Capitulo 2 - Contatos.
N/A: Capitulo contem muito spoiler de Principe Mestiço, mas a partir de agora as coisas mudam.
Capitulo 2 – Contatos.
O dia para comprar os materiais escolares tinha chegado e Harry recebeu uma bolsa de ouro de Gui Weasley, chocado ele apenas olhou para o Weasley mais velho que lhe informou que ele havia retirado para ele do Gringotts e foi somente então que Harry bateu-se mentalmente por ser idiota e burro, sua chave do Gringotts estava com os Weasley desde seu quarto ano e ele nunca pegou de volta, somente agora ele se lembrou desse misero detalhe.
Mentalmente lembrando-se para ir para o banco ainda hoje, Harry preparou-se para o dia. Fazia um dia nublado e escuro. Um dos carros especiais do Ministério da Magia estava aguardando à frente da casa quando eles saíram ainda vestindo as capas.
- Que bom que papai pode requisitar carros outra vez. - comentou Rony grato, espreguiçando-se com prazer enquanto o carro saía suavemente d'A Toca; Gui e Fleur acenavam da janela da cozinha. Rony, Harry, Hermione e Gina estavam confortavelmente acomodados no largo banco traseiro.
- É melhor não se acostumarem, é só por causa do Harry. - lembrou o Sr. Weasley por cima do ombro do garoto. Ele e a mulher iam no banco dianteiro com o motorista do Ministério; o banco se desdobrara obsequiosamente em uma espécie de sofá de dois lugares. - Ele é considerado de máxima segurança. E vamos receber reforços no Caldeirão Furado.
Harry não fez comentário algum, preferindo fazer a viagem em confortável silêncio.
- Chegamos. - anunciou o motorista, após um tempo surpreendentemente rápido, falando pela primeira vez ao reduzir a marchaem Charing Crosse parar à porta do Caldeirão Furado. - Tenho ordens de esperar pelos senhores, têm ideia do quanto tempo vão demorar?
- Umas duas horas, espero. - respondeu o Sr. Weasley. - Ah, que bom, ele está aqui!
- Harry! - trovejou Hagrid, arrebatando o garoto num abraço de moer os ossos, no momentoem que Harrydesceu do carro. Harry o cumprimentou com um aceno de cabeça. - Sabe, o Ministério queria mandar um bando de aurores, mas Dumbledore disse que bastava eu. - explicou Hagrid orgulhoso, estufando o peito e enfiando os polegares nos bolsos. - Então, vamos andando... vocês primeiro, Molly, Arthur...
O grupo passou silenciosamente pelo Caldeirão Furado que estava completamente vazio, Tom estava enxugando copos com ar deprimido, ele mal olhou para as pessoas que entraram, já tinha se acostumado as pessoas apenas passando para ir para o beco.
Harry lembrava-se muito bem do beco diagonal dessa época. Os arranjos coloridos e brilhantes nas vitrinas exibindo livros de feitiços, ingredientes e caldeirões para poções estavam ocultos por grandes cartazes do Ministério da Magia. A maioria, sombria e roxa, era uma versão ampliada dos panfletos sobre segurança que tinham sido distribuídos pelo Ministério durante o verão, mas outros continham fotos animadas em preto e branco dos Comensais da Morte que se sabiam estar foragidos. Belatriz Lestrange sorria desdenhosamente na fachada do boticário mais próximo. Algumas vitrines estavam fechadas com tábuas, inclusive a da Sorveteria Florean Fortescue. Em contraposição, tinham surgido várias barracas de aspecto miserável ao longo da rua. A mais próxima, instalada à porta da Floreios e Borrões sob um toldo de listras manchado, exibia um letreiro de papelão: Amuletos: Contra Lobisomens, Dementadores e Inferi. Um bruxo miúdo e mal-encarado sacudia braçadas de correntes com símbolos prateados para os transeuntes.
- Uma para sua garotinha, madame? - ofereceu à Sra. Weasley quando passaram, sorrindo lascivamente para Gina. - Para proteger esse lindo pescoçinho?
- Se eu estivesse de serviço... - disse o Sr. Weasley, olhando com raiva o vendedor de amuletos.
- Sei, mas não vai sair prendendo ninguém agora, querido, estamos com pressa. - replicou a Sra. Weasley, nervosa, consultando uma lista. - Acho que é melhor irmos à Madame Malkin primeiro, Hermione quer vestes de festa novas e os uniformes de Rony não estão mais nem cobrindo os tornozelos dele, e você também deve estar precisando de novos, Harry, cresceu tanto... vamos todos...
O grupo separou-se nesse momento, Arthur e Molly Weasley dirigiram-se para comprar os livros escolares enquanto Hagrid e os outros três ficaram de pegar as outras coisas. Harry aproveitou a separação para lançar um feitiço de ilusão e sugestão sobre os outros três, eles iriam pensar que Harry não estava com eles, basicamente passaria despercebido por suas mentes que ele saíra de perto deles. Enquanto os três entravam na loja de roupas Harry entrou em um canto e lançou um feitiço de transfiguração em si mesmo e em suas roupas, em seguida dirigiu-se diretamente para o banco Gringotts.
Harry entrou no banco e sem se importar com a fila que tinha para os caixas passou por todos eles enquanto retirava um pergaminho enrolado de suas vestes, Harry foi direto para o goblin sentado na maior cadeira e que era obviamente de ouro, ele sabia quem era, Ragnarok, diretor do banco. Harry parou a dois metros do Goblin e fez uma leve reverencia de cabeça demonstrando respeito, para surpresa do goblin, antes de se adiantar e estender o pergaminho em direção ao diretor olhando-o especulativamente. Ragnarok desenrolou o pergaminho e o leu calmamente sem demonstrar nada do que estava pensando, depois de alguns segundos o diretor enrolou o pergaminho e olhou para Harry por um segundo antes de se levantar de sua cadeira e descer.
- Siga-me. – disse ele em voz rouca e fria antes de caminhar para uma passagem lateral com Harry seguindo calmamente. Eles andaram por dois corredores até chegar a uma porta com um nome estranho em linguagem que Harry não se preocupou em saber o que era, o diretor bateu na porta e depois de uma resposta afirmativa Ragnarok abriu a porta e entrou primeiro seguido por Harry que fechou a porta logo atrás dele. – Gerth, preciso de um teste de sangue para o Senhor Potter aqui.
- Sim, é claro diretor, agora mesmo. – respondeu um goblin velho e feio levantando-se de onde ele se encontrava preenchendo papeis antes de correr para um armário e retirar um pergaminho enrolado e trazer para a mesa, em seguida ele correu novamente no mesmo armário e pegou uma adaga de estilo celta cheia de runas goblin.
Gerth abriu o pergaminho e desenrolou-o na mesa antes de passar a adaga para Harry e pediu para o sangue do mesmo. Harry nem mesmo hesitou antes de pegar a adaga e cortar a palma de sua mão e derramar o sangue no pergaminho, ele percebeu que ambos os goblins ficaram impressionados com a sua indiferença a dor devido a sua idade, Harry soube naquele momento que ganhara um pouco de respeito com os goblins. Ele olhou para o pergaminho que começou a filtrar nomes, primeiro seu nome, depois seus pais, avós e assim por diante, o surpreendente foi no nome de pai, ele tinha não apenas James Potter, mas Sirius Black também.
Depois disso foi fácil, ele já sabia que fora feito um ritual de adoação pouco depois de seu nascimento entre Sirius e seus pais, por isso ele era tecnicamente “filho” de Sirius. Harry explicou aos goblins sua completa e total falta de conhecimento sobre nada de sua herança até aquele momento, tudo que ele sabia que tinha era um cofre de confiança.
Ragnarok ficou furioso com o descaso para com o herdeiro de uma casa Antiga e Nobre, mas Harry o acalmou dizendo que ele veria a justiça em sangue, ele apenas precisava saber o que havia sido retirado de seu cofre nesses quinze anos após a morte de seus pais. Harry sabia que pouca coisa fora retirada de seu cofre, apenas alguns livros por parte de Dumbledore e dinheiro nos últimos anos pelos Weasley. Depois de garantir com os goblins que todas as suas chaves e copias das mesmas fossem canceladas e feitas novas e que a partir daquele momento apenas ele pudesse entrar em seu cofre, Harry foi emancipado devido a ter dezesseis anos e já ter seus NOM’s como listado pela lei bruxa, em seguida Harry tomou o senhorio da Casa de Potter e da Casa de Black, os anéis pousaram confortavelmente em seus dedos. Harry pediu a Gerth, que era o gerente de conta dos Potter para fazer um balanço geral do que ele possuía em seu cofre desde dinheiro a objetos, Harry não ficou surpreso quando o goblin apenas abriu uma gaveta e lhe entregou uma pasta dizendo que o inventario do cofre era feito semanalmente.
Um segundo goblin foi chamado, este de nome Lurth que era o gerente de conta dos Black. O mesmo procedimento foi tomado com ele, qualquer chave anterior para o cofre da família foi desfeito e uma nova chave foi feita para Harry, em seguida Harry recebeu um inventario do que havia no cofre. Ele também recebeu um resumo das empresas nas quais ele tinha dinheiro investido e quais ele possuía ações, infelizmente para ele o advogado das famílias Black e Potter havia morrido alguns anos antes e os contratos não foram renovados, por isso ele não tinha um representante no momento, Harry pediu a Ragnarok quem ele indicaria e Harry recebeu em troca três nomes de pessoas competentes que poderiam fazer o trabalho, Harry agradeceu ao tempo dispensado a ele pelo goblin e estava prestes a sair quando lembrou-se de algo que quase deslizou de sua mente.
Harry pediu a Lurth para organizar papeis de repudio de Draco Malfoy, Narcissa Malfoy e Belatriz Lestrange da casa de Black, os motivos sendo quebra de contrato com a casa e sendo marcados como animais. O goblin concordou sorrindo já pensando nos lucros que eles poderiam fazer com isso, mas Harry não pretendia executar o pedido até que ele acabou com eles. Harry saiu do Gringotts com um sorriso feral no rosto, tudo tinha saído melhor do que o planejado, consultando seu relógio Harry confirmou que demorou cerca de três horas no banco, então colocando o capuz calmamente ele se dirigiu para próximo a loja da Madame Malkin antes de retirar um pequeno objeto em forme de ampulheta com cordão e coloca-lo ao redor do pescoço, esse fora o melhor premio que ele conseguira de Fudge, um Vira-Tempo, Harry deu três voltas na mesma e imediatamente sentiu o mundo girar e em segundos ele estava olhando para suas costas se dirigindo ao banco.
Sorrindo ele transfigurou suas roupas e aparência de volta ao normal antes de entrar na Madame Malkin dando de cara com as costas de Rony e Hermione. Harry retirou o feitiço ilusório que ele lançara, mas mal Harry entrou e ouviu uma voz que ele odiava e conhecia muito bem.
-... não sou criança, caso a senhora não tenha reparado, mãe. Sou perfeitamente capaz de fazer minhas compras sozinho. – a voz de Draco Malfoy soou irritado.
Ouviram, então, um muxoxo e uma voz que Harry reconheceu ser da Madame Malkin falou:
- Bem, querido, sua mãe tem razão, ninguém deve ficar andando por aí sozinho, não é uma questão de ser ou não criança...
- Vê se olha onde está enfiando esse alfinete!
Um adolescente pálido, de rosto pontudo e cabelos louro-brancos apareceu por trás da arara usando um belo conjunto de vestes verde-escuras, em que cintilavam alfinetes na barra da saia e das mangas. Ele caminhou até o espelho e estudou o efeito; demorou um momento para notar Harry, Rony e Hermione refletidos por cima do seu ombro. Seus olhos cinza-claros se estreitaram.
- Se você queria saber a razão do mau cheiro, mãe, uma Sangue-Ruim acabou de entrar. - disse Draco Malfoy.
- Rude como sempre, Malfoy. – retrucou Harry friamente andando para a frente do grupo.
- Acho que não há necessidade de falar assim! - disse Madame Malkin, saindo ligeira de trás da arara, segurando uma fita métrica e uma varinha. - E também não quero ninguém empunhando varinhas na minha loja! - apressou-se a acrescentar, porque, ao olhar em direção da porta, viu Rony parado ali com a varinha apontada para Malfoy.
- É, como se vocês se atrevessem a usar magia fora da escola. - debochou Malfoy. - Quem lhe deu o olho roxo, Granger? Quero mandar flores para eles.
- Agora basta! - disse Madame Malkin energicamente, olhando por cima do ombro era busca de apoio. - Madame, por favor...
Narcisa Malfoy saiu de trás da arara de roupas.
- Guarde isso. - disse friamente para Rony. - Se você atacar o meu filho outra vez, vou garantir que seja a última coisa que farão na vida.
- Agora, isso não é maneira de nos comportarmos em publico, é? - retrucou Harry dando um passo à frente e observando o rosto ligeiramente arrogante de Narcissa. – Lady Malfoy, não creio que temos sido devidamente apresentados antes. Harry Potter, encantado em conhecê-la...
Harry podia dizer que a mulher estava completamente pega de surpresa por sua educação, tanto que ela nem ao menos reagiu quando ele pegou a mão e inclinou-se levemente enquanto trazia a mão pálida e fina da mulher puro-sangue para depositar um leve roçar de lábios na mesma.
- Não se atreva a falar com a minha mãe assim, Potter! - vociferou Malfoy.
- Assim como Draco, estou apenas sendo educado. – disse Harry nem ao menos olhando para o garoto, ele tinha olhos apenas para a Senhora Malfoy. – Além do mais, você não me disse que sua mãe era tão bonita assim...
- Ora seu... – Draco quase cuspiu indignado.
- Tudo bem, Draco. - disse Narcisa para o filho também sem retirar os olhos de Harry, ela mediu-o de cima a baixo com um sorriso antes de acenar com a cabeça. – Narcissa Malfoy, prazer em conhecê-lo, Senhor Potter.
Madame Malkin agitou-se um momento sem sair do lugar apenas olhando a troca, então resolveu agir como se nada estivesse acontecendo, na esperança de que de fato não acontecesse. Curvou-se para Malfoy, que ainda encarava Harry com ferocidade.
- Acho que essa manga esquerda devia ser um pouquinho mais curta, querido, me deixe...
- Ai! - berrou Malfoy, dando-lhe um tapa na mão e chamando a atenção de todos para ele. - Olhe onde enfia os alfinetes, mulher! Mãe... acho que não quero mais essas vestes...
E, puxando as vestes pela cabeça, atirou-as no chão aos pés de Madame Malkin.
- Não seja rude Draco. – repreendeu Narcissa firmemente. – Já que você não é mais criança, por que não vai comprar o resto de seus materiais enquanto eu pego suas vestes...
Draco saiu resmungando da loja e Harry olhou de soslaio para Rony e Hermione para encontrar ambos olhando-o incrédulo, sem poder acreditar no que viam. Harry apenas zombou enquanto duas assistentes da Madame Malkin tiravam medidas de Harry para suas vestes de Hogwarts, como ele não foi exigente suas compras estavam acabadas em minutos, então ele pagou e saiu da loja para esperar por Rony e Hermione, mas quem saiu primeiro foi Narcissa Malfoy. Harry sorriu para sua sorte e novamente usou um feitiço de ilusão para que ninguém visse ou ouvisse nada que ele ou Narcissa conversassem.
- Eu gostaria de levar um bate-papo, Narcissa. – Harry disse aparecendo na frente da mulher e bloqueando o caminho dela, ele percebeu que discretamente ela levou a mão a varinha.
- Não sei se temos algo para conversar, Potter. – ela disse friamente enquanto olhava ao redor.
- Ninguém vai ver ou ouvir nada do que nos dois conversamos, pelo menos enquanto meu feitiço estiver de pé. – disse Harry.
- Uma ilusão? – perguntou ela meio curiosa, meio espantada.
- Correto. – sorriu por saber que ela tinha pensamentos rápidos e eficazes. – A arte da ilusão é menosprezada por 99 por cento dos bruxos, mas é extremamente útil. Narcissa Black Malfoy, como Lorde Black declaro que tudo o que for discutido entre mim e você nos próximos minutos para ser um segredo da Casa, se você falar ou tentar comunicar a alguém sobre isso a sua sentença é a perda de magia e morte imediatamente. Assim seja.
- O que? – Narcissa ficou boquiaberta quando Harry elevou a mão mostrando o anel não apenas da Casa Potter, mas da Casa Black. Mais chocada ainda foi com o juramento que ele deu. Ela conhecia muito bem as regras da casa de Black, como não fora repudiada ela ainda deveria seguir essas mesmo estando casada com outro bruxo, como o flash de magia ocorreu entre os dois indicando o voto completo ela sabia que ele não estava blefando, Harry Potter era o Chefe da Casa de Black, isso por si só mudava muita coisa no cenário político.
- Eu vou ser direto e claro, Narcissa. – disse Harry com firmeza chamando a atenção da bruxa para ele. – Seu marido está em Azkaban, seu filho tomou a marca negra...
- Como? – a pele já branca ficou ainda mais pálida com o que Harry dissera.
- Eu sou bem informado. – disse ele. – Eu vou resumir o que vai acontecer para você. Até o final deste ano escolar em Hogwarts Dumbledore estará morto, eu vou facilitar para que seu querido filho o mate. Depois disso Voldemort vai tentar assumir o ministério para que ele tenha poder sobre Hogwarts, vou deixar o idiota arrogante achar que tem algum tipo de controle sobre o mundo e então vou agir. Vou matar os comensais da morte que ele vai enviar para Hogwarts para fazer seu lance e tomar controle da escola, as enfermarias que vou colocar no lugar será tão forte que será mais bem seguro do que Gringotts e Hogwarts atualmente são juntos. Em seguida eu e algumas pessoas de confiança vamos caçar e matar cada comensal da morte e criatura das trevas que apoia o mestiço fanático por poder antes de eu matá-lo. Isso resume basicamente o que eu vou fazer, então...
- Você deve estar delirante se acha que pode assumir o Lorde das Trevas, ele é poderoso... – disse Narcissa com um tremor.
- Eu não disse que ele não era, eu mesmo já lutei o bastardo umas duas ou três vezes então posso dizer o quão forte ele é, mas é isso... – disse Harry com desdém enquanto exalando um pouco de seu próprio poder fazendo com que o próprio ar ao seu redor e da bruxa formigassem. – Vocês superestimam o poder dele demais, o maior poder dele é o medo que todo mundo tem de ficar cara a cara com ele.
- Por que está me dizendo isso? – conseguiu perguntar Narcissa, mas estava chocada com o sentimento de poder que ela sentira dele, o pior de tudo é que o poder se sentiu confinado, controlado.
- Por que você não foi marcada como gado ainda, e porque você é família. – disse Harry em tom simples. – Você tem até o final deste ano escolar quando Dumbledore morrer para decidir seu lado. Se você aceitar minha ajuda, vai ter de esquecer seu marido e filho, então vou anular seu casamento e coloca-la sob a proteção da Casa de Black, eu te deixarei em um local seguro até a guerra acabar, mas quando acabar eu terei trabalho para você.
- Que tipo de trabalho? – perguntou Narcissa. – E meu filho?
- Nosso trabalho será conquistar o mundo bruxo pela política, é claro. Mas até alianças ainda serão feitas, teremos muito tempo, não é algo para ser feito em dias. – disse Harry dando de ombros. – Quanto a Draco... Toujours Pur. Sempre puro. Este é o lema da Casa Mais Antiga e Nobre de Black, não sangue puro. Um erro muito comum associar os dois, mas o lema refere-se a manter-se puro aos seus ideais ou da casa. Seu filho foi corrompido no momento em que se deixou ser marcado como gado, assim como os outros comensais da morte. E gado tem apenas um destino. Abate. Pense na minha oferta e lembre-se, se pensar em contar para alguém, mesmo alguém da casa de Black você morre.
Em seguida Harry virou as costas e cancelou o feitiço de ilusão que ele havia colocado nos dois deixando para trás uma Narcissa Malfoy pensativa. Ele pegou com Rony e Hermione no momento em que eles saíam do Empório das Corujas, ele acompanhou eles e os outros Weasley que haviam se reunido e lhes entregado o material escolar para o ano antes de entrarem no boticário, onde Hermione e Harry compraram ingredientes para poções. Harry foi questionado por que ele estava comprando os ingredientes pelos outros, ele respondeu vagamente que pretendia tentar fazer as poções por conta própria, conhecer algumas poções importantes nunca era demais.
- Não temos realmente muito tempo. - alertou a Sra. Weasley no momento em que desciam para as Gemialidades Weasley. - Então vamos dar uma olhada rápida e voltar logo para o carro. Devemos estar bem perto, estamos no noventa e dois... noventa e quatro...
- Eh! - exclamou Rony parando de chofre.
Encaixada entre fachadas sem graça, cobertas de cartazes, as vitrines de Fred e Jorge chamavam a atenção como uma queima de fogos. Transeuntes distraídos olhavam por cima do ombro para as vitrines, e alguns muito espantados chegavam a parar petrificados. A vitrine da esquerda ofuscava a vista tal a variedade de artigos que giravam, espocavam, piscavam, quicavam e gritavam. A vitrine da direita estava tomada por um gigantesco cartaz, roxo como os do Ministério, mas enfeitado com letras amarelas pulsantes.
Para que se preocupar com Você-Sabe-Quem?
DEVIA mais era se preocupar com
O-APERTO-VOCÊ-SABE-ONDE
a prisão de ventre que acometeu a nação!
Harry relutantemente deu uma risada, tinha esquecido isso. Ele ouviu um gemido fraquinho ao seu lado e, ao se virar, deparou com a Sra. Weasley olhando estarrecida para o cartaz. Seus lábios se moviam, silenciosamente, enunciando as palavras "O-Aperto-Você-Sabe-Onde".
- Vão matar esses dois! - murmurou ela.
- Não, não vão! - contestou Rony que estava às gargalhadas! - É genial!
Em seguida eles entraram na loja e ela era igualzinha ao que Harry se lembrava, ele foi diretamente para o que ele achou que lhe seria útil, Pó Escurecedor instantâneo do Peru e Detonadores-Chamariz, as outras coisas realmente ele não precisava e não lhe chamavam a atenção. Ao todo a situação ocorreu muito similar ao que ele se lembrava, com o canto dos olhos ele observou Malfoy se esgueirando pelo beco em direção a travessa do tranco e sorriu. Tudo estava indo como o planejado.
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01 de Setembro - 11:00 hs – Estação King’s Cross
O restante do mês foi bastante tranquilo, mesmo Voldemort não tinha estado muito em atividade. Harry estava bastante ocupado reaprendendo a maioria de seus feitiços mais avançados, além de se concentrar em sua recuperação corporal, ele estava tomando uma dieta de poções que duraria um mês e ao final ele deveria estar do tamanho correto que seria se não fosse os Dursley, ao mesmo tempo ele também passara a correr e se exercitar pelas manhas e no final da tarde, algo que os Weasley olhavam meio torto, mas Hermione e Gina pareciam fascinadas em ficar olhando para o adolescente camisa correndo ou fazendo abdominais e flexões, Harry realmente fingia não ver os olhares de ambas as meninas, simplesmente porque ainda não era o momento de avançar.
A ida para a plataforma no dia do embarque de trem para Hogwarts também foi tranquila e sem ocorrências, apesar da escolta de aurores os acompanhando. Rony e Hermione deixaram ele sozinho nos corredores do trem para irem para a reunião de prefeitos, com o qual ele estava perfeitamente bem.
As pessoas o encararam abertamente conforme ele andava pelo corredor do trem. Os alunos chegavam a colar os rostos nas janelas dos compartimentos para espiar melhor. Harry nunca se acostumaria a babaquisse dos bruxos, mas talvez ele devesse ter esperado essas reações dos boatos sobre "o Eleito", publicada no Profeta Diário, ele iria aproveitar ao máximo a publicidade.
- Oi, Harry! - disse uma voz conhecida atrás dele.
- Neville! – cumprimentou Harry, virando-se para olhar o garoto de rosto redondo que tentava se aproximar, o Herdeiro da Casa Longbottom.
- Olá, Harry. - cumprimentou uma garota de cabelos longos e olhos sonhadores, que vinha logo atrás de Neville.
- Luna, um prazer ver você. – Harry disse abrindo um sorriso antes de abraçar a garota loira que tinha a revista do Pasquim contra o peito, ela pareceu surpresa pelo abraço, mas não recuou.
- Vamos procurar um lugar para sentar? – Neville convidou, e os três atravessaram o trem em meio à curiosidade silenciosa de hordas de alunos. Por fim, encontraram um compartimento vazio em que, agradecido, Harry entrou rapidamente. - Estão olhando até para nós. - comentou Neville, incluindo Luna em seu gesto. - Só porque estamos com você!
- Estão olhando para você porque também esteve no Ministério. - lembrou Harry, enquanto erguia o malão para guardá-lo no bagageiro. - A nossa pequena aventura por lá esteve nas páginas do Profeta Diário, você deve ter visto.
- Vi, achei que vovó ficaria danada com aquela publicidade toda, - contou Neville - mas ela ficou realmente satisfeita. Diz que demorei, mas que, enfim, estou começando a honrar o meu pai. E até me comprou uma varinha nova, veja!
E tirou a varinha para mostrá-la a Harry.
- Cerejeira e pelo de unicórnio. - anunciou orgulhoso. - Achamos que foi uma das últimas que Olivaras vendeu, ele desapareceu no dia seguinte...
Os três jogaram conversa fora por alguns minutos antes de caírem em um silêncio confortável no qual Harry estabeleceu-se com um livro de feitiços avançado e luta lendo sua revista, o silencio foi quebrado por uma agitação à porta do compartimento; um grupo de garotas do quarto ano estavam cochichando e rindo bobamente junto à janela.
- Você pergunta!
- Eu não, você!
- Eu pergunto! - Uma delas, então, com ar decidido, queixo saliente, grandes olhos e cabelos negros, abriu a porta e entrou. - Oi, Harry, eu sou Romilda, Romilda Vane. - apresentou-se em voz alta e confiante. - Por que não vem se reunir a nós em nosso compartimento? Não precisa se sentar com eles... - acrescentou com um sussurro teatral, apontando para Neville e para Luna, agora usando seus Espectrocs promocionais, que lhe davam a aparência de uma coruja demente e multicolorida.
- Maneira errada de começar a conversa, Romilda. – Harry disse com um sorriso de canto para a menina. – Que tal nós adiarmos essa conversa para depois que chegarmos a Hogwarts?
- Ah. – exclamou ela tentando entender onde ela erra. – Tá bem.
- As pessoas esperam que você tenha amigos mais legais que nós. - comentou Luna depois que as garotas foram embora, demonstrando mais uma vez o seu talento para a rude franqueza, algo que Harry adorava nela.
- Para fazer novos amigos eu não preciso descartar os antigos como trapo, Luna. – disse Harry firme. – Vocês são meus amigos, combateram comigo.
- Que coisa gostosa de se ouvir. - comentou uma sorridente Luna, que ajeitou os Espectrocs na ponte do nariz e se acomodou para ler O Pasquim.
- Mas não enfrentamos ele. - disse Neville sorrindo. - Você sim. Devia ouvir minha avó falando de você. "Aquele Harry tem mais coragem do que todo o Ministério da Magia junto!" Ela daria tudo para ter você como neto...
Harry mudou de assunto rapidamente, comentando os resultados dos N.O.M.s. Enquanto Neville recitava suas notas e se perguntava em voz alta se poderia fazer o curso avançado de Transfiguração tendo tirado apenas um "Aceitável", Harry o observava sem realmente escutar. Mais uma vez os três ficaram em silêncio e Harry voltou para o livro de feitiços, e logo depois Rony e Hermione entraram no compartimento em que eles estavam.
- Gostaria que o carrinho do lanche viesse logo, estou faminto. - anunciou Rony ansioso, largando-se no banco ao lado de Harry esfregando a barriga. - Oi, Neville, oi, Luna. Querem saber da novidade? - acrescentou ele, virando-se para Harry. - Malfoy não está cumprindo as tarefas de monitor. Está sentado no compartimento dele com colegas da Sonserina, vimos quando passamos.
A porta do compartimento tornou a abrir alguns minutos depois interrompendo a conversa que Rony e Neville estavam tendo sobre Malfoy, na porta estava uma menina do terceiro ano com o uniforme da grifinória.
- Mandaram entregar isto a Neville Longbottom e Harry P-Potter. - gaguejou ela corando, quando seus olhos encontraram os de Harry. Estendeu a mão em que segurava dois rolos de pergaminho presos por uma fita violeta. Harry e Neville apanharam cada um o seu e a garota saiu aos tropeços do compartimento.
- Que é isso? - perguntou Rony, enquanto Harry desenrolava o pergaminho.
- Um convite. – Harry respondeu já sabendo do que se tratava.
Harry,
Eu teria grande prazer se você me fizesse companhia ao almoço no compartimento C.
Sinceramente, professor H. E. E Slughorn.
- Quem é o professor Slughorn? - perguntou Neville, olhando o convite com ar de espanto.
- Novo professor. - respondeu Harry. - Bem, acho que teremos de ir, não é?
- Mas por que ele me convidou? - indagou Neville nervoso, como se esperasse uma detenção.
- Não faço a menor ideia. - o que não era bem verdade, ele sabia exatamente o que Horacio Slughorn queria deles.
Os corredores estavam lotados de alunos esperando pelo carrinho de lanches, e mais uma Harry tornou-se o centro de olhares especulativos e curiosos, ao qual ele simplesmente ignorou enquanto andava pelo corredor como se fosse dono com Neville seguindo atrás dele, os alunos pareciam perceber que ele não queria conversa e abriram caminho para eles passarem.
Quando chegaram ao compartimento C, viram que não eram os únicos convidados de Slughorn, embora, a julgar pela recepção entusiástica do professor, Harry fosse o mais esperado.
- Harry, meu rapaz! - exclamou Slughorn, erguendo-se rápido e de tal jeito que sua enorme barriga coberta de veludo pareceu ocupar o espaço que restava no compartimento. Sua careca lisa e a bigodeira prateada refulgiam tão intensamente à luz do sol quanto os botões dourados do seu colete. - Que bom vê-lo, que bom vê-lo! E o senhor deve ser o Sr. Longbottom!
Neville assentiu, com ar amedrontado. A um gesto de Slughorn, eles se sentaram um defronte ao outro nos dois únicos lugares vazios, e mais próximos da porta. Harry correu o olhar pelos convidados. Reconheceu um aluno da Sonserina da mesma série que ele, um negro alto com os malares salientes e olhos muito puxados; havia ainda dois rapazes da sétima série que Harry não conhecia e, espremida a um canto junto a Slughorn, Gina, parecendo não saber muito bem como chegara ali.
- Bem, vocês conhecem todo o mundo? - perguntou Slughorn aos recém-chegados. - Blásio Zabini, da mesma série que você, é claro...
Zabini não fez sinal algum de reconhecimento nem de cumprimento, no que foi imitado por Harry e Neville: por princípio, alunos da Grifinória e da Sonserina se detestavam.
- Este é Córmaco McLaggen, talvez já tenham se visto? Não?
McLaggen, um jovem corpulento de cabelos crespos e armados, ergueu a mão, ao qual apenas Neville retribuiu com um aceno de cabeça, Harry o ignorou.
-... e este é Marcos Belby, não sei se... - Belby, que era magro e nervoso, sorriu tenso.
-... e esta encantadora jovem me diz que já os conhece! - terminou Slughorn.
Gina fez uma careta para Harry e Neville por trás do professor.
- Bem, isto é muito agradável. - comentou Slughorn acolhedoramente. - Uma oportunidade de conhecê-los um pouco melhor. Aqui, apanhem um guardanapo. Trouxe o meu próprio almoço; o carrinho, segundo me lembro, tem muita Varinha de Alcaçuz, e o aparelho digestivo de um pobre velho não dá mais conta dessas coisas... faisão, Belby?
Belby se sobressaltou e aceitou algo que parecia a metade de um faisão.
- Eu estava contando ao jovem Marcos aqui que tive o prazer de ser professor do seu tio Dâmocles. - disse Slughorn a Harry e Neville, passando agora uma cesta de pães. - Um bruxo excepcional que mereceu de fato a Ordem de Merlin. Você vê o seu tio com frequência, Marcos?
Infelizmente, Belby acabara de encher a boca de faisão; na pressa de responder a Slughorn, engoliu rápido demais, arroxeou e começou a sufocar.
- Anapneo. - ordenou Slughorn calmamente, apontando a varinha para o rapaz, cujas vias respiratórias desobstruíram na mesma hora.
- Não... não muita, não. - arquejou Belby, as lágrimas escorrendo.
- Bem, naturalmente, imagino que esteja ocupado. - replicou Slughorn, lançando um olhar indagador a Belby. - Duvido que tenha inventado a Poção de Acônito sem considerável esforço!
- Suponho que sim... - concordou Belby, que pareceu receoso de comer outra garfada de faisão até ter certeza de que o professor terminara a conversa. - Ãh... ele e o meu pai não se dão muito bem, entende, então realmente não sei muita coisa sobre...
Sua voz foi sumindo quando Slughorn lhe deu um sorriso frio e se virou para McLaggen. Jogada ruim Belby, pelo menos se você tinha interesse em estar nas graças do professor.
- Agora, você, Córmaco - disse o professor - por acaso sei que sempre vê o seu tio Tibério, porque ele tem uma esplêndida foto de vocês dois caçando rabicurtos em Norfolk, presumo.
- Ah, sim, foi divertida, aquela caçada. - comentou McLaggen. - Fomos com Berto Higgs e Rufo Scrimgeour, antes que se tornasse ministro, obviamente...
- Ah, você também conhece Berto e Rufo? - disse o sorridente Slughorn, agora oferecendo aos convidados uma pequena travessa de tortinhas; mas pulando Belby. - Agora me diga...
Todos ali foram convidados porque estavam ligados a alguém famoso ou influente - todos exceto Gina – Harry sabia o motivo por ela ser convidada. Zabini, interrogado depois de McLaggen, era filho de uma bruxa famosa por sua beleza (ela casara sete vezes e cada marido morrera misteriosamente, deixando-lhe montanhas de ouro). A seguir foi a vez de Neville: foram dez minutos muito desconfortáveis, porque os pais de Neville, aurores muito conhecidos, tinham sido torturados até enlouquecer por Belatriz Lestrange e seus companheiros Comensais da Morte. Quando terminou a entrevista de Neville, Harry teve a impressão de que Slughorn ainda não formara uma opinião sobre ele, e isso dependia de Neville possuir algum dos talentos dos pais.
- E agora... - disse Slughorn, virando o corpo no banco com a pose de um apresentador de TV anunciando sua principal atração. - Harry Potter! Por onde começar? Sinto que mal cheguei a conhecê-lo quando nos encontramos no verão!
Ele contemplou Harry Potter por um momento, como se ele fosse um pedaço particularmente grande e suculento de faisão, Harry quase estremeceu, mas forçou-se a manter o ar firme e confiante que ele adotara até aquele momento, um levemente interessado.
- "O Eleito", é como estão chamando-o agora! – disse Slughorn.
- O Profeta Diário adora seus apelidos. – retrucou Harry em tom indiferente, como se não se importasse. Pelo canto do olho Harry percebeu que Belby, McLaggen e Zabini o encaravam.
- Naturalmente - continuou Slughorn, observando Harry com atenção - correm boatos há muitos anos... Lembro-me quando, bem, depois daquela noite terrível, Lílian, Tiago, mas você sobreviveu e diziam que devia ter poderes extraordinários...
Zabini deu uma tossidinha, nitidamente indicando sua debochada incredulidade. Uma voz zangada interveio inesperadamente às costas de Slughorn.
- É, Zabini, porque você tem tanto talento... para fazer pose...
- Minha nossa! - brincou Slughorn rindo, e virou a cabeça para Gina, que encarava Zabini do outro lado da enorme pança do bruxo. - É melhor ter cuidado, Blásio! Vi esta mocinha executar uma maravilhosa azaração para rebater bicho-papão quando estava passando pelo compartimento dela! Eu não a irritaria!
Zabini simplesmente fez um ar de desprezo.
- Seja como for... - continuou Slughorn, dirigindo-se novamente a Harry, mas ficou desconcertado ao ver que Harry tinha um olhar de desdém nos olhos enquanto mirava diretamente Blasio Zabini, que só naquele momento pareceu perceber o olhar. - Os boatos que correram neste verão! Naturalmente, não se sabe em que acreditar, o Profeta Diário já publicou muitas inverdades, cometeu enganos, mas parece não haver muita dúvida, dado o número de testemunhas, que houve no Ministério um grande tumulto, e que você esteve no meio dele!
- Tão modesto, tão modesto. – comentou o professor sorrindo depois do aceno afirmativo de Harry. - Não admira que Dumbledore goste tanto... você esteve lá, então? Mas as outras histórias... tão sensacionais, é claro, a pessoa não sabe bem em que acreditar... a famosa profecia, por exemplo...
- Profecia, Eleito, Escolhido, Menino-Que-Sobreviveu... – comentou Harry olhando para o professor com um sorriso indiferente. – O mundo bruxo em geral gosta demais de seus títulos, não que me importa muito. Eu ouvi o que estão dizendo pelas costas, que estou destinado a derrotar Voldemort... – o sorriso de Harry ficou mais frio devido a todos os ocupantes terem estremecido com o nome do bruxo das trevas, em seguida continuou. – Talvez estejam certos, talvez não. Pessoalmente, é só uma vingança.
- Não ouvimos nenhuma profecia. - Neville disse depois de um minuto inteiro de silencio tenso a declaração de Harry que estava olhando para Zabini com uma frieza letal.
- Verdade. - confirmou Gina, lealmente tentando aliviar um pouco o ar. - Neville e eu também estivemos lá, e essa baboseira de "o Eleito" é invenção do Profeta como sempre.
- Vocês dois também estiveram lá? - perguntou Slughorn muito interessado, seu olhar indo de Gina para Neville. Os dois, no entanto, ficaram calados frente ao seu sorriso encorajador.
- É... é bem verdade que o Profeta muitas vezes exagera, sem dúvida. - continuou Slughorn, olhando para Harry e depois sorriu apreciativamente por algum motivo antes de voltar a conversa. - Eu me lembro de Gwenog Jones, quero dizer, claro, a capita das Harpias de Holyhead...
E o professor se perdeu em uma longa reminiscência. A tarde foi passando com um desfile de histórias sobre bruxos ilustres dos quais Slughorn fora professor, todos encantados em participar do "Clube do Slugue", em Hogwarts. Ao final da tarde quando já estavam chegando a Hogwarts Slughorn os dispensou rapidamente para se trocarem. Quando passou por Harry para alcançar o corredor, Zabini lançou-lhe um olhar feio que Harry retribuiu com desdém.
- Que bom que terminou. - murmurou Neville. - Cara estranho, não é?
- Hum... – disse Harry vagamente antes de entrar no compartimento para trocar de roupa.
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Grande Salão – Festa de Abertura.
A viagem para o castelo foi tão tranquila quanto se poderia esperar, os olhares para Harry continuaram, mas ele realmente não se importava. Ele se auto desligou e ouviu apenas com meio ouvido a classificação e canção do chapéu seletor, Harry estava mais preocupado analisando os alunos dentro de Hogwarts, mentalmente ele estava avaliando cada um deles, possíveis aliados e os inimigos que seriam abatidos em tempo certo.
Harry ergueu os olhos para a mesa dos professores com olhares especulativos, Hagrid estava sorrindo e acenando para ele ao qual ele retribuiu. Hagrid jamais conseguiria se comportar com a mesma dignidade da professora McGonagall, diretora da Casa da Grifinória, cuja cabeça batia mais ou menos entre o cotovelo e o ombro de Hagrid e que manifestava desaprovação a esse cumprimento entusiástico.
- Então, que é que o professor Slughorn queria? - perguntou Hermione para abrir a conversa enquanto se serviam do jantar.
- Saber o que realmente aconteceu no Ministério. – Harry disse indiferente.
- Ele e o mundo inteiro. - fungou Hermione. - O pessoal não parou de interrogar a gente no trem, não foi, Rony?
- Foi. Todos queriam saber se você é realmente o Eleito...
- Tem havido muita discussão sobre o assunto até entre os fantasmas. - interrompeu-os Nick Quase Sem Cabeça, inclinando para Harry a cabeça mal presa, fazendo-a balançar perigosamente, sobre a gola de tufos engomados. - Sou considerado uma espécie de autoridade em Potter; todos sabem que somos amigos. Mas afirmei à comunidade dos espíritos que não o incomodaria com perguntas. "Harry Potter sabe que pode confiar inteiramente em mim", falei. "Prefiro morrer a trair sua confiança."
- O que não me parece grande coisa, porque você já morreu. - observou Rony.
- Mais uma vez, você demonstra ter a agudeza de um machado cego. - retrucou Nick Quase Sem Cabeça em tom ofendido e, deixando o chão, retornou voando à extremidade oposta da mesa da Grifinória, no momento exatoem que Dumbledorese levantava à mesa dos professores. As conversas e risos que ecoavam pelo salão cessaram quase imediatamente.
- Uma grande noite para todos! - começou ele sorridente, abrindo os braços como se quisesse abraçar o salão.
- Que aconteceu à mão dele? - ofegou Hermione.
Ela não foi a única a notar. A mão direita de Dumbledore estava escura e sem vida, os sussurros percorreram a sala; Dumbledore, interpretando-os corretamente, apenas sorriu e ocultou a lesão, sacudindo a manga roxa e dourada.
- Não há motivo para preocupação. - disse em tom suave. - Agora... as boas-vindas aos alunos novos; bom retorno aos alunos antigos! Mais um ano de muita educação mágica aguarda a todos...
Harry se desligou do discurso novamente, ele estremeceu, Le estava fazendo muito isso ultimamente e só voltou a prestar atenção quando os sussurros indignados ao seu redor ressoaram devido a nomeação de Snape como Professor de DCAT. Dumbledore pigarreou. Rony e Hermione não eram os únicos que conversavam; o salão todo explodira em murmúrios à notícia de que Snape, enfim, realizara o seu mais acalentado desejo. Dumbledore, parecendo indiferente à natureza sensacional da notícia que acabara de dar, nada falou sobre outras designações e esperou alguns segundos até obter absoluto silêncio antes de prosseguir.
- Nem todos os presentes neste salão sabem que Lord Voldemort e seus seguidores estão mais uma vez em liberdade e cada vez mais fortes. - O silêncio pareceu se expandir e retrair enquanto Dumbledore discursava. - Não posso enfatizar suficientemente o perigo da presente situação, e o cuidado que cada um de nós, em Hogwarts, precisa tomar para garantir que continuemos seguros. As fortificações mágicas do castelo foram reforçadas durante o verão, estamos protegidos de maneiras novas e mais poderosas, mas ainda assim precisamos nos defender escrupulosamente dos descuidos de estudantes e funcionários. Peço, portanto, que respeitem as restrições de segurança que os professores possam impor a vocês, por mais incômodas que lhes pareçam, particularmente a norma de não sair da cama depois do toque de recolher. Imploro que, ao notarem alguma coisa estranha ou suspeita dentro ou fora do castelo, comuniquem imediatamente a um funcionário. Confio que agirão sempre com o maior respeito pela segurança dos outros e pela sua própria. - Os olhos azuis de Dumbledore percorreram os rostos dos estudantes e, por fim, ele tornou a sorrir. - Mas no momento suas camas estão à sua espera, quentes e confortáveis como poderiam desejar, e sei que a sua maior prioridade é descansar para as aulas de amanhã. Vamos, portanto, dizer boa-noite. Pip pip!
Harry seguiu a multidão de estudantes se dirigindo para fora do salão e depois ficou com o grupo de vermelho e dourado. Mais tarde naquela noite, Harry estava deitado em sua cama pensativo, um sorriso divertido jogando em seus lábios.
- Que os jogos comecem. – ele sussurrou sombriamente antes de se virar para dormir.
N/A: Comentem
Comentários (2)
continua
2014-05-23adorei a historia muito boa ^^ so nao gostei do futuro ship do harry pessoalmente prefiro um p.o badass pra ele do que os de hogwartsgirls mas ^^ a historia e sua desejo boa sorte com ela e continue assim ^^
2013-10-26