Desculpas... Toca... Cabelo Ve

Desculpas... Toca... Cabelo Ve



Cap. Quatro. Desculpas, toca, cabelos vermelhos...

Você sabe quantas são as pessoas que conseguem resistir a grandes olhos verdes esmeralda lhe mirando com desejo? Vejamos... Uma em um milhão? E veja só... Eu pude até resistir a olhos verdes, mas logo descobriria que teria grandes problemas para resistir a olhos mais tentadores... Olhos cinzas.

Chegaram no dia seguinte juntos. Mais tarde se mudariam para a casa nova e a recente briga ainda estava em seus pensamentos.

Mais uma, quer dizer.

"Já tem o relatório que o ministro pediu?" Perguntou Gina depois de horas em um silêncio mórbido.

"Vou buscar!" Falou Malfoy enquanto se levantava da mesa e ia até a porta a abrindo e desaparecendo logo em seguida.

Virgínia deu um suspiro. Que grande cagada havia feito! Como sua vida podia ter mudado assim? Da noite para o dia? Casada com seu pior inimigo, o que mais lhe faltava acontecer?

Ok era uma pergunta retórica! Não precisava ter uma resposta eficiente.

Menos de cinco segundos depois a porta se abre novamente.

"Draco eu..." – Ela começou, mas parou assim que escutou a voz.

"Não me confunda com o Malfoy, Gina, eu sou muito melhor que ele..".

A ruiva se levantou instintivamente encarando Harry assustada.

"O que esta fazendo aqui?" Perguntou tentando parecer simpática e neutra, mas a imagem de Harry entrando naquele restaurante com duas belas garotas voltaram imediatamente para a sua mente.

Harry deu um sorriso, um sorriso irônico, e ela se assustou porque nunca havia visto o grifinório agir dessa maneira.

"Acho que nós temos que conversar não é?"

"Não... Não e Não!" – Ela o interrompeu ainda com sua falsa simpaticidade –" Não temos nada para falar Harry, vê" – mostra a mão com a aliança – "Estou casada."

Os lábios dele se abriram num sorriso malicioso. E Gina havia percebido que não iria gostar nada do que estava para vir a seguir.

"Não diga que o Malfoy é melhor do que eu Gina... Você não pode estar falando sério sobre esse casamento não é? Ele se aproximou ficando apenas alguns centímetros dos lábios dela."

Gina não respondeu. Por um momento o encarou nas íris esmeraldas, esperando sentir todo aquele fogo que costumava a sentir quando estava ali, com ele... Mas para a sua surpresa não sentiu nada, nada...

"Ele é melhor que você Harry... Muito melhor"! Respondeu fria e firmemente ainda o encarando.

"Não diga que não sente mais nada por mim Gina... Não diga que não me quer perto de você! Não me diga que não quer os meus lábios nos seus.

Ela examinou –o lentamente encarando os lábios dele. E então estava livre... Livre do tormento que Harry Potter havia sido em sua vida... Encarando aqueles lábios que ela tanto beijara sem expressão alguma, sem sentimento algum, exceto a raiva que tinha do maldito sair com duas garotas...

"Não mais!" Retrucou satisfeita.

"Atrapalho alguma coisa?" Draco havia acabado de entrar na sala, os olhos com um brilho estranho de curiosidade.

Gina virou o rosto abrindo um sorriso.

"Você nunca atrapalha meu amor..." - Enfatizou a ultima palavra enquanto caminhava até o Sonserino que já havia fechado a porta e entrava no escritório – "A propósito Harry veio nos dar os parabéns!" Disse encarando-o nos olhos suplicando para que entrasse no jogo.

Não foi preciso pedir duas vezes. Malfoy a abraçou pela cintura de forma segura e determinada fazendo a Grifinória se arrepiar com aquele simples toque.

"Devo me sentir honrado pela sua visita Potter?" – Ele havia virado Gina novamente para Harry e a puxado contra seu peito – "Afinal, não é todos os dias que se recebe a visita do famoso garoto cicatriz."

Era evidente a ironia na sua voz. Gina controlou o riso Harry pareceu enfurecer-se.

"Na verdade eu vim visitar a Gina, eu queria saber o que foi que você fez com ela para aceitar casar com você! Feitiço imperdoável?" Provocou sarcástico.

Draco continuava com sua calma inabalável.

"Na verdade agi de forma mais eficiente... E ela parece ter gostado, afinal está casada comigo porque quer..."

Harry arregalou os olhos. Virgínia seguiu o mesmo caminho, não pensou que Draco pudesse falar aquelas coisas.

"Você é um baita canalha Malfoy... Irá magoar a Gina... Você está voltando ela contra mim, contra a família dela... Está fazendo ela cometer atos insanos."

A ruiva revirou os olhos.

"Por Favor, Harry não sou mais criança... E se quer mesmo saber, o único ato insano que cometi até hoje foi ter me envolvido com você..."

O sonserino sorriu. Nunca pensou que se divertiria tanto ao ver o Potter sendo pisado. Então como uma cartada final, virou a ruiva para si e juntando seus lábios nos dela murmurou.

"Quer outro ato insano?"

Ela se assustou de primeiro momento, mas ao sentir os lábios frios nos seus quentes foi algo mais do que motivante para que ela cedesse. Deu espaço para que a língua dele entrasse acariciando a sua de maneira incomparável, irresistível de forma sensual, de forma quente, fazendo as pernas da mulher tremerem e fraquejarem.

Não repararam quando Harry saiu pela porta fazendo estardalhaço. Estavam muito compenetrados em sentir as maravilhosas sensações que um beijo podia transmitir. Em sentir a forma como o corpo dela se encaixava no dele de forma tão perfeita, em sentir como tudo aquilo tão errado poderia parecer tão certo em questão de segundos.

E quando ele a soltou com um leve sorriso malicioso nos lábios. Ela Não pode deixar de corar, e ficar sem graça.

"Obrigada!" - Disse enquanto desconversava e ia sentar novamente em sua mesa.

"Pelo que?" Indagou curioso.

"Por tudo! Por me ajudar...Com Harry!" Era realmente muito difícil agradecer alguma coisa a um Malfoy, mas ela sabia que devia isso a ele, além também de certas desculpas...

"Disponha Weasley..." Comentou irônico enquanto entregava o pergaminho do relatório a ela.

Virgínia se sentiu desconfortável.

"E..." – Continuou incerta e contrariada, porque tudo tinha que ser tão difícil? –" Acho que lhe devo desculpas sobre ontem à noite, eu não queria dizer aquelas coisas sobre você..."

"Você queria!"- Ele a cortou sem esperar pelo resto da sentença - "Todos querem... Todos acham que sabem muito sobre mim... Mas sinto lhe decepcionar Weasley – Draco estava realmente frio – Você não me conhece..."

"Eu estou tentando lhe pedir desculpas sabia? Porque você tem que ser tão maldito e sempre dificultar as coisas?" Explodiu.

"Eu sempre gosto do que é mais difícil, você não foge a regra Weasley!" Comentou vagamente.

Gina revirou os olhos soltando um “Bastardo” baixinho, sem nenhum dos dois repararem o que aquela frase de Draco poderia representar.

Aquela casa era realmente um contraste de costumes. E era evidente o choque que faria nas pessoas ao notar o contraste bruxo-arrogante- perfeccionista- cheio de dinheiro de Draco com o contraste Bruxa- atrapalhada -amante de trouxas de Gina.

Mas agora eles tinham que aprender a viver como um casal, nem que fosse ao menos nas aparências.

"Bolachas?" Perguntou a ruiva indiferente enquanto estendia o pacote para Draco que lia o jornal naquela manhã de sábado.

"Não... Não gosto de comida Trouxa."

Virgínia revirou os olhos.

"Acredite é bom... E não está envenenado!" Falou sem deixar de soar divertida.

Draco a olhou por um momento. Por um maldito momento... Aquele cabelo ruivo era realmente muito marcante, Aquela pele branca muito delicada... “Pele de porcelana” se viu pensando, os lábios rosados, o jeito Gina desastrada de ser, o temperamento explosivo, a ironia, a sedução inconsciente que ela emanava em cada mínimo gesto... Onde aquele Potter estava com a cabeça em dispensa-la tantas vezes?

"Malfoy eu falei com você!" Ela disse.

Draco voltou a Terra.

"Eu não escutei..." Respondeu voltando ao seu costumeiro mal-humor.

"Eu perguntei se vamos à casa de meus pais hoje!"

Ele riu, mas ele não riu da pergunta, ele riu dela. O que a fez ter ímpetos de soca-lo.

"O que te faz pensar que eu vou por os meus pés naquele chiqueiro em que você chama de casa, com o seu bando de irmãos furiosos como feras prontas para me matar assim que me virem?"

"Não seja exagerado Draco!" - Respondeu ríspida. – "Eles não vão te matar..."

"Com certeza não... Vão primeiro me torturar para me deixar morrer aos poucos..."

"É importante para mim!" Ela tentou mais uma vez.

"E o que eu ganharia com isso?" Falou malicioso enquanto abaixava o jornal.

Gina parou por um momento. Ele estava jogando...

Soltou um muxoxocontrariada enquanto saía da sala antes que fizesse alguma besteira.

Draco não sabia o porque de estar parado ao lado de fora da Toca com cara de poucos amigos enquanto Gina respirava profundamente antes de apertar a campainha, mas lá no fundo, bem no fundo indicava que ele não gostava de dizer não a ela ou quem sabe não gostava de deixar ela ir sozinha aos lugares... Mas isso o assustou, significava que ele se importava demais.

"Está pronto?" Perguntou ela com um sorriso confiante que Draco logo tomou como uma tentativa de acalma-lo.

"Eu realmente não sei o porque que estou aqui!" Retrucou indiferente.

"Eu sei..." – Gina sorriu ironicamente – "Você não perde uma oportunidade de provocar meus irmãos e Harry..."

"É uma boa resposta Virgínia!" Ele sorriu.

Virgínia desviou o olhar. De novo não...

Apertou a campainha, menos de cinco segundos depois a porta se abre revelando Molly Weasley.

"Filha! Não sabe a alegria que sinto por você estar aqui!" – Dizia enquanto puxava a ruiva para um abraço apertado - "Você praticamente se esqueceu dos seus pais..."

Gina sorriu por entre os braços da mãe e respondeu.

"Desculpe-me mamãe... Mas você sabe com todas as coisas que andaram acontecendo eu e Draco não tivemos mais tempo..."

A senhora Weasley soltou de Gina e então reparou no Sonserino desconfiada que a olhava com um semblante sério. E então sem mais nem menos o puxou para um dos famosos abraços “urso Weasley”, fazendo Gina arregalar os olhos e rir.

"Se Gina casou com você é porque você é uma boa pessoa... Se considere da família Draco!"

E então o soltou enquanto deixava um certo loiro sonserino atordoado.

"Venham entrem... A comida logo será servida!" Comentou sorrindo dando espaço para entrarem.

Draco pareceu ponderar por um momento incerto se devia ou não. E então Gina pegou a sua mão puxando-o para dentro. De uma forma não muito delicada.

Rony estava sentado ao lado de Hermione e o barrigão enquanto encarava o loiro com profunda raiva. Os gêmeos ao lado pareciam querer pular no pescoço do Sonserino a qualquer momento. E Harry mais atrás completava a lista encarando o casal parado na porta.

"Bom dia!" Exclamou Gina.

Parece que foi a chave para que todos começassem a falar ao mesmo tempo. Mais uma voz –muito irritada por sinal - se sobressaia por entre as demais.

"VIRGÍNIA WEASLEY, EU PODERIA SABER O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA PARA TRAZER UM MALFOY PARA DENTRO DA NOSSA CASA?"

Draco revirou os olhos. Gina iria responder, mas Molly tomou partido.

"Draco é o marido da sua irmã Rony" – Ela parecia muito séria e repreendia o filho como se este fosse uma criança (o que de certa forma não deixava de ser verdade) – "E ele foi convidado para esse almoço como todos vocês! Ele faz parte da família agora..."

"Não da minha família!" Fred estava parado de pé pronto para pular no pescoço de Malfoy caso ele fizesse qualquer movimento brusco.

"Com Certeza! Não da minha família!" Concordou Jorge repetindo.

Gina olhou de esguelha para Draco que ainda estava com sua mascara indiferente, e por um momento sentiu inveja dele ser tão controlado e saber esconder tão bem seus sentimentos.

"Vocês querem parar de serem crianças?" Molly Weasley elevava a voz em sinal de aviso, Gina olhava tudo apreensiva e Draco... Bem Draco lá no fundo estava se divertindo muito.

Rony se levantou, Arthur havia acabado de entrar na sala com um semblante curioso.

"O que está acontecendo Molly querida?" Perguntou distraído sem notar os visitantes.

O ruivo caçula explodiu.

"O que está acontecendo? Eu vou lhe dizer o que está acontecendo! A sua filha teve a coragem de trazer esse canalha para dentro da NOSSA casa!" Rony estava completamente irado, Gina olhou para Draco e percebeu que ele começava a se inquietar.

“Isso não é um bom sinal” Pensou enquanto tentava achar uma solução plausível.

Arthur como Molly anteriormente se aproximou do loiro desconfiado, fitando-o por alguns momentos ignorando os comentários dos gêmeos e de Harry já que Rony estava confiante o suficiente que seu pai fosse expulsa-lo da toca.

Mas então para a surpresa de todos tudo o que o Senhor Weasley fez foi estender a mão para que o outro apertasse.

"Acredito que sejas diferente da sua família Draco" - Ele estava contrariado, mas confiante enquanto apertava a mão de Malfoy - Portanto é bem vindo na minha família!

Rony não aceitou aquilo junto de Harry e os gêmeos.

"Você está louco?" – Hermione tentava acalmar o marido, mas o peso da barriga de 8 meses era tanta que ela mal agüentava em suas pernas – "Como pode deixar um ex- projeto de comensal da morte freqüentar a nossa casa? Ele é imundo... Ele tem pacto com as trevas e tenho certeza que esta usando a Gina só para..."

Ronald não conseguiu terminar de falar. Quando Virgínia reparou o ruivo já estava estendido no chão com o queixo deslocado, mas não deu tempo para que Draco se vangloriasse, pois os gêmeos já haviam pulado nele junto de um Harry irado.

Ela tentou encontrar as chaves para abrir a porta da casa, Mas Draco apoiado em si e desfalecido não ajudava muito as coisas.

"Eu juro que nunca mais você me faz entrar naquilo!" Reclamou o Sonserino enquanto Virgínia o colocava delicadamente sentado no sofá e saía para pegar o kit de primeiros socorros.

"Não reclame Draco!" – Ela falou com a voz abafada por estar longe dele - "Poderia ter sido pior..."

"Pior? Só se eu viesse picotado em uma caixa de fósforos!... Seus irmãos pelo menos foram vacinados?" Indagou irônico.

Ela parou em frente a ele e então riu.

"Se não tivessem sido vacinados, você estaria gelado e sete palmos abaixo da Terra!" Respondeu ainda brincalhona enquanto sentava perto dele com algumas poções, curativos e bandagens.

"Você invés de separada estaria viúva Virgínia!" Falou de forma mansa, mas ela sabia que possuía segundas intenções.

Ele ergueu uma sobrancelha tentando parecer sexy. Mas não há maneiras de alguém ficar sexy com um olho roxo, um nariz inchado e um corte no supercílio, portanto tudo o que ela fez foi rir... Rir muito!

Eu por acaso disse alguma coisa engraçada? Ele estava frustrado. Gina gargalha na cara dele com uma mão na barriga, os olhos marejados e a face rosada.

"Na-Não... – balbuciou sem ar – mas o seu rosto... O seu olho inchado..." Completou se rendendo a mais um ataque de riso.

Draco estava ficando completamente irritado. Nunca havia encontrado ninguém capaz de rir na cara dele, o pior... Ninguém capar de rir na cara dele sobre ele... E a simples menção de que uma Weasley poderia fazer isso o tirava do sério.

"Eu não preciso que você fique me lembrando a cada cinco minutos do pequeno presentinho de boas vindas que seus irmãos me deram..."

"Desculpe!" – Disse ficando séria por um minuto e o fitando a face e mais uma vez explodiu em risadas – "Você está parecendo à rena do nariz vermelho..".

Ok... Isso foi a gota d’água. Rena? Estava na hora dele acertar os pontos da conversa ou se não estaria perdido...

"Weasley... Eu não estou gostando disso!" Ele disse com uma calma forçada.

Ela pareceu não notar.

"Weasley quer simplesmente parar de rir?"

Sem respostas. Então com um suspiro cansado a puxou contra si procurando seus lábios com o dela fazendo a parar de rir no mesmo instante.

Certo... Esqueça a parte em que eu digo que uma pessoa não pode ficar sexy com um olho roxo, Draco Malfoy conseguia... Ele sempre conseguia... Gina suspeitava que até mesmo com trapos e morando embaixo da ponte ele conseguiria manter a grande pose arrogante...

E novamente os lábios dele estavam nos dela, e novamente ela perdeu a noção do perigo, e novamente ela se lembrou o quanto era bom sentir seus corpos pressionados.

E novamente ela sabia que não conseguiria dormir

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