Encontros e devaneios.



No dia seguinte, Amber acordou pensando em como faria para evitar Malfoy, pois ela estava muito envergonhada com o acontecimento do dia anterior, e por isso, ficou atenta o dia inteiro. Até que na aula de Herbologia...


– Hoje trabalharemos em duplas! E eu escolherei! Vamos ver... Hum... Srtª. Pavlinchenko com o Sr. Malfoy. – Amber arregalou os olhos - Srtª Perucci com a Srtª Granger...


– O QUÊ? NÃO ACREDITO! ELA É UMA IMU... - Disse Catherine exasperada.


– Cala a boca... - Disse Amber dando um soco de leve no braço de Catherine.


– VOCÊ SÓ FEZ ISSO PORQUE VOCÊ CAIU COM O DRACO! – Disse Catherine em voz alta.


Amber olhou surpresa e pisou no pé de Catherine com birra.


– Humpf! Se quiser podemos trocar – Disse Amber indiferente.


– Srtª Perucci, Comporte–se, e Srtª Pavlichenko, nada de trocas


– Mas eu n...


– Srtª Perucci...


– Mas eu não quero fazer com ela!


– Srtª Perucci, sinto lhe informar, mas são cinco pontos a menos para a sua casa e sem mais! - Disse a Professora começando a se irritar - Srtª Mcnold’s com Potter, Sr. Weasley com a Srtª. Parkinson...


– O QUÊ? EU TAMBÉM NÃO ACREDITO! – Disse Rony, enquanto Catherine dava uma leve risadinha.


– Senhor Weasley, quer perder pontos também?


– Não professora, me desculpe! – Disse Rony enquanto pensava “Por que eu sou o único que tem a pior sorte do mundo?”.


– Ótimo! - Disse a Profª. Sprout satisfeita.


– Bom trabalho, Weasley! – Disse Amber em tom de deboche.


E assim a professora continuou a separar os alunos em dupla.


Depois da aula, Amber saiu correndo antes que Draco pudesse dizer algo, e assim Harry foi atrás da garota, colocando a capa da invisibilidade sem que ninguém percebesse, pois estava a seguindo a pedido de Dumbledore. Quando de repente Amber parou em um corredor e lá estava Daniel parado.


A menina ficou encarando-o.


– Daniel...


– Sim? – Responde Daniel cinicamente.


– Como pode ser tão cínico? Quando a garota foi atacada eu vi você saindo do banheiro... Não acha muita coincidência?


(Harry estava escutando tudo)


– Você está me culpando de algo?


– Você entendeu que eu quis dizer!


– Creio que isso não nos levará a lugar algum... Até mesmo porque você é a única suspeita até agora.


– Sim... De fato... Aos olhos daquele velho eu sou a única suspeita, mas não pense você me engana! – Nesse momento os cabelos de Amber ficaram vermelho sangue.


Sua vontade naquele momento era de dar um soco na cara de Daniel, mas lembrou do que Snape havia lhe dito para aprender a se controlar e sendo assim, seus cabelos começaram a ficar pretos novamente.


– UAU! Você muda de visual rápido hein!


– Então me explica... O que estava fazendo no banheiro àquela hora?


–...


– Sem palavras, não é mesmo? Só lhe digo uma coisa, eu não serei acusada injustamente, mesmo porque eu não fui a única a ver você sair de lá.


– Você sabe que eu sei de coisas que acabariam com sua posição de boa moça – Disse Daniel sem querer “sair por baixo”.


– E eu sei de coisas que poderiam acabar com a sua vida... Literalmente... E caso não tenha notado eu nunca quis sair de “boa moça”, mas também não serei acusada injustamente... Só lhe digo para parar de me ameaçar e se você não é de fato o culpado, já perdeu a sua chance a muito tempo de contar algo a alguém sem que se ferre juntamente comigo... – Disse Amber com uma voz adocicada ao mesmo tempo irônica.


Os dois ouviram passos nos corredores e pararam de falar.


Logo viram que eram Dumbledore e Snape.


Daniel continuou quieto e Dumbledore olhou para Amber.


– Bom, meu recado está dado, não vou tornar a repetir – Disse Amber virando-se sem olhar para Dumbledore, enquanto Daniel fazia o mesmo.


Ao ver que os dois tinham desaparecido no corredor Harry retirou a capa.


Dumbledore o olhou.


– Você ouviu a conversa dos dois?


– Sim, Srº.


– Então encontre-me em minha sala às 7.


– Sim, Srº.


 


(...)


 


Catherine estava indo ao salão comunal quando de repente sentiu alguém a empurrando em direção à parede.


– Cedrico, mas o que pensa que está fazendo? Amber não lhe disse para não cruzar nosso caminho? - Disse Catherine perplexa.


– Amber disse pra eu não cruzar o caminho dela, não mencionou nada sobre o seu.


– Então eu digo, NÃO CRUZE O MEU CAMINHO! Agora por favor, me dê licença.


– Não acredito que você vai acreditar em tudo que Amber fala.


– Prefiro acreditar em Amber!


– Mas eu mudei... Juro!


– Pouco me importa.


– Pelo menos olhe em meu rosto...


– Não, não quero - Cedrico pegou no queixo de Catherine e levantou sua cabeça delicadamente em direção a ele fazendo com que a menina ficasse scarlet.


– Olhe nos meus olhos e veja se estou mentindo. – Disse o garoto olhando bem fundo nos olhos verdes de Catherine.


– Ce...Dri...Co – Foi as únicas palavras que Catherine conseguiu dizer.


– Xiii... Você sabe o que você significa pra mim. – Disse Cedrico passando a mão em sua face tirando os cabelos negros de seu rosto, porem nesse exato momento.


– CEDRICO, O QUE É ISSO? – Disse Cho surpresa – O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO COM ESSA DAÍ?


– Nada, amor, estávamos apenas conversando. – Disse Cedrico cumprimentando-a com um beijo em seus lábios.


– E como ousa se referir a mim como “Essa daí”? Creio que para certas pessoas, ter educação é uma coisa impossível, não é mesmo? – Disse Catherine meio constrangida e exasperada.


– E quem é a Senhorita? – Perguntou Cho.


– Catherine Perucci.


– Ah, prazer em conhecê-la – Disse Cho ironicamente.


– Que pena, não posso dizer o mesmo! – Disse Catherine. Enquanto isso, Cedrico achava graça do comportamento das duas.


– Hmpf! Que seja, vamos, amor – Disse Cho abraçando ainda mais Cedrico.


– Eu também já estou indo, né amor? – Catherine puxou o braço de David que estava passando por ali e o beijou.


O menino ficou sem palavras, enquanto Cedrico olhou estranhamente para David.


– Passar bem! – Disse Catherine com tom de arrogância segurando o braço de David e saindo do local.


– Nossa! Não sei quem é, mas gostei de você... Mas por que fez isso? – Perguntou David medindo-a.


– Cale a boca, animal! – Disse Catherine largando do braço de David e saindo pelos corredores pisando duro e resmungando. - Por que todos andam se referindo a mim como “ESSA DAÍ”? Isso é culpa do papai que não deve estar impondo seu respeito direito, ele deveria ser mais severo e frio com as pessoas... Humpf! Olha no que dá, irei fazer uma carta brigando com ele!


 


(...)


 


Amber andava em passos leves, porém a garota estava muito irritada “Já chega! Não posso continuar carregando isso sozinha” pensou a garota.


Amber andou por algum tempo até que viu Emily com Mione e Rony.


– Emi... Preciso falar com você... – Amber olhou para Mione e Rony – A sós.


Emily assentiu e as duas andaram até uma sala vazia.


– Emi... Eu não quero mais você andando com Daniel... – Começou Amber.


– O que? – Disse Emily perplexa.


– Isso mesmo que você ouviu – Insistiu Amber.


– Acho que a briga de vocês dois está indo longe de mais.


– Emi... Não é está à questão... Se fosse apenas uma briga, não pediria isso a você.


– Amb, eu não estou entendendo...


– Emi... Não posso contar isso a mais ninguém... Poderia... Mas Catherine está ficando paranoica, pois ela continua tendo aqueles sonhos...


– Amber, continuo sem entender...


– Emi... – Amber respirou fundo – Eu e Daniel abrimos a Câmara secreta... Mas eu juro não fui eu que ataquei aquelas pessoas... O único que pode ter feito isso é o Daniel... Você viu aquele dia ele saindo do banheiro... Emi... Daniel está ameaçando-me... Aquelas frases na parede... Ele está se referindo a mim...


– Mas você viu Daniel fazendo isso?


– Emi eu o vi saindo do banheiro na hora do ataque!


– Mas isso não prova nada, vai que ele precisou ir ao banheiro naquela hora!


– Em um banheiro de meninas?


– Amb, não sei, mas isso é uma acusação muito grave.


– Ótimo! Então fique do lado dele... E quando ele me matar não a quero no meu enterro! - Disse Amber totalmente vermelha.


Amber saiu da sala irritada e ao sair bateu a porta com força.

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