Pavlichenko x Diggory.
No dia seguinte, Emily estava ainda um pouco atordoada com tudo que aconteceu, vestiu-se e desceu para a sala comunal.
Hermione, Rony, Harry, Fred e Jorge já estavam por lá e quando viram a garota sorriram.
– Bom Dia! – Disseram os cinco juntos.
– Bom dia... – Respondeu Emily indo se sentar ao lado de Harry. Hermione olhou estranho para os dois.
– Mione, algum problema? – Perguntou Emily
– Não, nenhum – Disse ela apenas.
“Está melhor?” Cochichou Harry no ouvido de Emily, quando ninguém estava olhando. “Estou” cochichou a mesma em resposta.
Harry sorriu em resposta e Hermione voltou a olhar estranho para os dois.
Emily retribuiu seu olhar e tornou a repetir:
– Mione, algum problema?
– Nada não – Disse a menina.
Emily bufou.
Harry e os demais riram exceto Rony.
– Que foi? – Perguntou ele
– Como você é burro, Weasley! – Disse Amber, que acabara de aparecer por baixo de sua capa, fazendo os demais se assustarem – Qual é eu não sou tão feia assim... Sou? – Brincou a garota.
– Da onde você saiu? – Perguntou Rony
– Tecnicamente, da barriga da minha mãe... E Hermione, que cara é essa? – Perguntou Amber
– Vamos dar uma volta, Amber – Disse Hermione puxando Amber pelo braço, às duas se afastaram e só deu tempo de ouvir Amber dizendo: “Você está bem?”.
– O que deu na Mione? – Perguntou Rony.
– Não sei, muito estranho isso... Amber e Mione? Tsc... Tsc... Tsc... – Disse Emily.
Alguns minutos depois Hermione voltou saltitante e risonha.
– Ai até que Amber é legal – Disse ela sorridente.
– Hermione? Você tem certeza de que está se sentindo bem? – Perguntou Fred.
– Estou ótima! – Disse a menina.
– Emily – Chamou Rony baixinho – Acho que a maligna deu uma poção do amor para Mione...
Emily deu um tapa na cabeça de Rony o que fez o menino bater com a cara no chão.
– Que coisa mais sem sentido, Weasley – Disse Emily.
– Eu em... – Disse Fred.
Algumas horas se passaram, e o clima estava começando a ficar mais pesado entre Harry e Rony, pois a chuva de patadas já estava começando a deixar os demais assustados.
– E ainda se considera um amigo verdadeiro? Nem para contar para nós, e ainda quer que nós acreditemos em suas justificativas baratas? Francamente, Potter... - Disse Rony irritado.
– Weasley, acredite se quiser, não lhe devo satisfações de nada – Trovejou Harry.
Por fim Fred disse:
– Amber esta demorando demais, não acham? – Gritou ele interrompendo a briga dos dois... – Harry, Emily, Jorge... Que tal mexerem seus bumbuns e me ajudarem a acha-la? – Perguntou ele se levantando.
– Acho uma ótima ideia – Disse Emily – Vem Harry – A menina o puxou pelo braço.
– Ótimo! É melhor do que ficar aqui com alguém que se DIZIA MEU MELHOR AMIGO – Disse Harry.
– OTIMO! PELO MENOS NÃO TEREI QUE DIVIDIR A SALA COMUNAL COM UM PALHAÇO – Berrou Rony.
Harry ia responder, mas Emily o puxou pelo buraco do retrato antes que algum som saísse de sua boca.
Enquanto saiam à voz de Draco ecoou pelo corredor
– Ei! Weasley’s, a Amber não está ai no salão comunal com vocês? – Perguntou ele.
– Não... – Disse Fred carrancudo.
– Humm... Estranho.
– Estranho é você – Disse Emily.
Draco ignorou o comentário da ruiva.
– Estranho porque, Malfoy? – Perguntou Harry.
– Ela estava comigo no salão comunal e disse que já voltava, mas sumiu faz horas e já está quase no horário de recolher... – Disse ele se voltando a Harry.
– Vamos procura-la – Disse Fred – Diremos a Amber que você está procurando ela...
– Não! Eu vou com vocês – Disse Draco de mal humor – Não acham que eu ia ficar de fora, acham?
– Upfth! Tanto faz, desde que mantenha sua boca calada – Rosnou Emily.
– Qual é o seu prazer em me dar patadas, ruivinha? – Perguntou Draco.
– O meu prazer é ver essa sua cara de bobo toda vez que ganha uma – Disse Emily se virando.
– Da para parar vocês dois? Ou melhor vocês três – Disse Fred – Não quero ouvir a voz de nenhum de vocês.
– Ouviu ruivinha? Cicatriz? Sonserina? – Disse Jorge.
– Mas eu não fiz nada... – Disse Harry.
– Ainda... – Disse Fred.
– Vamos ou não? – Perguntou Emily.
Os cinco saíram pelos corredores à procura de Amber...
(...)
Mais cedo, Amber acabara de sair da sala comunal da Grifinória com Hermione. Elas desceram as escadas até onde não havia ninguém.
– O que foi Mione, o que você queria tanto me falar?
– Você não acha que Harry e Emily...
– Você tem razão aqueles dois tsc... Tsc... Tsc...
– Mas e Daniel? Eu achava que os dois estivessem juntos...
– Sim, é o que parece, mas sabe de uma coisa Emily pode estar agora com Daniel, mas acho que ela gosta de Potter... Só que ainda não percebeu isso... Ou não... Quem sabe, não é mesmo?
– Você tem razão!
As duas começaram a rir.
– Bom, eu tenho que ir... Disse a Draco que voltaria logo, foi bom conversar com você – Disse Amber se afastando.
– Tchau, Amb, até mais – Disse a garota ainda sorridente.
Amber caminhou pelos corredores, indo diretamente para o lago negro. Ao chegar lá, sentou-se próximo a ele e respirou fundo algumas vezes. A garota gostava muito de estar ali, ainda mais agora que estava com a cabeça repleta de pensamentos. Amber estava conseguindo disfarçar melhor, mas ainda estava muito atordoada com tudo que havia acontecido e acabou passando mais tempo do que pretendia na beira do lago e quando se deu conta já estava escurecendo.
A menina levantou-se e entrou de volta no castelo, quando de repente deu de cara com a professora de adivinhação.
– Olá, querida, as folhas disseram que eu iria te encontrar pelos corredores da nossa bela escola – Disse a Professora sonhadora.
– Ah... Legal – Disse Amber meio chocada com a cara de pau da profª e ao mesmo tempo enojada.
– Quer uma amostra de seu futuro, querida? – Perguntou ela.
– Desculpe, mas acho que a senhora não am... Bem... Sabe... Não, obrigada, não se incomode Profª... Meu futuro pouco interessa – Disse Amber tentando escapar da profª.
A menina virou-se para sair quando a voz da professora simplesmente mudou e a mesma a puxou pelo braço.
– Os corredores de Hogwarts serão manchados de Sangue no final do Grande Torneio, um dos três culpados iram sucumbir-se ao desejo da morte. Aquelas que eram de confiança serão dadas como traidoras e o lorde das trevas em cima dos ossos do pai ressurgirá – Ao dizer isso a professora voltou com seu olhar normal tossiu e disse: - Algum problema querida?
– O que a senhora disse? – Perguntou a garota incrédula e ao mesmo tempo um pouco assustada.
– Eu? Não disse nada... – Respondeu a profª.
– Ah... Tudo bem, boa noite... – Disse Amber.
A garota estava mais pálida do que o normal, enquanto caminhava as palavras que ouvira não saiam de sua cabeça...
– Ei? – Disse uma voz desconhecida.
Amber virou-se e viu Cedrico Diggory.
– O que você quer? – Perguntou a garota com raiva.
– Porque ontem no salão principal você me olhava com tanta raiva? – Perguntou Cedrico
– Primeiramente os olhos são meus e eu olho do jeito que eu quiser para quem eu quiser e... Vai me dizer que você não sabe? – Perguntou a garota com arrogância.
– Não.
– Amber Pavlichenko te lembra alguma coisa? – Perguntou ela deixando o garoto pálido.
– O que... Você a conhece?
– Se eu a conheço? – Amber riu - Eu sou ela – Os olhos azuis de Amber estavam fervendo o que os deixava assustadores.
Cedrico ficou pasmo, se desequilibrou por alguns segundos e quando voltou a falar sua voz estava tremida.
– Olha... Eu... Não... Tive a intenção – Disse ele.
– NÃO TEVE A INTENÇÃO? SE VOCÊ NÃO TEVE A INTENÇÃO ENTÃO O LORDE DAS TREVAS, NÃO TEVE A INTENÇÃO DE MATAR OS POTTER’S! - Gritou Amber.
– Eu só tinha sete anos, não tinha noção do que estava fazendo – Disse ele.
– E eu só tinha quatro anos e soube muito bem o que estava vendo – Disse Amber – Não se sente envergonhado de traumatizar uma garota de quatro anos?
– Eu mudei, não sou mais daquele jeito eu era uma criança imatura.
Os dois estavam frente a frente, mas Amber não olhava para o rosto do mesmo.
– Talvez isso seja verdade, mas uma coisa é certa eu NUNCA o perdoarei muito menos deixarei que Emily o perdoe...
Cedrico puxou Amber gentilmente pelo queixo fazendo a garota olhar para ele.
– Olhe para mim e diga se eu teria coragem de fazer isso com alguém agora, eu disse eu mudei... – Disse ele a olhando nos olhos – E você não conhece nem a metade da historia... – Continuou ele com a voz um pouco mais alta que um sussurro.
– TIRE AS MÃOS DELA, DIGGORY! – Gritou Fred que nesse momento empunhava a varinha em direção a Cedrico, porem não fez nada, pois estava com medo de errar e acertar Amber.
Amber deu um tapa na mão de Cedrico e logo depois um tapa no rosto do mesmo ao fazer isso Emily que estava logo atrás de Fred, relembrou sua irmã naquela noite.
– NUNCA MAIS ENCOSTE EM MIM! – Gritou Amber.
Cedrico apenas a olhava incrédulo, o garoto não sabia o que dizer. Neste momento Draco e Harry, entraram na frente de Amber a derrubando no chão.
– AAAAAAHHHH! – Gritou a menina – Vocês vieram me ajudar ou me MATAR? – Os meninos assustados voltaram para trás pisando em Amber – AAAAAAH! SEUS MIOPES! EU ESTOU AQUI EM BAIXO!!!!
Draco e Harry apontaram as varinhas para no rosto de Diggory. O garoto em choque não dizia nada apenas olhava para o nada, na verdade nem havia percebido as duas varinha apontadas para ele, Amber levantou-se e segurou o braço de Harry, e Malfoy.
– Que está fazendo? – Perguntaram os dois juntos.
– Parem com isso! Estávamos apenas conversando.
– Aos berros? – Perguntou Emily de fundo.
– Sim, aos berros, porque é assim que se conversa com animais – Disse Amber olhando para Diggory – É melhor você ir embora...
O garoto olhando para o nada retirou-se, na mesma hora Amber jogou-se no chão.
– Olha só o que fizeram, minha perna está doendo, não vou conseguir andar.
– Eu te... – Disse Draco, mas Fred o interrompeu:
– Eu te carrego...
– Me desculpe, Fred, na verdade eu preferiria mil vezes que fosse você a me carregar, mas é melhor o Draco me levar, já está na hora de recolher e eu preciso ir para o salão comunal... – Disse ela erguendo os braços para Draco... – Nos vemos amanhã – Disse a mesma sorrindo para os demais
– Uhum, você precisa nos contar o que conversaram – Disse Emily de mal humor.
– Tudo bem...
Draco pegou Amber no colo e a carregou pelos corredores da escola.
– Tá pesada em... – Reclamou ele, mas Amber pouco ligou para o comentário.
A menina estava com a cabeça encostada no ombro do mesmo, e podia sentir seu perfume.
– Está cheiroso em, Malfoy – Disse Amber com a intenção de deixar o garoto envergonhado, e deu certo, pois Malfoy ficou escarlate.
Amber riu da reação do menino, mas pensava o porque não estava sendo grossa com ele. Ela o odiava, não é mesmo? Ou será que não? Quando de repente uma voz ecoou pelo corredor:
– O que estão fazendo? – Perguntou o Profº Snape.
– Na... Na... – Gaguejou Draco
– Olá, Profº Snape – Disse Amber sorrindo.
– Vocês não responderam a minha pergunta.
– Eu estava andando pelo corredor quando torci o meu pé, fiquei lá até que o Draco apareceu e se ofereceu gentilmente para me levar até o salão comunal – Mentiu a garota.
– Mas porque Draco não a levou para a enfermaria?
– Porque não é nada sério – Disse ela – Está apenas dolorido, mas mesmo assim não quis andar para não piorar.
– Saiam daqui antes que alguém os vejam – Disse Snape acabando com a conversa.
– Boa noite, Profº - Disse Amber, enquanto Malfoy recomeçava a andar.
Quando já estavam longe da vista do professor Amber disse:
– Você é um mole...
A menina revirou os olhos.
– Como você tem coragem de mentir para Snape? – Perguntou Draco.
– Ah... Sim, você queria que eu disse-se: Eu estava gritando com um assassino ai quando meus “amigos” vieram me ajudar pisaram em meu pé e eu tive que ser carregada por isso – Disse Amber exasperada.
– É... Am... A deixa pra lá – Retorquiu Malfoy e Amber voltou a apanhar sua cabeça no ombro do mesmo.
Quando finalmente entraram na sala comunal, Draco deitou Amber no sofá e a mesma simplesmente se levantou facilmente.
– Bem, viaje cansativa, não? Vou dormir – Disse ela.
– Mas... Você não conseguia andar? – Disse ele meio confuso
– Eu não disse que não conseguia andar, só disse que meu pé estava doendo... Você que se ofereceu para me carregar... – Disse Amber que já se encontrava no pé da escada - E a lendo mais... Gostei do perfume – Disse a menina mostrando a língua e deixando um Malfoy totalmente vermelho para trás.
(...)
Os garotos viram Draco se afastar com Amber no colo.
Fred estava incrivelmente vermelho.
– Como ela pode deixar um imundo como o Draco carrega-la? – Disse ele ao irmão.
– Será que Cedrico não bateu na cabeça dela? – Sugeriu Harry.
– Cala a boca! – Disse Fred com raiva.
– Acho melhor você ficar quieto – Sugeriu Emily – Ela fala pra eu não me vingar, mas ela pode dar à louca nos corredores de Hogwarts e gritar com ele, não é? Eu seria muito mais pratica e objetiva...
Os garotos a olharam assustados.
– Que foi? – Perguntou ela desentendida.
– Talvez... – Começou Harry – Ela queira se vingar por você... Não queira que você suje suas mãos...
– AH! E ela pode? Quantos anos ela tem? 14 não é? Eu também, isso de não querer que eu suje minhas mãos é a maior besteira e eu não vou usar minhas mãos vou usar minha varinha – Disse ela.
– Emily! – Disse Fred – Vamos para a sala comunal antes que Snape nos pegue... Lá você pode nos contar os diversos meios de matar Cedrico Diggory...
Os garotos andaram pelos corredores sem dizer nada e quando chegaram à sala comunal Emily continuava sem dizer nada. A menina simplesmente encarou Rony e Hermione e subiu para seu dormitório.
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