A ascensão do Lorde das trevas



Hermione franziu o cenho não entendendo o nome do capitulo, embora aquilo tenha feito um frio na espinha lhe subir pelas costas, emquanto sua mente trabalhava até lembrar-se de ter lido algo parecido com aquilo. Era relacionado a... Você-sabe-quem.


– O nome é: “A ascensão do Lorde das trevas” – disse. Algumas pessoas ficaram pálidas sabendo de quem se tratava.


O salão em conjunto pareceu se empertigar e, quando iriam começar a falar Hermione os interrompeu, e começou a ler:



Os dois homens apareceram do nada, separados poucos metros na pista estreita e enluarada. Por um segundo permaneceram imóveis, as varinhas apontadas para o peito um do outro; então, ao se reconhecerem, guardaram as varinhas debaixo de suas capas e começaram a andar apressadamente na mesma direção.


– Novidades? - perguntou o mais alto dos dois.
–As melhores. - respondeu Severo Snape.



Todas as cabeças se viraram para Snape. Queriam perguntar o que eles estavam fazendo ali, e quem o acompanhava, mas, prevendo o show de perguntas e já imaginando do que se tratava o capitulo, embora achasse impossível, levantou-se e indagou rispidamente - Isso é no futuro, como eu saberia o que esta acontecendo? – mentiu ele, depois que terminou de falar Hermione achou melhor continuar a ler;



A pista era limitada à esquerda por amoreiras baixas selvagens, e à direita por uma fileira de altos arbustos cuidadosamente podados. As longas capas dos homens balançavam ao redor de seus tornozelos enquanto caminhavam.


– Pensei que pudesse ser tarde - disse Yaxley, suas feições arredondadas ficando fora de vista, enquanto os ramos suspensos das árvores bloqueavam a luz do luar.


– Foi um pouco mais complicado do que eu esperava. Mas acho que ele ficará satisfeito. Você acredita que a sua recepção será boa?



Snape acenou com a cabeça, mas não continuou. Eles viraram à direita para uma larga garagem que dava acesso à pista. A alta margem de arbustos escoava pela distância além dos impressionantes portões feitos de ferro que barravam o caminho dos homens. Nenhum dos dois parou de caminhar. Silenciosamente e juntos, levantaram o braço esquerdo numa espécie de cumprimento e atravessaram como se o metal escuro fosse fumaça.
As sebes silenciaram o barulho dos passos dos homens. Houve um farfalhar à direita, Yaxley empunhou sua varinha e apontou-a por cima da cabeça de seu acompanhante, mas a origem do barulho não era mais do que um pavão albino, andando majestosamente de uma ponta a outra o alto da sebe.



– Lúcio sempre gostou do bom e do melhor. Pavões... - Yaxley pôs sua varinha debaixo da capa com um grunhido.



– O que eles estão fazendo na nossa casa? – perguntou Draco Malfoy ao pai,


Lúcio simplesmente ignorou a pergunta do filho, ele tinha uma breve ideia do que eles estariam fazendo em sua casa.



Uma bela mansão apareceu na escuridão ao fim do estreito percurso, luzes piscavam nas vidraças brilhantes das janelas do térreo. Em algum lugar no jardim escuro além das sebes, uma fonte jorrava. Pedregulhos crepitavam abaixo de seus pés enquanto Snape e Yaxley andavam depressa em direção à porta da frente, a qual se abriu para dentro à aproximação deles embora não houvesse ninguém visível que tivesse abrido-a.
A entrada era grande, pouco iluminada e suntuosamente decorada, com um magnífico carpete cobrindo a maior parte do chão de pedra. Os olhos dos rostos pálidos nos retratos nas paredes seguiam Snape e Yaxley assim que eles passavam. Os dois homens pararam a uma pesada porta de madeira que levava ao próximo aposento, hesitaram com o coração acelerado, até que Snape girou a maçaneta de bronze.



Draco tinha um sorriso arrogante, ao perceber alguns nascidos-trouxas da Lufa-Lufa parecerem encantados com a descrição do grande casarão de uma família tradicional bruxa; Ronald revirou os olhos e resmungou algo parecido com “Exibido”.



A sala de estar estava cheia de pessoas em silêncio, sentadas em uma grande e ornamentada mesa. Os móveis costumeiros da sala foram empurrados descuidadosamente contra as paredes. A iluminação vinha de uma fogueira crepitante acesa abaixo de uma bela lareira de mármore cercada de um espelho banhado a ouro. Snape e Yaxley se demoraram por um momento na entrada, e enquanto seus olhos se acostumavam à carência de luz, tomaram consciência do detalhe mais estranho da cena: uma figura humana aparentemente inconsciente estava pendurada de cabeça para baixo acima da mesa, girando vagarosamente como se estivesse suspensa por uma corda invisível, sua imagem refletida no espelho e na superfície polida da mesa abaixo. Nenhuma das pessoas abaixo deste singular ângulo de visão estava olhando para ela, exceto um garoto jovem e pálido, sentado quase abaixo dela. Ele parecia incapaz de evitar olhar para cima a cada minuto.


Todo o salão pareceu se concentrar em Draco que parecia estar passando mal. Até mesmo ele percebera o que acontecia ali.


–Quem será a pessoa aprisionada? – Minerva perguntou a Alvo.


–Não faço idéia, só nos resta ler para saber.



– Yaxley, Snape - disse uma voz alta e clara na cabeceira da mesa. - Vocês estão quase atrasados.



O interlocutor estava sentado diretamente à frente da lareira, de modo que era difícil, a princípio, distinguir mais do que a silhueta. Enquanto chegavam mais perto, contudo, sua face brilhou pela escuridão: careca, ofídio, com rachos estreitos no lugar das narinas e olhos vermelhos brilhantes cujas pupilas eram verticais. Ele era tão pálido que parecia emitir um brilho perolado.



Os aurores presentes sibilaram, e o Ministro da magia tinha uma careta nervosa.



– Severus, aqui. - disse Voldemort, indicando o assento imediatamente à sua direita. - "Yaxley - ao lado de Dolohov.



Houve um silencio tenso no salão.



–Ora, você é o braço direito dele! – Molly Weasley irritou-se, segundos depois uma dúzia de varinhas estava apontada para Snape que, apesar de ter um sorriso de canto arrogante, parecia meio pálido e doente.


–Senhora Weasley, acalme-se, por favor. Lembre-se que o bilhete dizia para não tirarmos conclusões precipitadas - disse o diretor mansamente, pondo a mão sobre a varinha da matrona e a baixando gentilmente. Hesitantes, os demais repetiram o gesto, mas ainda olhando Severus com desgosto.


–Senhorita Granger será que poderia continuar? E eu peço que parem de interromper a leitura, pois quero terminar esse capitulo ainda hoje. – Disse Minerva McGonagall com um ar impaciente;



Os dois homens tomaram seus lugares definidos. A maioria dos olhares ao redor da mesa seguiram Snape, e foi para ele quem Voldemort falou primeiro.
– Então?
– “Milorde, a Ordem da Fênix pretende deslocar Harry Potter de seu atual lugar de segurança no próximo sábado, ao anoitecer”.


–Ora, seu Ranhoso!! Esta entregando o garoto! – Remus Lupin levantou sua varinha para Snape. O salão ficou em completo silêncio, os adultos o olhavam chocados, nunca imaginaram que Lupin perderia a calma de tal maneira.


Ele preparou-se para azarar Severus, mas sua varinha não estava mais em sua mão.


Dumbledore o olhou severamente, segurando a varinha que havia acabado e conjurar. –Acalme-se Remus, e terminemos a leitura.


–Mas, Professor, como pode deixar que ele faça isso a HARRY!! – Ele rosnava, e Harry simplesmente não entendia por que aquele homem o prezava tanto.


O diretor suspirou. – Medidas serão tomadas se Severus for culpado. Agora se sente e deixe que a senhorita Granger continue.


A garota assentiu enquanto Lupin se sentava.



Osidade que alguns dos observadores desviaram o olhar, aparentemente receosos de que eles  interesse ao redor da mesa afiou-se palpavelmente. Alguns enrijeceram, outros se inquietaram, todos fitando Snape e Voldemort.


– Sábado... ao anoitecer. - repetiu Voldemort. Os olhos vermelhos fixados sobre os pretos de Snape com tal intenmesmos seriam queimados pela ferocidade do olhar. Snape, contudo, olhava calmamente para o rosto de Voldemort e, após um momento ou dois, a boca sem lábios de Voldemort se curvou para algo semelhante a um sorriso.



Todos estremeceram pensando em Voldemort sorrindo. E Hermione fez menção a prosseguir, mas Dolores interrompeu.


– Hum, hum. Eu gostaria de saber, o que é essa tal de Ordem da Fênix.


Lupin revirou os olhos e Dumbledore deu um sorrisinho.


–É a uma organização que fundei durante a primeira Guerra, para ajudar na luta contra as trevas.


O Ministro levantou-se exaltado. – Um exército particular, Alvo? Quer tomar o ministério?


–Não é um exército. É simplesmente algo para proteger os bruxos inocentes nessa guerra, você deveria saber Fudge.


O Ministro sentou-se calado, e Hermione apressou-se novamente.



Bom. Muito bom. E essa informação vem?...
– Da fonte sobre a qual discutimos. - disse Snape.


– Milorde. - Yaxley inclinou-se a frente para olhar Voldemort e Snape. Todos os rostos se viraram para ele.



– Milorde, eu ouvi falar diferente. Yaxley esperou, mas Voldemort não falou, então continuou:- Dawlish, o auror, deixou escapar que Potter não será removido até o dia 30, a noite que precede o aniversário de dezessete anos do garoto.



Harry ficou ainda mais confuso, era tudo tão estranho. Acabara de descobrir que era bruxo, e de repente estava lendo sobre sua vida aos 17 anos!



Snape estava sorrindo e continuou:
– Minha fonte disse que há planos para um alarme falso; deve ser isso. Não há dúvida que um Feitiço Confundus foi posto sobre Dawlish! Não seria a primeira vez, ele é conhecido por ser suscetível.
– Posso lhe assegurar, Milorde, que Dawlish pareceu estar totalmente certo. - falou Yaxley.



Hermione se interrompeu – Quando uma pessoa é confundida ela simplesmente age normalmente, e é bem firme em suas ações, então é claro que ao dizer isso ele parecia certo do que dizia! – Concluiu com um ar de quem sabe o que diz, e corou ao ver que o encaravam meio abismados. Baixou a cabeça para continuar e perdeu o sorriso que McGonagall lhe deu.


–Dez pontos a Grifinória pela conclusão brilhante para uma primeira-anista. – a mesa da Grifinória aplaudiu, eram os primeiros pontos que recebiam no ano, e nem foi em aula!



– Se ele foi confundido, naturalmente ele não tem dúvida. - disse Snape.


Algumas pessoas riram com a semelhança entre os dois. Snape fez cara de desgosto e Hermione ficou ainda mais vermelha.


Eu lhe asseguro Yaxley, que o Escritório dos Aurores não terão parte alguma na proteção de Harry Potter. A Ordem acredita que temos infiltrados no Ministério.



Fugde estremeceu pensando em seu precioso ministério.



– A Ordem entendeu uma coisa certa, então, hã?- disse um homem gordo e baixo sentado um pouco distante de Yaxley, dando uma risadinha ofegante que ecoou aqui e ali ao longo da mesa.
Voldemort não sorriu. Seu olhar desviou-se para cima ao corpo que girava vagarosamente, e parecia estar perdido em pensamentos.



Minerva bateu o pé impaciente. Tinha um mau pressentimento sobre o tal “corpo”.



– Milorde. - Yaxley continuou. - Dawlish acredita que um esquadrão inteiro de Aurores será utilizado para transferir o garoto...Voldemort ergueu uma grande mão branca, e Yaxley acalmou-se imediatamente, olhando ressentidamente enquanto Voldemort virava-se para Snape.
– Onde eles vão esconder o garoto depois?
– Na casa de um dos membros da Ordem. - disse Snape. - O local, de acordo com a fonte, recebeu toda proteção que a Ordem juntamente do Ministério poderiam providenciar. Penso que há pouca chance de pega-lo, a menos que o Ministério tenha sido derrotado antes do próximo sábado, o que nos daria a oportunidade de nos informar sobre os tais encantamentos e quebrá-los, o que seria necessário.



– Bem, Yaxley? - Voldemort chamou-o da mesa, a luz do fogo refulgindo estranhamente em seus olhos vermelhos. - O Ministério será derrotado até o próximo sábado?
Mais uma vez, todas as cabeças viraram-se. Yaxley endireitou os ombros.
– Milorde, eu tenho boas notícias a respeito. Lancei - com grande dificuldade e esforço – uma maldição Imperius sobre Pius Thicknesse.


–Pius Thicknesse? – Umbridge aprumou-se reconhecendo o nome. Hum, darei um jeito nisso.

Muitos que estavam sentados à volta de Yaxley pareceram impressionados; seu vizinho, Dolohov, um homem com um grande e estranho rosto, deu um tapinha em suas costas.
– É um começo. - disse Voldemort. - Mas Thicknesse é apenas um homem. Scrimgeour deve ser cercado por nossos parceiros antes que eu aja. Um atentado mal-sucedido à vida do ministro, pode me fazer retroceder bastante em meus planos...



– Scrimgeour? Ele é... Ministro? – Fudge perguntou meio engasgado. Alvo o olhou pesaroso, e Dolores parecia abobada.


–Mas isso é um ultraje! – Gritou levantando.


–Oh, por favor, cale a boca e deixe a menina terminar! – Minerva também se levantou e olhou severamente para a mulher com cara de sapo.


Elas se fuzilaram por uns instantes até que Dolores sentou-se com uma cara amarga. Os alunos encararam sua professora tão severa que acabara de mandar um funcionário do ministro se calar. Os gêmeos tinham sorrisos idênticos de satisfação e até mesmo snape levantou o canto dos lábios satisfeito.


–Prossiga. – disse Mcgonagall, um pouco mais calma.



– Sim, milorde, isso é verdade, mas você sabe, como Chefe do Departamento de Aplicação das Leis da Magia, Thicknesse tem contato regular não apenas com o ministro, mas também com todos os chefes de departamento do Ministério. Penso que será fácil, agora que temos um oficial do alto escalão sob nosso controle, subjugar os outros, e então eles poderão trabalhar todos juntos para derrubar Scrimgeour.
– Isso se o nosso amigo Thicknesse não for descoberto antes que ele tenha convencido o resto. - disse Voldemort. – De qualquer forma, permanece sendo improvável que o Ministério será meu antes do próximo sábado. Se nós não podemos alcançar o garoto onde ele se encontra, então isso deve ser feito enquanto ele viaja.



– Nós estamos em vantagem aqui, milorde. - disse Yaxley, que parecia determinado a receber algum tipo de aprovação. - Agora nós temos muitas pessoas posicionadas dentro do Departamento de Transporte Mágico. Se Potter aparatar ou usar a rede de flu, saberemos imediatamente.



–Meu Mérlin, Arthur, olhe a que ponto chegou! – Molly parecia aterrorizada. O marido a abraçou e Gina encarou os irmãos, meio tristonha.



– Ele não fará nenhum dos dois. - disse Snape. - A Ordem está evitando qualquer tipo de transporte que seja controlado ou regulado pelo Ministério; eles desconfiam de tudo que tenha a ver com o Ministério.
– Mesmo assim, - disse Voldemort. - Ele vai ter que se expor muito. Mais fácil de pegá-lo, certamente.



– Espero que não - sussurrou a pequena Gina Weasley, mas não tão baixo. Harry tinha escutado e sorriu para ela que ficou tão vermelha quanto seus cabelos e derrubou um copo a sua frente, derramando água nas calças de Lee Jordan que deu um pulo assustado. As pessoas perto riram gostosamente, antes de Mione continuar.



Mais uma vez Voldemort fitou o corpo que girava vagarosamente, enquanto continuou:
– Eu mesmo tomarei conta do garoto.


Já houve muitos erros em relação a Harry Potter. Alguns deles foram meus. O fato de Potter viver se deve mais a erros meus do que aos seus triunfos.
As pessoas em volta da mesa observaram Voldemort apreensivamente, pelas suas expressões, pareciam receosos de serem culpados pela existência de Harry Potter. Voldemort, contudo, parecia estar falando mais para si mesmo do que para qualquer um deles, ainda atento ao corpo inconsciente acima dele.



– Fui descuidado e também enganado pela sorte e pela chance, com a destruição de todos meus planos mais bem elaborados. Mas eu sei melhor agora. Entendo coisas que eu não entendia antes. Deverei ser eu a pessoa que matará Harry Potter, e o farei.



–Ele fala como se você o tivesse enfrentado mil vezes, Harry. – Rony sussurrou ao recente amigo.


–É, parece mesmo, não estou gostando disso. – Harry respondeu no mesmo tom.



Como que em resposta a estas palavras, um repentino e terrível grito profundo de miséria e dor ressoou. Muitos dos que estavam na mesa olharam para baixo, surpresos pelo som que parecia ter vindo debaixo de seus pés.



– Rabicho? - falou Voldemort, sem mudar o seu tom de voz baixo e sóbrio, e sem tirar os olhos do corpo que girava lá em cima. - Já não falei a você sobre manter o nosso prisioneiro quieto?



O que? Mas, como? Rabicho esta morto! – Remo exclamou ficando pálido.


Muitos no salão não compreendiam tudo aquilo, quem era aquele ser que deveria estar morto?


– Parece que não, meu caro- respondeu Dumbledore calmamente.


–Quem é Rabicho? – Héstia Jones parecia confusa.


–Vocês o conhecem por outro nome. – Retrucou o diretor.


–Qual? – Dessa vez foi Mafalda Hopkirk que disse a pergunta que todos queria fazer.


–Peter, Peter Pettigrew.


O Ministro e os demais tinham uma expressão esquisita, lembravam-se das circunstancias sobre as quais Peter supostamente morreu.


–Mas então isso quem dizer que... – Lupin começou esperançoso, mas o professor sacudiu a cabeça.


–Ainda temos os demais falecidos daquele dia, Remus. – O licantropo assentiu perdendo o fio dos pensamentos.


Tonks se sentiu incomodada com a tristeza do homem perto dela. Ainda não entendia por que estava ali.


– Sim, m-milorde. - engasgou um pequeno homem na metade da mesa, que estava sentado tão baixo em sua cadeira que esta parecia, a princípio, desocupada. Agora ele saltava de seu assento e disparava da sala, deixando nada mais atrás dele exceto um curioso brilho prateado.


– Como eu estava dizendo, - continuou Voldemort, olhando novamente para os rostos tensos de seus seguidores. - Eu entendo melhor agora, e precisarei, por exemplo, pegar emprestada uma varinha de um de vocês antes de ir matar Potter.


–Mas... Por quê? – Professor Vector que até então estava quieto disse.


Ninguém parecia saber responder, mas Dumbledore tinha uma expressão de entendimento contido.



Os rostos em volta dele não demonstraram nada além de choque; ele podia ter anunciado que queria emprestado um dos braços deles.



Sem voluntários? - disse Voldemort. - Vamos ver... Lúcio, eu não vejo razão para você ainda ter uma varinha.


Lúcio olhou para cima. A pele parecendo amarelada e feita de cera sob a luz do fogo, seus olhos eram profundos e sombrios. Quando ele falou, sua voz estava embargada.



O Lucío fora do livro estava com a aparência parecida com a do livro. Sua mulher parecia horrorizada, como sua vida fora para o fundo do poço em tão pouco tempo?


– Milorde?


– Sua varinha, Lúcio. Requisitei a sua varinha.


– Eu...


Malfoy olhou ao lado para sua esposa. Ela estava parada à frente, quase tão pálida quanto ele, seu longo cabelo loiro caído em suas costas, mas por baixo da mesa os dedos finos fechados brevemente em seu punho. Ao toque dela, Malfoy pôs a mão em suas vestes, retirou a varinha e passou-a para Voldemort, o qual a segurou acima de seus olhos vermelhos, examinando-a atentamente.



Apesar de amedrontado, Malfoy deu um breve sorriso a Narcisa e segurou sua mão disfarçadamente. Ela deu um triste aceno e seus olhos prometiam mudança.


– Do que ela é?


– Olmo, milorde. - sussurrou Malfoy.


– E o núcleo?


– Dragão... cordas de coração de dragão.


– Bom. - disse Voldemort. Ele sacou sua própria varinha e comparou os comprimentos. Lúcio Malfoy fez um movimento involuntário; por uma fração de segundo, pareceu que ele esperava receber a varinha de Voldemort em troca da sua. O gesto não foi perdido por Voldemort, cujos olhos alargaram-se maliciosamente.


– Dar a minha varinha a você, Lúcio? Minha varinha?


Alguns dos presentes deram risadinhas.


–Idiotas – Draco cuspiu, surpreendendo a muitos ali. O diretor deu um sorriso, e as bochechas de Draco ficaram meio rosadas. Algo que fez Rony dar uma risada debochada.



Eu lhe dei sua liberdade, Lúcio, isso não é o suficiente para você? Mas tenho percebido que você e a sua família parecem menos que felizes... O que há sobre minha presença em sua casa que o incomoda, Lúcio?


– Nada - nada, milorde!


– Tais mentiras, Lúcio...


A voz suave parecia assobiar até mesmo depois de a boca cruel parar de se movimentar. Um ou dois dos bruxos quase não seguraram um tremido assim que o chiado começou a ficar mais alto; alguma coisa pesada pôde ser ouvida deslizando debaixo mesa.



–Liberdade? – Dédalo Diggle sussurrou a Amélia Bones. E ela apenas deu de ombros, também não entendendo.



A cobra imensa emergiu e escalou lentamente a cadeira de Voldemort.



Algumas meninas soltaram gritos com a menção da cobra, Hermione revirou os olhos, mas mordeu o lábio temerosa, antes de continuar.


Ela se levantou, aparentemente sem fim, e veio a descansar nos ombros de Voldemort. Seu pescoço era da espessura da coxa de um homem; seus olhos, com fendas verticais no lugar de pupilas, não piscavam. Voldemort tocava a criatura distraidamente com seus longos dedos, ainda olhando para Lúcio Malfoy.



– Por que os Malfoy parecem tão infelizes com sua sorte? Não é o meu retorno, minha ascensão ao poder que eles sempre proclamaram desejar por tantos anos?



– Mas é claro milorde, - disse Lúcio Malfoy. Sua mão tremia enquanto ele secava o suor de seu lábio superior. - Nós desejávamos isso - nós desejamos.



Não, sei não hein. Você não parece certo disso, Lúcio. – Remus resmungou. E por incrível que pareça, Malfoy assentiu.



À esquerda de Malfoy, sua mulher fez um estranho aceno formal de afirmação, seus olhos desviados de Voldemort e da cobra. À sua direita, seu filho, Draco, que estava fitando o corpo inerte suspenso, olhou rapidamente para Voldemort e desviou o olhar novamente, aterrorizado para fazer contato visual.



O Draco fora do livro estremeceu levemente ele não gostou de saber que estaria ali. Sua mãe passou o braço por seus ombros e o puxou para mais perto em busca de conforto. Draco não se afastou.


– Milorde, - disse uma mulher morena na metade da mesa, sua voz contraída pela emoção. - é uma honra tê-lo aqui, na casa de nossa família. Não há satisfação maior.


–Bella – Narcisa disse sob sua respiração, mas alguns sonserinos ouviram. Seu marido ficou rígido e Draco parecia ter engolido limão.


Ela sentava ao lado de sua irmã, diferente na aparência, com seus cabelos negros e olhos de pálpebras pesadas, assim como também era diferente em seu comportamento; Narcisa estava sentada rígida e impassiva, Bellatrix estava inclinada em direção a Voldemort, como se meras palavras não pudessem demonstrar o seu desejo pela proximidade.



– Não há satisfação maior, - repetiu Voldemort, a cabeça virou um pouco para o lado enquanto analisava Bellatriz. - Isso significa muito, Bellatriz, vindo de você.


O semblante dela se encheu de cor; seus olhos lacrimejaram de deleite.
– Milorde sabe que eu não falo nada a não ser a verdade!
– Não há satisfação maior... mesmo comparado com o feliz evento que fiquei sabendo, aconteceu com a sua família, essa semana?
Ela o fitou, seus lábios cerrados, evidentemente confusa.
– Eu não sei do que você está falando, Milorde.
– Eu estou falando da sua sobrinha, Bellatriz. E de vocês também, Lúcio e Narcisa. Ela acabou de se casar com o lobisomem, Remo Lupin. Vocês devem estar tão orgulhosos.


O salão entrou em desespero. Tinham um lobisomem entre eles.


O diretor levantou-se e informou a eles que Lupin não era das trevas, e era um membro muito valioso da Ordem – com essa Snape revisou os olhos – e acrescentou que não era lua cheia, estava tudo sobre controle.


Houve um breve silêncio no salão.


Remo e Ninfadora se olharam em espanto. Remo parecia incapaz de dizer qualquer coisa que fosse.


Eu enlouqueci? Ela é mais nova, bonita, e acima de tudo posso machucá-la!


Tonks estava corada e seus cabelos ficaram vermelhos flamejantes em vergonha.


Oh céus! Vou me casar com ele! E a idéia não me parece ruim...


Então o local se encheu de risadas e desejos de felicidades aos futuros noivos, o que não ajudou em nada a diminuir a vermelhidão.


Harry inclinou-se na direção do homem.


–Parabéns a vocês. – Remus o olhou rapidamente e conseguiu sorrir.


–Obrigado, Harry. – disse antes que pudesse se segurar, afinal, que diabos por que havia dito aquilo! Tonks sorriu radiante ao ouvi-lo.


Hermione assentiu para eles sorrindo e continuou a leitura. Ao ler a primeira linha fez uma careta.


Houve uma erupção de gargalhadas zombeteiras pela mesa. Muitos se inclinaram para frente, para trocar olhares alegres, alguns bateram na mesa com seus punhos. A grande cobra, desagradando-se com a bagunça, abriu a boca largamente e silvou ameaçadoramente, mas os Comensais da Morte não a ouviram, estavam tão alegres pela humilhação de Bellatriz e dos Malfoy. O rosto de Bellatriz tornou-se repulsivo e vermelho.


– Ela não é nossa sobrinha, milorde. – se lamuriando pela piada. - Nós - Narcisa e eu - nunca colocamos os olhos em nossa irmã depois que ela se casou com o sangue-ruim. Aquela malcriada não tem nada a ver conosco, e nem a besta com a qual ela se casou.


– E o que você diz, Draco? - perguntou Voldemort, apesar de sua voz estar baixa, ela soou claramente através dos assobios alegres. - Você vai ser babá dos filhotes?



Draco arregalou os olhos e se permitiu a uma risadinha quando Dora olhou na direção dele. Agora até a pele da metamorfomaga estava vermelha. Vermelha mesmo.


Os grifinórios pareciam impressionados.


A hilaridade aumentou; Draco Malfoy olhava aterrorizado para seu pai, que estava olhando para o próprio colo; então capturou o olhar de sua mãe. Ela balançou sua cabeça imperceptivelmente, então voltou a olhar inexpressivamente para a parede oposta.


Basta. - disse Voldemort, acariciando a cobra raivosa. – Basta.
E as risadas morreram imediatamente.


– Muitas de nossas mais tradicionais árvores genealógicas ficaram um pouco descartáveis com o passar do tempo. - disse enquanto Bellatriz olhava para ele, sem fôlego e implorando.


– Vocês devem podar as suas, não devem, para mantê-las saudáveis? Cortar fora aquelas partes que ameaçam a saúde do resto.


– O que eles querem dizer com isso? – Harry perguntou a Percy, que lhe ladeava. O Weasley olhou-o pensando se deveria dizer ou não. Então falou brevemente.


–Quer dizer acabar com todos aqueles que forem nascidos trouxa, ou casaram com esses, e outras “criaturas”. Mata-los, deixando apenas sangues-puro.


Harry arregalou os olhos.


– Sim, milorde. - sussurrou Bellatriz. Seus olhos se encheram com lágrimas de gratidão, novamente. - Na primeira chance!


Ha! Não mesmo! - Remus resmungou, junto a Tonks. Eles se entreolharam corados e baixaram a cabeça. Arthur riu das atitudes dos amigos e até mesmo Alaor Moody deu um breve levantar de lábios, no canto da boca.


– Você a terá. - disse Voldemort. - E em sua família, assim como no mundo... Cortaremos fora a praga que nos infesta até que somente os verdadeiros sangues puros permaneçam...


Voldemort levantou a varinha de Lúcio Malfoy, apontou ela diretamente para a figura que vagarosamente girava suspensa acima da mesa, e deu uma pancadinha. A figura voltou a vida com um grunhido e começou a lutar contra cordas invisíveis.


– Você reconhece nossa convidada, Severo? - perguntou Voldemort.


Snape ergueu os olhos para o rosto virado de cabeça pra baixo. Todos os Comensais da Morte estavam olhando para a prisioneira agora, como se lhes tivesse sido dada a permissão para demonstrar curiosidade. Enquanto girava para encarar a luz do fogo, a mulher disse em uma aguda e aterrorizada voz.


– Severo, ajude-me! – todas as pessoas prestaram atenção redobrada, enfim descobririam quem era a pessoa.


– Ah sim, - disse Snape enquanto a prisioneira virava devagar, mais uma vez.


– E você, Draco? - perguntou Voldemort, acariciando o focinho da cobra com a mão livre. Draco concordou com sua cabeça bobamente. Agora que a mulher havia acordado, ele parecia incapaz de continuar olhando para ela.


– Mas você não teria tido aulas com dela. - disse Voldemort.


–Mas espera, isso quer dizer que é uma... – Xiomara Hooch se interrompeu engasgando.


Para os que não sabem, nós estamos reunidos aqui hoje à noite por Charity Burbage que, até recentemente, lecionava na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts!


Todos os rostos se viraram para a professora que havia começado a soluçar pesadamente. Depois de alguns minutos tentando acalmar a professora, dizendo-lhe que o futuro seria mudado, Hermione continuou a ler.


Houve pequenos barulhos de compreensão ao redor da mesa. Uma mulher gorda e curva, de dentes pontudos, cacarejou.


– Sim... Professora Burbage ensinava às crianças bruxas tudo sobre os trouxas... como eles não são tão diferentes de nós...


Um dos Comensais da Morte bateu no chão. Charity Burbage girou para encarar Snape novamente.


– Severus... por favor, por favor...


– Silêncio! - disse Voldemort, com mais um movimento com a varinha de Malfoy e Charity ficou em silêncio como se tivesse sido amordaçada. - Não contente por corromper e poluir as mentes das crianças bruxas, semana passada, a Professora Burbage escreveu uma apaixonada defesa sobre os sangues-ruins no Profeta Diário. Os bruxos, ela diz, devem aceitar esses ladrões de conhecimento e magia. A diminuição dos sangues-puros é, diz a Professora Burbage, algo mais que desejável... Ela queria todos nós casados com trouxas... ou, sem dúvida, lobisomens...


Ninguém riu dessa vez. Não havia como não discernir a raiva e o desprezo na voz de Voldemort. Pela terceira vez, Charity Burbage girou ficando face a face com Snape. Lágrimas brotavam de seus olhos para seus cabelos. Snape olhou de volta para ela, totalmente impassível, enquanto ela virava devagar para longe dele novamente.


– Avada Kedavra - Hermione guinchou apressadamente, não acreditando que aquilo saiu de sua boca.


Algumas pessoas pularam com o susto enquanto a professora chorava ainda mais forte do que antes.


–Eu lhe fiz algo Severus? – Ela soluçava. – P-por –q-que?


O Professor de Poções desviou o olhar sem saber o que dizer e Hermione voltou a leitura com o queixo tremendo um pouco. Sabia que o feitiço era uma maldição imperdoável. Havia lido sobre isso, e sabia que era um dos motivos por Harry Potter ser famoso.



Um flash de luz verde iluminou cada canto do aposento. Charity caiu, com um barulho ressoante sobre a mesa que rachou e quebrou. Vários dos Comensais da Morte pularam para trás em suas cadeiras, Draco caiu da sua para o chão.


Dessa vez, Rony deu uma risadinha, mas ao olhar repreensivo da senhora Weasley calou-se. Draco baixou o olhar, seus dedos pareciam estar interessantes naquele momento.


– Jantar, Nagini. - disse Voldemort suavemente e a grande cobra oscilou e escorregou de seus ombros até o chão de madeira polida.


– Acabou o-o prime-eiro capi-itulo – Soluçou Hermione, aquele final ecoou em sua cabeça. A professora de Ensino dos trouxas saiu correndo e a professora Hooch a acompanhou.


– Bom - disse o diretor gravemente, se levantando - acho melhor os alunos irem para suas salas comunais. Quanto aos convidados, já pedi para os elfos preparassem um lugar para todos se acomodarem eu os levarei ate lá. Creio que uma boa noite de sono será necessária para recompor a todos. A professora Burbage precisa se acalmar; Amanhã continuaremos, então estejam aqui às 7 horas, por favor. Monitores podem levar os alunos.


Todos foram para seus dormitórios, pensando no que tinha acabado de ler.


Para Harry e Rony o incrível dormitório pareceu meio ofuscado com suas preocupações. Harry deitou-se após se trocar e ficou olhando para o teto de sua cama tentando entender como aquilo tudo estava acontecendo, e o que havia se passado nos outros 6 anos que o livro ocultava anteriormente.


Rony perguntava-se se continuava do lado de seu amigo, e o que aconteceria. Aparentemente havia uma guerra, como Fred havia lhe explicado. Será que ele ainda estava vivo? Balançando a cabeça para espantar os pensamentos, deu boa noite a Harry e fechou os olhos.


Neville, Dino e Simas, embora assustados não se preocuparam tanto, não haviam nem aparecido.



No dormitório das meninas, todas já dormiam, exceto Hermione, que lia desesperada seu livro de DCAT, precisava começar desde já a se preparam para as lutas que viriam.



Remus que estava um pequeno quarto que os elfos do castelo lhe arrumaram, sentou-se na poltrona confortável perto da janela.


Seria ele louco o suficiente para se casar? Não que a idéia o desagradasse, mas ele simplesmente não conseguia dizer para si mesmo que casaria com alguém, isso machucaria a outra pessoa.


“Mas mesmo assim... Tonks...”


Interrompeu seus pensamentos e voltou-se para outro problema.


“Se Rabicho esta vivo e não apareceu por todo esse tempo, ele poderia estar fugindo... Então, será que o... Será que não foi ele que...”


A inocência de seu amigo de infância lhe rondava, afinal de contas, acabara por descobrir que Peter era um comensal.



Dumbledore estava preocupado com o rumo que a guerra tomaria, afinal de contas, Tom tinha o Ministério praticamente em suas mãos.



Cornélio Fudge se corroia por saber que perderia o Ministério, e Dolores planejava coisas que poderiam ajudar Fudge a não sair.


A matrona Weasley estava deitada, ao seu lado o marido, Arthur, roncava levemente. Seus olhos abertos na escuridão derramavam lágrimas, enquanto observam sua pequena menina dormir a sono solto numa cama posta a seu lado, logo abaixo da janela. Os curtos cabelos de Gina brilhavam a luz da lua minguante e Molly sofria em silêncio sobre as conseqüências do futuro. Tinha algo errado em tudo aquilo. Será que ela, que tanto amava seus familiares e cuidava tanto deles perderia alguém naquela guerra, como acontecera na primeira, em que seus irmãos, Fabian e Gildean se foram?


Orava para que não.
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Espero que tenham gostado do capitulo...
Bjss ate semana que vem. 

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Comentários (2)

  • HarryJ.Potter

    Muito boa sua fic,desculpa a demora para começar a comentar!!

    2013-12-17
  • Clenery Aingremont

    Descobri sua fanfic hoje, caso contrário já teria me manifestado :) É a mais criativa fanfic de todos! Normalmente, eles lêem no 5º ano de Harry, não no 1º. Isso é simplesmente fantástico! Por favor, não abandone a fanfic como tantos outros escritores.

    2013-10-25
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