Prólogo
Era uma vez um grupo de amigos que resolveu participar da idéia nada normal de férias proposta pelo diretor da escola onde estudavam. A diferença era que eles não eram amigos comuns. Eram bruxos. Cada um segurando seu pedaço de madeira e podendo fazer coisas explodirem e estudavam em uma escola especializada para isso com um diretor que sempre queria inovar no ensino de seus alunos, ainda mais quando a tal guerra estourou tanto no mundo bruxo quanto no mundo trouxa. Não era oficial, mas já se podiam ouvir os murmúrios por todos os cantos falando sobre tal ato. Mestiços estavam sendo torturados e aniquilados por todos os cantos por um tipo de seita que se autodenominava Comensais da Morte comandada por alguém que não tinha o menor amor por si próprio.
Em seu sexto ano de escola James Potter, Sirius Black, Remus Lupin, Peter Pettigrew, Lily Evans, Marlene McKinnon, Emmeline Vance e Dorcas Meadowes eram poucos dos alunos que ainda se arriscavam em ir para a viagem e para a escola. Tudo tinha que parecer o mais normal possível. O tema escolhido pelo professor de História da Magia foi a união entre bruxos e trouxas. Iriam visitar um local perdido na Grã-Bretanha no qual essas duas espécies vivam em perfeita harmonia. Mas nada nunca é simples para o quarteto confusão. Até com a harmonia que levou eras para ser construída prometia ser abalada pela chegada do grupo de alunos de Hogwarts ao pequeno vilarejo numa média de cinqüenta adolescentes no máximo.
Ninguém tinha falado sobre a praga que rondava o vilarejo, muito menos as coisas estranhas que começaram a ocorrer poucos dias antes deles resolverem ir naquela viagem que, agora, tornava-se estúpida. Se tivessem dito tantas outras coisas para eles, talvez, a vida de James Potter ainda poderia ser salva e eles não estariam naquela situação assustadora. O corpo do maroto de óculos estava no chão, a barriga ensangüentada, o rosto pálido assim como todo o resto de sua pele. Seus lábios já não tinham mais cor, sua respiração mal podia ser ouvida, assim como seu coração quase mais não batia.
Uma Lily Evans, desesperada, estava ajoelhada ao lado do corpo de seu maroto mais odiado. Alguém que ela tinha aprendido a ver com outros olhos naquela viagem, mas nem isso ela poderia dizer a ele. Que daria uma chance. Que iria sair com ele, somente para ver aquele sorriso bobo em seus lábios. Remus se encontrava ajoelhado do outro lado do corpo do amigo, os olhos tão brilhantes como os de Sirius que estava em pé entre Marlene e Dorcas, passando as mãos nervosamente pelo cabelo. Remus Lupin tentava estancar o sangue que não parava de escorrer da barriga do amigo com as mãos, sem nenhum sucesso. O choro agoniado de Dorcas Meadowes foi abafado por um abraço carinhoso de Emmeline Vance, que não estava tão diferente da situação chorosa. Marlene McKinnon, em um ímpeto, se virou e escondeu o rosto no peitoral de Sirius, buscando um refúgio para as lágrimas que escapavam insistentes por seus olhos.
O culpado daquilo se encontrava atrás de Lily, tão martirizado quanto eles por aquilo, afinal, o sangue de James estava em suas mãos. Amos Diggory era um jovem lufano, capitão do time de Quadribol de sua casa e achava ter uma paixão por Lily Evans. Podia notar, claramente, o quanto a ruiva amava o maroto simplesmente pelo tom agonizante de sua voz chamando por James, pedindo para que ele acordasse enquanto segurava o rosto frio do maroto.
–Eu... Lilz... Eu... Ele pediu. Ele me pediu para fazer isso. – Tentando arrumar uma desculpas e recebendo olhares mortais de Remus Lupin e Sirius Black, Amos tentou se aproximar de Evans enquanto falava, inclinando o corpo para frente, tocando os ombros dela com as mãos trêmulas e sujas de vermelho. De sangue.
–Tira as mãos de mim! – Foi a resposta que ele obteve entre dentes e furiosa da garota. Ela balançou os ombros, se virando e ficando de pé em um movimento tão rápido que chegou a assustar Remus. –Você o matou! Você... Você o matou... – Ela repetiu tão perdida em pensamentos que parecia que só agora entendia o que tinha acontecido. James estava morrendo e ela não podia fazer nada para mudar isso. Teria que conviver com a perda e parecia inaceitável para ela.
Se soubessem a verdade antes, se não tivessem sido enganados por uma lenda, aquilo tudo não teria acontecido. Ficar em casa também teria sido uma ótima opção. Cama quente, pipoca, um filme romântico, nada daquilo precisava ser real. Mas a voz de Remus avisando que precisavam levar James de volta para o vilarejo e buscar ajuda, fez com que aquele pesadelo tomasse o seu lugar na realidade. Um conto de fadas que não acabou como era para ter acabado... Será?
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