Declarações
Liy, sem conter a curiosidade pegou o caderno, e sentou se na cama que tinha do quartinho. Começou a ler.
Eu só estou escrevendo nesse caderno, por que eu não tenho nada pra fazer. NUNCA CONSIDEREM ISSO COMO UM DIÁRIO, por que não é.
Sirius, Remo e Pedro estão me enchendo o saco por falar que eu estou apaixonado pela Lily (eu não consigo a chamar pelo sobrenome), bom... E se eu disser que estou mesmo?
(Lily arregalou os olhos)
É sério, ela foi a primeira menina a quem recusou meu convite pra sair, e o Almofadinhas diz que quando isso aconteceu foi pra ficar guardado na história. No começo de tudo, eu a quis pra mostrar que Tiago Potter nunca desiste, mas ao longo desses anos.. Eu acho que esse sentimento sumiu. Eu realmente a quero por ama-la o jeito que ela é. Durona, que me xinga de arrogante, idiota, exibido etc... Eu não sei como isso aconteceu, mas ela me ignora por causa do meu jeito de ser, e as vezes tenho que falar que eu não pedi isso. Qual culpa eu tenho se Deus quis me fazer, bonito, gostosão e charmoso? Gosto de quando ela fica com ciúmes de mim: "eu, com ciúmes de você?" e depois ria e subia com a Mary e a Lene. Eu já cogitei a ideia de convidar a amiga delas pra sair. Eu convidei a Mary, que é muito bonita, mas ela não é aquele tipo de amiga que fura o olho da outra.
(Lily sorriu, Mary sempre foi uma boa amiga e confiável.)
Então depois desse não eu achei melhor que nem a Dorcas, a Lene e a Alice que aliás deve tá tendo um caso com o Frank, iriam querer sair comigo. As vezes a vontade é de subir na mesa da Grifinória e gritar pra todo mundo ouvir: Lilian Evans, futuramente Potter, eu te amo de verdade.Eu não quero você para me exibir por Hogwarts toda. Eu quero você por que você é única e perfeita com esses olhos verdes mais lindos que eu já vi no mundo... Minha mãe me chamou.
Tiago Potter, 31 de julho de 1975.
A partir daquela linha, Tiago parará de escrever. E aquela momento Lily tinha o oceano Atlântico em seus olhos. Foi idiota, por recusar Tiago, sem ao menos lhe dá a chance de falar alguma coisa. O estilo de ser dele, diria tudo mas como diz um velho ditado: Não se julga o livro pela capa. Mas Lily fez o contrário do ditado. Colocou o caderno na cama, e pegou o travesseiro e o cheirou. Tinha o perfume suave e gostoso dele. Deixou o travesseiro na cama, e fechou a porta do quartinho, e desceu para o quintal novamente. Desceu as escadas e enterrou o pé na neve e começou a andar com dificuldade.
- Lily, o que você tava fazendo lá em cima? - perguntou Mary com uma pergunta mentirosa e ao mesmo tempo jogou neve na amiga.
- Na...da. - gaguejou Lily
Logo viu Remo, Dorcas, Sirius, Lene, Frank, Alice e Tiago atrás de Mary. Todos deram um sorriso maroto, exceto Tiago que não sabia do plano.
- Ei, vocês! - gritou Lily
- Fala? - perguntou Dorcas
- Eu vou ali, e vocês que não me sigam.
- Com a estrada coberta de neve? Quero só ver. - disse Sirius fazendo o esperto.
Sem mais nem menos, Lily desapareceu ao olhos de todo mundo.
- Ela sabe aparatar, Almofadinhas. - disse Tiago com expressão indignada.
Por um momento ouviram uma irônia de Alice, algo como "Jura?"
- Acho que o fato de ser cabeçudo, não aumenta inteligência. - disse Lene dando as costas a todos e chutando a neve.
- Falou a chaveirinho.
- Black, eu preciso falar seriamente com você, agora! - gritou Lene
- Hum... e que tal na floresta aqui atrás da casa? - perguntou Sirius pervetido
- Pare de ser mente poluída e vem! - gritou ela e por fim Lene puxou Sirius pelo braço, o levando até a floresta. Sem saber o que fazer, Alice montou de cavalinho em Frank beijando o pescoço dele e os dois sairam andando.
- Eu vou entrar. - disse Mary - Você vem Tiago?
- Ah, não aqui ta le.. - Tiago parou de falar ao ver o olhar de ameaçador de Mary "Vem logo seu jumento". Então notou o recado que era pra deixar Remo e Dorcas a só. - Pensando melhor, é melhor ir mesmo!
E Mary e Tiago desapareceram de vista.
- Conversa de casais, hein! - falou Mary ansiosa
- Se bem que podiamos ter a no....
- Nem pensa nisso, seu pevertido. - e dito isso Mary subiu as escadas em direção ao quarto que dormia. - Ah, e não se esqueça de avisar a Lily quando ela chegar, que não é pra procurar ninguém por que estão na conversa de casais e avisa que eu to aqui em cima!
Tiago assentiu e saiu em direção a cozinha, com uma ideia na cabeça.
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Após sentir a terra firme no chão, Lily tornou a andar e parou em frente a uma loja de medalhões. Examinou cada medalhão e por fim pegou um bonito (do mesmo formato do medalhão de Salazar Slyterinh), era revestido em ouro. Sorriu e seguiu em direção ao balcão.
- Posso ajudar-lhe senhorita? - disse um velho senhor
- Eu me interessei, nesse medalhão. - e mostrou o medalhão ao atendente - E queria saber se não podia anexar uma foto no medalhão.
- Ah, mas claro que podemos. A foto por favor? - perguntou o senhor
Lily tirou uma foto do bolso de sua calça. Nessa foto havia ela e Tiago, no quinto ano, os dois estavam sentados. Na cadeira baixinha estava sentado Tiago, e na cadeira um pouco mais alta que a de Tiago, Lily estava sentada. Esboçavam um belo sorriso. Apenas tiraram essa foto, por conta de serem os melhores alunos em Transfiguração 3 anos seguidos. Entregou finalmente a foto ao homem. O homem apanhou sua varinha, e abriu o medalhão. Colocou a foto dentro do medalhão perfeitamente, com o rosto de Lily e Tiago aparecendo ao centro. Depois fechou o medalhão.
- Só isso? - perguntou o homem
- Pode gravar por favor, atrás do medalhão os nomes: Tiago e Lily? - perguntou Lily
- Claro que sim.
O homem pegou sua varinha denovo, e com finas e pequenas letras escreveu Tiago e Lily atrás. A sorte é que para ver o que estava escrito tinha que se direcionar a um certo ângulo.
- Obrigado. Quanto deu? - perguntou Lily colocando o medalhão no pescoço
- 2 galeões.
Lily entregou o dinheiro, e como despedida acenou com a cabeça e aparatou para a Casa dos Potter.
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Sirius e Lene adentraram a floresta, e Lene o parou.
- Fala aí, chaveirinho. - disse Sirius
- Por que você me chama de chaveirinho? - perguntou Lene
- Por que você me chama de cabeçudo?
- Não me responda com outra pergunta.
- Você é pequena sabe... - disse Sirius
- Isso não explica o fato de me chamar disso.
- E acontece que as cartas da Alice estavam certas. Eu estou mesmo apaixonado. E eu te chamo de chaveirinho por que você tem a chave do meu coração. - disse Sirius
Foi uma declaração emocionante. Pelo menos para os sentimentos de Lene: Oh, cuecas de Merlin. O cabeçudo se declarando pra mim? Caralho velho, esse cara sabe escolher as palavras. Onde será que ele viu isso hein?... - Mas Lene não conseguiu terminar, por que seu coração foi mais rápido que seu cerébro. Naquele estava beijando Sirius, e a novidade que aquele beijo teve a vontade dela, não como nos outros. Sirius apertava o corpo de Lene para si, e ela o correspondia com muita intensidade. Descoraram se os lábios, mas continuava com as testas coladas.
- Eu te amo. - disse Sirius
Lene quase gritou, Sirius Cabeçudo Black estava falando que amava após um beijo, que veio depois de uma declaração. Deixou lágrimas escorrerem pelo rosto, mas teve forças pra continuar.
- Eu também te amo. - ela falou e Sirius a beijou novamente.
Foi com tanta ferocidade que Sirius bateu a cabeça numa árvore, mas não descolaram os lábios. Sirius sentou se no chão com a parte de trás de seu corpo apoiado pela árvore, e Lene estava com as pernas do lado esquerdo e direiro do corpo de Sirius. Com isso, continuaram a se beijar.
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Dorcas e Remo se olharam constrangidos, após a enrolação de Tiago e Mary. Remo tomou a iniciativa de começar a falar.
- Bom.. er.. Dorcas. Aproveitando que todo mundo saiu eu queria falar com você.
- Pode falar Remo.
- Eu posso te contar uma história? - perguntou Remo
- Claro. - disse Dorcas
- Imagine, você começa a namorar um homem e fica muito feliz com ele. E se você descobrisse que ele é um lobisomem, o que faria? - perguntou Remo apreensivo.
- Não ligaria. Aliás o que importa é o que ele sente, não tem culpa de ser um lobisomem. Se eu realmente amasse esse homem eu não ligaria ao fato disso, se eu amasse ele de verdade. Não deixaria esse minimo detalhe atrapalhar minha vida. O amor é o que importa.
As entranhas de Remo dançaram uma valsa. Dorcas não valorizava o detalhe do cara ser um lobisomem.
- Você me ama? - perguntou Remo
- Ér... er, pra sincera? - ela gaguejou
- Sim. - respondeu Remo
No mesmo tom de decidido, Remo, em sua mente admirava sua coragem por ter esquecido a timidez ao perguntar aquilo a amada.
- Sim, eu amo. E muito. - ela respondeu
- Eu também te amo.
- Eu bem que desconfiava da sua tranformação.
- Como?
- Você desaparece uma vez por mês, em plena lua cheia. Some na noite em que isso acontece e volta no dia seguinte com uma horrível aparência.
Remo sorriu pra Dorcas e ela também sorriu pra ele, um sorriso sincero.
E Remo finalmente fez, o que queria a anos. Passou a mão no rosto dela, aproximando o rosto da mesma para o seu, então pegou a pela cintura e a beijou. Esqueceu-se de tudo, que eles estavam no quintal da Mansão dos Potter e que qualquer pessoa podia ver. Mas aquele beijo só os fizeram lembrar de uma coisa: Haviam só ele e ela, e os dois se amavam.
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