Memórias Perturbantes
Capitulo um-Memórias Perturbantes.
Aquele verão tinha sido definitivamente estranho, mas para Rosa Weasley tinha sido o pior da sua vida, lembrava enquanto a maria-fumaça fazia o costumeiro caminho passando por um lugar onde a grama era bem verdinha e havia macieiras repletas de frutas. Ela desejava logo chegar a Hogwarts, tirar todos aquelas lembranças perturbadoras da cabeça, lendo e lendo mais livros na biblioteca, mais uma lembrança incomodava lhe constantemente.
*Flash Back*
Ela corria pelos corredores da casa atrás de Lílian, se perguntando onde aquela pestinha tinha se metido estava quase desistindo de procurar quando falou:
-Líly, eu desisto você venceu! Aparece logo, eu estou cansada...
Mas ela não teve tempo de terminar a frase pois escutou alguém falando:
-O que? Rosa Weasley desistiu! O mundo está mesmo perdido!
Escutou a voz zombeteira de sua prima vindo do andar de cima, empunhou sua varinha já que pretendia lançar um feitiço de corpo preso na prima quando a achasse para que não fugisse mais dela. Subiu as escadas correndo, quando chegou no último degrau caminhou silenciosamente olhando para os lados, passou por uma mesinha que tinha um jarro de flor em cima quando ouviu a voz de novo:
-Ora! Ora! vamos Rosinha está bem pertinho de me achar, acho bom estar com sua varinha pois não terei piedade!
A voz da prima estava cada vez mais perto, Rosa bufou de raiva detestava quando alguém a chamava de Rosinha, segurou firmemente a varinha, e continuou andando sabia que não podia duelar ainda pois tinha 14 anos, ela só pretendia dar um susto na prima já que esta ficava fazendo isso o tempo todo com ela, Rosa olhou por cima do ombro, não prestou atenção e acabou esbarrando em alguém sua varinha encostou na ponta da varinha da pessoa e faiscou, Rosa cambaleou e caiu sentada no chão do corredor, um turbilhão de memórias passou por sua cabeça, ela ficou zonza pois as memórias passavam em alta velocidade, estava pálida e suando frio, com um pouco de força que conseguiu reunir viu que a pessoa em que tinha esbarrado estava confusa e um pouco pálida olhando para ela, quando conseguiu identificar quem era viu que era a pessoa que ela menos imaginava, era seu tio Harry Potter..
Para Harry aquele verão não tinha sido fácil, tinha acontecido coisas que o deixaram com muitas dúvidas, não entendia como aquilo tinha acontecido, estava muito confuso, mas se ele estava confuso imagina sua sobrinha Rosa.
*Flashback*
Estava no escritório de sua casa, já que gostava de trabalhar na tranquilidade de casa, olhando os papéis de alguns casos antigos de comensais da morte, quando sua filha entrou correndo em seu escritório,e lhe falou:
-Papai por favor deixa eu me esconder aqui, e que eu apostei com a Rosa que se ela conseguisse me achar em menos de meia hora eu ia pagar pra ela 10 galeões..
Ele olhou naqueles olhos castanhos brilhantes e pidões refletiu um pouco, soltou o ar dos pulmões e disse:
-Tudo bem, mas não é pra fazer barulho eu estou trabalhando.
A menina abriu um sorriso lindo e disse:
-obrigado papai!
Ela correu para se esconder atrás de uma estante, Harry teve tempo somente para ver o vulto dos cabelos ruivos, escutou alguém subindo a escada correndo, deve ser Rosa pensou quando ouviu Líly falar:
-Ora! Ora! vamos Rosinha está bem pertinho de me achar, acho bom estar com sua varinha pois não terei piedade!
Harry lançou um olhar severo a filha e esta só virou o rosto para a porta, olhando diretamente para o trinco da mesma, então Harry reparou que estava sem a sua pena, levantou da cadeira e foi em direção ao quarto, mas não concluiu o caminho enquanto olhou distraidamente pra trás, esbarrou em alguém, sua varinha que estava empunhada já que pretendia fazer um simples feitiço de atração, encostou na da pessoa e faiscou, ele só teve tempo de ver a pessoa cair sentada no chão e também de ver seus longos cabelos ruivos se balançarem por causa do impacto, pois sentiu um filme passar em sua cabeça e sentiu uma levíssima fisgadinha na cicatriz em forma de raio, quando recobrou a consciência do que tinha acontecido pensou ter esbarrado em Gina, mas olhou a pessoa em sua frente, ela estava o encarando, estava com uma expressão fantasmagórica que Harry podia jurar que a única coisa que tinha cor era seus cabelos ruivos, olhou com mais atenção para a pessoa e viu que era sua sobrinha Rosa Weasley.
Quando ia perguntar se a garota estava bem ouviu alguém subindo e falando:
-Harry ta tudo bem? É que eu escutei um barulho e...
Era Gina mas ela parou de falar quando viu a estado de Rosa, só ai reparei que ainda estávamos sentados um de frente pro outro as varinhas poucos centímetros de distância formando uma cruz, Rosa estava com os olhos fora de foco como se estivesse viajando em seus pensamentos. Pedi pra Gina descer e trazer um copo de água para Rosa, levantei e chamei:
-Rosa?
Ela virou o rosto calmamente pra min e eu disse:
-vem comigo.
Estendi a mão pra ela, ela agarrou um pouco tremula e eu a levantei me abaixei e peguei nossas varinhas, guiei ela para o meu escritório e a conduzi para o sofá no meio da sala, entreguei sua varinha, ela sentou e respirou fundo quando Líly apareceu saindo de trás da estante falando:
-Poxa pai eu falei pro senhor que...
Mas ela calou vendo o estado em que Rosa se encontrava, nesse momento Gina entrou trazendo o copo de agua e levou Líly deixando eu e Rosa sozinhos, me sentei ao lado de Rosa e lhe dei o copo de água e esperei ela beber para falar, ela bebeu um a água e colocou o copo em cima da mesinha de centro, e me olhou reparei que havia voltado um pouco de cor a seu rosto então perguntei:
-Rosa ta tudo bem?
Ela assentiu então eu falei:
-o que houve?
Ela contou o que tinha se passa do na sua cabeça, desde memórias a uma pequena dor de cabeça e o que havia acontecido com a sua varinha, achei aquilo muito estranho e então no final ela pediu:
-Tio por favor não conta nem pra mãe nem pro pai eles já estão muito preocupados com a vovó e eu não quero ser a causa de mais uma preocupação.
Eu assenti, a mãe de Hermione estava doente então ela e Rony tinham tirado o dia para ir visita-la e eu disse que Rosa podia ficar aqui já que Líly tinha implorado e Hugo estava na toca com os avós paternos.Eu falei pra ela ir deitar um pouco no quarto de hóspedes, para descaçar enquanto eu fiquei refletindo sobre o que tinha acontecido aquilo era muito estranho...
Rosa estava com a cabeça encostada no vidro da janela com uma expressão triste e distante quando Alvo entrou.
-Eai Rosa! Eu...
Mas ele parou de falar quando viu a expressão dela.
-Ei você está bem?
Ela desviou o olhar pra ele e disse:
-Sim só estou pensando.
Disse ela com um sorriso triste então Alvo se lembrou do que tinha acontecido.
*Flashback*
Ele estava em seu quarto lendo quando Líly entrou fechando a porta silenciosamente para que ninguém escutasse a conversa.
-o que foi Líly?
Ela sentou na ponta da cama e disse:
- a Rosa está conversando com o papai.
Olhei pra ela arqueei a sobrancelha e disse:
-sim...e?
-e..ela estava muito estanha, tava mais branca que papel e um pouco tremula.
Escutei aquilo com atenção, e refleti, não gosto de me meter nos assuntos dos outros mas esse era diferente então eu disse:
-se ele a chamou pra conversar certamente sabe como ajuda-la.
-mas aí é que tá! O papai também tava esquisito, ele tava um pouco branco demais e os olhos dele estavam um pouco mais escuros.
Estanhei, aquilo definitivamente era esquisito pedi pra Líly deixar isso de lado, ela saiu do quarto. Mais tarde papai nos chamou para fala com nós.
-Olhem Rosa está um pouco cansada portanto ela está descansando no quarto de hospedes não quero vocês a incomodando com perguntas ficou entendido?
Nos assentimos e Tiago perguntou:
-tá...mas o que aconteceu?
Papai nos olhou nos olhos eu sabia que ele detestava mentir então ele disse:
-olha eu não sei exatamente o que aconteceu, mas acho melhor deixa-la descansar
Nos saímos do escritório, e cada um foi para o seu quarto.eu estava calmamente respondendo uma carta de um amigo da escola quando, escuto um grito abafado que quase não dava pra ouvir, mas meu quarto é perto do quarto de hospedes, fui para lá, abri a porta devagar e fechei silenciosamente, vi que Rosa estava suando e seu rosto estava manchado por uma lágrima, e sentei ao seu lado coloquei a minha mão na sua testa, ela estava fria, chamei-a baixinho duas vezes ela abriu os olhos e olhou para todos os lados, então sentou, e semicerrou os olhos era como se a claridade a estivesse incomodando então disse:
-Al?
-sim?
Ela me abraçou, apertado e começou a chorar então perguntei com a voz baixinha como se falasse com uma criancinha que tinha tido um pesadelo.
-ei...ei o que foi?
Ela parou de chorar mas não me largou e disse:
-Eu sonhei com uma mulher sendo morta e devorada por uma cobra e...e tinha pessoas lá so que essas pessoas não faziam nada so olhavam como se aquilo fosse um espetáculo. E então a cobra avançou pro braço de um homem se enrolando em seu pescoço e..e-ela não conseguiu terminar pois começara a chorar de novo-Foi tão horrível..eu estava alegre mas é como se não fosse eu mesmo e sim outra pessoa, é como se nos dois compartilhássemos o mesmo corpo com os mesmos sentimentos.
Achei aquilo muito esquisito, mas para acalma-la falei:
-tudo está bem, olha agora você tenta dormir e..
Mas ela se afastou desesperada e disse:
- e se eu sonhar com isso de novo? To com medo Al!
-está bem eu fico aqui com você e espero você dormir e se você tiver pesadelos eu te acordo ta bom?
Ela assentiu me encostei no espelho da cama de casal, e ela se deitou ao meu lado com a cabeça apoiada nos travesseiros, eu acariciava seus cabelos ruivos enquanto falávamos sobre várias coisas, e cinco minutos depois reparei que ela tinha dormido demorei mais um pouquinho antes de sair pra ver se ela tinha pesadelos, mas ela dormia serenamente sai do quarto para ir atrás do meu pai para contar a ele o que aconteceu aquilo não me cheirava muito bem..
Rosa escorou a cabeça no ombro de Alvo a procura de conforto, e ela se permitiu cochilar um pouco já que não tinha dormido muito noite passada. Lílian entrou no vagão e se sentou de frente pra eles, ela informou que Hugo estava com Fred 2 e Tiago em outro vagão quando reparou que a prima dormia e falou:
-ela só consegue dormir calma com você né?
Alvo corou e disse:
-talvez, eu não sei.
Lílian sabia muito bem que sim já que em outra ocasião tinha visto a prima dormir calmamente com o seu irmão ao lado.
*flashback*
Ela andava pelo corredor calmamente quando viu a porta de um quarto meio aberta e escutou:
-acho melhor o Chudley Cannons!
Concluiu que as pessoas do quarto estavam falando sobre quadribol quando ouviu a voz do irmão:
-prefiro Hollyheads Harpias
Devagar e silenciosamente viu o irmão reparando se a prima já havia dormido, Líly percebeu que ela dormia tranquilamente e não parecia aquela garota que vivia tendo pesadelos. Mas ela concluiu que o único dos três que lhe entendia era Alvo portanto ela devia se sentir mais confortável com ele...
Tiago se permitiu dar um bocejo largo e demorado, a viagem até Hogwarts era muito longa e cansativa, estava quase escuro quando, a monitora foi até seu vagão avisar que logo estariam em Hogsmeade, ele colocou as vestes da escola, e resolveu ir atrás dos irmãos achou-os dividindo o vagão com Rosa e uma menina que reconheceu ser amiga de Líly, Lysander Scamander, entrou e se sentou ao lado de Lily perto da janela, viu que a prima parecia estar distante como se estivesse em outra dimensão então se lembrou do que havia ocorrido.
*flashback*
Subia a escada da Toca calmamente, ouviu um soluço vindo de um certo quarto, caminhou até este e encontrou sua prima Rosa abraçada a seu irmão chorando muito, mas quando ela notou que ele havia chegado no quarto se separou calmamente do seu irmão e o encarou então ele disse:
-O que houve? Rosa você está bem? Calma aí vou chamar o tio Rony..
Ele ia saindo mas ela agarrou seu braço, e disse:
-Não! Por favor não é nada.
-Como assim não? Rosa olha o seu estado! O que aconteceu?
-Eu conto a você se prometer não contar ao papai e a mamãe e nem a ninguém ta bom?
Assenti, e ela me contou tudo desde o ocorrido com as varinhas até seus pesadelos, estava perplexo, sabia que Rosa andava pesadelos mas não sabia que eram tão horríveis e sombrios, eu a encarei e perguntei:
-Quem mais sabe disso?
Mas foi Alvo que respondeu:
-Só eu, ainda não tive tempo de contar pro papai e bem, agora você também sabe.
-Mas Rosa porque você não contou ao seus pais ainda?
Ela me olhou com os olhos marejados:
-Não quero causar mais preocupação a eles agora, já basta a vovó está doente e agora a filha tem pesadelos malucos? Não contarei, pelo menos não agora, a única pessoa que vai saber é só o tio Harry e você e mais ninguém.
Saí do quarto e dei de cara com Líly, sabia que ela era curiosa e poderia ter ouvido a conversa então falei:
-Psiu! Não é pra falar pra ninguém ok?
Ela assentiu e disse:
-Mas isso não é normal!
-Eu sei mas é melhor ninguém ficar sabendo de nada agora.
Saí em direção a sala pensando naquilo, era muito perturbador pra ele imagine para sua prima...
O trem parou na plataforma de Hogsmeade, desceram do trem, acenaram para Hagrid o guarda-caça retribuiu o aceno, e foram em direção as carruagens, não trocaram uma palavra durante a viagem, chegaram a Hogwarts e se encaminharam para o salão principal. Assistiram a seleção dos novatos, e quando terminou começou o banquete, a mesa estava farta de comida mas Rosa pegara apenas um pedaço de torta, e nem sequer triscara nele, até que seu primo Alvo reparou e disse:
-Você tem que comer Rosa! Se não vai ficar fraca, você não comeu nada durante a viagem.
-Eu não estou com fome Al!
-Mas você tem que comer mesmo que seja só um pouquinho!
Ela apenas beliscou a torta, para Al não brigar, terminaram de comer e cada casa foi para seu salão comunal, os Monitores-chefes guiando os alunos novatos que pareciam perdidos pelo castelo, Ela deu boa noite a Alvo e foi direto para o dormitório, nem ligou para quem estaria lá, caminhou para a sua cama perto da Janela, e se jogou sobre esta, mas não dormiu, apenas cochilou já que não queria ter outro pesadelo de novo, mas não conseguiu se impedir de ter outro pesadelo.
Alvo, aguardou todos no salão comunal irem dormir para pegar um pergaminho e uma pena, e escrever uma carta para seu pai, quando terminou chamou por sua coruja Ares, uma coruja branca com os olhos bem castanhos, entregou a carta e esta deu uma bicadinha carinhosa em seu dedo, e saiu voando pela escuridão a procura de seu destinatário, Alvo então relaxou um pouco sobre o sofá de frente para a lareira, antes de ver alguém descer as escadas do dormitório feminino, era Rosa, ela estava enrolada em um robe de seda, azul claro que ia até os joelhos, estava pálida então ele a chamou:
-Rosa?
Ela ainda não havia notado sua presença, o olhou e parou, ele a chamou para sentar ao seu lado, ela repousou a cabeça em seu ombro, e ele perguntou carinhosamente:
-Outro sonho ruim?
Ela assentiu
-Me conta.
Ela contou sobre o seu pesadelo devagar para que Al entendesse:
-eu estava em uma casa muito velha com a cobra que tinha matado a mulher, e ela estava matando um homem, de cabelos negros, e vestes negras, e eu só olhava não fazia nada só assistia aquilo atentamente.
Seu rosto estava manchado por duas grossas lágrimas, ele a abraçou com um braço só, tentando passar conforto, ela se encolheu e adormeceu ali no sofá, ele aguardou um pouco então a pegou no colo e levou para seu dormitório, chegando lá depositou calmamente ela na cama e saiu em direção ao seu dormitório, se largou sobre a cama e adormeceu...
Harry estava em seu escritório guardando os papeis que estavam sobre a mesa quando uma coruja pousou no encosto do sofá enfrente a mesa, ele reconheceu ser Ares a coruja do seu filho do meio, pegou a carta fez um afago na cabeça da coruja e esta voou escuridão a fora, ele se sentou no sofá e leu a carta atentamente.
Oi pai!
Não se preocupe eu estou bem, é a Rosa.
Esses dias ela não anda muito bem, e bom ela disse que todas as noites desde aquele acidente ela vem tendo pesadelos com pessoas sendo mortas a sangue frio, bem ela só contou a min, a Tiago e a Lily, eu ia contar pra você antes de vir para Hogwarts só que você estava muito ocupado, ela não contou nem pro tio Rony e nem pra tia Mione, porque não quer causar preocupação a eles, eu achei que seria bom lhe informar, caso possa ajudar ela.
Abraços
Al.
Harry ficou confuso e preocupado, não sabia o que estava acontecendo com Rosa, resolveu ir se deitar, ficou pensando no que fazer para ajudar Rosa, mas acabou adormecendo.
Comentários (1)
por um momento eu fiquei com medo de ser rose x harry, mas era só paranoia da minha cabeça pareça ser um plot mto promissor to ansiosa por mais
2019-11-13