Talvez



Cap. Seis. – Talvez...

Você sabia que cerca de cinco entre 10 casais que tiveram um relacionamento no passado voltam a ficar juntos depois de anos? Bem... Eu não sabia... E você não imagina o quanto era difícil para eu continuar na parcela dos cinco solitários

A porta se abriu. Um pigarro mais à frente... Ok, dois pigarros...

“Fred? Jorge?” – Pergunta a ruiva descrente enquanto afastava Draco e reparava na cara de desapontamento do loiro.

“Atrapalho alguma coisa, maninha?” – Pergunta Jorge seguido de Fred que entrava no escritório sem cerimônias.

“Não!” – Disse entre um breve sorriso amarelo – “Na verdade Draco e eu estávamos apenas conversando!” – Amaldiçoou-se por ser tão ruim com desculpas...

“Conversando muito de perto imagino...” – Provocou Fred enquanto olhava para o loiro perigosamente –“Eu poderia jurar que ele conseguia contar quantas sardas você tem em sua bochecha...”

Gina corou. Draco a olhou maliciosamente.

“Mas... O que estão fazendo aqui? Tudo isso são saudades minhas?” – Indagou a ruiva enquanto tentava descontrair o local.

“Na verdade, maninha” – Jorge Weasley havia tomado partido – “Viemos conversar com ele!” –E apontou Draco com a cabeça.

A grifinória engoliu em seco. Draco continuou inabalável... Será que ele não tinha noção do perigo?

“Eu não penso que seria uma boa idéia deixá-los sozinhos...” Começou temerosa, Fred iria intervir, mas Draco foi mais rápido.

“Acredite, querida, já está mais do que na hora de eu conhecer meus adoráveis cunhados mais a fundo!” O sonserino parecia impassível, mas ele sabia o quanto a idéia de voltar para a casa todo remendado como da ultima vez não parecia tentadora.

Fred lançou um olhar assassino, Jorge deu um meio sorriso, Draco olhou para a ruiva tentando passar confiança, e tudo o que ela pode fazer foi ceder.

“Eu vou estar aqui na sala ao lado!” – Disse ela medindo as palavras. – “Qualquer coisa é só me chamar!” – E saiu fechando a porta num estrondo...

“Eu acho melhor falar logo o que querem, Weasley!” – Começou Draco – “Vocês realmente me atrapalharam!” – Completou com um leve sorriso maroto nos lábios.

“Na verdade nós o impedimos de praticamente engolir a nossa irmã em pleno escritório...”

“Eu tenho certeza que não a escutei reclamar em momento algum...” – Provocou sarcástico.

“Ora seu...” – Fred fez menção de pular no pescoço do loiro, mas Jorge o segurou murmurando alguma coisa como “Não esqueça do planejado” para ele.

“Na verdade, Malfoy, nós viemos até aqui para lhe dar uma chance de não sair machucado toda vez que encontrar um Weasley pelo caminho...”

Draco revirou os olhos. A simples lembrança da briga ainda estava muito vivida em sua mente.

Fred concordou com a cabeça;

“Ok! O que eu deveria fazer para salvar a minha pele?”

Jorge deu um sorriso matreiro.

“Todos nós sabemos Malfoy” – Ele se aproximava junto de Fred – “Que você tem grandes e famosos contatos...”

O loiro sabia que não gostaria nada do rumo daquela conversa...

“Exatamente por isso...” – Continuou Fred –“... Estamos aptos a lhe aceitar como sócio da nossa loja caso você se interesse em faze-la crescer... Mas é lógico que você irá se interessar... Afinal é a sua pele de doninha Albina que está em jogo!”

“E o que aconteceria caso eu não aceitasse?” – Pergunta o loiro irônico.

“Você quer se arriscar? Acredite... É melhor não cogitar essa hipótese...”

“Além do mais... O serviço é simples... Terá apenas de nos arranjar um patrocinador e supervisiona-lo de perto...”

O loiro pareceu ponderar por um momento...

“E quanto eu ganho nisso?” – Perguntou.

“10 dos lucros...” – Comentou Jorge distraído.

“Quero 20!” – Falou Malfoy com um sorriso malicioso.

Os gêmeos se entreolharam.

“Ok... 20!” – Falou Fred enquanto estendia a mão, limpando-a logo em seguida, como se o sonserino tivesse alguma espécie de doença...

“20!” – Respondeu o outro.

Silêncio. Jorge se dirigia para a porta, mas Fred Weasley se detém.

“Não faça me irmã sofrer, Doninha... Ou então você irá se arrepender do dia em que sua mãe lhe fez nascer...” – Falou num aviso e se virou novamente, saindo da sala.

Nem se quisesse a faria sofrer... Estava em seu sangue, Gina inconscientemente vinha tomando mais espaço do que desejava em seus pensamentos... Penetrando na sua pele por meio de cheiros, gostos, e atitudes que ele não podia lutar contra... Ela estava se tornando um vício... O seu vício...

Outra noite mal dormida.

Estava começando a pegar raiva de Malfoy por ele estar a habitar seus pensamentos dessa forma. Era realmente um desgraçado já que além de prejudicá-la em vida também queria a prejudicar em sonhos.

Um muxoxo cansado. Sem pensar duas vezes levanta-se da cama alcançando a porta e a abrindo com um ruído. Fez uma cara de desagrado, se ele acordasse com o barulho com certeza saberia o motivo da sua insônia... Ele sempre sabia...

Estava pronta para pegar o caminho da sala quando se deparou com a porta do quarto do Sonserino entre aberta... Ela deveria ter passado sem delongas, ou quem sabe voltado para o seu quarto e tentado dormir... Mas não... Aquela maldita curiosidade estava a matando.

Pôs a cabeça para o lado de dentro. Não havia ninguém no quarto. Apenas uma grande caixa em cima da cama. Uma nítida vozinha lhe dizia que era muito feio mexer nas coisas dos outros... Mas... Ele não estava ali, estava?

Abriu ainda mais a porta pegando a caixa. Eram lembranças... Algumas lembranças valiosas... Fotos de sua mãe, recordações de Hogwarts, seu distintivo de monitor... Coisas de que ele tinha orgulho...

Estava prestes a recolocar a caixa no local certo e sair do quarto quando sentiu seu coração parar... Entre as coisas algo mais se sobressaía, era uma pulseira... Delicada, de ouro branco, com pingentes de estrela.

E ela se lembrava muito bem...

Flashback.

“Então já sabe que é inevitável não é? Quero dizer... Sabe que não podemos mais nos ver...” Malfoy havia se aproximado dela e acariciava o rosto da ruiva de uma forma carinhosa, de uma forma que ele nunca havia feito.

“Não que isso irá fazer alguma diferença na minha vida, Draco!” – Ela tentava parecer confiante, mas seu consciente lhe dizia que confiança era a última coisa que poderia sentir agora.

“É..”. – ele sorriu – “Não que isto faça alguma diferença nas nossas vidas!”

Ela retribuiu o sorriso. Então erguendo o pulso retira uma brilhante pulseira de estrelas em ouro branco.

“Tome!” – Falou num fio de voz enquanto colocava a pulseira na palma da mão dele e a fechava firmemente – “É para você... Não que isso importe alguma coisa! Mas era a minha favorita..”. – Ela falava para si mesma como se tentasse explicar o porque de tudo aquilo – “E bem... Eu acho que talvez você quisesse se lembrar de mim... Um pouco ou quem sabe por segundos...” Desviou o olhar assim que percebeu que ele reparara que ela derramava uma lagrima.

Talvez ela fosse uma boa lembrança na vida dele também.

“Sua mãe nunca lhe ensinou, Weasley, que é feio mexer nas coisas dos outros?”

Virgínia tomou um susto, guardando a pulseira imediatamente. Draco estava parado na porta do seu banheiro apenas enrolado em uma toalha, com um sorriso muito irônico no rosto.

“Na verdade eu estava... Eu estava...” – Demorou o seu olhar ao perceber o corpo dele, as formas, o jeito... Tudo em Draco Malfoy parecia ser aprimorado... Tudo em Draco Malfoy parecia ser perfeito...

“Me esperando?” – Completou divertido ajudando-a com as palavras.

“Com certeza não!” – Negou categórica enquanto sentia o rubor invadir a sua face.

“Desculpe...” – Estava sarcástico – “Mas não era o que parecia!” –Completou enquanto caminhava para sentar ao lado dela na cama.

Gina sentiu o silêncio incômodo. Draco apenas enxugava os cabelos com outra toalha, totalmente alheio a ela. Olhou novamente para a pulseira dentro da caixa... Ela precisava perguntar, ela tinha que perguntar... Era uma necessidade quase sobre-humana saber o porquê dele ainda guardar a pulseirinha depois de tudo.

“Por quê?” – Ela perguntou num murmúrio.

O loiro se virou para ela sem entender.

“Porque você ainda guarda isto?” – Indagou um pouco mais forte, mas estava abalada e só ela sabia o quanto se mostrar fraca numa hora como essas poderia ser seu fim.

Malfoy não esperava por aquela pergunta...

“Não sei...” – Comentou vago – “...Talvez porque eu queira... Talvez porque eu preciso...”

Ela o fitou com seus enormes olhos castanhos... Precisa? Desde quando ele precisava de qualquer coisa que viesse de uma Weasley?

“Talvez...” – Ela começou incerta – “Talvez porque você se importa?” – Uma enorme esperança começando a crescer dentro do peito.

“Talvez por que eu esteja louco...”

Ela suspirou pesadamente. Ele não iria falar, ele nunca falaria, não é? Levantou-se determinada a sair do quarto e esquecer aquela conversa absurda.

“Talvez...” – Ele começou e ela se deteve a caminho da porta – “Talvez porque você ainda esteja impregnada em mim, talvez porque ainda esteja habitando meus sonhos, talvez porque você seja o meu vício mais maldito, Weasley... E eu tentei prendê-la guardando um pedaço seu...”

Gina se virou. Os olhos arregalados...

“Isso significa que você me ama?” – Perguntou enquanto prendia a respiração e sentia seu coração pular.

Um silêncio... E aquele silêncio a destruía...

“Não...” – Respondeu o Sonserino – “Isso significa que eu ainda preciso de você!”

Antes se ele não tivesse falado nada. Por que tudo havia de ser tão difícil? Mas... Ela não poderia simplesmente dar meia volta e voltar para seu quarto... Nenhuma alternativa parecia mais cruel do que esta... E tudo o que ela poderia fazer era atender os apelos dele.

“Talvez eu não me importe mais com as minhas próprias convicções, Malfoy...” – Respondeu debilmente enquanto o via se aproximar.

E então um encontro de lábios.

Um encontro de corpos. Quem sabe um encontro de vidas? Ele era para ela algo mais do que um vício Maldito... Ela era para ele um vício, por que Malfoys não se apaixonam... Não são capazes de amar... Apenas se viciam, por pouca ou longa data... Não é?

E nada pareceu tão certo quando Virgínia sentiu as mãos dele a livrando da camisola, e nada pareceu tão certo quando ele a deitou na cama, e nada pareceu tão certo quando sentiram seus corpos novamente sem roupa alguma, nada nunca foi e nem seria tão certo quanto aquele momento.

Tão ironicamente certo.

Flashback...

“Tome!” – Falou num fio de voz enquanto colocava a pulseira na palma da mão dele e a fechava firmemente – “É para você... Não que isso importe alguma coisa! Mas era a minha favorita...” – Ela falava para si mesma como se tentasse explicar o porquê de tudo aquilo – “E bem... Eu acho que talvez você quisesse se lembrar de mim... Um pouco... Ou quem sabe por segundos...” Desviou o olhar assim que percebeu que ele reparara que ela derramava uma lagrima.

Ele a olhava sem saber o que dizer. Ela chorava... Ela chorava por ele... E mesmo sabendo que o que tinham não era nada promissor, mesmo assim era um relacionamento... E as pessoas se entristecem quando relacionamentos acabam...

Ela tinha esse poder sobre ele... Ela conseguia faze-lo ver atrás da usual mascara de sentimentos que ele costumava colocar... Ela conseguia faze-lo desabafar seus problemas... Ela conseguia provoca-lo de uma maneira que mulher nenhuma jamais conseguiu, ela o tirava do sério, Ela ria dele, Ela o magoava. E ela conseguia o fazer rir... Simplesmente rir...

“Eu preciso voltar!” – Exclamou Virgínia depois de um tempo de silêncio constrangedor. – “Harry está me esperando! Ele acha que fui até a biblioteca...”

Draco apenas assentiu com a cabeça. A indiferença em suas feições. E isso a machucou...

“É realmente melhor que vá..”. – Completou sério. Evitando olhá-la, porque sabia que se a olhasse tudo estaria perdido...

A garota soltou um muxoxo cansado. Arrasado...

“Ok... Adeus Draco...”

Ele não se deu ao trabalho de responder. E naquele exato momento percebeu que uma Weasley poderia ser a solução e a ruína de tudo o que lhe foi ensinado para ser certo...

N/a: Novamente aqui... Eh gente... Eu axu q vcs naum vaum fikr livres de mim...Bem tah aih o cap. Seis...Espero q gostem (ok... tah difícil neh?) E comentem... POR FAVOR COMENTEM! Kkkkkkk... eu sei q demorei um pokinho... tava viajando... Fui pro Rio Grande do Sul... Pelotas a minha cidade! Ahhh... como eu amo o Rio Grandeee! Mas Curitiba tbm eh bom... E agora as respostas das rewies...

Mas primeiro...

EU QUERO MANDAR UM SUPER BEIJO PARA MINHA BETA FOFONILDAAAA! ELA BETOU ESSE CAP. SUPER RÁPIDO! TI ADORO LINDUXAAA!

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