Aula Prática



Capítulo onze – Aula Prática


            Todo dia o correio chegava, mas nada de sua mãe escrevendo de volta. Esperou dias e mais dias, estava angustiado, cansado de esperar. Após cerca de duas semanas seu irmão Augusto lhe entregara a carta, que sua coruja forte Suloren trouxera de casa, jogando-a no irmão mais novo e saiu roubando o bolo da mão do caçula. Adam irritou-se, mas não importou estava muito eufórico e abriu a carta, mas rasgou para passar um pouco da raiva, porem uma parte da escritura fora afetada, quase teve um pequeno infarto quando vira o que fizera. Saulo olhara para ele de forma tediosa, parecia que estava com muito sono, mas dava pequenos sorrisos, Dimitri engasgou com o bolinho de chuva que comia. A carta está com a caligrafia de sua mãe Julieta. Adam a leu em voz clara e alta o suficiente para que os colegas pudessem escutar.


Caro Filho,


Fico feliz pelo o sucesso, que alguns professores, já me disseram sobre você. Peço perdão pela a demora, Suloren não é tão veloz. Sim, já sabia que seu irmão era o que era, mas achei que você devia descobrir sozinho, porem nunca imaginei que chegaria ao ponto de bater em alguém. Já enviei um berrador dizendo que haverá consequências e castigos por todos aquelas “vítimas”. Filho, parabéns por entrar na Ravenclaw, é a casa dos inteligentes e tem a fama de terem os alunos mais bonitos do colégio, por isso que meu bebê foi para está. Mamãe e papai estão sentindo sua falta. Posso demorar a responder ando muito ocupada nos últimos dias. Te amo filho.


Sua mãe, Julieta Perone.


            Dimitri e Saulo gozaram com a cara de Adam, devido ao “por isso que meu bebê” e do “Mamãe e papai estão sentindo sua falta”. Adam tinha ficado com raiva, mas levou na esportiva. Terminaram e foram os três para a aula de Voo, aquela que Dimitri e Adam menos gostavam, não é que eles não gostavam, porque eram péssimos e hoje era o dia de aula prática.


            Saíram para o jardim da escola e se dirigiram para o campo, na qual era realizada as aulas práticas. Quando chegaram ao local não estava somente o professor Lewis Godon, mas, também, o diretor Winchister. Todos se localizaram ao lado de uma vassoura.


            - Alunos do primeiro ano, hoje, faremos a primeira prática de Voo e o diretor Winchister foi convidado por mim para ver o potencial de vocês. – disse apontando para todos os alunos. Adam ficara ainda mais nervoso pelo o diretor estar ali.


            - O voo, é do bruxo uma qualidade e de alguns uma especialidade. Aqui nascera um ciclo novo, como de uma ave nasce do ovo. Ela será sua nova amiga... Nossa, que dor de barriga. – e saiu correndo para o banheiro mais próximo. Adam olhara para Dimitri e depois para Saulo, fizera uma cara confusa. Olhara para o professor, não tinha expressão em seu rosto, estava paralisado.


            Lewis voltou ao seu estado normal e prosseguiram com a aula. Todos os alunos ficaram do lado direito da vassoura e disseram “suba” algumas subiram na mesma hora para alguns jovens bruxos. A do Dimitri fora a ultima a se levantar, ficou muito vermelho, ainda mais por causa da garota do rosto angelical que estava presente. Todos subiram na vassoura. E o professor pedira para vários alunos fazer uma porção de movimentos. Saulo fora incrível encima da sua vassoura. Voltara ao lugar de inicio ao som de muitos aplausos.


            - Beleza! Firmeza! Leveza! Voar para você é moleza! – Winchister voltara caminhando lentamente do banheiro, todos olharam assustados. Alguns riram. Saulo não teve muita expressão facial, dera somente um sorrissinho.


            Além de Saulo ser bom encima de uma vassoura, ele era ótimo nos estudos, um garoto muito inteligente, talvez o mais esperto da turma. Chegou à vez de Adam. Subiu na vassoura voou, mas não se temeu de olhar para baixo, principalmente quando o professor Lewis Godon pedira para retirar uma bolinha numa gárgula próxima. Ele tremeu todo, quase teve uma queda da vassoura, mas ficou firme e falava para si mesmo “Se concentra, você não está alto”, pegou a bolinha e voltara ao lugar da partida. Ficou aliviado.


            Antes de Dimitri, fora a garota bela de olhos azuis, ela voara pouco melhor que Adam, parecia estar mais confiante. Logo após era o último aluno, Dimitri. Já estava vermelho antes mesmo de montar na vassoura. Subiu e deu um impulso, o objeto não parava de subir e ia cada vez mais alto, o professor Lewis gritara para ele ir para frente. Demorou um pouco para o menino sair do lugar, mas quando saiu fora sem rumo, sem direção. O diretor e o professor tentavam com a varinha paralisar o movimento do garoto. Tentaram muitas vezes, mas não conseguiram.


            - Quem aqui souber um feitiço de desaceleração, use, talvez ganhará uma premiação. – dissera o diretor Winchister, nem nestes momentos deixava de rimar, nem se fosse a pior rima de todas.


            Os professores não conseguiam acertar o alvo. A menina bonita correra para um local onde poderia visualizar melhor Dimitri. Olhara para cima, apontara a sua varinha e mirava com atenção o garoto. No segundo feitiço lançado ela acertou, porem não pareceu muito eficaz, a vassoura parou e desceu rodando rapidamente, todavia Dimitri não conseguiu se segurar firme e fora jogado a força contra a parede. Chocou-se violentamente e cairá desacordado.


            A menina, Adam, Saulo, o professor Lewis e o diretor Winchister correram o mais rápido possível para chegar ao garoto.


            - Parabéns senhorita Loyola, quinze pontos para Ravenclaw. Mas tem que treinar este teu feitiço. – a menina estava chateada com o ocorrido, Lewis carregou Dimitri. – Levarei ele a enfermaria. Diretor fique com os outros alunos, por favor. – Eles se dirigiram para dentro do castelo.


            Adam e Saulo ficaram preocupados, mas a menina estava totalmente para baixo, estava num canto do jardim sozinha, devia estar se culpando. Os dois foram até ela e disseram que depois do almoço iriam visitar o amigo e perguntaram se ela queria ir também. A garota concordou, sua voz estava abalada.


            Almoçaram e foram fazer a visita a Dimitri. Os três ainda tiveram que esperar um pouco do lado de fora da enfermaria. Cerca de vinte minutos ficaram na porta, então Madame Giderola os convidaram para entrar, mas tinham que ser rápido, pois o paciente precisava de descanso.


            Dimitri estava sentado na cama com a cabeça enfaixada e com um dos braços imobilizados. Os meninos sorriram quando o viram bem, porem ele fizera uma cara surpresa, Adam percebera que a expressão era para a garota.


            - Ficar aqui é horrível! E esses remédios são ainda piores. – Saulo após dizer fizera uma careta. – Minha mãe sempre me dava medicamentos quando me machucava jogando Quadribol ou Trancabola.


            Adam e Saulo deram muitos assuntos para conversarem, mas Dimitri e a garota não falavam nada. Saulo notara que a menina queria pedir desculpas, mas eles eram uma barreira. Fez um sinal para Adam para saírem do aposento e assim foram se retirando.


            A saída dos dois amigos deixara Dimitri muito envergonhado com a presença da garota. Ela se aproximou, focando seus olhos nos ferimentos do menino.


            - Me desculpe, meus feitiços não funcionam bem quando estou em situação de risco ou pavor. – disse com a voz esganiçada.


            - Mas... sua intenção foi das melhores. – estava falando gaguejando, percebera que seu rosto havia esquentado bastante. – Talvez estivesse morto. – notou que tinha exagerado. – Ou talvez um professor tivesse me parado e eu não estivesse aqui na enfermaria agora. – havia falado besteira e tentou corrigir. – Não que você esteja errada, foi bravia em ter me ajudado. – A menina riu para o alivio de Dimitri.


            - Bom... Era só isso mesmo que queria dizer, não me sentiria bem se não pedisse perdão para você. Nem era necessário os garotos terem saído da sala. – sorriu e fora saindo. Parou, parecia que tinha esquecido algo e voltou a dizer. – Ah, meu nome é Lola Loyola. A gente se ver por ai Dimitri. Melhoras! – deu um tchau com a mão. Dimitri deu um tchau meio acanhado e lento, ficou abanando a mão mesmo quando a menina saiu. Não acreditava no que tinha ocorrido, mas mesmo se ele estivesse mal sabia que se sentiria bem nos próximos dias.

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