórios. O feitiço de Luna havia acordado toda a casa Corvinal que dormia logo acima.
“Luna, cadê você? Eu preciso entrar embaixo da capa!”
Os pés de Luna apareceram do nada; ele se apressou para o seu lado e ela colocou a capa sobre eles enquanto a porta já se abria e o barulho dos alunos da Corvinal, e todos em suas roupas de dormir, inundaram a sala comunal. Havia soluços e choros de surpresa quando eles viram Alecto deitado lá inconscientemente. Devagar eles se arrastaram ao seu redor, uma besta selvagem que poderia acordar a qualquer momento e atacá-los. Então um bravo e pequenino primeiranista rapidamente cutucou-a com o seu dedão do pé.
“Eu acho que ela provavelmente está morta!” Ele gritou com prazer.
“Oh, olhe!” sussurrou Luna feliz, enquanto a Corvinal inteira estava em volta de Alecto. “Eles estão satisfeitos!”
“Sim…legal…”
Harry fechou seus olhos, e sua cicatriz vibrou novamente fazendo-o mergulhar novamente na mente de Voldemort...Ele estava se movendo pelo túnel da primeira caverna....Ele quis certificar-se do medalhão antes de vir...mas ele não se demoraria por muito tempo...
Havia uma batida na porta da sala comunal e cada Corvinal congelou-se. Do outro lado, Harry ouviu a voz macia, musical que emitiu da aldrava da porta da águia: "onde os objetos desaparecidos foram?"
“Eu não sei, sei? Feche isso” uma voz furiosa e incomum que Harry conhecia como do irmão Carrow, Amycus, “Alecto? Alecto? Você está aí?”Você o pegou? Abra a porta!”
A casa de Corvinal estava sussurrando entre eles, horrorizados. Então sem aviso, uma série de altos estampidos, como se alguém estivesse disparando uma arma na porta.
“ALECTO! Se ele vier, e nós não tivermos pegado o Potter – você quer ficar do mesmo jeito que os Malfoys?
– Porque sempre te metem no meio? - Reclamou James para Draco, que balançou os ombros.
RESPONDA-ME!” Amycus abaixou, sacudindo a porta com intensidade, mas mesmo assim ela não se abriu. A Corvinal estava toda voltando e alguns dos mais assustados, estavam retornando à escada que levava aos seus quartos.
Enquanto isso, Harry estava imaginando se ele iria ou não destruir a porta e Stun Amycus antes que o Comensal da Morte fizesse alguma coisa, uma segunda e muito familiar voz soou pela porta.
“Posso perguntar o que vc está fazendo Professor Carrow?”
“Tentando – passar – por essa droga – de porta!” gritou Amycus. “Vá e chame o professor Flitwick!” “Traga-o para abri-la agora!”
“Mas a sua irmã não está aí?” perguntou a professora McGonagall. “O professor Flitwick não a deixou entrar ainda hoje à tarde, seguindo a um pedido seu? Talvez ela possa abrir a porta para vc? Assim vc não precisará acordar metade do castelo.”
“Ela não está atendendo, sua velha! Você abre! Bolas! Faça-o, agora!”
“Certamente, se vc o deseja” disse a professora McGonagall, numa frieza horrorosa. Houve uma gentil batida e uma voz musical perguntou novamente.
“Onde os objetos desaparecidos foram?”
“Para a não existência, o que quer dizer, tudo” respondeu a professora McGonagall.
“Resposta correta”, disse a aldrava de águia da porta, abrindo-a.
Os poucos alunos da Corvinal que tinha ficado para trás, correram para as escadas enquanto Amycus estourou sobre o ponto inicial, brandindo a sua varinha. Assim como sua irmã, tinha um rosto pálido, macilento e olhos minúsculos, que recaíram sobre Alecto, inerte no assoalho. Ele deixou sair um grito de fúria e medo.
“O que eles fizeram os pestinhas?” ele gritou. “Eu vou torturá-los até que me falem quem fez isso – e o que dirá o Lord das Trevas?” ele tremeu, parado sobre sua irmã batendo com o punho em sua testa, “Nós não o pegamos, e eles se foram e a mataram!”
“Ela só está desmaiada”, disso a Professora McGonagall impacientemente, que tinha se abaixado para examinar Alecto. “Ela ficará perfeitamente bem”
“Não, com certeza ela não ficará” urrou Amycus. “Não depois que o Lord das Treva pega-la! Ela se foi e mandei-lhe para ele, eu senti minha marca queimar e ele acha que nós estamos com o Potter!”
“Tem o Potter?” disse a Professora McGonagall afiadamente. “O que você quer dizer com TEM O POTTER?”
“Ele nos disse que o Potter poderia tentar entrar na torre da Corvinal e que era para mandá-lo para ele caso o pegássemos!”
“Por que Harry Potter tentaria entrar na torre da Corvinal! Potter pertence à minha casa!”
Apesar da falta de crença e da raiva, Harry ouviu um pequeno sinal de orgulho em sua voz e a sua afeição por Minerva McGonagall cresceu nele.
“Disseram-lhe que ele talvez viesse para cá!” disse Carrow. “Eu não sei por que, sei?”
A Professora McGonagall ficou imóvel e seus pequenos olhos vagaram pela sala. Por duas vezes eles passaram justamente no lugar em que Harry e Luna estavam.
“Nós podemos pressionar as crianças”, disse Amycus, com sua cara de porco maligna. “Sim, isso é o que faremos. Diremos que Alecto foi atacada de surpresa pelas crianças, suas crianças acima”—ele olhou para cima, encarando o teto dos dormitórios acima – “e diremos que eles a forçaram a conjurar a marca e por isso que ele recebeu um alarme falso... Ele poderá puní-las. Afinal, algumas crianças à mais ou à menos, qual a diferença?”
“Só a diferença entre a verdade e a mentira, coragem e covardia”, disse a Professora McGonagall, que tinha ficado pálida, “uma diferença, pequena, à qual você e a sua irmã são incapazes de apreciar. Mas deixe-me fazer uma coisa muito clara. Você não irá jogar as suas muitas inaptidões nos estudantes de Hogwarts. Eu não permitirei”.
– Falo e disse, tia Minnie! - Gritou Scorpius.
– Mete logo a mão na cara dele! - Berrou Hugo.
“Como é?”
Amycus moveu-se para frente até que estava ofensivamente próximo da Professora McGonagall, seu rosto à milímetros do dela. Ela se recusou a se afastar, mas o olhou como se ele fosse algo desagradável que ela encontrou num assento sanitário.
“Não é o caso do quê você irá permitir, Minerva McGonagall. Seu tempo acabou. Somos nós que estamos no comando aqui agora, e você irá me apoiar ou pagará o preço”.
E lhe deu um tapa no rosto.
– Eu. Não. Acredito! - Falou Rose.
– Como esse filho da mãe bateu na tia Minnie? - gritou Lily.
– Ele tá pedindo pra morrer! - Falou James.
– Calma, pessoal, papai não vai deixar isso assim! - Constatou Albus.
– Eu espero. - Pediu Scorpius.
Harry arrancou a capa, empunhou sua varinha e disse “Você não deveria ter feito isso!”
Enquanto Amycus se virava rapidamente, Harry gritou “Crucio!”
O queixo de todos se abriu, menos o do senhor Potter.
– Você....Cruccio.... Nele e... - Começou James.
– Eu estava nervoso e ... - Tentou se explicar Harry Potter.
– Você é O Cara,sabia? - Ele berrou e sorriu.
O Comensal da Morte se elevou. Ele se contorceu no ar como se estivesse se afogando, debulhando e gritando de dor e então, com um barulho de vidros quebrados, ele se esmagou contra a estante disforme e insensível, caindo ao chão.
“Agora sei o que a Bellatrix quis dizer”, disse Harry, o sangue em fervendo em seu cérebro, “você precisa realmente querer”.
“Potter!” sussurrou a Professora McGonagall, com o coração apreensivo “Potter você está aqui! O quê?...Como?” Ela se esforçou para se recompor. “Potter, isso foi idiotice!”
“Ele lhe estapeou”, disse Harry.
“Potter, eu...isso foi muito...galanteador de sua parte...mas você não entende...?”
“Sim, entendo” Harry lhe assegurou. De alguma forma o pânico dela se aquietou. “Professora, Voldemort está vindo!”
“Oh, agora nós temos permissão de dizer o nome dele?” Perguntou Luna com um ar de interesse, saindo da capa da invisibilidade. A aparição de mais um fugitivo pareceu oprimir a Professora McGonagall que caiu desconcertada numa cadeira próxima, apertando a gola de seu velho vestido.
“Eu não acho que fará qualquer diferença como o chamamos” Harry disse à Luna. ”Ele já sabe que estou aqui.”
Numa parte distante do cérebro de Harry, aquela parte conectada com a raiva, a cicatriz que queima como fogo, ele pode ver Voldemort navegando rapidamente sobre o lago negro no fantasmagórico barco verde...Ele estava próximo de alcançar a marina de pedra...
“Você precisa se apressar”, sussurrou a Professora McGonagall, “Agora Potter, o mais rápido que puder!”
“Não posso” disse Harry. “Tem algo que preciso fazer. Professora, a senhora sabe onde a diadema da Corvinal está?”
“O d-diadema da Corvinal? Claro que não...não está perdido à séculos?” Ela se endireitou um pouco mais na cadeira “Potter, isso é loucura, loucura total, para você entrar neste castelo...”
“Eu tive que” disse Harry. “Professora, existe alguma coisa escondida que tenho de encontrar, e pode ser o diadema...Se a senhora puder falar com o professor Flitwick...”.
Houve o som de um movimento, de vidro quebrado. Amycus estava de volta. Antes que Harry ou Luna pudessem fazer alguma coisa, a Professora McGonagall se levantou, apontando a sua varinha para o grogue Comensal da Morte, e disse “Império”.
Amyco se levantou, passou por sua irmã, pegou sua varinha e depois, se esgueirou obedientemente à Professora McGonagall e a entregou assim como a dele próprio. Depois, ele se deitou no chão ao lado de Alecto. A Professora McGonagall acenou com a varinha novamente e uma fina corda prateada apareceu no ar e serpenteou em volta dos Carrows, amarrando-os firmemente.
“Potter”, disse a Professora McGonagall virando-se para encará-lo com uma incrível indiferença para os perplexos Carrows, “se aquele-que-não-deve-ser-nomeado souber realmente que você está aqui...”.
Enquanto ela falava, uma raiva crescente, como uma dor física, flamejou através de Harry, fazendo com que sua cicatriz queimasse e por um segundo, ele olhou através de uma bacia cuja poção tornara-se clara e viu que nenhum medalhão dourado permaneceria à salvo sob a superfície...
“Potter, você está bem” disse a voz, e Harry voltou. Ele estava se agarrando aos ombros de Luna para se manter em pé.
“O tempo está se esgotando. Voldemort está se aproximando. Professora, eu estou agindo de acordo com as ordens de Dumbledore. Eu preciso encontrar o que ele queria que eu encontrasse! Mas temos de tirar os alunos daqui enquanto procuramos pelo castelo...Voldemort quer à mim, mas ele não se importará em matar alguns à mais ou à menos, não agora”...agora que ele sabe que eu estou atacando as Horcruxes, Harry completou a frase em sua mente.
“Você está agindo sobre ordens de Dumbledore?” ela repetiu com um olhar pensativo.
Então, ela se aprumou, parecendo mais alta.
“Nós asseguraremos a escola contra aquele-que-não-deve-ser-nomeado enquanto você procura por este...objeto”
“Isso é possível?”
“Acho que sim”, disse a Professora McGonagall secamente, “nós professores somos bem treinados em magia, sabe. Tenho certeza de que poderemos segura-lo por um tempo se todos nos esforçarmos nisso. Claro que alguma coisa terá de ser feita à respeito do Professor Snape...”
“Deixe-me...”
“...e se Hogwarts está prester a ser sitiada, com o Lorde das Trevas em seus portões, será realmente prudente tirarmos o maior número de inocentes possíveis do caminho. Com a rede de Flu sob supervisão e a aparatação sendo impossível nesse terreno...”
“Existe uma maneira”, disse Harry rapidamente, e ele explicou sobre a passagem secreta que levava às cabeças de javali.
“Potter estamos falando de centenas de estudantes...”
“Eu sei Professora, mas se Voldemort e os Comensais da Morte estão concentrados nas fronteiras da escola, eles não estarão interessados em ninguém desaparatando do cabeça de javali”
“Aí há alguma coisa”, ela concordou. Ela apontou sua varinha para os Carrows e uma rede prateada caiu em seus corpos inertes amarrando-se à sua volta, içando-os no ar indulgentemente acima do azul e dourado do teto como duas grandes e feias criaturas do mar. “Vamos. Precisamos alertar os diretores das outras casas. É melhor você colocar a capa novamente”.
Ela andou em direção à porta e assim que saiu, levantou sua varinha. De sua ponta, estouraram três gatos prateados com espetaculares marcas em seus olhos. Os Patronos saíram buscando à frente, iluminando com uma luz prateada as espirais da escadaria enquanto a Professora McGonagall, Harry e Luna se apressavam a descê-la.
Eles correram pelos corredores e um à um os patronos os deixaram. O vestido de tartan da Professora McGonagall se arrastava pelo chão enquanto Harry e Luna corriam atrás dela embaixo da capa.
Eles haviam descido mais dois andares quando uma quietude estranha os alcançou. Harry cuja cicatriz ainda cutucava, ouviu-os primeiro. Ele sentiu na bolsinha em volta de seu pescoço pelo mapa do Maroto, mas antes que ele pudesse pega-lo, McGonagall tb pareceu se conscientizar da companhia. Ela parou, levantou sua varinha pronta para duelar e disse, ”Quem está aí?”
“Sou eu, disse uma voz baixa”
Detrás de uma armadura, Severus Snape apareceu.
O sangue de Harry ferveu à menor vista dele. Tinha-se esquecido dos detalhes da aparência de Snape com a magnitude de seus crimes, esquecido como seu cabelo preto, gorduroso, emoldurando como cortinas seu rosto fino, como seus olhos pretos tinham um olhar impenetrável, frio. Ele não usava pijamas, mas estava vestido em sua usual capa preta e mantinha sua varinha pronta para a luta.
“Onde estão os Carrows?” ele perguntou silenciosamente.
“Onde quer que você mandou-os estar, eu espero, Severus”, disse a Professora McGonagall.
Snape aproximou-se a ela e seus olhos passaram pela Professora McGonagall para o ar à sua volta, como se ele soubesse que Harry estava lá. Harry aprontou sua varinha, pronto para atacar.
“Eu estava com uma impressão” disse Snape, “Aquela Alecto aprisionou um invasor”
“Jura?” disse McGonagall. “E o que lhe deu essa impressão?”
Snape fez um movimento rápido em seu braço esquerdo, onde a marca negra estava queimada em sua pele.
“Oh, mas naturalmente”, disse a Professora McGonagall. “Vocês Comensais da Morte têm seus próprios meios de comunicação, eu me esqueci”.
Snape fingiu não ouvi-la. Seus olhos ainda procuravam o ar à volta dela e ele estava se movendo gradualmente mais perto, com ar de quem estava duramente anunciando o que iria fazer.
“Eu não sabia que era sua noite de patrulhar os corredores, Minerva”.
“Você faz alguma objeção?”
“Imagino o que fez com que você saísse da cama à essa hora?”
“Pensei ter ouvido um distúrbio”, disse a Professora McGonagall.
“Verdade? Mas tudo parece calmo”. Snape olhou-a nos olhos.“Você viu Harry Potter, Minerva? Porque se você viu, eu devo insistir…”
A Professora McGonagall moveu-se mais rápido do que Harry pôde acreditar. Sua varinha cortou rapidamente o ar e por meio Segundo Harry achou que Snape iria cair subitamente inconsciente, mas velozmente o seu encantamento escudo foi tão forte que McGonagall perdeu o equilíbrio. Ela brandiu sua varinha com o toque contra a parede e ela voou contra as estantes.
Harry, prestes à amaldiçoar Snape, foi forçado à puxar Luna fora do caminho das flamas descendentes, que se tornaram um anel de fogo que encheu o corredor e voou como um laço até Snape...
Então não era mais nenhum fogo, mas uma grande e negra serpente que McGonagall explodiu em fumaça, que se re-formou e se solidificou em segundos para se transformar num enxame de adagas. Snape evitou-os somente forçando o peitoral da armadura em frente dele, e com o ecoar de estampidos elas se afundaram uma após a outra, em seu peito...
“Minerva!” disse uma voz esganiçada e olhando às suas costas, ainda protegendo Luna dos feitiços voadores, Harry viu os Professores Flitwick e Sprout correndo pelo corredor, ainda em seus pijamas, seguidos pelo professor Slughorn em seu encalço.
“Não!” gritou Flitwick, levantando sua varinha. “Você não causará mais mortes em Hogwarts!”
O feitiço de Flitwick bateu na armadura na qual Snape estava usando como escudo.
Que veio à vida com um barulho ensurdecedor. Snape esforçou-se para se livras de seus braços esmagados e lançou-a de volta a seus atacantes. Harry e Luna tiveram que mergulhar lateralmente para evitarem de serem esmagados contra a parede e as estantes. Quando Harry olhou para cima novamente, Snape estava voando em cheio enquanto McGonagall, Flitwick e Sprout avançavam sobre ele. Ele forçou sua entrada pela porta de uma sala de aula e, momentos depois, ele ouviu McGonagall gritar, “COVARDE! COVARDE!”
“O que aconteceu? O que aconteceu?” perguntou Luna.
Harry arrastou-a para seus pés e eles correram pelo corredor, arrastando a capa da invisibilidade. Atrás deles, na deserta sala de aula onde os professores McGonagall, Flitwick e Sprout estavam sobre uma janela quebrada.
“Ele pulou”, disse a professora McGonagall enquanto Harry e Luna adentravam a sala.
“Você quer dizer que ele está morto?” Harry apressou-se para a janela, ignorando os gritos chocados dos professores Flitwick e Sprout com a sua repentina aparição.
“Não, ele não está morto”, disse McGonagall amargamente. “Diferentemente de Dumbledore, ele ainda estava com a sua varinha...e parece que aprendeu alguns truques com o seu mestre”
– A morte dele aparece no livro? - perguntou Lily e o senhor Potter assentiu.
– Então... quer dizer que você estava... lá...quando... bem,... Ele morreu? - Questionou Albus e o senhor Potter novamente assentiu.
Com um tremor de horror, Harry viu à distância algo como um enorme morcego voando na escuridão pelos perímetros do muro.
Haviam passos atrás deles e uma respiração ofegante. Slughorn havia acabado de chegar.
“Harry!” disse ele ainda ofegante, massageando seu peito sob seu pijama verde esmeralda de seda.
“Meu querido garoto...que surpresa...Minerva, por favor explique...Severus...o quê...?”
“Nosso diretor está tirando um breve recesso”, disse a Professora McGonagall, apontando ao buraco na janela com a forma de Snape.
“Professora!” Harry apertou veementemente sua cicatriz em sua testa, ele podia ver o lado repleto de Inferi deslizando abaixo dele, e sentiu o fantasmagórico barco verde colidir com a costa logo abaixo e Voldemort deixando-o com ásia de morte em seu coração...
“Professora, temos de proteger a escola, ele está vindo agora!”
“Tudo bem. Aquele-que-não-deve-ser-nomeado está vindo”, ela disse aos outros professores. Sprout e Flitwick soltaram um suspiro em choque. Slughorn deixou escapar um pequeno gemido. “Potter tem um trabalho à fazer no castelo segundo ordens de Dumbledore. Precisamos colocar em prática cada proteção que pudermos enquanto Potter faz o que precisa fazer”.
“Você tem consciência que nada do que fizermos poderá manter Você-sabe-quem fora do castelo indefinidamente?” esganiçou o Professor Flitwick.
“Mas podemos segurá-lo” disse a Professora Sprout.
“Obrigada, Pomona”, disse a Professora McGonagall e entre elas houve um olhar mórbido de entendimento. "Eu sugiro que estabeleçamos uma proteção básica pelo castelo e então, reunir os estudantes e nos encontrarmos no Salão Principal. A maior parte deverá ser evacuada, mas todos aqueles que forem maiores de idade e quiserem ficar e lutar deverão receber a sua chance.”
“Concordo”, disse a Professora Sprout, já correndo em direção à porta. “Eu os encontrarei no Salão Principal com a minha casa em vinte minutos”.
E enquanto ela saía de vista, eles puderam ouvi-la murmurando, “Tentáculas, Visgo do Diabo e sementes de “Snargaluff”...sim, gostaria de ver os Comensais da Morte lutando contra isso.”
“Eu posso agir daqui”, disse Flitwick e apesar dele quase não poder enxergar nada lá fora, ele apontou a sua varinha pela janela quebrada e começou a murmurar encantamentos de grande complexidade. Harry ouviu um estranho barulho estrondoso, enquanto Flitwick havia liberado o poder do vento no terreno.
“Professor”, disse Harry aproximando-se do mestre de feitiços. “Professor desculpe a interrupção, mas é importante. O Senhor tem alguma ideia de onde a relíquia da Corvinal está?"
“....Protego Horribillis...a relíquia de Corvinal?” esganiçou-se Flitwick. “Sabedoria demais nunca é errado, Potter, mas eu não acredito que terá muito uso nessa situação!”
– Cala a boca e desembucha! - Pediu Hugo.
“Eu só quis dizer...o senhor sabe onde está? Alguma vez o senhor a viu?”
“Ver, ninguém nunca a viu!Está perdida há muito tempo, garoto”.
Harry sentiu uma mistura de desespero, desapontamento e pânico. O que, então, seria a Horcrux?
“Devemos encontrar você e os alunos da Corvinal no Salão Principal, Filius!” disse a Professora McGonagall, pedindo que Harry e Luna a seguissem.
Eles tinham acabado de chegar próximo à porta, quando o professor Slughorn bradou.
“Minha palavra”, ele ofegou, pálido e suando, seu bigode de morsa se agitando. “Que tumulto! Não estou completamente certo de que isso seja certo, Minerva. Ele conseguirá achar um jeito de entrar e, qualquer um que ficar em seu caminho encontrará um grave arrependimento”...
“Eu espero você e a Sonserina no Salão principal em vinte minutos também”, disse McGonagall. “Se você deseja deixar o castelo com seus alunos, não o impediremos. Mas se algum de vocês tentar sabotar nossa resistência ou levantar armas contra nós neste castelo, então Horácio, duelaremos para matar.”
“Minerva!” ele disse horrorizado.
“A hora chegou para a casa de Sonserina se decidir sobre sua lealdade”.
Albus e Scorpius se olharam aterrorizados.
– Tá, pode sim ter um bom motivo pra que metade da casa de grifinória, que não é composta por seus primos e amigos, olhar feio pra gente. - Suspirou Scorpius.
– Relaxa, Scorp, é inveja pelo nosso brilho! - Falou Albus rindo.
– Al, menos, você já foi pra Sonserina e agora fica dando pinta? Quer me matar de desgosto? - brincou James, colocando a mão sobre o coração.
interrompeu a Professora McGonagall, “Vá e acorde os seus alunos”.
Harry não ficou para ver o confuso Slughorn. Ele e Luna haviam parado quando a Professora McGonagall que se postou no meio do corredor e empunhou a sua varinha.
“Piertotum...oh, pelos céus, Filch, não agora...”
O velho guardião tinha acabado de chegar se arrastando, gritando “Alunos fora da cama! Alunos pelo corredor!”
“Eles têm que estar seu grandessíssimo idiota!” gritou McGonagall. “Agora vá e faça algo útil! Encontre Peevers!”
“P-Peeves?” gaguejou Filch como se nunca tivesse ouvido o nome antes.
"Sim, Peeves, seu imbecil, Peeves! Você não têm se queixado dele à mais de um quarto de século? Vá busca-lo de uma vez!”
Filch evidentemente pensou que a Professora McGonagall perdera a noção, mas foi se afastando arrastadamente, murmurando sobre a respiração afetada.
“E agora...Piertotum Locomator!”, gritou a Professora McGonagall. E por todo o corredor as estátuas e armaduras pularam de seus pedestais e os ruídos estrondosos ecoando acima e abaixo no chão, Harry soube que seus companheiros pelo castelo fizeram o mesmo.
“Hogwarts está ameaçada!” gritou McGonagall. “Assumam o perímetro, protejam-nos, cumpram seu dever com a escola!”
Tinindo e gritando, a horda de estatuas se movia desordenadamente depois de Harry, algumas delas menores, outras maiores que a vida. Haviam animais também e o tilintar das armaduras brandindo suas espadas e esferas presas em correntes.
“Agora Potter, disse McGonagall, você e a senhorita Lovegood precisam voltar aos seus amigos e traze-los ao Salão Principal...Eu devo trazer os outros Grifinórias.”
Eles partiram para o topo da próxima escadaria, Harry e Luna voltaram-se para a passagem secreta que levava à sala precisa. Enquanto eles corriam, encontraram-se com diversos alunos, usando capas de viagem sobre seus pijamas, sendo levados para o Salão principal pelos professores e pelos monitores.
“Aquele era o Potter!”
“Harry Potter!”
“Era ele, eu juro, acabei de vê-lo!”
Mas Harry não se virou para olhar e finalmente eles alcançaram à entrada da sala precisa, Harry se inclinando em direção à parede encantada, que se abriu para admiti-los e ele e Luna se apressaram pelos degraus íngremes da escadaria.
“Por q...?”
Quando a vista de Harry se acostumou ao ambiente, ele já havia descido alguns degraus em choque. Estava mais lotada do que na última vez que havia estado lá. Kingsley e Lupin estavam olhando para ele, assim como Olívio Wood, Cátia Bell, Angelina Johnson e Alicia Spinnet, Gui e Fleur, e Sr. e Sra. Weasley.
“Harry o que está acontecendo?” disse Lupin, encontrando-o ao pé da escada.
“Voldemort está a caminho, eles estão protegendo a escola...Snape fugiu...O que vocês estão fazendo aqui? Como vocês souberam?”
“Mandamos mensagens para o resto da Armada de Dumbledore”, explicou Fred. “Você realmente não esperava que fôssemos perder a diversão, Harry, e a A.D. deixou que a Ordem soubesse e foi meio como uma bola de neve”.
“O que vem primeiro, Harry?” perguntou George. “O que está rolando?”
“Eles estão evacuando as crianças menores e todos estão se reunindo no Salão Principal para se organizar”, disse Harry. “Estamos Lutando”.
Houve um grande rugido pela escada, ele foi pressionado contra a parede enquanto os outros minguados membros da Ordem, a A.D. e o antigo time de quadribol de Harry passavam por ele, todos com suas varinhas em punho, pelo castelo principal.
“Vamos Luna”, Dean chamou-a quando passou por ela, oferecendo-lhe a mão livre, a qual ela pegou e o seguiu pelas escadas.
A multidão foi diminuindo. Somente um pequeno grupo ficou para trás na sala precisa e Harry se juntou a eles. A Sra Weasley ralhava com Gina. À sua volta, permaneceram Lupin, Fred, George, Gui e Fleur.
“Você é menor de idade!” Gritou o Sra. Weasley conforme Harry se aproximava “Não vou permitir! Os garotos tudo bem, mas você, você tem de voltar para casa!”
“Não vou!” O cabelo de Gina esvoaçou enquanto ela puxava seu braço do aperto de sua mãe.
– Depois acha que pode mandar na gente! Que falta de educação, mãe! - Ironizou Lily para a senhora Potter,que ficou vermelha.
“Sou da Armada de Dumbledore...”’
“Um grupo de adolescentes”
“Um grupo de adolescentes que se arriscou a persegui-lo, coisa que ninguém mais se ousou a fazer.” Disse Fred.
“Ela tem dezesseis!” gritou a Sra Weasley. “Ela não tem idade suficiente! No que vocês dois estavam pensando quando a trouxeram com vocês...”
Fred e George se entreolharam envergonhados.
“Mamãe está certa, Gina” disse Gui gentilmente. “Você não pode fazer isso. Todos os menores de idade terão de sair, é o certo!”
“Não posso ir para casa!” gritou Gina com lágrimas de raiva saindo de seus olhos. “Minha família inteira está aqui, não posso ficar esperando lá sozinha sem saber e...”
Seus olhos encontraram com os de Harry pela primeira vez . Ela olhou-o implorando, mas ele desviou-se dela e ela virou-se amarga.
“ Tá”, disse ela, encarando a entrada do túnel que levava ao cabeça de javali. “Direi adeus agora, por enquanto e...”
Houve uma batida alta e confusa. Alguém mais subia com certa dificuldade pelo túnel, cambaleante e caindo. Ele se arrastou vagarosamente para a cadeira mais próxima, olhou ao redor assimetricamente pela margem dos chifres de vidro e disse, “Estou muito atrasado? Já começou. Eu acabei de descobrir, então eu…eu…”
Percy parou de repente em silêncio. Evidentemente ele não esperava encontrar com toda a sua família. Houve um longo momento de um silêncio atordoante, quebrado por Fleur que se virou para Lupin , dizendo numa tentativa transparentemente descontrolada tentando quebrar a tensão. “Então, como estar o pequeno Teddy?”
Lupin piscou para ela, alarmado. O silêncio entre os Weasleys pareceu se solidificar, como gelo.
“Eu...ah sim...ele está bem!” Lupin disse elevando sua voz. “Sim, Tonks está com ele...na casa da sua mãe...”
Percy e os outros Weasleys ainda se encaravam, petrificados.
“Aqui, eu tenho uma foto?” Lupin disse de forma descontrolada, tirando a fotografia do bolso de sua jaqueta e mostrando-a à Fleur e Harry, que viu um pequeno bebê com um tufo de cabelo turquesa, passando pela primeira vez na câmera.
Os cabelos de Teddy ficaram vermelhos.
– Você devia ser um bebê tãoooo lindo, Teddynho! - Falou Rose.
– Você também era uma fofa, sabia? - Ele brincou - Tãooooo gordinha! - Ele disse apertando suas bochechas e a deixando vermelha. - Eu ainda sou filho de um maroto - O metarmorfogo completou, piscando.
“Eu fui um idiota!” Percy rugiu tão alto que Lupin quase deixou cair a fotografia. “Eu fui um idiota, pomposo e orgulhoso, eu fui um...um...”
“Um amante do ministério, um destruidor de família, um grandessíssimo imbecil”, disse Fred.
Percy engoliu secamente.
“Sim, eu fui!”
“Bom, você não poderá ser mais justo que isso”, disse Fred oferecendo sua mão à Percy.
A Sra Weasley caiu em lágrimas. Ela correu para empurrar Fred para o lado e puxando Percy para um abraço apertado, enquanto ele dava leves tapinhas em suas costas, olhando para seu pai.
“Me desculpe, papai”, disse Percy.
O Sr Weasley deu uma piscadela rápida e então ele também correu para abraçá-lo.
“O que o fez ver a realidade, Percy?” perguntou George.
“Já tenho percebido faz um tempo”, disse Percy, limpando seus olhos sob os óculos com um canto de sua capa de viagem. “Mas eu tinha de encontrar uma maneira e não é tão fácil no ministério, eles estão prendendo os traidores o tempo todo. Eu fiz de tudo para contatar Aberforth e ele me deu a dica de que Hogwarts estava sob ataque, então, aqui estou eu!”
“Bem, nós realmente procuramos que nossos monitores líderes numa época como essas.”, disse George numa imitação perfeita do jeito pomposo de Percy. “Agora, vamos subir e lutar, ou todos os bons Comensais da Morte já terão sido pegos.”
“Então você é minha cunhada agora?” disse Percy, dando as mãos à Fleur enquanto eles se apressavam pelas escadarias com Gui, Fred e George.
“Gina!” bradou a Sra Weasley.
Gina havia aproveitado a distração com a reconciliação, para disfarçadamente também descer as escadas de fininho.
“Molly, o que você acha disso” disse Lupin. “Porque a Gina não fica aqui, assim pelo menos ela estará presente, sabendo do que se passa, mas não estará no meio da luta?”
– E é claro que ela vai obedecer... - Ironizou Teddy, mais alegre.
“Eu…”
“É uma boa ideia”, disse o Sr Weasley firmemente. “Gina, você fica nesta sala, me ouviu?”
Gina pareceu não gostar nem um pouco da ideia, mas sob a olhar extremamente forte e incomum de seu pai, ela concordou. O Sr e a Sra Weasley e Lupin desceram as escadas também.
“Onde está o Ron?” perguntou Harry “E a Hermione?”
“Eles já devem ter ido para o Salão Principal, disse o Sr Weasley pelos seus ombros.
“Eu não os vi passar por mim”, disse Harry.
“Eles disseram algo sobre o banheiro”, disse Gina, “não muito depois de você sair”.
– Hum!!!!!!!!!!!!!!! Safadinhos! - Brincou Teddy.
– Teddy, acho que esse livro deixou o seu lado maroto aflorado demais! - Bradou a senhora Weasley, já vermelha.
“Um banheiro?”
Harry andou firmemente pela sala em direção a uma porta aberta fora da sala precisa, para checar o banheiro além. Estava vazio.
“Tem certeza que eles disseram banh...?”
Mas então, sua cicatriz queimou e a sala precisa desapareceu. Ele estava olhando pelo alto e pesado portão de ferro, com barcos alados em cada lado dos pilares, procurando pelos escuros terrenos à volta do castelo, que estavam brilhando iluminados. Nagini se esgueirou por seus ombros. Ele foi possuído por aquele frio, aquele sentido cruel que precede o assassinato.
Engoli seco.
– Monstro, não se preocupe, tio Harry vai resolver tudo! - Disse Rose.
– Claro, Senhorita Weasley.
– Eu posso ler? - Perguntou Gina.
– Claro, senhora Potter. - Eu disse e fiz o livro levitar a ela.
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