Tudo está diferente - Capítulo



   Quando eu era criança, antes de ingressar em Hogwarts, eu brincava com meus irmãos de guerrinha de magia. Tinham os malvados, que eram geralmente Fred e Jorge, que tentavam destruir o jardim de casa (de brincadeira, senão mamãe nos matava) e os “heróis”, que eram eu e Percy, tentando salvar os pequenos gomos e árvores dos vilões. Não conhecíamos muita magia ainda, naquela época apenas Percy já estudava em Hogwarts, e ele não usava a varinha para não acontecer alguns acidentes. Pegávamos galhos secos do chão e fingíamos duelar. Não sabíamos nenhum feitiço, então inventávamos palavras sem nexo, e dizíamos o que estávamos fazendo. Aquilo geralmente acabava com alguém no chão, se fingindo de morto, apertando forte as pálpebras para não abrir os olhos, até mamãe chamar a gente para jantar. Ela sempre brigava com a gente por sentar na mesa todos sujos, então lavávamos as mãos e tomávamos banho depois do jantar. Depois nós dormíamos tranquilos, inventando novas palavras para usar no dia seguinte, sem se preocupar com nada, apenas pensando em quem iria “morrer” na próxima vez. Nós éramos crianças, então levávamos tudo isso na brincadeira, sem imaginar que um dia tudo isso se tornaria real. Sem imaginar que um dia seríamos heróis lutando contra os vilões de verdade.


    E agora nós estamos aqui, no meio dessa guerra, temendo pelos outros e por nós mesmos. Sabendo que todos correm perigo. Minha família, meus amigos, a mulher que eu amo... ninguém está seguro, em nenhum lugar. Hogwarts está sendo destruída. Eu vejo pessoas morrendo e não posso fazer nada. Vejo famílias se despedaçarem quando descobrem que algum parente morreu. Vejo pessoas sendo torturadas, sofrendo até não aguentar mais. Vejo nosso mundo acabando.


    O jardim da minha casa é agora as nossas vidas. Nós tentamos salvar nossas vidas. Tentamos salvar as vidas das pessoas que amamos e eles também tentam nos salvar. Os galhos secos são reais. Eles matam de verdade. Eles torturam. Fazem as pessoas sofrer. Mas eles também salvam. Eles também curam, ajudam e dão esperanças. Esperanças de que ainda podemos vencer. Que daqui a alguns anos nós vamos falar disso como só mais uma brincadeira que durou mais tempo, mas onde o bem venceu de novo. Esperanças de que essas mortes não sejam em vão.


    E agora tudo o que eu mais quero é que os “heróis” terminem bem. Porque isso não é como uma brincadeira no jardim. Nós não vamos dormir preocupados apenas com a brincadeira do dia seguinte. Não vamos abrir os olhos e sair do chão quando nossa mãe nos chamar. Não vamos rir disso, quando acabar. Isso é real, assim como a dor e o sofrimento que sentimos por saber que pessoas que amamos morreram nessa guerra. Por saber que eles não estão apenas apertando os olhos e tomando cuidado para não os abrir. Por saber que ele jamais irão acordar de novo.



 


 

 




#Lumos
 Ooi, pessoas *aceninho*, beleza?
Tá, podem xingar, podem me bater, me lançar Crucio, eu mereço, eu sei. Ficou muito ruim (e curta) essa fic, e não, eu não estou só sendo humilde, ficou ruim mesmo. Mas, já que eu fiz, por que não postar?
Então, só quero saber o que vocês acharam, então, seu dedinho não vai cair, não vai ficar podre, você não vai morrer, seu teclado não faz o mesmo efeito que o "anel Horcrux" nas mãos, então deixem de ser preguiçosos e comentem por favorzinho *u*
Beijos
#Nox 

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