Na Sala de Poções

Ele caminhava pesadamente pelos corredores sem saber exatamente para onde ia. Estava bufando de raiva, o que era aquilo? Um par com Hermione Granger? Só podia ser piada. Entrou pela primeira porta que encontrou no caminho se deparando com uma sala vazia, ele bateu a porta ao passar, mas não demorou nem cinco segundos a mesma foi escancarada por Snape que a fechou em seguida.

- O que pensa que fez? – Questionou com rispidez.

- Que tipo de piada é essa? – Draco berrou alto e Snape avançou contra ele pedindo silêncio:

- Fale baixo!

- Pensei que tivesse que mata-la! Quem inventou essa palhaçada? – Disse ainda em tom alto encarando o professor.

- Terá essa chance! – Snape falou em resposta entre os dentes. Mas antes que pudesse continuar a fechadura da porta se mexeu.

A diretora Macgonagall estava acompanhada de Lupin e Flitwick. Ao olhar os dois ali parados, ela não conseguiu falar então Lupin tomou a frente.

- Tudo bem por aqui, Severo?

- Sim Remo, o garoto apenas se sentiu digamos... surpreso com seu par. Mas já estávamos voltando para o Salão não é Sr. Malfoy?

Mas Draco não queria a companhia dele, estava furioso por não entender mais nada do que fora proposto na reunião que tiveram, exigia explicações.

- É isso – Forçou um sorriso para os que estavam na porta e voltando a mirar Snape, sussurrou. – Nossa conversa não termina aqui. – Disse, e rapidamente saiu da sala.

Houve uma troca de olhares entre os professores e embora ainda estivesse com a mão no peito, Macgonagall parecia ter recuperado o folego.

- Eu espero que ele não arrume um pretexto para não ter a Srta. Granger como par nesse Torneio, Severo, você sabe que as regras não podem ser violadas.

- Sim, Minerva, é claro. – Falou secamente Snape. Ele mantinha a calma, mas sabia que Draco estava por um triz com a situação, teria que fazer alguma coisa. Não contaria sobre a conversa que tivera a sós com Voldemort. Não agora.

O jantar no Salão Principal não pareceu muito amistoso, pelo menos na mesa da Grifinória. Hermione não conseguia comer nada, mesmo Harry e Rony insistindo. Ela não sabia se estava feliz por participar de um grande Torneio ou apreensiva por participar com nada mais nada menos que Draco Malfoy. Os alunos da Sonserina estavam às gargalhadas e aplaudiram a saída de Draco, que deixou Grifinória na mão.

Lufa Lufa e Corvinal pareciam contentes, embora muitos ainda não concordassem com a ideia de terem de ganhar um Torneio a dois. “Pelo menos eles não se odeiam”, pensou Hermione a caminho da comunal depois que o banquete foi encerrado.

 

***
 

- Hagrid você sabia?

- Do que?

- Do Torneio de Hogwarts.

- Ah, é claro que eu sabia, moro no terreno dessa escola, não moro? Sei de tudo que acontece por aqui!

Hagrid servia três xícaras de chá para Harry, Rony e Hermione naquele fim de tarde de quarta-feira na cabana. Uma brisa gelada soprava enquanto o sol se escondia no horizonte.

- Se sabia você poderia ter nos dado uma pista. – Falou Rony novamente.

- Ora, e eu não dei? Disse que teriam uma surpresa esse ano, pois bem, não estão surpresos?

- Até demais. - Quando Rony respondeu, os três olharam para Hermione que não tinha nem se quer tocado nas torradas. Ela demorou um pouco para falar, mas quando finalmente abriu a boca, os espantou.

- Vou falar com Malfoy.

- Você o que? – Pigarreou Rony.

- Vou procura-lo e dizer... Dizer que precisamos conversar.

Por um instante Hagrid pareceu surpreso, mas concordou com ela.

- Está certa Hermione. Talvez essa seja a tarefa mais difícil para você. Mas esse é o objetivo do Torneio, unir as casas. Dumbledore ficaria orgulhoso em ver que seus alunos, principalmente Sonserina e Grifinória estão se dando bem.

- Fale por ele então, vai colocar isso na cabeça do Malfoy.

- Rony tem razão Hagrid, Malfoy não é fácil. Será que tem algum jeito de ajudarmos Hermione? – Disse Harry.

- Não! - Ela exclamou alto e percebendo que tinha se alterado falou com mais calma. – Eu agradeço a ajuda de vocês e por se preocuparem, mas a tarefa é minha.

- Mas ele não... - Harry começou a falar de novo, mas ela se levantou.

- Desculpem, mas estou decidida! Vou procurar Malfoy!

Dito isso Hermione saiu da cabana, deixando Harry, Rony e Hagrid boquiabertos.

Ela cruzou a trilha de volta para o castelo e sem saber direito como encontraria Draco, Hermione desceu a escadaria entrando em um corredor escuro, decidiu seguir para a Sala de Poções, lugar onde já tivera aula e do qual sabia que poderia dar a algum outro que a possibilitasse encontrar Malfoy.

Não queria admitir, mas parecia que o sangue em suas veias havia congelado, ela sentiu as mãos frias.

- O que faz aqui Granger? – Falou uma voz seca. O coração dela saltou e imediatamente se virou. Apenas a dois metros de distancia Draco encontrava-se parado a sua frente.

Hermione tentou absurdamente não demonstrar o seu nervosismo e não ia fazer isso. Estava decidida, mesmo que fossem colocados juntos para participarem de um Torneio, sendo que nada permitisse o contato entre deles, ela não ia se deixar levar pelas implicações de Malfoy, afinal era apenas um jogo, do qual por acaso haviam sido escolhidos juntos para participarem e ele teria que aceitar isso, querendo ou não. 

- Estava procurando você. – As palavras soaram com firmeza e Draco pôde perceber que não havia conseguido surpreende-la como queria.

Malfoy aparentemente não tinha nenhuma expressão. Aproximou-se dela em apenas dois passos, ficando bem a sua frente, encarou aqueles olhos castanhos estampados em um rosto perfeitamente moldado com pura delicadeza. Nunca havia ficado tão perto dela assim a ponto de notar como havia mudado naqueles anos. Mas antes que pudesse contemplar por mais tempo sua beleza, a raiva acabou fazendo com que o sangue de suas veias se agitasse consequentemente mudando sua feição, ele não suportava o fato de aquela trouxa dirigir qualquer palavra a ele.

- E por que está me procurando? – Quis saber. Ele havia se aproximado tanto que por um momento Hermione achou que se transformaria em uma fera e a engoliria antes que ela pudesse dizer qualquer outra coisa.

Ela ficou encarando sua face pálida com linhas ríspidas que contornavam seus olhos incrivelmente claros que apesar de belos estavam carregados de ódio.

- Para conversarmos sobre o Torneio. Ou já se esqueceu de que estamos juntos nessa?

Ele pareceu não gostar do modo como ela tinha falado, naquele tom mandão, sempre querendo mostrar que tinha a razão sobre tudo.

- Eu não vou participar de nada com você, sujeitinha de sangue ruim! – A voz soou apenas, mas seus dentes rangiam.

Antes que Hermione pudesse falar, outra voz ecoou pelo corredor.

- Draco! – Chamou Snape. Ele havia aparecido no fim do corredor, caminhava em direção aos dois. Imediatamente Malfoy se afastou.  - O que faz aqui Srta. Granger?

- N-nada... Eu já estava de saída... – Disse Hermione, mas quando ela passou pelo professor ele a segurou pelo braço.

- Por que não fica mais um pouco? Draco eu teríamos uma conversa agora mesmo, mas nada que a Srta. não possa saber – Disse encarando a garota. - Eu suponho que estavam conversando sobre o Torneio, não? – Ele voltou sua atenção totalmente para Draco, soltando o braço de Hermione.

- Pelo menos tentávamos... – Disse a garota secamente, ela segurou o braço formigando.

- Eu pedi que falasse Srta? – Interrompeu friamente, Snape. - Não quero gracinhas Srta. Granger. Você e o Sr. Malfoy terão que pelo menos disfarçar que se toleram esse ano.

- Eu o procurei justamente para... – Hermione tentou novamente agora com mais firmeza na voz, mas Snape foi mais rápido.

- A Srta. é surda? Não lhe dei permissão para falar! – Trovejou, e em seguida o professor se virou para Draco. - Sr. Malfoy, estou certo de que o Senhor não se queixaria disso, não é mesmo?

Como sempre, Snape colocava Sonserina, especialmente Malfoy, na frente dos demais, os livrando de qualquer empecilho, jogando a culpa nos outros.

- É claro... Claro que não. – Distorceu Malfoy. Ele estava confuso e mesmo que Snape sabia o que ele pensava a respeito, não podia demonstrar inquietude para o professor na frente de Hermione. Queria se glorificar com um sorriso para ela, mas dessa vez era diferente, seus planos iam além de uma careta.

- Muito bem, eu espero que não tenhamos problemas por parte da Srta... Srta. Granger. Estamos entendidos? – Ele demorou ao dizer a última frase, olhando a garota de cima para baixo analisando a irritante pessoa que ela era e mesmo já a conhecendo muito bem não cansava de deixar isso cada vez mais claro, quando sua reprovação não precisava ser dita, bastando apenas lançar lhe um olhar de repulsa.

Hermione fez que sim com a cabeça, mas ele não ficou satisfeito.

- Agora estou convidando-a para falar, ou será que não entendeu?

- Entendi Senhor, desculpe.

- Ótimo. Se estamos todos entendidos acho que é hora de vocês procurarem informações sobre a primeira tarefa. Os outros alunos já começaram. – Dito isso Snape fez menção para os dois lhe acompanhar para a masmorra, mas antes que pudesse desaparecer no corredor foram interrompidos.

- Professor... – Rosnou uma voz. A diretora Mcgonagall apareceu atrás deles. – Srta. Granger, o que faz aqui? Estava procurando por você Severo.

- Ah sim, Minerva como não. Ia exatamente leva-los a minha sala. – Disse Snape secamente colando as mãos para frente.

Draco, ao seu lado, parecia impaciente, suspirou fundo. Hermione tentou observa-lo através de Snape e o viu se distraído com o teto.

- Ainda não acho uma boa ideia buscarem informações sobre a primeira tarefa na sua sala, Severo... E o que me diz da biblioteca? Creio que lá poderão se apoderar de mais conteúdo. – Disse tentado convencê-lo, mas ele já parecia decidido.

- Tenho um estoque de livros guardados na minha sala e tenho certeza que a Srta. Granger terá prazer em folheá-los, Minerva – Disse lançando um olhar frio à Hermione – E bem, a biblioteca é um lugar público, acho que não teriam muito sucesso por lá. – Voltando a olhar a diretora, Snape deu um leve sorriso amargo. 

Minerva Macgonagall deu uma última analisada na feição do professor, passando o olhar para Draco e Hermione e por fim dizendo.

- Se é assim... Eu desejo boa sorte a vocês. – Disse e saiu fazendo o barulho dos sapatos ecoarem pelo corredor.

- O que estão esperando? – Disse Snape dando as costas.

Hermione e Draco os acompanharam sem entender. Ela não fazia ideia do porque o professor os levaria para a sala de poções. A única coisa que lhe veio à mente foi logicamente achar que Snape estava favorecendo Draco, o deixando longe dos colegas para evitar brincadeiras por tê-la como companhia.  Draco pensava justamente o oposto, não estava ligando a mínima para o Torneio, nem entendia o porquê do evento e se perguntava por que Snape estava tão misterioso.

À medida que se internavam cada vez mais fundo nos corredores, o ar gélido incomodava Hermione, que não estava acostumada com o ambiente. Ela olhou para o lado novamente e viu Draco ainda mais pálido no meio daquela escuridão. Sua roupa preta ajudava a destacar o tom de sua pele.

Snape parou na porta da Sala de Poções e ao abrir pôde ser notado que ali não era a principio um lugar muito agradável. Tinha vidros com líquidos das mais diversas cores, pedaços de pele que mais lembravam cabeças mortas boiavam sobre eles bem como tipos de plantas muito esquisitas.

- Não pensem que os trouxe para cá de propósito – Disse Snape encarando Draco de modo a fazer com que o garoto tirasse “ideias futuras” da cabeça. – Se estão nesta sala é justamente porque creio que a pista da primeira tarefa possa ser encontrada aqui. Ali estão duas prateleiras de livros – Apontou para o fundo da sala, onde duas prateleiras altas habitavam livros muito bem organizados. – Vão procurar informações sobre Ludovico Ariosto – Ele deu uma última olhada para Draco e Hermione. – Ah! E Sr Malfoy... Quando terminarem, acompanhe a Srta até a sala comunal de sua casa... Por favor. – A voz fria soou e ele bateu a porta antes que Draco pudesse se defender.

Hermione ainda segurava o braço, mas agora era por outro motivo; o ar gelado da sala a incomodava e a presença de Draco, tenso, mais ainda.

Ele passou as mãos pelos cabelos e começou a andar pesadamente pela sala, desprezando a presença de Hermione ali. A viu caminhar tranquilamente para o fundo da sala em direção a estante, analisar por alguns minutos alguns títulos depois pegar três livros e se sentar em uma poltrona cruzando as pernas.

- Eu também não queria estar aqui, acredite. – Disse sem olhar para ele, abrindo um livro.

- Então por que não sai? Faria um grande favor a nós dois. – Malfoy falou com frieza também sem olhar.

- Até sairia, mas com certeza Snape me pegaria... Agora você... Pode ser que ele nem se importe. – Ela ergueu os olhos. – Você é o favorito dele. – Disse séria.

- Mais respeito, Granger – Respondeu Malfoy em voz calma. – Ou será que ainda não percebeu que está fora do seu território? – Disse encontrando o olhar dela.

- Eu não pedi pra vir aqui, Malfoy – Ela deu de ombros e voltou a atenção no livro. – A propósito, você deveria pegar um livro também, quanto antes acharmos sobre esse Ludovico Ariosto melhor, não acha?

- Não me diga o que fazer – Ele disse caminhando até uma estante carregada de garrafas de poções, procurou uma de bebida entre elas, encheu um copo e tomou um gole.  – Além do mais já não deve ser tão cedo. Daqui meia hora te acompanho até a sala comunal e digo a Snape que não encontramos nada.

Hermione levantou os olhos do livro novamente.

- Se não sabe temos que fazer isso juntos! Se não fizermos hoje provavelmente amanhã estaremos aqui outra vez! – Ela falou um tanto exaltada.

Draco saiu de trás da estante e lentamente começou a caminhar na direção dela, segurando o copo entre os dedos, a outra mão no bolso da calça.

- Amanhã o processo se repete Granger – Disse sorrindo maldosamente, encarando o rosto nervoso dela. – E assim o restante das semanas e dos meses, até eles definidamente enxergarem que nós dois não cabemos no mesmo espaço.

- Você é completamente infantil, Malfoy. Se realmente não se importasse colaboraria para que isso acabasse logo, não precisava nem ao menos falar comigo, apenas fazer a sua parte. – Hermione falou seguramente cada sílaba.

Por um momento Draco ficou analisando a figura dela a sua frente sem responder. Estava naquela posição rígida, de pernas cruzadas, com os livros sobre o colo. Uma peça rara do cenário beleza e impertinência metida naquele uniforme escolar. Como conseguia reunir essas duas características de modo a parecer tão irritante?

- Pensei que já tivesse começado a sua – Falou sem se importar com o insulto. - Estranhei que não soubesse quem era esse tal Ludovico – Draco deu mais um gole da sua bebida e caminhou até a mesa de Snape que estava arrumada de modo que um tinteiro, uma pena e algumas anotações sobre aulas estavam em cima dela, juntamente com um livro não muito grande, mais parecido com um diário de capa arroxeada chamou sua atenção, “Escritores poetas do século XV e XVI e suas descrições mágicas” – Aqui – Disse quando leu o título e logo o seu interesse desapareceu. – Tem mais um para a sua coleção. – Se dirigiu a Hermione e jogou o livro no colo dela, voltando a andar pela sala.

Hermione segurou o livro nervosa.

- Por que você não começa por ele? Já tenho muitos aqui. – Disse e no mesmo instante ela se levantou e jogou o livro de volta na mesa de Snape, voltando para a estante no fundo da sala.

Draco pareceu gostar de vê-la irritada. Se continuasse assim, não duraria mais tempo e logo ela se retiraria dali.

Mas ao contrário do que ele esperava o silêncio pairou pelo ambiente por um bom momento. Hermione continuava na mesma posição dedicadíssima, sem se importar com mais nenhuma palavra dele. Draco já tinha tomado quase toda a garrafa daquela bebida com gosto de uísque e já estava ficando perturbado com o mutismo.

- Francamente, Granger... – Começou outra vez se jogando em uma poltrona apoiando o tornozelo no joelho. – Você não cansa nunca? Isso é ridículo.

Mas Hermione não respondeu, já havia ganhado Malfoy pelo silêncio. Mas ele pareceu perturbado, não gostava nem um pouco que ela o deixava falando sozinho, então viu que era a hora de alfinetá-la.

- Sabe, eu não ficaria surpreso se daqui alguns dias na primeira página do Profeta Diário a manchete fosse a seguinte: Torneio de Hogwarts é cancelado! Saiba o motivo na página 4. – Riu-se tomando outro gole do seu “uísque”.

Ele olhou para Hermione, que apenas suspirou e balançou a cabeça negativamente. Continuava no seu mais puro “exemplo a ser seguido”.

- Desista sabe tudo! Você é patética. – Falou por vez.

Hermione suspirou mais alto e não se conteve, levantou-se e encarou Malfoy, seus olhos acinzentados e frios também a fitavam.

- Eu decididamente não queria fazer isso, mas vou ser obrigada. – Dito isso ela se virou para a porta e saiu batendo ao passar.

Rapidamente Draco deixou o copo em cima da mesa e saiu atrás dela. No corredor escuro ele conseguiu interromper os passos dela segurando seu braço.

- Onde pensa que vai? – Disse com ferocidade, a virando para si.

- Me solta! – Exigiu a garota. A outra mão de Draco a segurou e ela pode sentir os dedos compridos e frios dele contornando com facilidade seus braços. Encarou seu rosto pálido na escuridão. – Ou eu digo assim mesmo que você está tentando me machucar!

- Por que eu não estou cooperando? Esqueça, Snape não vai cair na sua! – Ele disse rispidamente atentando o olhar desafiador dela que o deixou excitado de mais fúria. Como ela ousava?

Hermione não disse nada, achou melhor não discutir, tinha achado seu segundo ponto fraco, ele se irritara. Porém não era fácil se soltar com facilidade das mãos dele, então ela teve uma atitude um tanto constrangedora.

- Desculpa, eu decididamente também não queria fazer isso. – Disse, e com o joelho chutou a toda força no meio das pernas dele.

Imediatamente Draco a soltou e se contorceu para o lado. Hermione saiu sem conter os risos.

- Você vai me pagar Granger, guarde as minhas palavras!

Mas a garota já tinha sumido no corredor escuro. 

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