Os Campeões e o Segredo.



No dia seguinte, os alunos não falavam nada a não ser sobre o cálice de fogo e as duas outras escolas e também davam suas opiniões sobre quem representaria Hogwarts. Amber, entretanto não parecia nada feliz, e Emily preocupada não cansava de perguntar:


– Amber, você tá bem?


– Ótima! – Respondia Amber de mau humor


(...)


Lá pelas três da tarde Emily estava sozinha no corredor, quando alguém a segurou pelo braço.


– Vamos, precisamos ir para um lugar vazio – Disse Amber olhando para os lados.


– Mas... Por... Que? – Perguntou Emily exaltada


– Cala a boca e me segue


– Não me manda calar a boca!


Amber revirou os olhos, bufou e disse:


– Há! Tanto faz... Só me segue.


As garotas andaram um pouco até achar um corredor vazio, Amber olhou para os lados para ter certeza de que estavam sozinhas, respirou fundo:


– Bom, eu vou te contar isso antes que você saiba pela boca de outras pessoas – Disse Amber, baixo, porem em um tom audível que Emily podia escutar claramente.


– Me contar o quê? – Perguntou Emily.


– Para de fazer perguntas idiotas feito o Weasley e escuta – Amber respirou fundo novamente – Emily, ele esta aqui...


– Ele quem?


– Upfth! Diggory...


Emily ficou pasma, a fúria tomou conta da garota, ela ficou vermelha de raiva quando...


– O que vocês estão fazendo ai no cantinho? – Perguntou Rony.


– Não é da sua conta! E sai daqui, Weasley – Disse Amber ríspida.


– O corredor não é seu – Retrucou Rony


– Mas esta varinha é, e você vai ver o estrago que ela fará na sua cara se você não se mandar agora – Disse Amber. apontando a varinha para o rosto de Rony, que se esquivou da mira da garota e bateu em retirada do corredor.


– Desde quando você sabe? – Perguntou Emily baixinho.


– Desde ontem – Disse Amber – Eu estava conversando com Malfoy sobre quem seria o campeão de Hog e ele disse esse nome...


– Você sabe o que ele vai ganhar? – Disse Emily sombriamente – Minha varinha dentro goela dele, isso sim.


Amber riu.


– Emily, não vale apena.


– NÃO VALE APENA? – Perguntou ela descrente – Vale apena matar, sem motivo?


– Emily, eu não deveria te contar isso, mas... Seus pais na verdade tinha um motivo para não manda-la para cá, seus pais não queriam que isso acontecesse e a pedido deles, meus pais me transferiram para cá para tomar conta de você e impedir que qualquer coisa do tipo acontecesse, eles... Não sabiam que Diggory ainda estava aqui, sem contar que se você fizer algo sabe muito bem onde vai parar... E nunca mais irá ver Hogwarts...


– Veremos... - Disse Emily.


Seus olhos verdes estavam com um brilho incomum de pura raiva.


– Mas o que está acontecendo aqui? – Perguntou Harry, olhando para cara vermelha de Emily, o que fez o garoto não se aproximar mais – Vocês não... Am... Estão brigando? Estão?


Amber olhou para Harry, depois encarou Emily.


– Pense bem no que eu te disse – Disse a mesma virando e dando as costas para os dois


– O que aconteceu? – Perguntou Harry


– Depois eu te explico – Disse Emily, dando as costas a Harry.


A garota só não queria estar mais ali.


 


(...)


 


Amber estava muito nervosa, por mais que não quisesse dizer aquilo, ela sabia que deveria ter contado mesmo estando com a cabeça em outro lugar. Quando, de repente, esbarrou em Malfoy e voltou a si.


– A desculpe, Draco... – Disse Amber fazendo Draco ir para trás com cara de desconfiado.


– Você está bem? – Perguntou o mesmo.


– Por quê? Não posso ser gentil com você? Virou masoquista é? – Debochou Amber.


– É que bem... Deixa pra lá.


Amber suspirou, sentou no chão e colocou a cabeça sobre os joelhos.


– É, acho que você está certo, eu não estou bem... – Disse a garota com a voz fraca.


– O que aconteceu? – Perguntou Malfoy agachando-se ao lado da garota.


Amber levantou a cabeça olhando para o mesmo.


– Você sabia que ele estava aqui, não é mesmo?


– Ele quem? – Perguntou Draco desentendido.


– Diggory... – Amber dizia aquilo com certo repulso.


Draco desviou o olhar, mas Amber segurou o queixo do garoto o forçando a olha-la nos olhos.


– Draco, você sabia... Não minta pra mim! – Amber o olhava de um jeito que dificilmente alguém mentiria.


– Eu... Bem... Sim – Disse ele.


Amber o soltou e colocou sua cabeça sobre os joelhos novamente.


Draco cansado de ficar agachado e sentou-se ao lado da garota. Ele olhava a garota com uma certa preocupação.


Quando de repente ouviram passos no corredor.


– Mas... O que está acontecendo aqui? – Perguntou Fred.


E na mesma hora Jorge e Rony que o acompanhavam apontaram suas varinhas para Draco.


Amber levantou a cabeça e colocou o braço na frente de Draco.


– Ele não fez nada – Disse ela olhando para Draco – É melhor você ir.


Sem dizer mais nada o garoto levantou-se, e se retirou.


Fred agachou-se ao lado de Amber e apoiou suas mãos sobre o joelho da garota.


– Você está bem? – Perguntou ele.


– Eu já estou melhor... – Disse Amber forçando um sorriso, mas Fred não se convenceu.


– Está muito falso esse seu sorrisinho... – Disse ele.


– É serio... Eu estou bem – Disse ela


– O que aconteceu? Pode confiar.


– É que... Eu não posso te contar... É só por causa de coisas que aconteceram a dez anos, que infelizmente me vieram à tona hoje.


Fred e Jorge se entreolharam


– Rony, eu acho que vi a Mione te chamando daquele lado – Disse Jorge ao irmão.


– Eu não vi nem ouvi nada – Disse Rony.


– Eu também vi – Disse Fred.


– Mas ninguém passou...


– Vai procurar a garota, que coisa feia, deixa-la esperando... – Disse Jorge, empurrando o menino para o final do corredor - Pronto – continuou Jorge.


O menino aproximou-se de Amber e agachando-se ao lado do irmão.


– Você está falando do que acontecendo com Starla Mcnold’s? – Perguntou Fred.


Amber se assustou e arregalou os olhos para os garotos.


– Como vocês sabem disso? – Perguntou ela.


– Papai... – Disse Fred.


– Percy... – Completou Jorge.


– Ah... – Foi a único som que a garota conseguiu emitir – Sim, estão certos, é por causa disso...


– Mas... Porque o Malfoy estava aqui? – Perguntou Fred.


– Bom... Malfoy era a única pessoa que eu sabia que também conhecia a historia, ai esbarrei com ele no corredor... E não tinha mais ninguém para desabafar, então... Acabou sendo ele mesmo... – Disse Amber dando de ombros – Porque sabe, não é um segredo meu... Então não tenho direito de sair contando... Mas vejo que nem todos pensam assim... Ministro da Magia linguarudo...
Fred e Jorge se entre olharam e riram, com o ultimo comentário de Amber.


A menina sorriu fracamente, os três ficaram em um curto silencio que foi quebrado por Fred.


– Bom, está quase na hora de escolherem os campeões, então vamos para o salão – Disse o garoto levantando-se e esticando a mão para que a colega levanta-se também.


 


(...)


 


Harry chegou ao salão e avistou Emily sentada na mesa da Grifinória, percebeu que ela estava um pouco melhor do que na ultima vez, então já era seguro se aproximar. Logo depois avistou também Fred, Jorge e Amber entrarem no salão. Amber se dirigiu para a mesa da Sonserina e os garotos se sentaram perto de Emily, Rony e Hermione e então Harry sentou-se perto deles também.


O salão estava quase cheio. Estava iluminado por velas, o cálice de fogo fora mudado de lugar e agora se encontrava diante da cadeira vazia de Dumbledore.


– Espero que seja Angelina – Falou Fred.


– Eu também – Disse Hermione.


Depois de o banquete ser servido, muito tempo havia se passado. Quando os pratos voltaram a sua limpeza inicial, houve um aumento acentuado nos ruídos do salão, que quase caio instantaneamente, pois Dumbledore ergueu-se.


– Bom, o cálice de fogo está quase pronto para decidir... – Disse o diretor, e então logo o campeão de Durmstrang fora escolhido e quando o cálice expeliu o nome de Krum ninguém se surpreendeu, porém todos (ou quase todos) aplaudirão. Segundos depois, Fleur Delacour fora escolhida como campeã de Beauxbatons e “por fim” para a infelicidade de Amber e Emily...


– O Campeão de Hogwarts – Anunciou Dumbledore – É Cedrico Diggory.


Nesse momento a raiva subiu nas veias de Amber e Emily. Fred que havia percebido colocou a mão do ombro de Emily tentando acalma-la e sussurrou no ouvido da garota “Aqui não”.


Amber havia ficado com os cabelos vermelhos e tentou levantar como se fosse fazer alguma besteira, mas Draco a segurou pela mão e sussurrou em seu ouvido “Acalme-se, o que pensa que vai fazer?” Amber não respondeu apenas respirou fundo.


– Excelente! – Exclamou Dumbledore feliz, entretanto quando o diretor começou com mais um de seus longos discursos o Cálice expeliu mais um nome.


Todo mundo ficou paralisado olhando para Dumbledore, ele pigarreou e leu:


– Harry Potter!


Harry ficou sentado ali consciente de que cada cabeça no salão estava virada para ele.


Harry se virou para Rony, Hermione e Emily, enquanto via toda a longa mesa da Grifinória olhando para ele de boca aberta.


– Eu não inscrevi meu nome – Disse Harry sem saber o que dizer – Vocês sabem que não.


Os três olharam para ele sem saber o que responder.


Na mesa principal, o professor Dumbledore se aprumou acenando a cabeça afirmativa para a professora Minerva.


– Harry Potter! – Tornou ele a chamar – Harry, aqui, se me faz o favor.


– Anda – Murmurou Hermione dando um leve empurrão em Harry.


Emily e Amber fizeram menção de aplaudir o garoto, mas Fred segurou a mão de Emily e sussurrou “Não faça isso” Já na mesa da Sonserina, Draco havia agarrado a mão de Amber.


– Não seja suicida – Disse ele baixo.


– Ahh... Draco, qual é? Estraga prazeres... – Sussurrou Amber.


Draco apenas balançou a cabeça negativamente, na mesma hora que Harry entrava na câmara.


Dumbledore entrou na câmara seguido pelos professores.


Draco mirou Amber com interesse.


– Como Potter conseguiu por o nome dele lá? – Perguntou ele.


Amber riu baixo.


– Com certeza não foi ele... Ele não tem capacidade pra tanto... E para já de me olhar desse jeito – Disse Amber com seu tom de grosseria habitual.


Draco abaixou a cabeça e riu


– Do que você esta rindo? – Perguntou a garota erguendo a sobrancelha.


– Nada, só nunca imaginei você com vergonha – Disse ele


abafando um risinho.


– Ora... Malfoy, não diga besteiras – Disse a garota levantando e saindo do salão.


Nesse momento o Professor havia voltado e mandado todos os alunos de volta a seus salões comunais.


 


(...)


 


– Você não vem? – Perguntou Rony para Emily enquanto se levantava.


– Não vão esperar o Harry? – Perguntou ela.


– Não, pra que? – Perguntou Rony.


– Está bem então... Eu vou espera-lo – Disse Emily.


– Porque você vai esperar ele? Ele é um traidor, nem contou para a gente - Reclamou Rony.


– E ainda se diz o melhor amigo dele!


Rony bateu o pé e saiu do salão.


Cerca de 20 minutos depois, todos saíram da câmara o que fez Emily arrepender-se de ter ficado ali esperando Harry.


Dumbledore olhou a garota.


– O que ainda esta fazendo aqui, srtª? – Perguntou ele.


– É... Esperando o Harry... – Disse Emily.


Nesse estante Amber irrompeu pela porta.


– Ah! Ai estava você! – Disse ela se fingindo de surpresa.


– Sim, estou aqui... – Disse Emily.


– É... Agora venha... – Amber tentava ao máximo fazer com que a atenção de Emily se voltasse para ela – Harry já esta liberado, não é mesmo, profº?


– Sim, mas... – Disse Dumbledore, mas foi interrompido por Amber.


– Ótimo! – Disse Amber indo em direção a Harry e o puxando, junto com Emily.


Cedrico olhou as meninas com curiosidade e Amber devolveu só que com ódio. O único no salão que havia percebido o olhar de Amber fora Dumbledore.


Quando os garotos saíram do salão, Amber respirou fundo.


– Bom... Boa noite para vocês, e você – Disse a mesma olhando para Emily – Estou de olho na senhorita...


– Em mim? O que de mal posso fazer? – Perguntou Emily se fazendo de desentendida.


– Você sabe muito bem, te conheço – Disse a garota dando as costas para os dois.


– Ela é louca? – Perguntou Harry


– AVÁ! Vai me falar que não tinha notado isso antes? – Perguntou Emily.


– Isso por acaso tem alguma coisa a ver com o que vocês estavam conversando hoje? – Perguntou Harry no caminho da sala comunal.

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