Alucinações



Sentia que eu estava sendo carregada por alguém, mas minha visão estava completamente embaçada sentia meu corpo arder, minhas pernas tremerem, minha boca secar, meus olhos arderem, meus sentidos se perderem...


Eu gritava de tanta dor e ouvi a voz desespera de Amos:


- Anna, por favor!!! Aguente!!! – era uma voz desesperada e angustiante para quem se ouvia eu não conseguia responder nada, conseguia apenas gritar ouvia vozes aleatórias também, me arrisquei e abri os olhos; vultos negros zoavam, gritos apareciam, olhos enormes vermelhos apareciam nas paredes, garras nasciam dos blocos de pedra e Amos estava completamente deformado eu gritava de tanta dor e de medo, mas sentia as mãos quentes e suadas de Amos em minhas costas e nas minhas pernas, mas as mãos que eu queria sentir era de Sirius, o meu único amor, mas cadê ele??


A enfermaria parecia estar do outro lado do mundo enquanto Amos me carregava ate lá gritos e gritos de desespero apertavam em minha memória e eu gritava junto, minha cabeça parecia que estava preste a explodir e a ferida da Acromântula? Eu não senti mais meu braço de tanta dor, imediatamente ouvi os gritos da Madame Promfrey:


-Merlin!! Coloquem-na na cama!!! Coloquem-na NA CAMA!!! – seus gritos me apavoravam mais, O QUE ESTAVA ACONTECENDO COMIGO?? MERLIN EU ESTOU MORRENDO??


- O QUE A COMIGO?? AMOS??!! – como eu ouvia muitos gritos e zumbidos em meus ouvidos cheguei a conclusão de que teria que gritar mais do que todos para que pudessem me ouvir.


- Anna fica calma!!! – Amos apenas gritou e não me respondeu.


- Me fala INFERNO!!!! – o sangue que corria forte em meu corpo disparou, senti náuseas e não me aguentei, vomitei – Sirius cadê ele?? Chame ele aqui agora??!!


Se Amos estava desesperado agora estaria mega nervoso, senti ele pegar minha mão suada e quente.


- Não é necessário Anninha! – ele disse choramingando.


-Amos por favor! Estou sentindo meu corpo queimar e eu não tenho certeza se eu vou sobreviver! Meu último pedido por favor!! – disse apertando sua mão, ele suspirou e como caiu uma gota de água na minha mão deduzi que ele estava chorando – Por favor...


Minha voz estava fraca eu não sabia o quanto mais iria aguentar.


-Chamem o Sr.Black e o Prof°Dumbledore!!! – a Madame Promfrey gritou desesperada.


- Madame Promfrey... – Amos disse.


- Garoto vá, ela esta certa pelo que vejo o veneno se instalou no coração e esta espalhando o sangue contaminado para o resto do corpo, tendo difíceis chances de... Recuperar – ela disse e conforme ia chegando as palavras finais elas iam ficando mais fracas.


- Tá, ta bom... – Amos apenas respondeu.


Ouvi os passos apressados dele e o barulho da porta fechando, arrisquei e abri meus olhos os vultos negros ainda dançavam nos ares, os olhos eram menos visíveis como as garras.


- Madame Promfrey – disse roucamente – Eu posso... Morrer?


- Minha querida – senti ela passando a mão em minhas pernas – não se sabe muita coisa sobre o veneno da Acromântula, muito menos sobre sua cura. Seu estagio de contagio com o veneno é grande, muito grande.


Fechei meus olhos novamente e escorreu uma lágrima do meu olho.


- Vou ver se posso preparar algo pra você! – ela disse chateada.


- Um suco de abóbora cairia bem! – eu respondi sorrindo, ela deu uma risada rápida e triste e saiu. Fechei novamente meus olhos e tendei decifrar o que aqueles gritos diziam, poderiam falar do meu futuro, da minha morte próxima, ou apenas não diziam nada, mas preferi acreditar que elas diziam algo, aliás, inventei algo que elas pudessem falar. Conforme o tempo ia passando a dor aumentava e nada da Madame Promfrey aparecer, eu senti meu corpo queimar e suar agarrei os lençóis da maca e comecei os apertá-los com força.


- Madame Promfrey!!! Eu to morrendo socorro!!! – gritei colocando meus pulmões pra fora.


- Calma garota!!! – ela gritava mais do que eu – tome isso fará a dor diminuir!


- Diminuir?? – ela enfiou a poção na minha boca que tendei cuspir sem sucesso, tinha gosto de beterrabas com terra e talvez gosto de suor de elfo domestico – Quero que passe isso logo se não ai sim eu ou morrer??


- Anna!!! – ouvi gritos vindos da direção da porta.


- Não, não só o Sr. Black e o Sr. Diggory!! – Madame Promfrey gritou.


- Mas Madame... – ouvi uma voz desesperada.


- Não Sr.Potter, saiam todos vocês!!! – ela respondeu.


- Madame Promfrey, somos amigas dela!! – a voz de Rosa ecoou pela Enfermaria.


- Não Srta. Zeller, quando ela estiver... Melhor vocês a verão Adeus!! – ela disse fechando a porta.


- Sirius... – sussurrei fracamente.


- Eu to aqui minha paixão, estou aqui! – ele me respondeu – Meu santo Merlin!


- O que foi o que eu tenho?? – quando perguntei isso ouvi resmungados da Madame Promfrey – Me diz o que eu tenho!!!


Abri os olhos e vi Sirius do meu lado direito segurando minha mão suada e Amos do meu lado esquerdo segurando minha outra mão e a Madame Promfrey chegando com um espelho, ela aproximou o espelho de mim e eu me enxerguei...


A garota antes branca como a neve estava agora vermelha como sangue, havia feridas em meu rosto e eu estava inchada, olhei pro meu pescoço que estava pipocado. A Madame Promfrey começou a tirar os esparadrapos do machucado da Acromântula que estava pura carne viva, parecia que estava meu coração lá, pois o sangue passava  correndo numa pressão altamente alta.


Senti meu corpo queimar novamente e náuseas enormes, vomitei novamente. Amos começou a passar a mão pelas minhas coxas com meia calça.


- Pare com isso já Diggory Babaca!!! – Sirius gritou.


- Cala essa boca Black!! Onde você estava quando ela passou mal em?? Jogando quadribol, vendo garotas suspirarem por você?? – Amos retrucou e Sirius permaneceu calado – Quem trouxe ela carregado da Sala de Adivinhação até aqui?? Quem lhe deu apoio??


- Vai se ferrar babaca!! Estupeçafa!! – Sirius gritou.


- Protego – Amos respondeu.


Os dois largaram de mim e foram duelar ouvi vários gritos de feitiços, mas como sempre os gritos da minha cabeça gritavam mais altos.


- Calem essa maldita boca vocês dois!!! – gritei mais alto que todos.


- Ela esta certa, se não pararem irei expulsa-los e não poderão vê-la! – Madame Promfrey acabará de aparecer – Tome querida o Prof° Dumbledore virá examiná-la, mas é melhor você esta adormecida, bebi mais uma das 25 poções que a Madame Promfrey me dera, senti um sono grandioso.


- Desculpa Anna, eu estou aqui... – ouvi a voz de Sirius e abri os olhos o garoto de cabelos cacheados estava lá segurando minha mão perto de sua boca e eu fechei meus olhos.


 


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Abri meus olhos que agora ardiam menos, estava limpa e com uma camisola um pouco acima do joelho branca deitada na maca.


- Ah olá Srta. Paixão! – disse Dumbledore na minha frente – Como se sente?


- Minha cabeça parece ser lar de vários diabretes! – disse colocando a mão na cabeça.


Dumbledore soltou risadinhas carinhosas, a enfermaria estava vazia nem sinal de Sirius, Amos ou Madame Promfrey.


- O veneno da Acromântula, percorreu seu corpo inteiro – ele disse.


- Professor pode me dar um espelho? – perguntei para ver se meu rosto ainda se encontrava naquela situação constrangedora.


Ele pegou um espelho que estava encima da mesa ao lado de minha maca, um espelho prata cintilante, com desenhos de flores; olhei para ele e vi a garota normal que eu era, pele muito branca, mas agora corada com os lábios vermelhos, olhos um tanto vermelhos, cabelos bagunçados ondulados e ferimentos pequenos no rosto. Fiquei feliz de ver meu rosto mais normal.


-O Sr.Lupin e o Sr.Potter  foram correndo na minha sala me chamar, para lhe ajudar – Dumbledore me disse – Eu, o Prof° Horácio, a Prof°Grubbly-Plank, a Prof° Pomona e a Madame Promfrey criamos uma poção que fez você vomitar o veneno da Acromântula, não se seu corpo não tenha mais nenhuma, mas saiu a metade pelas minhas estáticas.


- Ahh eu entendo, Prof° Dumbledore então eu... Eu estou bem? – perguntei aflita.


- Na verdade não 100°/° - ele respondeu – o veneno se alojou em um lugar que... Que é difícil de retirar... Anna o veneno da Acromântula  esta alojado em seu coração – Dumbledore ao dizer coração, levantou a mão e colocou ela em meu coração.


- Isso quer dizer...? – perguntei novamente aflita.


- Que talvez não seja possível retirar essa parte do veneno e pode lhe trazer consequencias – ele respondeu triste.


- Ahh... – respondi vazia.


- Vou lhe deixar sozinha, seus pais ao anoitecer chegaram e o Sr.Black após esta aula vira ficar com você – ele respondeu serenamente – Boa sorte, minha cara!


Dumbledore acenou com sua mão confiante e cheia de anéis e saiu da enfermaria que estava completamente vazia, refleti um pouco Estou com uma parte do veneno da Acromântula no meu CORAÇÃO!!! E AGORA?? ISSO PODE ME MATAR?? TALVEZ SEJA MEU FIM... TALVEZ SEJA O MEU FINAL. OU MEU COMEÇO...


Adormeci e acordei com Sirius passando a mão em meu cabelo.


- Oi jovem Sirius! – disse a ele.


- Ahh desculpa!! – disse num tom culpado – Não queria te acordar!


- Fica de boas, eu to legal! – dei umas palmadas carinhosas em seu braço – ficou com medo de me perder?


- Para com isso – ele me abraçou – Eu NÃO vou perder você!! Porque você... É outra parte de mim e se eu te perder eu me perdo e nós dois nós perdemos ai a Lufa-lufa se perde junto com a Grifinória, os dois perdidos a Corvinal vai se perder e assim Hogwarts se perderá juntos com todos os professores e...


- Sirius menos, tenho veneno de Acromântula no meu coração então menos! – disse rindo.


- a Madame Promfrey só deixou eu entrar pra te visitar – ele sorriu marotamente e me beijou, quando ouvimos batidas na porta Sirius já estava deitado comigo na maca e rapidamente ele se levantou arrumou o uniforme e se virou, eram meus pais.


A bruxa de cabelos castanhos e olhos mel com uma blusa de lã azul e calças jeans entrou na enfermaria com a expressão preocupada e o bruxo que lhe acompanhava de cabelos pretos enrolados e pele clara igual a minha com um blusão velho vermelho e calça jeans folgadas e com uma expressão menos preocupada do que a bruxa que ao me ver correu em minha direção ignorando Sirius.


- Pelas barbas do santo Merlin!! Você esta bem?? – ela perguntou passando a mão no meu rosto.


-Sim mãe estou! – respondi, o bruxo acompanhou ela andando calmamente, mas nervoso.


- Anna tudo bem mesmo? – o bruxo perguntou.


- Pai eu estou de boas!


- De boas?? Você sua irresponsável foi ataca por uma Acromântula e esta de boas?? – a bruxa que era minha mãe disse inconformada gritando  e visivelmente assustando Sirius.


- Angela menos, a Anna tem visita... – papai segurou o braço da mamãe que se virou pra Sirius – E você querido... Quem é?


Sirius meio perdido mexeu as mãos e respondeu:


- É prazer, sou Sirius! – ele respondeu nervoso, ele estendeu o braço para minha mãe e depois para meu pai.


- Sirius... Sirius o que rapaz? – papai perguntou.


- Sirius Black – ele respondeu torcendo o nariz e papai estremeceu ao ouvir seu sobrenome – Mas sou diferente da minha família! Não concordo com o fato que todo Black tem que estar ao lado de Você-Sabe-Quem, aliás, não pretendo me juntar a eles. E diferente de todos sou um Grifino – Sirius disse rápido e sem pausas muito nervoso.


- Calma rapaz, percebo que você é diferente de todos os Blacks – papai apontou para o símbolo da Grifinória na capa de Sirius.


- Você não deve explicação para nós queridos! – Mamãe disse e Sirius paralisou e me olhou tipo “Eu conto?!”.


- Na verdade mãe... Sirius deve explicações a você e o papai sim... – respondi envergonhada.


-Como assim Anna? – papai perguntou meio atrapalhado.


- Sirius é meu namorado papai... – respondi.


Mamãe sorriu feliz e papai primeiramente ficou sério e depois abriu um sorriso meio torto.


- Ahh e vocês não prendiam contar pra gente? – papai perguntou.


- Rogerio eles são adolescente! – mamãe bateu no braço do papai que resmungou e Sirius soltou uma risadinha.


- Iríamos sim Sr.Paixão, pretendíamos contar no Natal... – Sirius respondeu envergonhado.


- Ahh que bonitinho – mamãe apertou a bochecha de Sirius me fazendo ficar vermelha u.U – O que acha de passar o Natal conosco Sirius?


- É nisso que eu estava pensando mamãe – disse.


- Ótimo Sirius converse com seus pais e veja se pode passar alguns dias em nossa casa! – mamãe disse a Sirius.


- Claro Sra. Paixão! – ele respondeu.


- Ahh por favor Srta.Scrimgeour, não sou casada com Rogerio – mamãe respondeu.


-Ah desculpe! – Sirius disse.


-Tudo bem querido – ela se virou pra mim – Anna e você cuidado!! Sei que esta em boas mãos e isso me conforta, esta até corada! O professor Dumbledore pediu para que eu e seu pai passássemos na sua sala ainda mais que fiz os bolinhos de laranja florescentes que ele tanto gosta!


- Mas antes de imos embora, viremos nos despedir! – papai disse.


- Okay! – respondi.


- Beijos meu amor cuidado! – mamãe disse me dando um beijo na testa.


- Tchau Anninha! – papai disse me abraçando.


- Até o Natal querido – mamãe abraçou Sirius.


-Até Srta. Scrimgeour! – ele respondeu.


-Até mais rapaz – papai estendeu a mão para que Sirius apertasse e fez uma cara de sério para ele.


- Até Sr.Paixão! – ele respondeu envergonhado.


- Ahh mãe pai e meus materiais que eu preciso? – pisquei e perguntei.


- Você acha que está em condições de...?? – mamãe perguntou.


- Mããee psiiu!! – a interrompi.


- Vamos te mandar Anna, fique calma olhe o coração! Vá descansar! – papai disse.


 


Os dois bruxos saíram pela porta deixando eu e Sirius sozinhos.


- Condições do que? – Sirius perguntou.


-Nada não! – o respondi me olhou feio, mas ele logo sentou na cama e soltou uma exclamação de alivio:


-Achei que ia morrer! – ele disse.


- Que nervoso todo é esse Almofadinhas? – alguém disse no outro canto da sala e reconheci a voz era James.


- São apenas os pais da paixão, não são centauros querendo exterminar humanos – agora foi outra voz era Remo.


- Remo, James!! – disse feliz me levantando da cama para ir de encontro a eles, mas Sirius me impediu e deitei novamente bufando.


- Olá cunhadinha! – James veio me abraçar.


- Oi Paixão! – agora foi Remo que veio me abraçar – Como esta?


- Ahh melhor obrigada Remo! – eles sorriram.


-Desde quando vocês estão aqui? – Sirius perguntou.


- Desde que você foi todo meloso com a Anna falando que ela é outra parte de você – James colocou a mão na cabeça e se jogou em cima de Remo que tropeçou e caiu em uma das macas.


- Vai se ferrar Pontas! – Sirius emburrou James e todos nós rimos.


- E como estão Tonks, Rosa e Eleanora? – perguntei aos dois marotos.


- Bom Eleanora esta quieta como sempre e quando olho pra ela ela fica vermelha, Rosa continua estérica principalmente  como você aqui e Tonks continua babando pelo Aluado – quando James falou isso Remo ficou vermelho – Estudamos com elas ontem.


- E o Rabicho cadê? – perguntou Sirius.


- Foi procurar algo pra comer – os marotos riram.


Conversamos até a Madame Promfrey voltar e fazer os marotos se esconderem embaixo das macas beliscando a canela de Sirius.


 


 


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Depois de uma semana em observação na Ala Hospitalar fui liberada depois de fazer um exame para um tal de Emílio Bulstrode  um curandeiro do St.Mungus que queria  tirar um pouco do meu sangue com veneno de Acromântula para fazer estudos. Voltei ao meu dia normal, estudos, provas e mais. Sirius e todos a minha volta viviam me perguntando se eu estava bem era fofo, mas irritante!


Alfredo me mandou uma carta me perguntando como eu estava e entregando minha vassoura e meu taco, felizmente Tonks estava na minha frente e todos acharam que o pacote era pra ela, fiquei super feliz de treinar na minha própria vassoura!!


Hoje é sábado, um sábado frio e cheio de neve e hoje tem passeio para Hogsmeade \O/ 

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