Mudanças e revelações
Dumbledore e Harry saíram para o local onde estaria o suposto medalhão de Slytherin, mais uma horcrux.
Durante a saída, em Hogwarts...
Draco sentiu a marca negra arder, o que era muito estranho, mas ele sabia o que significava. O armário estava pronto, chegou a hora do ataque. Ele levantou e foi até a sala precisa, silenciosamente, o armário se abriu, ele saiu correndo dali. Nuvens negras tomaram o céu da escola, o prof. Flitwick ensaiava o coral naquele momento, a professora Minerva mandou todos os alunos para os salões comunais. Hermione estava no corredor para o salão dos monitores, quando viu as nuvens. Ela ouviu passos no corredor que ia para a Torre de Astronomia. Era Draco, mas tinha algo mais estranho. Belatriz e companhia estavam ali também. Ela foi seguindo Draco, os comensais foram por outro caminho. Harry estava escondido sob a torre. Hermione agarrou Draco a alguns metros da torre.
-Her...
Ela o puxou para um corredor ao lado.
-Chegou a hora, não foi? Vai, me conta tudo, Draco.
-É. O que faz aqui? É peri...
-Não vou te deixar só. Vai lá e faz o que tem que ser feito, eu sei que consegue.
-Obrigado. Eu te amo.
Draco subiu até a torre. Harry o viu ali, ergueu a varinha, pronto para atacar. Hermione foi até a sala de telescópios, tampou a boca de Harry.
-Não faz nada. Fica quieto, Harry. Ou melhor, vem comigo.
-Não! Está lutando ao lado dele, não é? Voldemort.
Ele tentou escapar, mas Hermione o imobilizou. Snape apareceu ali, harry apontou a varinha para atacar, mas seria uma atitude inútil. Os comensais chegaram onde estava Draco, ele estava a duas palavras de matar Dumbledore. Mas Snape foi até lá.
-NÃO! Ele não consegue. Avada Kedavra!
Harry só viu o lampejo de luz verde. Draco ajoelhou-se ali mesmo, não acreditava. Dumbledore estava morto. As lágrimas nos olhos de Hermione não paravam de rolar abaixo. Ela saiu dali, correndo, deixando Harry do jeito que estava. Draco ficou ali, na Torre, aos prantos. Harry gritava por ajuda, e Draco foi o único que apareceu para ajudar. Enquanto ele desatava os nós, Harry disse:
-Malfoy? Você... Me salvando?
-Agradeça a Merlin por eu ainda estar aqui. Quem te fez isso?
-Sua namoradinha. Ela disse que era para eu a ter seguido. Malfoy... Está do lado dele, não é?
-Fiquei sabendo de uma desconfiança sua em relação a mim. Mas... Está certo, Potter. Eu sou um comensal, que não tinha opção de dizer "não" a ele. Eu sou o garoto que fez todas as escolhas erradas, ou ainda, se preferir, o garoto que não teve escolha alguma. Eu sou esse garoto. Até hoje, sinto pela morte do ruivinho caçula. Mas... Foi um pedido dele para Hermione. Eu não acreditei. Preferia mil vezes, ter morrido naquele duelo, talvez hoje, agora, eu não teria passado pelo que passei.
Tudo bem, aquilo era muito estranho. Harry e Draco, que nunca foram amigos, agora estavam ali, cara a cara.
-Não aguento mais, isso de ser comensal. Parece estranho, não?
-Estou em crédito com você, Malfoy. Mione saiu correndo, achei tão estranho isso.
-É. Mas acho que sei onde ela está. Vem comigo.
Eles iam andando pela escola, os comensais destruindo o castelo. O salão principal estava destruído, apenas as ampulhetas das casas e as bandeiras acima de cada mesa permaneciam. E o rastro destrutivo seguia por toda a escola. Mas algo preocupava Draco. Onde estava Hermione?
Ele foi ao salão dos monitores, Harry chegou atrás dele.
-Hermione!-gritava Harry, ele e Draco tentavam encontrá-la.
Ela, foi pega pelos comensais e presa no banheiro feminino. Draco e Harry reviraram o salão inteiro, e o dormitório. Nada de Hermione. Draco já havia perdido as esperanças, quando escutou batidas no banheiro.
-Tá ouvindo isso? Vem do banheiro, o som.
-Socorro! Alguém me tira daqui!-implorava Hermione, já rouca por tanto gritar.
Draco foi até lá.
-Hermione?!
-Harry! Draco! Me tirem daqui, por favor...
-A porta está trancada. Hermione, quem fez isso a você?
-Foi ela. Belatrix... Me trancou aqui... Ela queria me... Matar... Socorro... Me tirem... Daqui...
A voz fraca, o corpo mais ainda, ela desmaiou.
-Bombarda Maxima!-disse Draco. A porta voou pelos ares, enquanto Harry tirava
Hermione dali. Draco pegou ela e a levou ao dormitório.
-Hermione! Por Merlin, fala comigo! Acorda!
-Ela apresenta algum sinal de tortura?
-Não. Se não foi isso, o que foi então?
-Bom, ela estava com as mãos presas. Para que ela não fugisse. Mas ela iria... Para onde!?
-Não sei, Potter, mas... É claro! Bela a prendeu porque ela sabia da missão, e poderia contar tudo a você, ou a todos da escola.
-Ela sabia?
-Claro. Ela percebeu, claro, e para mim foi uma surpresa. Ela só não te contou nada, porque eu pedi. Não foi uma missão fácil, consertar aquele maldito armário. Vamos focar na Hermione agora, por favor?
-Claro. Respirando ela ta, então já sabemos que a morte foi à descarte. Você ficará para lutar ou vai voltar para os comensais?
-Não sei. Eu sou o garoto que não teve escolha, lembra?
-Fica aqui com ela, eu vou ver como está a situação lá fora. Ela precisa de você, Malfoy. Agora, mais que nunca.
Harry saiu dali. A situação era deprimente e o caos estava na escola. Uma enorme onda de destruição, uns alunos feridos. Na ala hospitalar, todos os Weasleys estavam em torno de Gui, recentemente mordido por Fenrir Greyback. Gina viu Harry passando ali e foi até ele.
-Harry! Espera, onde vai?
-Gina! Vou para onde estão os comensais. E você, aparece lá no salão dos monitores. Hermione foi capturada pelos comensais, agora está lá no dormitório dos monitores, desmaiada, Draco está com ela. Gina?
-Que foi?
-Eu te amo.
-Eu também. Vai.
Os dois foram, cada um em uma direção. Hermione acordou rápido, pouco tempo após Gina chegar ali.
-Draco? O que houve comigo?
-Os comensais te pegaram e prenderam no banheiro dos monitores. E você desmaiou pois estava sem ar suficiente.
Draco a abraçou, as lágrimas rolando abaixo.
-Eu estava com tanto medo, de te perder... Vol... Ficará furioso quando ver que não voltei. Mas eu não ligo, me viro com ele depois.
-Quê? Não! Draco, volta, vai ser melhor!
-NÃO! Não quero voltar para ser tratado como um qualquer um. Mione, meu pai, se souber que os traí, ele me mata. Prefiro deixar as coisas como estão. Vamos esperar que tudo volte ao normal, vou fingir que fui morto. É, é o melhor que pode... Ser feito. Eu falhei, morrerei de qualquer jeito.
-Não fala isso... Jamais repita isso, por favor. O que aquela maldita Belatriz fez a mim? Espera... Cadê o Harry?
-Ele tá bem. Pelo menos, espero que esteja. Vem, vamos ao funeral do Dumbledore.
-Quê? Não! Volta para a mansão, Draco! Sabe o quanto eu o amo, de verdade.
-Eu sei. Mas então, se eu for... Você vai comigo. Acha que consigo, Hermione? Encarar a todos eles como se nada tivesse acontecido? Bela te prendeu no banheiro, eu falhei em minha missão... Não dá.
-Se eu for com você?
-Quê?
-Se para morrer, tiver que ser em seus braços... Eu vou.
-Tá bem. Eu quero ir ao funeral do Dumbledore.
-Quê? Mas você acabou de tentar...
-Só porque "tentei" matar o diretor, não significa que eu... Vamos lá.
Os dois foram até onde estava o corpo de Dumbledore, a multidão ali em volta. A professora Minerva levantou a varinha, a marca negra ia sumindo do céu enquanto todos os alunos levantavam as suas também, inclusive Draco e Hermione. Harry estava junto do corpo de Dumbledore. Draco e Mione foram para o castelo. Draco estava inquieto, Hermione percebeu, claro, e enquanto eles entravam no banheiro dos monitores, ela perguntou:
-Draco? O que foi?
-É ela. Está ardendo desde que eles saíram daquela torre. Enquanto eu não for até aquela mansão me explicar para V...
-Eu sei. E é por isso que eu vou com você. Imagina o que pode te acontecer se você estiver só?
-Ah, Hermione... Sabe que não concordo com isso, né? Mas, vamos lá.
Os dois foram até a mansão pelo pó de flu.
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