Baile de Stresses



Capitulo X
Baile de Stresses

Faltavam dois dias para o baile, e os alunos estavam num tremendo alvoroço. Dumbledor reservara os dois dias para os últimos preparativos para o baile. Deixou os alunos irem a Hogsmeade, para comprarem os vestidos e fatos, e os presentes de namorados.
Ginny fora á “Trapo Belo “, uma loja de roupa de festa, com Luna e Hermione. As raparigas saíram de lá com vestidos lindíssimos. Depois, foram á “Cabelo Mágico”, uma cabeleireira muito conceituada no Mundo Mágico, pedir para que fosse a Hogwarts uma das funcionárias, arranjar os cabelos delas para o baile.
Draco já tinha o seu fato escolhido, agora tava preocupado com o que poderia oferecer a Ginny… Enquanto passeava por Hogsmeade, passou por uma ourivesaria mágica e viu… o presente ideal para Ginny.
Harry e Ron também já tinham os fatos e Ron ajudava o amigo a encontrar uma carteira ao gosto e á altura de Hermione.
Estavam todos felizes, embora cheios de stress. Bem… Ron era o que tinha mais stress e menos alegria… Não tinha namorada, e nenhuma rapariga o atraia… bem… Luna era bonitinha, e tinha-o convidado para ir ao baile, mas… não era ela a escolhida para Ron.
***
-Ginny! Olha, a coruja do Draco...! –exclamara Hermione, que passeava com Ginny, nos campos de Hogwarts
A coruja negra de Draco pousara num galho baixo de uma árvore, e esticou a sua pata para mostrar o bilhete que trazia. Ginny chegou-se á beira dela, e tirou-lhe com cuidado o pergaminho, elegantemente enrolado

“Hoje é grande dia, meu amor! Espero por ti á beira da Dama Gorda ás 8 horas. É hoje que vamos mostrar ás pessoas a nossa felicidade!
Espero que gostes do meu pequeno presente…
Draco M.”

Por mágica, uma rosa vermelha apareceu por cima do bilhete. Ginny estava muito contente, mas o seu sorriso esvaneceu dos lábios, quando chegou ao fim do bilhete.
-Que foi Ginny? Estavas tão feliz, e agora estás com uma cara… É alguma má noticia? –perguntou Hermione, que estava á sua beira
-Mas eu não tinha pensado nisto… -respondeu Ginny, nem reparando na pergunta de Hermione
-Nisto o quê?
-Na minha relação com o Draco… Como é que o Ron vai reagir? E a minha família?
-Ihh… pois é… Agora é que me lembrei disso também…
-O Draco disse que… ah! Lê tu o que está ai! –disse Ginny, atirando o papel para as mãos da amiga, que o leu com cuidado
-É verdade Gin… tás metida numa alhada…
-Oh!! Azar! Também já está na hora do meu irmão e de todos os outros alunos saberem! Não quero que as outras sonsas estejam sempre a atirarem-se ao Meu namorado!!
-É assim que se fala amiga!

Mais tarde, no Salão Nobre…
As alunas estavam todas nervosas, especialmente Ginny, pois já imaginava a reacção do irmão quando soubesse que a sua queridinha irmã namora com o seu pior inimigo. Hermione andava de um lado para o outro, nervosíssima, pois o seu penteado que a cabeleireira mágica lhe fizera, não saia bem.
-Ahhhgggg!! Que nervos!! –berrou Hermione
-Hermy! Acalma-te! –exclamou Ginny –Eu é que devia estar mais nervosa que tu!
-Pois… desculpa lá… Mas é que isto dá nervos!
-Vá lá… acalma-te.
***
-Será que elas demoram muito? –perguntou Harry, olhando impacientemente para o relógio. Já eram quase 8 horas.
-Nah… Já devem_Olha!! –respondeu Ron, apontando para a escada, donde desciam Ginny e Hermione
Os dois ficaram pasmados, de boca aberta, a olhar para elas.
Hermione estava com um vestido cai-cai, rosa bebé, com uns folhinhos e pedrinhas brilhantes. Estava lindíssima!
Ginny trazia um vestido vermelho com um decote não muito exagerado e provocante. Trazia o cabelo apanhado somente com alguns cabelos de lado e a rosa que Draco lhe mandara. Estavam as duas deslumbrantes.
-Er… Vocês… Estão… Muito Bonitas… -gaguejou Harry, quando as duas chegaram á beira deles
-Brigada Harry! –agradeceu Hermione, muito feliz
-Hermy, queres vir comigo? –perguntou Harry, esticando o braço a ela
-Nem preciso de pensar! –respondeu, com um enorme sorriso na sua cara. Deu o braço a Harry e quando estavam para se dirigir para o quadro da Dama Gorda, Ron interrompeu
-E tu mana? Com quem é que vais? Tu nunca disseste quem é que te vai levar ao baile… Vais sozinha, é?
-Ron, convites não me faltaram… o meu par já está á minha espera! –respondeu, olhando para o relógio –já estou atrasada. Diverte-te com a Luna maninho!
-Ei! Gin! Espera!!
Ginny continuou a andar o mais rápido que podia, seguida por Ron e por Harry e Hermione, atravessou o quadro da Dama e encontrou Draco, num estado de impaciência.
-Malfoy?! O que é que estás aqui a fazer? –perguntou Ron, espantado
Ginny respirou bem fundo, olhou para Hermione, que lhe piscou o olho, incentivando-a e ganhou coragem para responder ao irmão, que estava mais vermelho que nem um tomate
-Ele é a MINHA COMPANHIA, Ron!
-Não acredito… Gin!! Tu com… ele??
-Sim! E ainda tem mais: ele é o MEU NAMORADO!!!
Ron já não estava vermelho, estava de todas as cores… não podia acreditar no que acabara de ouvir! A sua irmã a namorar com o seu pior inimigo?
-Gin… tu o quê?
-Foi isso mesmo que tu ouviste, maninho! Agora temos de ir… Adeus e diverte-te!

No Baile…
-Hermione… Estás a gostar? –perguntou Harry, a corar, enquanto dançavam uma musica bem calma, coladinhos um ao outro
-Estou a adorar, Harry!
-Tu sabias deste rolo do Draco e da Ginny?
-Bem… -disse, corando –Harry, eu… sabia. Sabia, mas não vás dizer nada ao Ron, porque senão, ele ainda me vai acusar…
-Não te preocupes, eu não conto nada… Podes ir comigo até lá fora? Só por um bocadinho… É que eu queria dizer-te uma coisa…
“Será que ele… achas Hermy? Ele não deve gostar de ti… Deixa de sonhar!”
-Claro, Harry! –respondeu, com um sorriso
Os dois saíram do Salão, e foram até á beira do lago, e conversaram alegremente um bocadinho, até que Harry ganhou coragem
-Hermy, preciso de te falar uma coisa, senão vou explodir…
-É sério isso! –brincou ela –para explodires!!
Harry sorriu de leve, voltou a corar, mas mais fortemente, e declarou:
-Ah… eu… eu… Hermy…
-Fala!
-Eugostodeti! Pronto. Falei!
-Tu o quê?? Falaste tão depressa que eu não percebi, Harry…
Harry bufou, e falou mais uma vez, mas com mais cuidado
-Eu gosto de ti, Hermione Granger. –suspirou e desviou o olhar, pois estava envergonhado demais para olhar para ela
Ela, por sua vez, continuava a fitar o rapaz, muito emocionada. Não sabia o que lhe dizer… Esperara por este momento desde o seu primeiro ano em Hogwarts, e agora que acabara de o ouvir, não sabia o que fazer…
-Então…? Não dizes nada? –perguntou Harry, nervoso
-Ahm… eu não sei o que te dizer…
-Pois… -disse Harry, baixando a cabeça e fingindo tristeza –já sabia que tu não gostavas de mim, assim como eu gosto de ti…
-Harry? –exclamou ela, levantando a cabeça dele –Eu… Eu Amo-te!!!
O sorriso abriu-se na cara de Harry. Já sabia que Hermione gostava dele, por isso estava mais descansado. Atirou-se para os braços de Hermione e deu-lhe um beijo suave e tímido, desejado e esperado há tanto tempo.
-Comprei isto para ti… -disse Harry, separando-se dela, estendendo-lhe o embrulho. Hermione abriu-o com cuidado e maravilhou-se com o presente
-Harry! É linda!! –exclamou, olhando ora para a carteira, ora para Harry –Como é que sabias que eu estava a precisar de uma nova?
-“Espírito Santo de Orelha”…! –respondeu Harry, sorrindo marotamente
-Amo-te Harry James Potter!
-E eu a ti Hermione Jane Granger!
Envolveram-se de novo num beijo carinhoso e num grande abraço.
-Atão agora és minha namorada?
-Claro que sim! E que nenhuma rapariguinha se atreva a atirar-se ao meu namorado ou mandar piropos como de costume! Odeio quando elas fazem isso! Raparigas idiotas!
-Tás com ciúmes…?? –perguntou Harry, ironicamente
-Só um bocadinho…? Ahahahahah!
-És linda e eu adoro-te! –Harry sorriu, e beijou-a novamente. Agora era o rapaz mais feliz do mundo! Tinha tudo o que se poderia desejar: uma namorada, conselheira e linda, em quem podia confiar a sua própria vida, e amigos maravilhosos que sempre o apoiaram e compartilharam momentos de alegria e tristeza. A única coisa que faltava era o seu pai e a sua mãe, que nunca conhecera, só por foto. Amava-os ainda mais a cada dia, assim como a Hermione. Sentia orgulho dos feiticeiros que eles foram, e por eles terem dado a vida para tentar salvá-lo das garras de Voldemort.
Abraçou Hermione e juntos voltaram para o castelo.
***
Ginny tremia por todos os lados. Não sabia aonde tinha ido buscar tanta força para conseguir enfrentar o irmão… Mas de uma coisa tinha a certeza: ele, mais cedo ou mais tarde iria escrever ao seu pai a contar o que se passara, e que seu pai iria proibi-la de ver Draco.
-Amor… tem calma… -disse Draco carinhosamente, que caminhava ao lado dela, ao longo dos corredores
-Como posso ter calma?
-Abraçando-me… -respondeu Draco, dando um abraço nela. Sentia que ela precisava urgentemente de carinho e de conforto –Anima-te… Vamos para o Baile!!!
Divertiram-se muito, até que Draco comentou:
-Até que enfim que já posso estar contigo, aqui, com todos s olhar para nós, sem nos escondermos!
-Eu digo o mesmo! –disse ela beijando o namorado
-Quase morri de tantas saudades tuas! – ele a beijando-a novamente
-Eu também!! Senti muito a tua falta neste tempo que estivemos separados… Nunca mais me abandones!
-O que eu mais quero é ficar contigo, o resto da minha vida!
-Eu também, como nós fomos tolos, estes anos todos, não é? Só sabíamos brigar e brigar, nós fomos muito idiotas mesmo! E agora, olha só para nós… apaixonados!
-É mesmo… mas, vamos falar no nosso futuro. Anda comigo que eu te vou levar para um lugar só meu e teu também!
Saíram sorrateiramente do baile, onde todo o mundo olhava com cara de espanto para eles. Ginny acompanhou o namorado por entre os corredores e escadas mais escuros do castelo, até chegarem no topo de uma torre.
Quando Draco convidou Ginny a entrar, maravilhou-se com o que estava lá dentro. O chão estava encantado com relva verdinha e verdadeira e com pétalas de rosas vermelhas espalhadas, o tecto mostrava um céu estrelado… velas estavam acesas por toda a parte… O ambiente era muito romântico e uma novidade para Ginny, pois nunca tinha sido recebida assim.
-Draco… É maravilhoso!!
-Entra… é tudo nosso! Fui eu que fiz.
Ginny sorriu, e deu-lhe um beijo carinhoso
-Precisamos de falar…
-Pois é… desculpa não ter acreditado em ti… Mas quando eu recebi aquele bilhete, passei-me, pois amo-te demais e isso deitou-me completamente a baixo, e o “Ódio Malfoy” subiu-me… Ahahahahah! Mas, depois, quando ouvi uma conversa entre o Dean e os amigos e descobri tudo_
-O quê?? Foi o Dean?! Que estúpido! Conseguiu separar-nos, mas por pouco tempo, porque não consigo viver sem ti, sem o teu amor… Amo-te!
-E eu a ti “Pimpolha”! –exclamou, beijando-a –Humm… para ai um pouco…
-Não pares, senão a minha razão vai voltar, pois ela terá todo o prazer de me tirar daqui!
-Mas eu tenho que te dar uma coisa…
-Tá bem… -concordou Ginny, largando o namorado
Draco caminhou até um canto da sala e de lá trouxe um ramo de rosas vermelhas e um envelope.
-Ohhh mor… -exclamou ela, emocionada como gesto carinhoso de Draco –Como é que sabias que as rosas vermelhas são as minhas flores preferidas?
-Ahm… eu tenho as minhas fontes… -respondeu, sorrindo
Ginny deu uma risadinha, e abriu o envelope.

“Ginny,
Espero que este dia se repita por muitos e muitos anos! Amo-te e quero ficar para sempre contigo.
Dedico este dia a alguém que conheci, alguém que a partir desse dia nunca mais esqueci. Saliva eu perdi, dinheiro eu gastei, mas nunca, nunca desisti, porque sei que te amarei por toda a minha vida, em plena loucura, lutando a luta dura contra tudo e todos. Filmes eu passava para te ver sorrir e a sonhar nesse teu doce olhar. Força, nunca desistas, há muito que caminhar, a vida é longa e o tempo nunca vai parar. Se alguém um dia te disser que te esqueci, chora pois, nesse dia eu morri. Lágrimas eu chorei, da boca mil encantos e afrodisíacos eu lancei, no ponto eu toquei, ali te conquistei. A melhor fase da minha vida eu passei. Erros foram cometidos, sem serem resolvidos, eram esquecidos, culpa minha, andava cego, não via que eras a Rainha de todo o meu reino e sem saber porquê, perdi todo o paleio. Receio nunca mais te ter, creio que todo o sentimento de revolta em mim vai explodir. Ouve com atenção: Eu nasci para ti. Musa inspiradora de todos os meus desejos, dona e senhora aqui te deixo este presente, que é nada mais que a libertação deste sentimento, para todos os que sabem o que é este sufoco, o que é viver com pouco, e é o que sinto, e é por ti… Amo-te!
Da roseira nasce a rosa, da rosa nasce o luar, da mulher nasce o homem, e eu nasci para te amar. Andei numa corrida contra o tempo, fui á procura de alguma amargura, e encontrei-te num pozinho mágico que por uma fada foi lançado. Eu fui levado e abençoado nas mãos de alguém que me fez Homem, e me fez mudar, acarinhado como mãe para filho, caminhava pelas ruas deste mundo, contigo um segundo era uma eternidade, juntos caminhávamos para o bem desta irmandade. Tudo era claro, nada mais havia a acrescentar, aos poucos tudo se veio a degradar, não quero nem pensar… Mil desculpas pelo que te fiz passar, processo original de arrependimento, passo concluído com peso e medida. És o guia que me controla, circulo vicioso que gira como uma bola, sistema harmonioso que nos engloba, a vida. Contigo quero passar o passado, contigo e só contigo quero viver… Para quê matutar no que passou, se o que interessa é o que se vai passar e há para quê lembrar?
Se algum dia quiseres e saíres por aquela porta, todo o meu mundo vai cair, todo o meu ser será eliminado, cuidado! Algum dia o amor vai ser perfeito, para essa doença eu receito ainda mais amor, mas nada feito a preceito, algo de imperfeito com dignidade. Pelos caminhos da verdade escreve o que vejo e não o que invejo, porque sempre fui bem verdadeiro…
Assim me despeço, querendo ser o teu parceiro e para sempre! Queres casar comigo?
Espero que a resposta seja sim, pois é o meu maior desejo!
Princesa, vou lutar por ti, nem que tenha que lutar contra o meu pai e contra a tua família. Nem que fiquemos zangados com eles! No fim, eles irão perceber que nós nos amamos de verdade e vão-se arrepender do que nos fizerem!

Amo-te, não somente pelo que és, mas pelo que sou quando estou contigo! Amo-te, porque puseste a mão na minha alma e passaste por debaixo de minhas fraquezas e com o teu amor fizeste sair á luz toda a beleza que ninguém antes de ti conseguiu encontrar em mim!

Draco M.”

Ginny estava cheia de lágrimas após ler esta carta tão emocionante e sorriu para Draco
-Eu aceito casar contigo!! Eu amo-te muito!! Quero ficar para sempre contigo!!
Depois de ouvir a sua resposta, Draco pôs a mão no bolso e de lá tirou uma caixinha de veludo vermelho e estendeu para Ginny, ajoelhado. Ginny abriu-a e lá estava um anel de noivado, simples, mas lindo. Tinha pequenos brilhantes em volta dele, e por dentro tinha a seguinte inscrição:
“Amo-te para toda a minha vida! Draco Malfoy”
Abraçaram-se novamente e sentaram-se numas almofadas a um canto. Os lábios dos dois moviam-se freneticamente como se nunca mais fossem capazes de se descolarem. A escuridão caía mais intensamente na sala, fazendo os dois se perderem ainda mais entre vários beijos ardentes. Draco começou a abrir lentamente o fecho do vestido de Ginny, mas esta parou a tempo
-Draco… pára… -pediu ela
-O que foi? Não queres?
-Não… não é isso, é que eu gostaria de permanecer como estou até ao meu casamento… neste caso, até ao nosso…
-Então isso quer dizer que não me amas? –perguntou Draco, com cara de desconfiado e obviamente desanimado
-Claro que te amo, seu trengo! Só que eu quero continuar assim… Tu és o único e especial para mim, disso tenho a certeza, mas é que sonho tanto com o meu casamento… o nosso…
-Não precisas de falar mais… eu já percebi… compreendo-te e respeito-te. Já agora, eu também nunca… bem, tu percebes!
-Nunca? Que estranho… Draco Malfoy…
-E então? Nunca tinha encontrado alguém tão especial como tu para isso acontecer! Tenho a certeza de que tu és a “tal” e apoio-te na tua decisão… na nossa!!
-Ah Draco!! Estou muito feliz!! –disse Ginny, com um sorriso de orelha a orelha
-Eu juro ser fiel até ao nosso casamento!
-Epa! Não precisas de jurar!! –disse Ginny, a rir
Abraçaram-se novamente e conversaram até altas horas da noite…
***
-Ginny!! Onde estás?! –gritou Ron, enervadíssimo, no meio da Sala Comum dos Gryffindor
Os alunos saíam aos molhos dos dormitórios e corriam para a Sala.
-RON, ACALMA-TE!!!!!!!!!!!!!!! –berrou Hermione
-Onde está a GINNY?!
Hermione corou, e mentiu:
-Está… lá em cima a… dormir!
-Não está não! Eu fiquei aqui toda a noite á espera dela, e nem fui ao baile por culpa dela!!!
-Mas ela não te quis acordar… estava s a dormir tão bem…
-Chama-a que eu quero conversar com ela!!!
Harry, percebendo que Hermione estava metida em sarilhos e não sabia o que dizer, aproximou-se do amigo, e começou a acalmá-lo:
-Ela ainda está a dormir, Ron… depois falas com ela… Pára com este escândalo…
Ron caiu em si, e parou com aquela gritaria. Mas, de repente, ouviu-se alguém a atravessar o quadro da Dama Gorda. Todos olharam naquela direcção e de lá vinha… Ginny. Ron olhou furiosamente para Hermione, que lhe devolveu o olhar e virou-se para a irmã:
-Ginny?! –exclamou, e voltou a olhar para Hermione, fulminando-a com olhar –Com que então ela está lá em cima a dormir…
-Bem… -começou Hermione, corada até á raiz
-Hermy, deixa lá, brigada… -agradeceu, virando-se para Hermione e depois para o irmão –Eu estive com o meu namorado, porquê?
-Até agora, com o Draco Malfoy?! Gin… quando o pai souber… -exclamou, tapando a cara com as mão, em sinal de desapontamento
-Só vai saber se tu lhe contares, queixinhas!!!
Ron levantou a cabeça, corou e continuou:
-Sou sim, isto é um assunto muito sério e o pai precisa de saber o mais depressa possível!
-Ron, não me chateies, ok? Vou dormir mais um pouco… estou tão cansada, e… feliz!!! –respondeu, com um sorriso sarcástico para o irmão, virando-se e subindo as escadas em direcção ao dormitório, seguida por Hermione, e pensando no que Draco lhe tinha dito quando se despediram á momentos antes: “Não vai ser fácil Gin. Teremos que lutar contra tudo e todos…”. Não estava a ser obviamente fácil, mas tinha que ser… o seu amor por Draco era mais forte que tudo e ninguém podia impedir.

-Não sei o que fazer com ela… -suspirou Ron, a Harry
-Uma coisa eu sei, a vida é dela e se ela gosta mesmo do Malfoy, tu não tens nada a haver com isso…
-Pois… e o meu pai? O pai DELE??? Como é que vai ser quando descobrirem? Vão ficar ainda com mais raiva, sei lá!!
-Ron… eles só vão saber se tu contares… vem, anda descansar, deves estar todo partido depois desta noite ai no cadeirão…
-Isso, vou descansar um pouco a minha cabeça, que está quase a explodir… Depois penso no que fazer… -respondeu, num tom arrasado, com tudo o que se estava a passar.

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