Capitulo 26- O Chalé das Conch
P.O.V. Hugo.
Lily estava muito nervosa e mesmo tremendo, continuou a ler.
O Chalé Das Conchas
A casa de campo de Gui e Fleur se localizava no alto de um rochedo com vista para o mar, e tinha as paredes cobertas de conchas. Era um lugar solitário e ao mesmo tempo belo. Aonde quer que Harry fosse na minúscula casa ou em seu jardim, ele podia ouvir a constante ida e vinda da maré, como a respiração de uma grande criatura adormecida. Ele gastou grande parte dos dias que se seguiram criando desculpas para escapar da movimentada casa de campo, desejando a vista do céu aberto e amplo, e do mar vazio, que se tinha do topo do rochedo, e a sensação do vento frio e salgado em sua face.
A grandeza de sua decisão de não enfrentar Voldemort pela varinha ainda assustava Harry. Ele não podia lembrar-se de algum momento, um simples momento, em que ele optara por não agir. Ele estava cheio de dúvidas, dúvidas que não podiam ser esclarecidas por Rony, que tentava aonde quer que eles fossem.
“E se Dumbledore quisesse que nós trabalhássemos com o símbolo ao invés de pegarmos a varinha?” “E se trabalhar no que esse símbolo significa faça-o merecedor das Relíquias da Morte?” “Harry, se aquela é mesmo a Varinha Mais Antiga, como diabos nós acabaremos com Você-sabe-quem?”
Harry não tinha respostas. Havia momentos quando ele se perguntava se decididamente era loucura não tentar impedir Voldemort de arrombar a tumba. Ele nunca poderia explicar satisfatoriamente porque ele se decidiu contra isso. A toda hora ele tentava recapitular os argumentos internos levaram a essa decisão, eles soavam fraco para ele.
O estranho era que o apoio de Hermione fez ele se sentir somente tão confuso quanto as dúvidas de Rony. Agora forçado a aceitar que a Varinha Elder era real, ela mantinha a opinião que aquilo era um objeto maligno, e que o caminhou que Voldemort tomou sua posse era repugnante, não deveria ser considerado.
“Você nunca faria isso, Harry” ela dizia repetidamente. “Você nunca arrombaria o túmulo de Dumbledore”.
Mas a idéia do cadáver de Dumbledore assustava Harry muito menos que a possibilidade de ele ter interpretado mal as vivas intenções de Dumbledore. Ele sentia que ainda estava às cegas; ele tinha escolhido sua trajetória, mas continuava olhando para trás, perguntando-se se ele tinha confundido os sinais, se ele não deveria ter pegado outro caminho. De tempo em tempo, a raiva de Dumledore o abatia novamente, poderosa como as ondas que se debatiam contra o penhasco abaixo da casa de campo, irritado porque Dumbledore não explicou a ele antes de morrer.
Eu não consigo, alguém lê, por favor. - Pediu.
– Eu leio, se acalme. - Falei e passei meu braço pelos ombros dela, enquanto pegava o livro com o outro.
“Mas ele está morto?” disse Ron, três dias depois de eles terem chegado à casa de campo. Harry estava olhando fixamente para fora da parede que separava o jardim da casa de campo do penhasco quando Ron e Hermione o encontraram; ele desejava que eles não tivessem feito, não tinha nenhum desejo em se juntar aos seus argumentos.
“Sim, ele está, Rony, por favor, não comece isso de novo!”
“Olhe os fatos, Hermione,” disse Rony, falando para Harry, que continuava a contemplar o horizonte. “A lebre prateada. A espada. O olho que Harry viu no espelho –“.
“Harry admitiu que poderia ter imaginado o olho! Não foi, Harry?”
“Eu posso ter imaginado,” disse Harry sem olhar para ela.
“Mas você não acha que imaginou, acha?” perguntou Rony.
“Não, eu não acho,” disse Harry.
“Aqui vamos nós!” disse Rony rapidamente, antes que Hermione pudesse contestar. “Se não foi Dumbledore, explique como Dobby sabia que nós estávamos naquela cela, Hermione?”
“Eu não posso – mas você consegue explicar como Dumbledore o mandou a nós se ele está jazendo em uma tumba, em Hogwarts?”.
“Eu não sei, pode ter sido o seu fantasma!”
“Dumbledore não voltaria como um fantasma,” disse Harry. Tinha poucas coisas sobre Dumbledore que ele tinha certeza agora, mas ele sabia aquilo. “Ele terá prosseguido”.
“O que você quer dizer com ‘prosseguido’?” perguntou Rony, mas antes que Harry pudesse dizer algo mais, uma voz atrás deles disse, “Arry?”.
Fleur tinha saído da casa de campo, seu longo cabelo prateado voando por causa da brisa.
“Arry, Grip’ook gostaria de falar com você. ‘le está no ‘enor quarto, ‘le disse que não quer ser ouvido.”
O seu desgosto pelo duende estar mandando ela entregar mensagens era claro; ela parecia irritada quando voltava para casa.
Griphook estava esperando por eles, como Fleur disse, no menor dos três quartos da casa, onde Hermione e Luna dormiram a noite. Ele tinha arrastado a cortina vermelha de algodão contra a claridade, céu nublado, o que deu ao quarto um fulgor contrastante em desacordo ao resto do ar leve da casa de campo.
“Eu já tomei minha decisão, Harry Potter,” disse o duende, que estava sentado de pernas cruzadas em uma cadeira baixa, tamborilando os dedos longos e finos em seus braços. “ Como os duendes de Gringotes considerariam aquela base traiçoeira, eu decidi ajudar você --- ”
“Isso é ótimo!”disse Harry, levantando aliviado e indo em sua direção.
“em retorno,” ele disse firmemente, “de pagamento”
Rapidamente trazido de volta à realidade, Harry hesitou.
“Quanto ouro você quer? Eu tenho ouro”
“Ouro não,” disse Griphook, “Eu tenho ouro.”
Seus olhos negros brilharam; não havia branco neles.
“Eu quero a espada. A espada de Godric Gryffindor”
O espírito de Harry desabou.
“Você não pode tê-la,” ele disse, “me desculpe”
“Então,” disse o duende suavemente, “temos um problema.”
“Nós podemos lhe dar outra coisa,” disse Rony impetuosamente, “ eu aposto que os Lestrange tem montes de coisas, você poderá pegar o que quiser quando conseguirmos entrar no cofre.”
Ele disse a coisa errada. Griphook exaltou-se e disse com raiva:
“Eu não sou um ladrão, menino! Eu não estou tentando possuir tesouros sobre os quais não tenho direitos!
“A espada é nossa ---”
“Não é.” disse o duende
“Nós somos Grifinórios, e era de Godric Gryffindor ---”
“E antes de ser de Gryffindor, era de quem?” perguntou o duende, sentando direito na cadeira.
“De ninguém,” disse Rony. “Foi feita para ele, não foi?”
“Não!” gritou o duende, reagindo com raiva enquanto apontava um longo dedo para Rony “Arrogância dos bruxos novamente! Aquela espada pertencia a Ragnuk, e foi roubada dele por Godric Gryffindor! É uma obra-prima do trabalho dos duendes! É o preço do meu serviço! É pegar ou largar!”
Griphook os encarou. Harry fitou os outros dois, e então disse: “Nós precisamos discutir isso, Griphook, se isso for possível. Poderia nos dar alguns minutos?”
O duende balançou a cabeça afirmativamente, com uma aparência azeda.
Lá embaixo, na sala de visitas vazia, Harry andava de um lado para o outro, tentando pensar no que fazer. Atrás dele, Rony disse: “Ele está zombando de nós. Nós não podemos deixá-lo ter aquela espada!”
“É verdade?” Harry perguntou à Hermione. “A espada foi roubada por Gryffindor?”
“Não sei” ela disse, sem esperanças. “A história dos bruxos normalmente omite o que eles fazem com outras raças mágicas, mas até onde eu sei, não há nada que incrimine Gryffindor de roubar a espada.”
“Deve ser uma dessas histórias de duendes,” disse Rony, “sobre como os bruxos sempre tentam levar a melhor sobre eles. Nós devemos considerar-nos com muita sorte, por ele não ter pedido uma de nossas varinhas.”
“Os duendes tem suas razões para não gostarem dos bruxos, Rony,” disse Hermione. “Eles foram tratados com brutalidade no passado.”
“Duendes não são exatamente coelhinhos fofinhos e pequenininhos, são?” disse Rony. “Eles mataram muitos dos nossos. Eles jogaram sujo também.”
“Mas discutir com Griphook qual raça é a mais desonesta e violenta não vai fazê-lo ajudar-nos mais facilmente, vai?”
Houve uma pausa em que eles tentaram pensar em uma maneira de contornar o problema. Harry olhou o túmulo de Dobby pela janela. Luna estava colocando lavanda em um jarro atrás da lápide.
“Okay,” disse Rony, e Harry se virou para encará-lo “Que tal isto? Nós dizemos a Griphook que precisamos da espada até que entremos no cofre, então ele pode tê-la. Há uma falsa lá, não? Nós as trocamos e damos a ele a falsa!”
“Rony, ele sabe a diferença melhor do que nós!” disse Hermione. “Ele é o único que sabe que houve uma troca.”
“Sim, mas nós podemos escapar antes que ele note –.”
Ele se acovardou diante o olhar que Hermione direcionou a ele.
“Isto,” ela disse calmamente, “é desprezível. Pedir sua ajuda e depois passar a perna nele? E você se pergunta do porquê de duendes não gostarem de bruxos, Rony?”.
As orelhas de Rony ficaram vermelhas.
“Tudo bem, tudo bem! Foi a única coisa que eu pude pensar! Qual é a sua solução, então?”.
“Nós temos que oferecer a ele outra coisa, outra coisa tão valiosa quanto a espada”.
“Brilhante. Eu irei e pegarei uma de nossas outras espadas feita por duendes e você pode embrulhar e presentear ele!”.
O silêncio caiu de novo entre eles. Harry tinha certeza que o duende não aceitaria nada no lugar da espada, mesmo que eles tivessem algo de mais valor para oferecer a ele. Contudo a espada era deles, e uma arma indispensável na destruição das Horcruxes.
Ele fechou seus olhos por um momento ou dois e ouviu a movimentação das ondas. A idéia de que Gryffindor talvez houvesse roubado a espada era desagradável a ele. Ele sempre se orgulhara de ser um Grinório; Gryffindor havia sido o campeão dos Nascidos-Trouxas, o bruxo que havia combatido o amador dos puros-sangue Slytherin...
“Talvez ele esteja mentindo,” disse Harry, abrindo os olhos novamente, “Griphook. Talvez Gryffindor não pegou a espada. Como sabemos que a história do duende é verdadeira?”
“Faz alguma diferença?” perguntou Hermione.
“Muda o jeito como eu me sinto sobre isso,” disse Harry.
Ele respirou profundamente.
“Nós vamos dizer a ele que ele terá a espada depois de ter nos ajudado a entrar no cofre --- mas nós seremos cuidados para dizer a ele exatamente quando ele poderá tê-la.”
Um sorriso perpassou o rosto de Rony. Hermione, entretanto, olhou alarmada.
“Harry nós não podemos ---”
“Ele pode tê-la,” Harry começou, “depois de termos usado-a em todas as Horcruxes. Eu me assegurarei que ele entenderá isso. Manterei minha palavra.”
“Mas isso pode demorar anos!” disse Hermione.
“Eu sei disso, mas ele não. Eu não estarei mentindo... realmente.”
Harry encontrou os olhos dela com uma mistura de desafio e vergonha. Ele se lembrou das palavras que estavam gravadas no portão de entrada para Nurmengard: PARA UM BEM MAIOR. Ele descartou a idéia. Que outra opção eles tinham?
“Eu não gosto disso,” disse Hermione.
“Eu também não gosto muito,” admitiu Harry.
“Bem, eu acho que é genial,” disse Rony, levantando novamente. “Vamos lá contar para ele.”
De volta no menor quarto, Harry propôs a oferta, formulando a frase cuidadosamente, para que não definisse exatamente uma hora para que ele se apoderasse da espada. Hermione soltou um muxoxo, olhando para o chão: ele se sentiu irritado com ela, com medo de que talvez ela tivesse entregado o jogo. Mas, Griphook só tinha olhos para Harry, e para mais ninguém.
“Eu tenho sua palavra, Harry Potter, de que você me dará a espada se eu ajudá-lo?”
“Tem,” disse Harry.
“Então aperte,” disse o duende, estendendo sua mão.
Harry pegou e sacudiu sua mão. Harry imaginou se algum daqueles olhinhos negros vislumbrou alguma dúvida nos seus olhos. Então Griphook soltou as mãos e juntou-as, dizendo: “Então. Vamos começar!”
Era como planejar invadir o Ministério mais uma vez.
– Mais uma vez? - Gritou Scorp.
– Falei que era verdade. - Confirmou Al.
– Eu achei que estava brincando. - Ele falou e afundou na cadeira.
Eles se estabeleceram para trabalhar no quarto menor, que estava sendo mantido, como fruto de uma das preferências de Griphook, na meia-luz.
“Eu visitei apenas uma vez o cofre dos Lestrange,” Griphook disse a eles, “na ocasião em que falaram para eu colocar a falsa espada dentro dele. É uma das câmaras mais anciãs. As antigas famílias mágicas guardavam seus tesouros no nível mais profundo, onde os cofres eram mais largos e mais protegidos.”
Eles permaneceram confinados no quarto, que mais parecia um armário de cozinha, por horas. Lentamente, os dias foram se transformando em semanas. Havia problema depois de problema, e um deles era a escassez do estoque de Poção Polissuco que eles possuíam.
“Realmente, só resta poção para apenas um de nós,” disse Hermione, segurando a poção lamacenta contra a luz.
“Isso bastará,” disse Harry, que estava examinando um dos mapas desenhados a mão de Griphook, que ilustrava as passagens mais profundas.
Os outros habitantes da casa falhariam miseravelmente em perceber que havia algo acontecendo, agora que Harry, Rony e Hermione só saiam para as refeições. Ninguém fazia perguntas, embora Harry normalmente sentisse os olhos de Gui sobre eles durante as refeições, pensando, preocupado.
O quanto mais passavam juntos, mais Harry percebia o quanto não gostava do duende. Griphook era surpreendentemente sedento por sangue, ria da idéia de dor em criaturas inferiores e parecia adorar a idéia de que eles talvez necessitassem machucar outros bruxos para chegarem ao cofre dos Lestrange. Harry tinha certeza de que sua opinião era um fator comum aos outros dois, mas eles não discutiam esse assunto. Eles precisavam de Griphook.
O duende só comia grudgingly com ele. Mesmo depois de suas pernas melhorarem, ele ainda exigia bandejas com comida em seu quarto, assim como o ainda-frágil Olivaras, até que Gui (seguindo um ataque de raiva de Fleur) subiu até o segundo andar para lhe dizer que a acomodação não poderia continuar. Mesmo depois de Griphook se juntar a eles à mesa cheia, ele ainda se recusava a comer a mesma comida, insistindo, no lugar, carne crua, raízes e diversos fungos.
Harry se sentia responsável: Era, depois de tudo, ele que havia insistido que o duende permanecesse em Shell Cottage para ele poder interrogá-lo; culpa dele que a família Weasley teve que se exilar no isolamento, e que Gui, Fred, Jorge e o Sr. Weasley não podiam mais trabalhar.
“Desculpe-me,” ele disse à Fleur, em uma barulhenta tarde de Abril enquanto ele a ajudava a preparar o jantar. “Eu nunca quis que vocês tivessem que passar por tudo isso.”
Ela havia posto as facas para trabalharem naquela exata hora, cortando pedaços de carne para Griphook e Gui, que desde que fora atacado por Greyback, preferia carne mal passada. Enquanto as facas cortavam atrás dela, de algum jeito a expressão de irritação dela se amenizou.
“Arry, você salvou a vida de minha irmã, eu não esqueci.”
Isso não era, literalmente falando, verdade, mas Harry decidiu não lembrá-la que Gabrielle nunca esteve em perigo verdadeiro.
– Você é demais, pai! - Elogiou James e tio Harry sorriu.
“De qualquer jeito,” Fleur começou, apontando sua varinha para uma panela de molho, que começou a borbulhar na hora, “Sr Olivaras saiu para Muriel ‘ssa tarde. ‘sso fará as ‘oisas mais fáceis. ‘quele duende,” ela fez uma pequena carranca ao mencioná-lo, “pode vir aqui para baixo, e você, Rony e Dino podem pegar ‘quele quarto.
“Nós não ligamos dormir na sala,” disse Harry, que sabia que Griphook nunca aceitaria dormir no sofá; manter Griphook feliz era essencial para seus planos. “Não se preocupe conosco.” E quando ela tentou protestar, ele continuou, “Nós estaremos fora de suas mãos em breve, Rony, Hermione e eu. Nós não precisamos ficar aqui por muito mais tempo.”
“Mas, o que você quer dizer?” ela disse, franzindo suas sobrancelhas para ele, sua varinha apontada para a caçarola que agora estava suspensa no ar. “É claro que vocês não devem partir, vocês estão seguros ‘qui!”
Ela pareceu muito com a Sra. Weasley enquanto ela dizia isso, e ele ficou aliviado que a porta dos fundos tenha aberto no momento. Luna e Dino entraram, com os cabelos molhados pela chuva que caia do lado de fora e os braços cheios de lenha.
“... e pequeninas orelhas,” Luna estava dizendo, “um pouco parecido com um hipopótamo, Papai diz, só roxo e cabeludo. E se você quiser chamá-los, você tem que soltar um zunido; eles preferem uma valsa, nada muito rápido...”
Parecendo desconfortável, Dino encolheu os ombros para Harry enquanto ele passava, seguindo Luna dentro da sala de jantar e estar combinadas, onde Rony e Hermione estavam colocando a mesa de jantar. Vendo a chance de escapar das perguntas de Fleur, Harry pegou duas jarras de suco de abóbora e os seguiu.
“... e se algum dia você for à minha casa eu poderei mostrar o chifre a você, Papai me escreveu sobre isso mas eu ainda não o vi, pois os Comensais da Morte me tiraram do Expresso de Hogwarts e eu nunca cheguei em casa para o Natal,” Luna estava dizendo, enquanto ela e Dino acendiam o fogo.
“Luna, nós já lhe dizemos,” Hermione chamou-a.” Aquele chifre explodiu. Aquilo veio de um Erumpente, não de um Crumple-Horned Snorcack”
“Não, definitivamente era um chifre de Snornack,” disse Luna serenamente, “Papai me contou. Provavelmente deve estar inteiro, eles se concertam sozinhos, você sabe”
Hermione sacudiu a cabeça e continuou colocando os talheres na mesa, quando Gui apareceu, ajudando o Sr. Olivaras a descer as escadas. O fabricante de varinhas ainda parecia extramente frágil, e ele segurou o braço de Gui, enquanto este carregada uma grande mala.
“Eu sentirei sua falta, Sr. Olivaras,” disse Luna, aproximando-se do velho homem.
“E eu de você, minha querida,” disse Olivaras, dando um tapinha gentil em seu ombro.
“Você foi um conforto inexpressível para mim naquele lugar terrível.”
“Então, au revoir, Sr. Olivaras,” disse Fleur, beijando ele em ambas as bochechas. “E eu imaginei se o Sr pudesse entregar uma coisa para a tia de Gui, Muriel? Eu ainda não entrreguei a tira a ela.”
“Será uma honra,” disse Olivaras, com uma reverencia, “a ultima coisa que posso fazer por sua generosa hospitalidade.”
Fleur retirou um gasto estojo de veludo, que ela abriu para mostrar ao fabricador de varinhas. A tiara estava lá, cintilando e reluzindo na luz fraca da lâmpada.
“Pedras da lua e diamantes,” disse Griphook, que havia entrado no cômodo sem Harry perceber. “Feita por duendes, não?”
“E paga por bruxos,” disse Gui baixo, e o duende lançou um olhar ao mesmo tempo furtivo e desafiante a ele.
Um vento forte fustigava as janelas da casa quando Gui e Olivaras saíram para a noite. O resto deles se amontoou ao redor da mesa; cotovelo com cotovelo, e com pouco espaço restante para se moverem, eles começaram a comer. O fogo estalava no fogão atrás dele. Fleur, Harry percebeu, estava apenas brincando com sua comida; ela lançava olhares furtivos para à janela a cada poucos minutos; entretanto, Gui retornou antes deles terem acabado de comer, com os longos cabelos bagunçados pelo vento.
“Tudo está bem,” ele disse à Fleur. “Olivaras se estabeleceu, Mamãe e Papai mandaram um oi. Gina mandou para vocês todo o amor dela, Fred e Jorge estão levando tia Muriel, eles ainda estão operando um negócio Owl-Order no quarto dos fundos (?). Ela se animou ao ter de volta sua tiara. Ele disse que pensou que havíamos roubado ela.
“Ah, ‘la é ‘ão charmant, sua tia,” disse Fleur de mau humor, sacudindo sua varinha e fazendo os pratos juntos formarem uma pilha no ar. Ela os pegou e sai do cômodo com eles.
“Papai fez uma tiara,” disse Luna, “Bem, mais um diadema, na verdade.”
Rony pegou o olhar de Harry e deu um sorrisinho; Harry sabia que ele estava lembrando-se do cômico ornamento para a cabeça que eles tinham visto na visita deles a Xenófilo.
“Sim, ele está tentando recriar o diadema perdido de Ravenclaw. Ele acha que já identificou a maioria dos elementos agora. Adicionar as asas de Gira-Gira realmente fez a diferença ---”
Houve um grande barulho na porta da frente. Todas as cabeças viraram para ela. Fleur veio correndo da cozinha, parecendo assustada. Gui ficou em pé em um salto, sua varinha apontando para a porta; Harry, Rony e Hermione fizeram o mesmo. Silenciosamente Griphook escorregou para debaixo da mesa, fora de vista.
“Quem é?” Gui chamou.
“Sou eu, Remo John Lupin!” disse uma voz no meio do vento ruidoso. Harry sentiu um pouco de medo, o que deve ter acontecido? “Eu sou um lobisomem, casado com Ninfadora Tonks, e você, o Fiel-Segredo da Shell Cottage , me disse o endereço e mandou em vir em caso de emergência!”
“Lupin,” sussurrou Gui, e correu para abrir a porta.
Lupin caiu sobre o tapete de entrada. Ele estava pálido, enrolado em uma capa de viagem, seu cabelo grisalho bagunçado pelo vento. Ele se endireitou, olhou pela sala para ter certeza de quem estava lá, então bradou alto, “É um menino! Nós o chamamos de
– Tedddy! - Todos gritaram.
Ted, como o pai de Dora!”
Hermione guinchou.
“O q--?Tonks – Tonks teve o bebe?”
“Sim, sim, ela teve o bebe!” exclamou Lupin. Todos em volta da mesa soltaram vivas de alegria. Hermione e Fleur soltaram gritinhos, “Parabéns!” e Rony disse, “Nossa, um bebe!” como se ele nunca tivesse ouvido falar de tal coisa antes.
“Sim --- sim --- um menino,” disse Lupin novamente, que parecia estupefato com sua própria felicidade. Ele contornou a mesa e abraçou Harry; como se a cena no porão do Largo Grimmauld nunca tivesse acontecido.
“Você seria o padrinho?” disse ele enquanto largava Hary.
“E-eu?” gaguejou Harry.
“Você, sim, claro – Dora também concorda -- ninguém melhor –“
“Eu – sim – nossa –“
Harry se sentia chocado, espantado, encantado; agora Gui estava correndo para servir vinho, e Fleur estava persuadindo Lupin para ficar para um drinque.
“Eu não posso me demorar muito, preciso voltar,” sorrindo radiante para todos: Ele parecia anos mais novo do que Harry jamais havia o visto. “Obrigado, obrigado, Gui”
Gui havia enchido todos os cálices rapidamente, eles pararam e os levantaram alto em um brinde.
“A Teddy Remo Lupin,” disse Lupin, “um grande bruxo em processo de formação!”
“’om ‘uem ele se pa’rece? Fleur perguntou.
“Eu acho que ele se parece com Dora, mas ela acha que ele se parece comigo. Não tem muito cabelo. Parecia preto quando ele nasceu, mas eu juro que virou cor de gengibre uma hora depois. Provavelmente loiro na hora em que eu voltar. Andrômeda diz que o cabelo de Tonks começou a mudar de cor no mesmo dia em que ela nasceu.” Ele bebeu todo o cálice. “Oh, então vá, só mais um,” ele adicionou radiante, quando Gui tentou encher o cálice novamente.
O vento castigava a pena casa e o fogo tremulava e estalava, e Gui pouco tempo depois estava abrindo outra garrafa de vinho. A noticia de Lupin parecia que havia tirado eles deles mesmos, os removido por pouco tempo de seu estado de preocupação: Notícias de uma nova vida era animador. Apenas o duende parecia intocado pela atmosfera festiva, e depois de um tempo ele furtivamente foi para o quarto que agora ele ocupava. Harry pensou que ele era o único que havia percebido isso, até ver os olhos de Gui seguindo o duende pelas escadas.
“Não... não... eu realmente preciso ir,” disse Lupin finalmente, rejeitando outro cálice de vinho. Ele levantou e colocou a capa de viagem em torno de si.
“Adeus, adeus – Eu tentarei trazer algumas fotos dentro de alguns dias – todos estarão felizes de saber que eu os vi --”
Ele puxou a capa mais pra junto de si e se despediu, abraçando as mulheres e apertando as mãos dos homens, então, ainda radiante, ele retornou para a noite raivosa.
“Padrinho, Harry!” disse Gui enquanto eles rumavam para a cozinha juntos, ajudando a tirar a mesa. “Uma verdadeira honra! Parabéns!”
Enquanto Harry colocava os cálices vazios que estava segurando, Gui fechou a porta atrás dele, calando as vozes altas dos outros, que ainda festejavam mesmo com a saída de Lupin.
“Eu queria ter uma conversa particular com você, Harry. Não estava sendo fácil ter uma oportunidade, com a casa cheia de pessoas.”
Gui hesitou.
“Harry, você está planejando algo com Griphook.”
Era uma afirmação, não uma pergunta, e Harry não atrapalhou para negar. Ele meramente olhou Gui, esperando.
“Eu conheço duendes,” disse Gui. “Eu trabalhei para Gringotes desde que eu deixei Hogwarts. Até onde possa existir amizade entre bruxos e duendes, eu tenho amigos duendes – ou, ao menos, duendes que eu conheço bem, e gosto.” Novamente, Gui hesitou.
“Harry, o que você quer de Griphook, e o que você prometeu dar a ele em retorno?”
“Eu não posso lhe dizer isso,” disse Harry. “Desculpe, Bill.”
A porta da cozinha abriu atrás deles; Fleur estava tentando trazer mais cálices vazios.
“Espere,” Gui disse à ela, “só um momento.”
Ela deu meia volta e fechou a porta novamente.
“Então eu tenho que lhe dizer isso,” Bill começou. “Se você fez algum tipo de acordo com Griphook, e mais particularmente se esse acordo envolver tesouro, você tem que tomar excepcional cuidado. As noções de propriedade, pagamento e reembolso não são iguais as dos humanos.”
Harry sentiu um pouco de desconforto, como se uma pequena cobra tivesse despertado e locomovido-se dentro dele.
“O que você quer dizer?” ele perguntou.
“Nós estamos falando sobre um diferente jeito de ser,” disse Gui. “Negócios entre bruxos e duendes tem sido conturbados por séculos – mas você sabe isso de História da Magia. Tem havido erros dos dois lados, eu nunca afirmaria que os bruxos tem sido inocentes. Mas existe uma crença entre certos duendes, e os duendes de Gringotes são mais propensos à ela, que os bruxos não são dignos de confiança em assuntos que envolvem ouro e tesouros, que eles não respeitam a propriedade dos duendes
“Eu respeito –“ Harry começou, mas Gui sacudiu a cabeça.
“Você não entende, Harry, ninguém poderia entender ao menos que tivessem vivido com duendes. Para um duende, o verdadeiro dono de um objeto é o seu criador, não o comprador. Todos os objetos feitos por duendes são, em seu ponto de vista, deles.”
“Mas foi comprado --”
“—então eles considerariam ele emprestado por aquele que pagou o dinheiro. Eles têm, no entanto, grande dificuldade com a idéia de objetos feitos por duendes passando de bruxo para bruxo. Você viu a expressão de Griphook quando a tiara passou por baixo de seus olhos. Ele desaprova. Eu acho que ele pensa, assim como outros de sua raça, que ela deveria ter sido devolvida aos duendes quando o comprador original morreu. Eles consideram hábito nosso ficar com objetos feitos por duendes, passando eles de bruxo para bruxo sem outro pagamento, um pouco mais que roubo.”
Harry tinha um sentimento agourento agora; ele pensava se Gui havia descoberto mais do que ele deveria. “Tudo que eu estou dizendo,” disse Gui, colocando a mão na porta que dava para a sala de estar, “é para ser muito cuidadoso com o que promete para duendes, Harry. Seria menos perigoso invadir Gringotes do que renegar uma promessa a um duende.”
– Que ironia. - Comentou Rose.
“Certo,” disse Harry enquanto Gui abria a porta, “sim. Obrigado. Eu vou pensar nisso.”
Enquanto ele seguia Gui de volta aos outros um pensamento torcido veio a ele, nascido sem duvida do vinho que ele havia bebido. Ele pensava se estaria destinado a ser um padrinho tão negligente a Teddy Lupin quando Sirius Black fora pra ele.
– Eu tenho certeza que você não foi. - Disse Teddy entrando na sala.
– Teddy! - Tio Harry disse se levantando e o abraçando.
– OI, pessoal! - Ele falou.
– Pensei que não vinha! - Falou tia Gina.
– É, mas Victorie resolveu visitar a mãe e bem... Eu disse que precisava vir, toda vez que vou lá, o Gui fica me olhando de lado! - Ele reclamou.
– Que bom que veio! - Disse minha mãe.
– Bom, será que posso ler? - Ele perguntou.
– Claro! - Eu disse e lhe entreguei o livro.
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