Coincidências



Oito anos depois de se formarem, muitas coisas haviam mudado para os três amigos, ou melhor, para os três ex- amigos. (que dramático!!).

Rony e Harry, como haviam sonhado, eram aurores e trabalhavam para o ministério da magia. Rony, morava sozinho num apartamento de luxo em um bairro trouxa muito requintado. Ele nunca quis se casar, depois que Hermione o abandonou no altar, por um motivo que ele desconhecia. Ficara muito abalado com a perda, mas dias depois só conseguia sentir ódio daquela mulher com quem passara os dias mais felizes e mais tristes de sua vida. Depois daquela data, ele nunca mais à vira não sabia onde morava ou onde trabalhava sequer sabia se estava viva.

Harry, era casado com Gina, mais os dois viviam infelizes em um casamento turbulento, Gina costumava dizer que os dois viviam um “conto de fadas às avessas”. Do ponto de vista de Gina, o casamento tinha tudo para dar certo: Harry queria esquecer Hermione porque sabia que seu fiel amigo Rony a amava e Gina era perdidamente apaixonada por ele. Porém, anos depois Gina começou a acreditar que casar-se com Harry Potter tinha sido a maior burrada de sua vida. Harry quase nunca falava de Hermione, e quando falava, se referia à ela como Granger, num tom estúpido e superior, que lembrava muito seu tio Válter, era por isso que Gina nunca ousava tocar no assunto “Hermione Granger”, achava que mais brigas não ajudariam em nada seu casamento.

Já era de tarde e Harry estava no escritório de sua casa comparando alguns dados sobre um novo caso desde manhã, por volta da 1 hora, quando Harry pensou em sair do escritório para comer algo, alguém entra.

_ Vou ao beco, fazer umas compras- disse Gina rispidamente

_Pode ir- respondeu distraído com uma planilha

_Não estou pedindo para ir, só estou avisando.- disse malcriada

_Tudo bem! agora vê se me dá licença que eu tenho que trabalhar- respondeu alteando um pouco a voz- ao contrário de você, eu faço alguma coisa!

_Não precisa gritar, eu não sou surda- respondeu suave- e se eu não faço NADA como você diz é por sua culpa! Cada emprego que eu arrumo é uma reclamação, o garotinho mimado me quer sempre à sua disposição! Por isso, acho melhor você pensar duas vezes antes de sair falando bobagens à meu respeito!- e dirigiu-se á porta, antes de abri-la virou-se para encarar o marido e falou:

_e se quiser comer, então vá cozinhar, porque hoje eu vou dormir na Toca- e saiu batendo a porta com força.





Hermione havia se formado em Auror mas também fizera faculdade de jornalismo, morava em Londres, porém, em um bairro mais afastado do centro da cidade, queria ter o mínimo contato possível com seu passado. Era solteira, assim como Rony, não quis se casar, nem ao menos namorar, desde o dia em que dissera “não” à ele já dentro da Igreja. Ficava muito deprimida quando pensava nisso, mas não poderia fazer aquilo nem com Rony e nem consigo mesma. Hermione gostava de Harry. Bem. Na verdade ela o amava, e era por esse pequeno (pequeno?) detalhe que havia deixado Rony na porta da Igreja.

A manhã estava fria e o céu nublado e cinzento. O clima frio fez as pessoas tirarem deus casacos do armário, outras nem saíram de casa. Hermione queria sinceramente fazer o mesmo. Ficar deitada debaixo das cobertas o dia inteiro, sem botar o pé para fora de casa.

Mas, como sempre, a responsabilidade falou mais alto. Com muito esforço, levantou-se de sua cama e foi até o banheiro onde tomou um longo e quente banho. Quando voltou para seu quarto olhou para sua cama, imaginando o quanto desejava estar nela. Desviou seus pensamentos da cama e voltou-se para o seu armário. Vestiu uma calça social preta, blusa de gola alta branca, salto alto e, para completar, um sobretudo também preto. Penteou cuidadosamente os cabelos e amarrou-os em um coque. Tomou um breve café e desaparatou.

Seu escritório era um lugar muito confortável, paredes pintadas de branco e móveis em preto davam um ar chique e social ao ambiente. Sentou-se confortavelmente em sua cadeira e notou que havia um bilhete em cima de sua mesa, com a caligrafia de seu chefe, Sr Gordon.



Sra. Granger



Peço que compareça em minha sala, hoje ás 8:30 para tratarmos de uma reportagem a ser feita.



Ass: Sr Philip Gordon



Hermione teve que conter uma risada. Seu chefe gostava de ser formal, até mesmo em um simples bilhete.

Olhou no relógio, 8:00, não tinha nada para fazer, decidiu então arrumar seu escritório, se é que isso era possível, pois, como sempre, todas as suas coisas eram particularmente organizadas. Depois de alguns minutos tentando arranjar algo para arrumar, deu-se por vencida, levantou-se e caminhou até a janela.

Muitas pessoas andavam apressadas pelas ruas arborizadas da cidade, umas com caras um tanto mal-humoradas outras muito felizes, do outro lado da rua um grupo de amigos conversava animadamente. Hermione sentia falta disso, a muito tempo era só, só tinha colegas de profissão e não falava muito bem com os vizinhos. Há quem diga que Hermione Granger estava realizada profissionalmente, o que, decididamente, não era verdade. Não podia fazer as reportagens que queria, não era ela quem escolhia o tema da matéria, acabava sempre sendo “o cara mais famoso do pedaço esta namorando com aquela cantora famosa” ou “como beijar o homem de seus sonhos” ou ainda “homem de estimação: adestre seu namorado”. Como era uma revista feminina, seu chefe achava que esses eram os únicos assuntos que as mulheres tinham interesse, mas Hermione não achava isso, queria escrever sobre outras coisas, política, economia, exploração dos elfos domésticos, libertação dos duendes, etc. Hermione não era feliz. Pela primeira vez na vida teve de admitir que o sucesso profissional não era tudo.

Sua vida era monótona e rotineira nenhum amigo, nenhum namorado, apenas lembranças de quando era feliz. Ter amigos de verdade fazia falta, principalmente para quem tivera os melhores amigos do mundo, Rony Weasley e Harry Potter. Ás vezes não conseguia acreditar no que tinha feito, porque fora se apaixonar por Harry? Porque não podia ter continuado gostando de Rony? afinal de contas, ele era seu noivo.

Seus pensamentos foram dispersos quando o telefone tocou.

_alô?

_Hermione, Sr Gordon está chamando em sua sala.- disse uma voz feminina que

Hermione reconheceu sendo da secretária, Milly

_Ah, claro

_ele está um pouco brabo.

_Ah, bem, qual é a novidade?! Diga a ele que já estou indo.

_tudo bem.

Pondo o telefone (que fora enfeitiçado para funcionar ali) no gancho, ela saiu de sua sala dirigindo-se para a de seu chefe. Bateu na porta e recebeu um “entre logo” como resposta, abriu a porta e o Sr Gordon fez um gesto com a mão indicando que ela se sentasse, a mulher obedeceu sentando-se na cadeira de espaldar reto.

A sala do Sr. Gordon era muito ampla, as paredes eram azul- petróleo cobertas até a metade com tapeçarias florais. Inúmeros quadros jaziam nas paredes, todos bruxos de aparência importante, barbas feitas e roupas muito bem cuidadas, embaixo de cada quadro podia-se ler um nome escrito em ouro. Provavelmente, eram antepassados do Sr. Gordon. Os móveis eram todos de madeira a não ser pela grande mesa de mármore ao centro.

_hum, esses duendes...certo, claro –dizia Sr Gordon ao telefone–tudo bem... de nada, até mais –disse desligando o telefone –Hermione, tenho uma nova matéria para você

Como Hermione não disse nada ele abriu uma gaveta à sua direita e tirou o que parecia ser um convite.

_o que é isso?- perguntou ela

_ esse é o passaporte para a vida que você sempre sonhou.

_desculpe, mais continuo sem entender.

O Sr. Gordon soltou um breve suspiro e falou:

_são dois convites para uma festa de aurores.

_aurores?

_sim

_mas...

_sem mas, esta é sua matéria e pronto. Você vai com o Mark, a festa é no próximo sábado, às 19:30- disse conferindo no convite. –Está tudo aí. –E entregou-lhe os dois convites.

_Sr. Gordon, tem certeza de que precisa mesmo ser eu?- sabia que não poderia contestar, no entanto, tinha certeza de que teria que reencontrar pessoas do passado, e isso não seria nada agradável.

Percebendo que a mulher estava muito infeliz com a matéria o homem falou:

_Hermione, se essa reportagem vender o quanto eu espero, deixo você escolher suas próprias reportagens.

A mulher não cabia em si de tanta felicidade.

_de verdade?- perguntou meia incrédula

_é claro!

_Ah, pode deixar, vou me esforçar ao máximo!

_eu sei que vai- respondeu.

_bom, então, com licença

_toda

Hermione foi até seu escritório, pegou sua bolsa e desaparatou.











Enquanto dirigia Gina lembrava-se da pequena discusão que tivera com seu marido. Já não agüentava mais as ironias de Harry.

-foi você que quis assim- repetia para si mesma

Já tentara várias vezes pedir a separação a Harry, mas sempre que tocava no assunto ele dizia que estava cheio de coisas para fazer e que não tinha tempo. Ela estava esgotada, não conseguiam ficar mais de 15 minutos juntos , sempre acabavam brigando. As visitas à casa de seus pais estavam ficando cada vez mais freqüentes e todos já haviam percebido que seu casamento não andava as mil maravilhas, até mesmo Rony, sempre tão desligado, já havia comentado sobre o assunto.

Deixou o carro no estacionamento e andou até o Caldeirão Furado, cumprimentou alguns poucos bruxos que bebiam ali e foi até a parede ao fundo do lugar. Bateu com sua varinha no terceiro tijolo á esquerda e a passagem para o Beco Diagonal se abriu.

Ela deu um passo a frente e suspirou feliz, isso a fazia esquecer de todos os seus problemas. Durante algum tempo passeou pela rua estreita e apinhada de gente, apenas observando as pessoas que por ali passavam. Haviam famílias inteiras- isso a fez lembrar dos dias em que os Weasleys vinham todos ao Beco para comprar o material escolar – muitas crianças, provavelmente primeiro- anistas de Hogwarts, corriam para comprar todos os livros e equipamentos necessários; haviam velhos senhores com suas bengalas na mão e também casais de namorados que sorriam felizes um para o outro.

Ela passou pela loja de canetas onde comprou uma bonita pena azul-turquesa e um tinteiro de mesma cor. Deu uma olhada na Floreios e Borrões e saiu de lá com dois livros: “Guia de Eliminação de Pragas Domésticas” e “Feitiços de Mulher: Fique mais bonita num simples toque de varinha”. Depois disso passou pela frente do Pub Três Vassouras onde uma pessoa que estava se tornando muito especial para Gina tomava cerveja com outros três homens. Draco Malfoy. Depois de ter seu pai morto, Draco tinha percebido que o caminho das trevas não o levaria a lugar nenhum, então decidiu se formar auror e ajudar o ministério da magia. Harry já havia o convidado para jantar várias vezes, mais ele nunca aceitara. Gina morria de curiosidade de saber o porque de Draco nunca aceitar os convites.

_hem hem –disse uma voz feminina atrás de Gina.

Ela se virou e viu, para seu alivio, que era Luna, sua melhor amiga.

_Ah! Oi Luna, me assustou sabia? Parecia a Umbridge!!

_oh! Credo –disse a outra fazendo cara de nojo – mas o que está fazendo aqui do

lado de fora da... –ela interrompeu sua fala quando viu a origem dos desvaneios da amiga. –Malfoy.

Gina corou e disse sem graça:

_é, Malfoy

_você não vai entrar?- Perguntou Luna

_não –respondeu prontamente –não é certo.

_não é certo? Francamente você já viu o homem com quem é casada? Olha só o que Harry faz com você! Me diz, você acha que é certo?

Gina pensou por um momento e depois sem dizer nada abriu a porta do pub e entrou, Luna a seguiu com um sorriso radiante. Sentaram- se em uma mesa próxima porém pouco visível para poder ouvi-lo sem ser vistas.

_vocês receberam os convites?- perguntou Draco aos outros dois

_claro, você acha que vai ser legal? –perguntou um homem alto de cabelos escuros.

_acho que sim, afinal de contas o Potter vai –disse Draco que parecia ainda não ter notado a presença das duas.

_hum, sabemos muito bem que não é o Potter que você quer ver na festa! –disse um homem de cabelos compridos e castanhos

Os três riram abertamente.

Gina e Luna saíram sem ser vistas. Luna rindo muito e Gina meio sem graça repetia que com certeza ele não estava falando dela.

_você sabia desta festa? –perguntou Gina para a amiga já recuperada crise de risos

_sabia, vim ao beco para comprar meu vestido. Você me ajuda?

_claro!!!

_que bom, daí você já poderá comprar o seu!

_acho melhor não, Harry não me falou sobre a festa.

_será que ele não sabe?

_não sei, talvez ele saiba, mas não teve oportunidade de falar- disse meio triste

_vocês brigaram né?

Gina respondeu que sim com um aceno de cabeça

_Ah!! Sinto muito!

_você já deve estar cansada de me dizer isso, brigamos a toda hora!- disse entrando na Madame Malkin

_ei! Eu sou sua amiga! Amigas servem para isso!

_nem todas, mas eu não quero mais pensar nisso.

_tudo bem, o que você acha deste aqui? –disse Luna lhe mostrando um vestido longo de cetim preto

_hum, talvez esse seja melhor…

E assim elas passaram o dia escolhendo o melhor vestido para a festa.







Harry estava na cozinha tentando fazer alguma coisa pra comer mas não estava tendo muito sucesso. Já havia queimado as salsichas duas vezes, xingava-se mentalmente por ter brigado com Gina, sabia que estava transformando a vida da mulher num inferno, mais tinha virado dependente, não viveria sem ela, não iria suportar perdê-la também, já bastava ter perdido Hermione, o grande amor de sua vida.

Queimando as salsichas pela terceira vez ele jogou a frigideira na pia e pegou o telefone, iria ligar para Rony, ele com certeza sabia o telefone de um desses tele- entregas trouxas.

_oi- disse a voz do outro lado da linha.

_Rony? é o Harry

_oi Harry, o que foi?

_por acaso você tem o telefone de algum tele-entrega?

_Gina te deixou passando fome de novo?- disse divertido

_é, você tem ou não?- retrucou impaciente

_claro, mais deixa que eu vou aí levar, também estou sozinho e de qualquer jeito não entregariam aí, por ser um bairro bruxo.

_tudo bem, estou lhe esperando.

_ok

Harry achou realmente bom saber que dentro de alguns minutos iria comer algo, estava faminto. Sem nada para fazer enquanto esperava ele foi até seu escritório e abriu um convite que o ministro lhe dera. Dentro havia um papel branco, grafada em letras douradas estava a seguinte mensagem:



Caro Sr. Potter



É com muito prazer que convido o senhor e sua esposa para a grande festa de aurores que será realizada no próximo dia quinze, ás 19 horas no Bright Palace.



Ass: Billy Wouffs, Ministro da Magia, ordem de Merlim, Primeira Classe





Assim que acabou de ler o convite ouviu um forte estalo, devia ser Rony com a comida. Foi até a sala e viu que estava certo pois um deliciosa cheiro de pizza saia da caixa redonda que Rony trazia nas mãos.

_que bom que chegou, vamos comer logo.

_tudo bem, eca! que cheiro é esse? –perguntou Rony ao entrar na cozinha.

_queimei umas salsichas –respondeu.

_queimou umas salsichas? Você torrou elas! –disse cutucando com o dedo as salsichas que mais pareciam pedaços de carvão.

_eu não sei cozinhar, ok??? –defendeu-se Harry

_você não cozinhava na casa de seus tios?

_sim, acho que perdi a prática, afinal, não cozinho a oito anos!!!

_tá na hora de relembrar né?

_eu não preciso, tenho a Gina.

_mas você sabe que logo não terá mais, não sabe? –Harry baixou os olhos –ah cara! Dê a volta por cima! Se separe de Gina e deixe os dois serem felizes!

_eu não posso!

_e porque não?

_não consigo viver sem ela!

_ah consegue sim!

_eu não quero ser sozinho! Você não entende? Eu quero ter alguém esperando por mim, alguém que me ame de verdade!

_esse alguém com certeza não é a Gina, e você sabe disso.

_vamos mudar de assunto, por favor?

_tudo bem. Você recebeu os convites?

_sim, “A Grande Festa dos Aurores” –disse teatralmente –mas qual é a verdadeira intenção dessa festa?

_na real? nem eu sei. Mas deve ter algo muito importante por trás disso!

_será que tem alguma relação com a reunião de amanhã?

_talvez, papai se recusou a me dar mais informações –bufou Rony

_seja qual for o caso, acho que estamos dentro, por que outro motivo Arthur faria essa reunião?

_isso é ótimo! –disse Rony alegre –há muito tempo não nos dão um caso realmente bom

_isso é verdade, aquele sobre uma quadrilha de centauros foi uma piada!

_e ainda disseram que eles contrabandeavam vassouras!! Francamente!! Tá na hora do Rich se aposentar, ele tá ficando meio caduco!!

_isso me lembra de um coisa –disse Harry saindo da cozinha e indo até o seu escritório, Rony vinha atrás –tenho dois ingressos para o jogo dos Cannons, amanhã.

_sério?

_aqui –disse Harry que estava procurando os ingressos dentro de uma pasta.

Rony deu uma olhada nos ingressos.

_onde você conseguiu?

_Lino Jordan me deu, ele vai narrar a partida

_uau!! Quem diria que Lino iria tão longe hein?! –disse Rony admirado

_é, um jogo de categoria internacional!!

Os dois terminaram de comer a pizza e ficaram conversando uma boa parte da tarde.





Ao entardecer Gina despediu- se de Luna e foi para a Toca (não a mesma Toca, outra, maior e mais bonita, comprada logo após de o Sr. Weasley ter sido nomeado diretor do departamento de aurores do Ministério da Magia.)

_Ah Gina! Olá como vai? –disse a Sra. Weasley feliz quando abriu a porta

_ oi mãe, eu vou bem e vocês?

_olá Gina, nos estamos bem. Chegou bem na hora! –disse Arthur feliz –estávamos indo jantar

_ Fred e Jorge também vieram. Vou chamá-los

_ah, tudo bem - disse Gina

Quando Molly subiu as escadas, Arthur falou de repente:

_vocês brigaram de novo?

_ah,- suspirou Gina constrangida- sim, brigamos de novo. Ah pai, não agüento mais, se eu pudesse voltar atrás, faria tudo diferente.

_mas você não pode, feliz ou infelizmente, as coisas só acontecem uma vez na nossa vida. Se você não tivesse aceitado o pedido de casamento de Harry, provavelmente estaria se lamentando, dizendo que queria poder voltar no tempo e aceitar o pedido. Sabe filha, as vezes é bom a gente errar, aprendemos quando erramos, encare isso como uma lição e não como um castigo. Quando fazemos algumas coisas não podemos voltar atrás, mas esse não é o seu caso, você vive infeliz? Então separe-se!

_eu realmente gostaria que tudo fosse assim tão fácil

_ora, mas e não é?

_não pai, não é, Harry não quer a separação

_outra coisa fácil de se resolver, de você entrar na justiça pedindo a separação, Harry terá que dar.

_é que eu não queria magoar o Harry, poxa! Ele cresceu sem pais, sofreu com a guerra, Hermione o deixou... acho que ele não suportaria, ninguém suportaria!

_é muito difícil agradar as duas partes.

_difícil, mas não impossível.

_vou tentar falar com o Harry, se eu não conseguir convencê-lo, sinto muito querida, mas você vai ter de escolher entre a sua felicidade e a de Harry.

Gina fechou os olhos e suspirou balançando a cabeça.

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