Um castelo a margem da estrada
Cap. 1
Ela parou na porta da garagem, onde não poderia ser vista por seu pai. Ele estava sentado, dentro de um carro, um Ford Angelina, verde, que era a distração dele agora. Estava modificando magicamente o carro. Iria haver uma feira de objetos troxas modificados, na casa dos Lovegood, e seu pai, estava pretendendo ir.
¾ Pai? – disse ela.
¾ Oi filha, já vou falar com você deixa eu...
¾ Nada disso, eu trouxe um lanche, para um pouquinho, porque você não vai deixar sua filha comendo sozinha não é?
¾ Ta você venceu! – E ele se levantou, usando roupas simples e de cabelo despenteado. Ele sorria, mas seu sorriso era diferente, cansado.
Eles se sentaram no chão, Gina colocou a bandeja com bolachas, café com leite e doce num banquinho e eles começaram a comer.
¾ Pai, você vai na feira dos Lovegood? Tem certeza? Com esse carro? Usa uma chave de portal pai, ir dirigindo... – disse Gina sem perder a chance de tentar mudar a idéia e seu pai, de ir dirigindo.
¾ Vai dar tudo certo, eu quero ver como ele se sai, e além do mais, não vou voando, vou como um trouxa dirigindo na estrada...
¾ Isso é o que me preocupa,pai, você vai acabar se perdendo...
¾ Não vou!
¾ Pai, faz o que eu to pedindo, vai de chave de portal.
¾ Não filha não, e que eu saiba eu ainda mando em min...
¾ Ta pai... - “ Mais eu vou rastrear você com um feitiço” pensou ela.
¾ E nem pensa em usar um feitiço de rastreamento, eu imunizei o carro contra isso.
“ Poxa, eu sou tão previsível assim?”
¾ É uma dês melhores coisas, você não é rastreado, nem encontrado... a, eles vão adorar!
¾ Ta, pai! - repetiu ela. “ Já vi que vou ter que ficar aqui desesperada na frente daquele relógio, rezando para que o ponteiro continue em: Seguro”
¾Ótimo, porque se eu quero chegar a tempo vou ter que sair amanhã a noite.
¾ O que? A noite?
¾ É, nas 1º horas é que pode dar errado, mas não vai dar – acrescentou ele vendo a cara dela – é que ai é difícil de um trouxa ver.
¾ Só toma cuidado ta pai!
¾ Eu tomo! - disse se levantando com ajuda da bengala – se eu quero terminar, tenho que voltar ao trabalho! Obrigado pelo lanche filha! –disse ele beijando a testa dela.
Ela, se levantou e voltou com a bandeja para a cozinha...
“Vai ser uma semana longa...”
**********
Ela disse tchau para ele na prova. Estava frio, nevando. Eles se despediram com um beijo e um abraço.
¾ Se cuida, usa o mapa, dorme um pouco, e se alimenta...
¾ Sim, ta filha eu vou me cuidar, não precisa se preocupar, agora tchau! – disse ele se distanciando, entrou no carro e deu partida.
¾ Tchau filha! – disse ele animado, dando partida. E de repente, gina constatou que ele tinha ido embora, em menos de um segundo e ela estava sozinha na porta de sua casa, as sete horas da noite, com tudo escuro e sua mão ainda levantada para se despedir.
¾ E agora em? Eu estava acostumada a ouvir de filhos que saem e deixam seus pais preocupados, não o contrário! – disse ela para si mesma.
Gina entrou na casa, a mesa onde jantara estava limpa, as coisas estavam arrumadas, e ela estava lá sozinha... “presa”, ousou pensar, mas logo espantou esses pensamentos.
Ela subiu para seu quarto, se sentou, na sua escrivaninha e abriu sua agenda, cheia de lugares para ir, e ela não ia, ma maioria “Conversas fúteis, roupas caras, e mulheres entupidas de maquiagem. Que só falam de bolsas, e só estão lá para aparecer na coluna social no dia seguinte, e de preferências numa foto com algum milionário”, como ela pensava. Mexeu na sua gaveta, estava cheia de tudo que ela precisava, artigos, reportagens e colunas extras, para quando ela não estava com inspiração ou tempo, ela usava. E aqueles artigos já tinha salvado a vida dela, muitas vezes.
Mas agora ela não precisava se preocupar com isso, agora ela estava se dando férias, ou seja, estava usando os arquivos da escrivaninha ( que diga-se de passagem já não cabiam mais em uma só gaveta) e só escrevia agora quando realmente estava com vontade. E agora ela estava, pegou um pergaminho e começou a escrever.
A cada hora descia para ver o ponteiro do relógio marcando “Viajando”.
Ela só dormiu, quando um bolo de pergaminhos já estavam na sua frente.
¾ Òtimo, mais tempo de “férias”.
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Arthur estava viajando, há horas, estava cansado, mas não podia parar se quisesse chegar a tempo, descansar, ficava para mais tarde.
A lua já estava alta quando para a sua surpresa, a velocidade do carro começou a diminuir...
¾ Droga! Isso não era para estar acontecendo!.
Mas mesmo assim resolveu esperar, para ver o que acontecia, pois não poderia fazer nada agora.
Continuou andando, preocupado, por mais um tempo, quando o carro começou a falhar. Arthur soube no exato momento do que se tratava.
¾ Droga! Eu sabia que não deveria ter comprado as baterias com Mundungo só porque tava barato! Que droga Arthur, olha no que deu! – disse.
Ele puxou uma alavanca e começou a apertara botos, acelerou e segurou firme o volante, tudo isso em menos de dez segundos, mas nada aconteceu, o carro ignorou os comandos e começou a se guiar sozinho.
Ele viu com desespero o carro sair da estrada e entrar num caminho de terra, embora compactado.
¾ Aonde você está indo em? – perguntou Arthur como se o carro pudesse responder.
Mas o carro só fez acelerar. O sr. Weasley olhava preocupado, pela janela, o carro acelerou mais e ele se segurou, sacolejando por algum tempo na estrada, do lado da mata.
¾ Aonde vamos? Ai, ai, ai, eu não conheço nada por aqui! – disse ele para si mesmo.
Mais ou menos uns 10 minutos depois desse comentário, ele viu o que parecia de longe, ser uma montanha, com luzes, mas depois foi vendo uma forma de castelo.
“Será que Hogwarts é por aqui? Não... esse castelo é diferente... de alguma forma.” Ele observou mais e se viu vislumbrado pelo castelo, menor em extensão que Hogwarts, mas, mais alto, com mais torres.
Feito de uma pedra mais escura, perecia sombrio , a luz do luar.
Ele viu seu carro ser guiado até um portão, muito alto, com mais ou menos uns 3 metros de altura, o portão parecia ser bem forte e as estacas de metal terminavam em pontas muito bem afiadas. Arthur só achou estranho, os dois M um de cada lado do portão.
¾ A magia está muito fraca, o dono deste castelo deve estar com a saúde debilitada.
O sr. Weasley desceu do carro, e empurrou o portão, ele não abriu.
¾ Há alguém ai?
¾ O que você quer, senhor?- disse uma voz que Arthur reconheceu como de elfo doméstico.
¾ Apenas um lugar para passar a noite, meu carr... meu transporte quebrou!
¾ O senhor é trouxa?
¾ Não, eu sou um bruxo, apenas enfeiticei um transporte trouxa...
¾ Eu não posso deixar o senhor entrar. Meu amo está doente, não posso lhe perguntar, e mesmo se pudesse...
¾ Só por essa noite! – pediu, porque se não teria que dormir num carro quebrado no meio na mata.
¾ Está bem, entre! – disse o elfo compreendendo a situação. – O amo está doente, não vai ficar sabendo, mas se souber... – ele foi até o portão, onde ele entrou com o carro.
¾ Obrigado...!? – disse ele já do outro lado do castelo.
¾ Peti!
¾ Peti?
¾ É, é o meu nome, siga-me!
Ele o guiou pela neve até um local papa colocar o carro, e depois em direção ao castelo,
Arthur olhou bem o castelo, agora de perto, e olhou a sua volta, estava, em um tipo de entrada que levava a um jardim digno de um rei, detalhe que ele reparou, mesmo com a neve atrapalhando a sua visão. O jardim, tinha fontes, arcos, bancos de pedra, com desenhos entalhados, grandes árvores, tudo no melhor estilo renascentista.
¾ venha comigo! – disse o elfo. E Arthur seguiu ele por entre o jardim, já sonhando em entrar pela entrada principal, de grandes escadas, que via ao longe.
¾ Por aqui! – disse o elfo, fazendo um caminho e desviando da porta principal. – vamos entrar pelos fundos, só autorizados entram pela frente.
¾ Sim, sim, claro! – disse Arthur “Mas pense bem, você já vai dormir nesse castelo, não posso imaginar que tenha um quarto simples”.
O elfo o guiou por uma escada lateral e adentrou no palácio, ficou deslumbrado com os desenhos nas paredes de mármores, as tapeçarias, armaduras, e estátuas, sem falar nos detalhes em ouro no teto.
“Quem mora aqui é realmente muito rico mesmo!” pensou ele.
O elfo o guiou por um longo caminho, passando por corredores e salas, todas enfeitadas igual ou melhor que a primeira. Pararam em frente a uma porta.
¾ Irá dormir aqui, esta noite, antes do amanhecer, te levaremos café, e deverá estar saindo do castelo por volta das 6h.
¾ Está bem! – disse Arthur achando muito cedo, mas sem querer reclamar, Agradeceu ao elfo, se despediu e entrou no quarto.
Estava tão concentrado no quarto luxuoso que não ouviu a conversa dos elfos lá fora.
¾ O que você fez Peti? Está louco? Se o amo fica sabendo, te...te...
¾ Ele não vai ficar sabendo, ele partirá antes do amanhecer, eu concertarei o carru dele, e ai tudo fica bem... afinal, o amo está doente!
¾ Não conte com isso, ele está melhorando, pode nos surpreender muito bem disposto amanhã! Você ainda vai pagar caro por suas caridades.
¾ Não tenho palavras para rebater! Apenas, apelos...
¾ Conte com meu apoio, amigo!
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