A Briga “quase” Definitiva
Capitulo VII
A Briga “quase” Definitiva
Draco entrou no Salão e viu Ginny acompanhada por Hermione e Luna, um pouco mais a frente.
-Olha só quem é ela… a Weasley pobretona…-disse Draco, num tom gozão e provocador, mas fingindo tudo, como tinham combinado.
-Olha só… o Loiro Aguado armado em esperto! Então… dormiste mal? -respondeu Ginny, sarcasticamente
Hermione e Luna entreolharam-se e Hermione estranhou o comportamento dos dois.
-Gin… -chamou Ron, chegando-se á beira das raparigas, com Harry -o que se passa?
-Nada Ron, é só este Malfoy sem estofo que me está a cumprimentar á sua maneira muito educada…-disse Ginny, ironicamente
-A Weasleyzinha tá com fogo hoje…
-Malfoy… vai comer palha! -exclamou Ginny, passando por ele
Draco agarrou-a de leve pelo braço e sussurrou:
-Logo, 9 horas no mesmo sitio. Amo-te…
Olhou para ela com um sorriso disfarçado. Ginny retribuiu o sorriso e continuou a andar
-Ginny, tu não tinhas dito que tu e o_
-Sshhhh! –pediu Ginny, baixando o tom de voz -Eu sei… nós é que combinamos discutir de vez em quando porque senão as pessoas desconfiam…
-Ahh… Pois! Não tinha pensado nisso, bem visto! –riu Hermione e continuando -Gin, o dia de S. Valentim tá a chegar… já sabes o que vais dar ao_
-A quem? -Interrompeu Luna, que ainda não sabia do envolvimento de Ginny com Malfoy
-Ahm… bem, Luna, é uma história muito longa, contamos-te pelo caminho
E lá foram as três raparigas pelo corredor a fora
***
-Ron, já estou atrasada! –exclamou Ginny, para o irmão que não a deixava em paz
-Aonde vais maninha?
-Tenho que…
-Estudar! Eu vou-lhe tirar as dúvidas, a Poções! – atalhou Hermione, ajudando a amiga
-Ah…ok
-Xau Ron, adeus Harry! Boa noite! –despediu-se Ginny
-Boa noite?! Para onde é que vais estudar? – estranhou Ron
-Para o nosso quarto! Ron, SHUT UP!
-XAU!! –exclamou Ron, já chateado
-Brigada por me “salvares” do meu irmão! Que chato! Tá um cola!!
-Não te preocupes, eu ajudo-te em tudo o que precisares! Vai lá ter com o teu bebé…
-És a irmã que eu nunca tive! –agradeceu, emocionada
-Tu também…
Ginny entrou na sala; estava tudo escuro… Draco estava no meio da sala, iluminado por uma janela. O seu cabelo estava ainda mais brilhante… só que, ele estava de braços cruzados e calado. A sua cara era de poucos amigos…
-Mor! Desculpa o atraso! O meu irmão tava farto de me fazer perguntas… Mas, o que é que tu tens? Que se passa?
Ele ainda continuava parado, a olhá-la fixamente. O silêncio era cortante, e Ginny começava a ficar assustada…
-Weasley… que história é essa de tu andares a trair-me com o Dean Thomas? –disse por fim, com um ar chateado e triste
-O QUÊ????????????
-Não adianta mentires… eu já sei de tudo. Hoje de tarde, este bilhete veio parar ás minhas mãos –declarou, estendendo o papel a Ginny
Ginny, a tremer, pegou no papel e começou a lê-lo
“Draco;
Tu não sabes quem eu sou, mas eu sei quem é a tua nova namoradinha e o que ela te anda a fazer… A Weasley anda a trair-te…
(Ginny arregalou os olhos, e começou a chorar baixinho)
“Sim, eu sei que vocês namoram e também sei á muito tempo que ela te trai. Ela e o… Dean Thomas, o ex dela andam outra vez, desde que tu e ela começaram o namoro.
Como vês, a tua namorada não é tão santinha quanto parece…
Não tentes descobrir quem eu sou.
Anónimo”
Ginny ficou de boca aberta, deixou cair o papel no chão e continuou a chorar, olhando para os olhos frios e tristes de Draco.
-Atão? Não tens nada para me dizer??
-Draco…
-Draco não! Malfoy!
-Malfoy –começou Ginny, soluçando -isso é mentira!! É tudo_
-Mentira?! Tu é que és mentirosa! MENTIROSA!!
-Malfoy!! Pára com isso!! –exclamou Ginny, prostrada aos pés de Draco
-Mentirosa!
Draco só parou de lhe chamar mentirosa quando esta se levantou e…
**PLAF**
deu-lhe uma bofetada…
-Estúpida!
-Estúpido és tu!! Isso é tudo mentira e tu não acreditas em mim!! Preferes acreditar num papel, do que na minha palavra!! Depois de tudo o que fiz por ti, é assim que me agradeces? Zanguei-me com o meu irmão por TUA causa!!!
Draco estava parado, atento ao que Ginny lhe berrava.
-Weasley… para mim acabou… -suspirou. Pela primeira vez, Draco Malfoy chorou, por amor…
-Fico muito decepcionado contigo… -terminou
-E eu contigo… mas de ti, já devia esperar tudo! –atirou Ginny, caminhando para a entrada da sala, ainda em lágrimas. Mas, parou a beira da porta, e sem voltar as costas para Draco, disse:
-Quando a gente ama, a gente vê no fundo da alma, como se fosse transparente… Conhece-se a pessoa de corpo e alma, não se duvida dela… -e seguiu o seu caminho
Draco ainda ficara lá por muito tempo, a chorar e a lembrar os momentos bons que passara com Ginny. Estava muito triste e magoado… os seus sentimentos eram verdadeiros, ainda mais verdadeiros do que pensava…
Depois de muito chorar, dirigiu-se para as masmorras.
***
Ginny entrou no quarto, de rompante, a chorar e deitou-se na cama. Hermione assistira a tudo e fora falar com a amiga.
-O que aconteceu, Gin?
-Hermy!! –exclamou Ginny, abraçando-a -O Draco… O Malfoy… terminou comigo!!
-O QUÊ?!
-Sim… recebeu um bilhete anónimo a dizer que eu andava a trai-lo, imagina só… com o Dean Thomas!! Aquele estúpido! Que raiva!!
-Mas quem fez isso? Será que alguém mais sabe do vosso namoro?
-Alguém devia ter visto, sei lá…- respondeu Ginny, tristemente -Oh Hermy… e agora? Como é que vou viver? Já estava tão habituada a tê-lo na minha vida… ELE É A MINHA VIDA!! Já não sei o que fazer! Eu amo-o! E ele ama-me de verdade, pois ele chorou! Já viste? Já alguma vez viste o Draco chorar? Ele chorou por mim! Nunca o trai… o que é que eu faço? E agora??
Ela estava desesperada… Hermione não falou nada, só escutou a amiga e continuou com ela nos seus braço… apenas a ouvi-la. Nesse momento, era o melhor remédio para Ginny: chorar e desabafar.
***
Draco entrou no dormitório com os olhos inchados e com a cara desolada.
-Draco? Bem… que cara! O que aconteceu? -perguntou Goyle
-Nada! –berrou Draco, bruscamente –Nada que te interesse!
Goyle calou-se e foi-se deitar.
Draco releu várias vezes o bilhete e chorou novamente.
“Como é que ela me pode fazer isto? Será que é verdade o que ela falou, ou…? Mentira…?”
Draco adormeceu no meio destes pensamentos. A única coisa que restava era a dor… a dor de perder Ginny.
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