No escuro do armário



- Capítulo sete -

No escuro do armário




Hermione parecia estar analisando a proposta; então, sem aviso, a garota apagou a luz e pulou na cama, ao lado de Harry.

Eles se beijaram mais uma vez.

- Boa noite, meu gato - disse Hermione, se deitando.

- Já vai dormir? - perguntou Harry.

- Você não?

- Hermione, é o nosso primeiro dia de namoro - disse Harry, como se a garota estivesse o ofendendo. - Achei que merecia uma "celebração". Eu acho que é um dia muito especial... você não acha? - acrescentou Harry, desanimado.

- Oh, Harry - disse Hermione, docemente. - Eu também acho esse o dia mais maravilhoso da minha vida. Não sabe o quanto estou contente de estar com você. Me desculpe, tá - e tascou um beijinho nele. - Então, posso saber que "celebração" é essa que o senhor planejou para nós? - perguntou Hermione, se sentando novamente.

A única luz que invadia o quarto era a luz do luar, que entrava ligeiramente pela fresta da janela. O luar iluminava o belo rosto de Hermione, que no momento observava Harry como se ele fosse a coisa mais interessante que ela já contemplara.

Então, de repente, como se a mão de Harry tomasse vida, ele a deslizou pelo rosto da namorada; apreciando tudo na garota. Ele desceu a mão pelo corpo de Hermione, lentamente. Hermione pegou a mão do garoto, e a levou até o fechamento de sua camisola. Harry, entendendo o toque, se concentrou em tirar a camisola dela lentamente.

Harry já os vira uma vez, mas não chegara a tocá-los como agora; porque afinal, os seios de Hermione, que tinham um tamanho generoso, eram irresistíveis.

Hermione se pôs a retirar o pijama de Harry. O peitoral do garoto fora massageado pela namorada.

Fazendo Hermione arrepiar-se, Harry começara a beijar os seios dela. Eram macios e redondos.

- Estamos mesmo fazendo isso? - perguntou Hermione, arrepiada.

Harry confirmou em um aceno, e levara um dedo aos lábios de Hermione, a beijando ardentemente. Ela, se deixando levar, retirou a calça dele, provocantemente.

Hermione massageou o pênis de Harry, por cima da cueca. Este se inclinou, passando a mão pelas coxas dela.

Hermione tirou a cueca de Harry, revelando o membro do garoto. Ela passou as mãos, carinhosamente, pelo pênis dele. Harry ia tirar a calcinha dela; mas...

- Srta. Granger! - chamou uma voz, vinda da sala, mas que se aproximava.

- Droga! - resmungou Harry. - Droga, droga e droga...

Harry registrou o quarto, procurando um lugar para se esconder. Seus olhos se focalizaram no guarda-roupa. Ele pulou da cama, desesperado, e correu até o armário.

- Vem - sussurou para Hermione.

Os dois se espremeram dentro do armário. Harry pôs-se a observar Dot por uma fresta, que acabara de entrar no quarto, chamando por Hermione.

A empregada foi até a cama, revirou os lençóis, e de repente arregalara os olhos para a roupa deles. Dot apanhou a cueca branca de Harry e a ergueu:

- Aquele garoto... - e saiu decidida do quarto, levando a cueca dele.

- O que ela quer com a minha cueca?

- Acredite - sussurou Hermione -, a Dot é cheia de "segredos".

- Não sei se você percebeu - sussurou Harry, zangado, no ouvido de Hermione. - Mas ela costuma aparecer nas horas mais impróprias.

- É melhor continuarmos aqui por um tempinho, caso ela volte...

- Onde estávamos mesmo? - disse Harry, se agarrando à Hermione. - Acho que já me lembrei...

- Harry, aqui não - disse Hermione, rindo. - Pára. Aqui dentro não. Cuidado...

CATAPLOF.

O armário desabou no chão, causando um estardalhaço dos infernos.

- Madeira - sussurou Harry, após o choque.

- Viu o que você fez? - falou Hermione, com uma nota de pânico na voz. - Agora estamos presos aqui. Dot deve ter ouvido o barulho. Estamos fritos... Ela vai contar para os meus pais. Eles vão me comer... e eles vão me comer viva...

- Calma - disse Harry, apalpando o escuro. - Vou nos tirar daqui. Acalme-se...

- Que é que você está fazendo? - perguntou Hermione.

- Achei a maçaneta - disse ele.

- Harry, você já ouviu falar em armário com maçaneta do lado de dentro? - disse Hermione.

- Que é isso, então? - perguntou Harry, apalpando.

- Meu seio.

- É claro que é - disse Harry, continuando a massagear o seio de Hermione. - Não tinha percebido.

- Mas agora que percebeu já pode soltá-lo, seu bobo - disse Hermione, pegando a mão de Harry. - A propósito, o armário tá virado com as portas para o chão; como você espera sair deste jeito?

Houve um silêncio. Até que Harry ouviu um barulho estranho.

- Olha, Hermione - disse ele. - Eu sei que tivemos um lance legal agora há pouco... mas ronronar...

- Eu não estou ronronando - falou Hermione, apalpando à altura da cintura de Harry.

- Ai! - exclamou Harry, de repente. - Alguma coisa me pegou.

- Fui eu - disse Hermione.

- Não; alguma coisa arranhou o meu pé - falou Harry, apalpando o escuro; até que sentiu uma coisa peluda se esfregar nele.

Houve um miado.

- Bichento!? - exclamou Hermione, surpresa.

- Ele está aqui dentro também? - falou Harry, indignado. - Não dá para acreditar...

O gato de Hermione miou novamente.

- Bichento, pst, fica quieto aí - ordenou Hermione.

- Parece que vem vindo alguém - alertou Harry.

- Rápido, tenta vestir alguma coisa - disse Hermione.

- Vestir o quê?

- Harry, estamos presos num armário; use a sua imaginação.

O garoto apalpou o escuro a procura de roupas.

- Harry - chamou uma voz, do lado de fora. - Hermione. São vocês que estão aí dentro?

- É a Gina - falou Harry, aliviado. - É claro que somos nós; o coelhinho da páscoa é que não pode ser.

- Gina, nos tire daqui - pediu Hermione, se mexendo ao lado de Harry.

- Cuidado aí, Hermione - alertou Harry. - Esta parte é sensível.

- Fiquem quietos aí, os dois - disse Gina. - A Dot vem aí.

Harry e Hermione ficaram calados, procurando ouvir o que Dot dizia ao entrar no quarto.

- Que está acontecendo aqui, garota - perguntou a voz de Dot.

- O armário caiu - respondeu Gina, com simplicidade. - Desculpe pelo barulho.

- Caiu como? - perguntou Dot, desconfiada. - Você o derrubou?

Gina não respondeu. Harry deduziu que a garota devia ter acenado com a cabeça.

- Suponho que saiba onde esteja a Srta. Hermione? - disse a empregada.

- Não, senhora.

- E o garoto? - insistiu Dot.

- Quem? O Harry? - disse Gina, inocentemente. - Não faço a menor idéia.

- Olha o que eu encontrei na cama - falou Dot, com desdém.

- Uma cueca? - brincou Gina. - Meio grande, não?

- Que é que a cueca do garoto está fazendo junto a isto? - perguntou Dot, impaciente.

- Uma camisola? - falou Gina, lentamente. - Talvez o Harry tenha dupla personalidade...

- Não se faça de sonsa, garota - retrucou Dot. - Esta camisola é da Hermione. Não é evidente que eles tenham tido algum tipo de, ah, "relação"?

- Ah - disse Gina, com sagacidade. - Acho bem difícil. Eles são amigos. A propósito, o negócio do meu amigo Harry não é com garotas...

Harry quase abrira a boca para protestar, mas Hermione percebeu o perigo e o cutucou.

- Fascinante - falou Dot, com desdém. - Garota, se por acaso ver a Srta. Granger, avise a ela que se continuar sumindo a altas horas da noite, eu não hesitarei em informar ao Sr. e a Sra. Granger.

- Tudo bem, eu aviso a ela.

Fez-se silêncio. Até que:

- Me diz uma coisa... Gina - disse Dot, lentamente. - Esse tal de Arry... ele não seria o namorado dela, seria? Você tem mesmo certeza disso?

- Absoluta - respondeu Gina depressa. - Eles sempre foram somente amigos.

- Assim espero - disse a empregada, maldosamente. - Não fui com a cara daquele rapaz...

Harry se mexeu dentro do armário, quando Bichento passara ronronando, perto de seu traseiro.

- Está me escondendo algo aí atrás, mocinha? - perguntou Dot, desconfiada. - Tipo escondendo ALGUÉM dentro do armário?

- Não - disse Gina, cômicamente. - Qual é, Sra. Dot; que tipo de idiota ficaria dentro de um armário?

- Ei - sussurou Harry.

- Quer ajuda para erguê-lo? - perguntou a mulher.

- Quê?

- Erguer o armário, querida - disse Dot, impaciente.

- Ah, pode deixar que eu conserto o estrago - falou Gina.

- Muito bem - disse ela, finalmente. - Vamos, Paulinho.

- Quem é Paulinho? - perguntou Harry à Hermione.

- Shhh - sussurou Hermione. - Ela pode querer ouvir se fazemos algum barulho.

Passado algum tempo, Gina falou do lado de fora:

- Muito bem. Ela já foi. Podem sair.

- Muito engraçado - disse Harry. - Sabe que adoraríamos sair, mas caso não tenha percebido, estamos presos.

O armário foi erguido cautelosamente, fazendo Bichento miar, indignado.

- Ufa - disse Hermione, abrindo a porta. - Obrigado, Gina.

Bichento saiu miando.

- Quem estava com ela? - perguntou Harry, ao sair do escuro.

Hermione e Gina soltaram risadinhas ao observá-lo.

- Qual é a graça?

Elas não precisaram responder. O garoto notou que a roupa que acabara apanhando dentro do armário, era na verdade, um vestido azul-berrante, com babadinhos. Hermione vestia uma jaqueta e uma calça folgada, escondendo suas partes.

- Não sei do que estão rindo - disse Harry, mais alto do que pretendera. - Adorei esse azul.

- Fale baixo - disse Gina, sorridente. - A propósito, um homem enorme acompanhava a Dot. Você o conhece, Hermione?

- Deve ser o amigo do papai e da mamãe. Ele é o segurança do bairro; sempre chamam ele quando precisam.

- Só sei que de "inho" ele não tem nada - comentou Gina.

Harry procurou alguma coisa para chutar, muito zangado com Dot.

- Por que é que ela sempre estraga tudo? - perguntou Harry, massageando o pé, após chutar dolorosamente o guarda-roupa.

- Como assim? - perguntou Gina, interessada. - O que vocês faziam dentro do guarda-roupa, afinal?

- Brincávamos de pique-esconde - disse Harry, zangado.

- Vocês não fizeram... aquilo, fizeram? - questionou Gina, olhando de Harry para Hermione.

- N-não - respondeu Hermione, corando.

Harry se sentira cansado, como se tivesse corrido quilômetros. Tal canseira se igualava a sua indignação por Dot ser tão estraga-prazeres. Afinal, ele, Harry Potter, acabara de compartilhar (interminadamente) um momento com Hermione Granger, que provavelmente levariam para o túmulo.

- Em todo o caso - disse Gina, pouco convicente. - Estava pensando em irmos ao Beco Diagonal amanhã. Já mandaram a lista dos livros.

- Por mim tudo bem - falou Hermione, se sentando à cama.

- Boa-noite - desejou Gina, saindo do quarto, em uma piscadela ao casal. - A propósito - acrescentou Gina a Harry -, você está uma graça de vestido - e saiu correndo, antes que Harry pudesse arrancar o vestido e arremessá-lo contra a garota...



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C-O-M-E-N-T-E-M!!!

Anderson Gryffindor

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