Capitulo Três



N/A: Último capitulo repostado, depois deste todos serão 'inéditos'. Espero que gostem e não esqueçam de comentar!



Capitulo Três


 


Astoria ouviu alguém chamar seu nome. Uma voz firme, mas gentil.  O chamado foi repetido:


- Vamos Ast, acorde.


Ela reconheceu a voz de Judith, governanta de sua casa, e abriu os olhos para ver a senhora gorducha, de meia idade, arreganhar as cortinas de seu quarto. A luz do sol invadiu o ambiente, fazendo a garota semicerrar os olhos.


- Bom dia Judith – disse ela.


- Bom dia – a senhora respondeu – Apresse-se, seu pai a aguarda para o café da manhã.


Astoria lançou as cobertas para o lado fazendo com que o cheiro de pinho se desprendesse levemente dos lençóis e se encaminhou ao banheiro enquanto Judith arrumava sua cama.


Diante do espelho que ficava acima da pia, ela lançou um olhar sobre si. Seus cabelos negros estavam emaranhados, ficando com o dobro do volume normal e seus grandes olhos, verde esmeralda, pareciam pequenos na leve presença do sono. Sua boca se contraiu em um gesto de desagrado.


Derrepente uma lembrança lhe veio à mente e ela bufou, enquanto sua tez se contraia. Draco Malfoy. Por mais que ele ainda lhe desse arrepios, agora o medo se mesclava a irritação e a determinação de vê-lo perder a aposta que ela sabia que ele dava como ganha.


Astoria abriu a torneira e jogou água no rosto, pegou a toalha de linho ao lado da pia e voltou ao quarto enxugando as gotículas que escorriam por sua face. Jogou a toalha sobre a poltrona e abriu o guarda roupa procurando por algo para vestir, teria muito que fazer aquele dia.


Seu pai sempre preferia que ela e a irmã usassem roupas bruxas, naquele dia, no entanto, preferiu por algo prático. Vestiu jeans, blusa e um pulôver verde musgo. Calçou botas com um feitiço de impermeabilidade feitas da pele de algum animal que ela desconhecia e desceu para o café.


Seu pai sentava-se na cabeceira da mesa com Dafne ao seu lado. Judith já servia o desjejum. Panquecas, ovos, chás, frutas, bolos e muito mais coisas, a mesa estava como sempre, nada faltava.


Astoria sentou-se em seu lugar, também ao lado do pai e de frente para a irmã, desejando bom dia aos dois e pensando consigo que aquela suntuosidade era apenas desperdício na situação em que se encontravam.


Enquanto isto ela via objetos de valor desaparecem sem explicação alguma, ninguém questionava, o fim deles era claro. Assim como o da maioria dos imóveis e o dinheiro dos cofres em Gringotes. Ele apenas se iam, sem possibilidade de retorno.


- Espero que tenha pensado no que conversamos ontem, Astoria – disse-lhe o pai após retribuir seu cumprimento.


- Sim papai, pensei bastante – não era mentira, a garota refletira sobre a conversa com o pai e isso só a deixara mais convicta em seus planos.


Foi inevitável que um pequeno sorriso se formasse em seus lábios. Ainda havia uma esperança, muito pequena, mas havia. E, por isso mesmo, ela precisava fazer o possível e o impossível para que tudo desse certo ou logo teria de permitir que seu pai lhe arranjasse um noivo.


Ela tentou se alimentar normalmente, mesmo que seu estomago revirasse um pouco, também tentou conversar normalmente com o pai e a irmã, não podia dar brechas a dúvidas.


Depois de alguns minutos seu pai limpou a boca no guardanapo belamente adornado com o brasão da família e chamou a governanta.


- Judith!


A senhora apareceu à porta em poucos segundos.


- Leve os jornais ao meu escritório, por favor – ordenou.


Dizendo isso, se levantou e, antes de se distanciar, aplicou um beijo na testa de cada uma das filhas. Ast aproveitou a saída do pai para fazer o mesmo.


- Aonde você vai? – perguntou Dafne inquisitiva.


- Para meu quarto – respondeu Astoria tentando mostrar confiança – Depois, vou visitar Sarah.


Antes que Dafne pudesse dizer algo ela se pôs de pé e se afastou. Percorreu o caminho até seu quarto em segundos e, após entrar, trancou a porta. Não queria ser surpreendida. Abaixou-se ao lado do guarda roupa e levantou a mesma tábua solta do assoalho em que mexera na noite anterior. No espaço antes vago, encontrou a rosa e a retirou de lá.


Ela se encostou a janela do quarto e observou a flor a luz clara do dia, girou o caule nas mãos, admirando. Era uma rosa realmente bonita, nunca tivera muito apego por rosas, mas aquela lhe parecia diferente, afinal seu “destino” estava selado ao dela por um acordo.


Enquanto a olhava, Astoria percebeu algo que lhe deixou apreensiva: pequenas manchas amareladas começavam a se destacar nas pontas das pétalas e elas próprias estavam levemente mais frágeis.


Como fora burra em deixar a flor fora d’água! Acabara acelerando o processo de degradação!


Astoria colocou a flor sobre o criado-mudo. Olhou-a novamente, se continuasse a murchar naquela velocidade, logo seu prazo se encerraria. Então se recordou de um feitiço que aprendera durante as aulas de Herbologia em Hogwarts, feitiço esse que era aplicado nas próprias estufas.


Era um feitiço simples, mas muito útil para casos como o seu, e o melhor, ela aprendera a fazê-lo com perfeição.


Ela puxou a varinha do bolso da calça, apontou para a rosa e murmurou enquanto gesticulava:


- ‘Raios de sol e água do ar,


Se unam para desta planta cuidar,


Forneçam a ela proteção,


Tardando assim sua decomposição.’


O ar ao redor da rosa ficou denso. Ela levitou e ficou a alguns centímetros da superfície do móvel onde antes estivera. A densidade se concentrou ao seu redor envolvendo-a em uma cúpula levemente esbranquiçada, que permitia a visão da planta em seu interior.


Astoria sorriu contente com a realização do feitiço, pegou sua bolsa, colocou o livro que estava lendo dentro, só para o caso de ficar entediada, e caminhou para a porta. Antes de sair se voltou uma última vez para a flor em seu invólucro mágico.


Pouco tempo depois já saía de casa e, além do livro, dentro de sua bolsa havia alguns biscoitos que pegara na cozinha. Olhou para os lados e quando se viu longe dos olhares das poucas crianças que brincavam com os montes brancos e gélidos que o carro de neve havia deixado, aparatou.


Ela apareceu em um bairro muito similar ao seu, caminhou para uma rua transversal e logo estava em frente a uma mansão. Bateu a porta produzindo sons ocos na madeira. Um elfo doméstico baixinho a abriu e a deixou entrar, conduzindo-a a uma sala extremamente ornada, assim como a de sua própria casa, com móveis e objetos antigos, clássicos e caros.


Logo um homem atarracado e com uma leve saliência na região do estômago se levantou do sofá e a cumprimentou, fazendo um gesto para que ela se sentasse.


- Bom dia Sr. Morrison – falou Astoria aceitando o convite para sentar – Será que eu poderia falar com a Sarah?


- Claro minha jovem – disse ele fitando-a com interesse, ele deu uma ordem ao elfo e voltou a falar com ela – Aguarde um instante, ela logo virá.


- Obrigada – agradeceu incomodada com o olhar interessado que o senhor ainda lhe lançava.


 A porta da sala se abriu e por ela passou uma garota com a mesma idade que Astoria, usava saias compridas e roxas e uma blusa de botões e mangas longas. Ela sorriu para Astoria, que retribuiu.


- Ast! – exclamou a garota abraçando a amiga e sentando-se ao seu lado, colocando uma mecha dos cabelos loiros e longos atrás da orelha – O que a traz aqui?


Astoria lançou um olhar para o pai da amiga, um sinal claro de que queria privacidade.


- Papai, poderia deixar Astoria e eu a sós, por favor? – pediu Sarah ao pai que respondeu um “claro querida” e saiu sem muita vontade - E então, aconteceu alguma coisa? – voltou a perguntar Sarah, dessa vez havia uma ponta de emergência e curiosidade em sua voz.


Astoria assentiu, Sarah era sua melhor amiga e era a única para quem ela havia revelado o estado financeiro em que os Greengrass se encontravam.


- Descobri um jeito de ajudar minha família – confidenciou Astoria em um sussurro.


- Que jeito? – Sarah franziu as sobrancelhas claras.


- Não posso te contar, não agora, mas preciso de sua ajuda – Ast encarou os olhos azuis da amiga – Preciso que diga ao meu pai ou a Dafne, ou ainda, a quem quer que pergunte, que eu estou sempre com você.


- Quer que eu lhe de um álibi? Astoria, o que você vai aprontar? – Sarah se mostrou preocupada.


- Preciso que confie em mim – Astoria apertou a mão da amiga – Por favor?


- Tudo bem – suspirou Sarah – Só espero que não se meta em confusão!

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Comentários (2)

  • Anne A.

    Olá Maria Eduarda. Estou por aqui sim (não estava, mas agora estou). E vou continuar a fic sim, atualmente tenho ficado mais tempo no nyah, mas pretendo postar a cotinuação aqui também. Obrigada por comentar. Abraços!

    2014-09-21
  • Maria Eduarda Rieg Weasley

    OIEEECm vai vc ainda esta por ai???Eu ameeeeei a historia vc n vai continua-la?????Esta em outro site?? Passa o link pfvEspero q n desista ATUALIZAAAAA POR FAVOOOOOOOOR Atenciosamente uma leitora assidua se continuar a escrever!!

    2014-07-18
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